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A Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, na região Metropolitana do Rio, declarou 113 candidatos não aptos para ingressar nos cursos de graduação por meio das cotas. Os candidatos faziam parte dos 198 convocados pela Comissão de Aferição da Autodeclaração de Cor/Etnia para entrevista após terem documentos e foto verificados.

Os candidatos foram selecionados entre a 1ª e 3ª chamadas. Conforme a UFF, na fase de pré-matrícula presencial eram 698 candidatos, sendo que 198 foram convocados para a entrevista. Dos convocados, 68 foram aprovados e 17 desistiram do processo. Os não aptos representam 13,3% do grupo.  

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O edital da universidade destina as cotas para “candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, com renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo e que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas” e  também para candidatos com as mesmas autodeclarações que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, mas independentemente da renda.

O edital destaca ainda que a prestação de informação falsa pelo candidato, que for constatada após o registro acadêmico, poderá representar o cancelamento de registro na universidade, sem prejuízo das sanções penais cabíveis. O regimento da UFF prevê sanções disciplinares: advertência verbal, repreensão, suspensão e desligamento.

A universidade informou que os procedimentos executados foram aprovados pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEx-UFF) e atenderam ao disposto nos editais, comunicados oficiais e documentos internos. Os mesmos serão adotados para os cursos de graduação que funcionam em campi fora de Niterói e para os candidatos convocados nas próximas chamadas (4ª a 6ª) para os cursos na cidade.

Para o representantes da organização não governamental Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), frei David Santos, o trabalho da comissão impedi que candidatos, que não atendem às exigências, ocupem as vagas de quem deve ser beneficiado pela política de cotas. “O perfil dos fraudadores é de jovens de classe média que estão aprendendo rapidamente o lado ruim que é a corrupção e a fraude. Uma universidade boa precisa conscientizar os jovens a não optarem pelo caminho da fraude”, disse.

A obrigatoriedade de averiguar a autodeclaração está definida na Portaria 13/2016 do Ministério do Planejamento. Além disso, a Portaria 41/2016 do Conselho Nacional do Ministério Público determinou que as universidades criem comissão para evitar fraudes e comprovem as autodeclarações.

O Plenário da Câmara dos Deputados pode votar a prestação de contas de três ex-presidentes da República: Itamar Franco (1992), Fernando Henrique Cardoso (2002) e Lula (2006 e 2008), nesta quinta-feira (6).

A discussão das propostas foi iniciada na terça-feira (4), com divergências entre deputados sobre a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB_RJ), de pautar as propostas neste semestre.

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A votação de todas as contas pendentes facilita a análise das contas do governo da presidente Dilma Rousseff em 2014, que estão sendo questionadas pelo Tribunal de Contas da União e serão enviadas ao Congresso.

*Com informações da Agência Câmara.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras volta a se reunir, nesta terça-feira (11), para ouvir o gerente de contratos da empresa, Edmar Diniz Figueiredo. Ele deve ser questionado a respeito de pagamento de propina a funcionários para facilitar negócios com a SBM Offshore, empresa holandesa que fornece navios-plataformas. Figueiredo será ouvido no plenário 2, da ala Nilo Coelho, no Senado, a partir das 14h30. 

Os contratos da SBM com a Petrobras somam 27 bilhões de dólares. Em depoimento à CPI Mista em junho, a presidente da Petrobras, Graç a Foster, afirmou que uma sindicância interna não encontrou evidência de pagamento de propina a funcionários da empresa.

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Também nesta terça, a comissão deve definir se convoca ou não o presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado, e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Os dois teriam sido citados pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa como envolvidos no esquema de corrupção na companhia. Costa fez acordo de delação premiada com a Polícia Federal e com o Ministério Público em troca de redução da pena.

A CPI Mista tenta conseguir acesso à delação premiada de Costa. O pedido está com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que aguarda a manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para decidir se vai ou não liberar o conteúdo da delação para os parlamentares.

O relator da CPMI, deputado Marco Maia (PT-RS), já afirmou que o acesso a essas informações será fundamental para a conclusão de seu parecer.

Na tentativa de identificar os beneficiários do dinheiro desviado da Petrobras mesmo sem o acesso à delação premiada de Costa e do doleiro Alberto Youssef, o deputado Izalci (PSDB-DF) apresentou requerimento, neste mês, para convocar o presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Fazenda. O deputado argumenta que houve vários saques na boca do caixa que poderiam ser identificados, caso a regra do Coaf de registro de saques acima de R$ 10 mil esteja sendo cumprida.

Nova CPMI

A CPMI já dispõe de assinaturas suficientes (de 27 senadores e 171 deputados) para prorrogar seus trabalhos de 23 deste mês até 22 de dezembro. Além disso, os líderes do PSDB, do DEM, do PPS e do Solidariedade (SD) anunciaram a coleta de assinaturas para criar uma nova CPMI da Petrobras, logo no início da próxima legislatura, em 2015.

Na semana passada, Marco Maia anunciou um acordo para focar o período restante de trabalho nas irregularidades da Petrobras relacionadas ao esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas investigado na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Diante do acordo, os depoimentos de políticos, tesoureiros e dirigentes partidários que possam estar citados nas delações premiadas de Costa e Youssef foram descartados.

PSDB, do DEM, do PPS e do Solidariedade, no entanto, divulgaram uma nota para esclarecer que não fizeram acordo para proteger políticos na CPMI.

*Com informações da Agência Câmara

Integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga denúncias contra a Petrobras decidiram, manter a reunião, desta terça-feira (23), com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O objetivo é reforçar o pedido da comissão para acesso imediato aos documentos da delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

De acordo com reportagem da revista Veja, Costa teria acusado autoridades, entre parlamentares, ministros e governadores, de participação em desvio de dinheiro da estatal.

A decisão foi reforçada nessa segunda (22), após o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, negar pedido da CPMI para acesso ao teor da delação premiada. O juiz reconhece a importância da investigação por outros órgãos, mas destaca que as informações apresentadas pelo ex-diretor estão em sigilo e ainda não foram homologadas pela Justiça.

"O momento atual, quando o suposto acordo e os eventuais depoimentos colhidos sequer foram submetidos ao Juízo, para homologação judicial, não permite o compartilhamento, sem prejuízo de que isso ocorra no futuro”, afirmou o juiz. Outros pedidos da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Petrobras também foram rejeitados por Moro.

Estratégia

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Para o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), na reunião desta terça os parlamentares poderão “recorrerem” da decisão do juiz. O vice-presidente do colegiado, senador Gim (PTB-DF), concorda com a tática. “Não entendo porque ele [Moro] negou [o conteúdo da delação] para a CPI. Deve ser por causa do instituto da delação premiada, muito novo no Brasil. Nós temos que nos dirigir diretamente ao Supremo”, disse.

O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), vai propor uma estratégia ao presidente da comissão para garantir que o Legislativo tenha o direito de receber os depoimentos já prestados por Costa para conseguir a delação premiada. “Espero que [a reunião no STF] atenda a demanda do interesse nacional de ter acesso a todos os documentos necessários para que a CPMI possa cumprir o seu papel”, afirmou.

Recurso


A ideia de recorrer ao STF surgiu na última reunião da CPI Mista da Petrobras, na semana passada, quando Paulo Roberto Costa se recusou a responder as perguntas dos parlamentares.

Além de Lewandowski e Janot, o ministro Teori Zavascki, relator de processos relacionados à Operação Lava Jato no Supremo, também deve participar da reunião. A reportagem não conseguiu contato com o relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS), para confirmar se ele participará da reunião no STF.

A ida ao Supremo, por enquanto, é o único compromisso da CPMI da Petrobras para esta semana. Ainda não há data marcada para depoimentos já aprovados pelos parlamentares, como o do doleiro Alberto Youssef, também preso da Operação Lavo Jato; e o da contadora dele, Meire Poza.

Paulo Roberto Costa foi preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investigou o crime de lavagem de dinheiro. Com a delação premiada, o ex-diretor pode receber benefícios, como redução de pena. Ele está preso no Paraná e, na última quarta-feira (17), veio a Brasília para depor na CPMI.

Delação premiada


A delação premiada veio de um acordo entre Costa e o Ministério Público Federal pelo qual o ex-diretor da Petrobras se compromete a colaborar com as investigações e denunciar os integrantes do esquema de pagamento de propina. Se o ex-diretor comprovar as informações que der e a Justiça homologar o acordo, ele poderá receber benefícios, como redução de pena e a possibilidade de responder a processo em liberdade.

O Ministério Público Federal do Paraná não confirma em que fase está o processo de delação premiada de Costa, que teria começado no final de agosto. O teor dos depoimentos é sigiloso para resguardar as investigações, a integridade do delator e as pessoas eventualmente denunciadas por ele, até que as informações sejam devidamente comprovadas pela Polícia Federal e o Ministério Público.

*Com informações da Agência Câmara

A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara (CEMVDHC) cumpre agenda em Brasília na próxima semana. Na Câmara dos Deputados, a CEMVDHC recebe – por iniciativa dos deputados federais Pedro Eugênio (PT) e Luíza Erundina (PSB) - a cópia digitalizada do processo do Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD), fruto da CPI do IBAD, que, instaurada em 1963, funcionou no Congresso Nacional antes do Golpe Militar. Os registros, que durante muito tempo permaneceram inacessíveis até mesmo à pesquisa histórica, foram sumariamente engavetados após o Golpe e denunciam o financiamento na compra de apoio de candidatos opositores à esquerda em todos os estados brasileiros.

Com a parceria, o Colegiado pernambucano será pioneiro no acesso aos arquivos, após um hiato de 50 anos do “mais absoluto sigilo de uma documentação que constituía segredo de Estado”, afirma o coordenador Fernando Coelho, corroborando com a tese de que “a deposição de João Goulart não foi algo decidido de última hora e que o Golpe de 64 foi minuciosamente gestado pelos militares”. Miguel Arraes de Alencar, governador de Pernambuco na época, teve papel fundamental na construção da Comissão Parlamentar de Inquérito. “Arraes forneceu riquíssima documentação denunciando toda a trama e eu tive a oportunidade de acompanhar e verificar o processo, composto por mais de dez volumes, que incluía recibos de pagamentos de propina”, arrematou Coelho.

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Na sequência da agenda, os membros da CEMVDHC têm reunião marcada com a presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Teixeira Rocha. O objetivo é firmar acordo de cooperação para pesquisas no acervo do STM, que compreende a época da ditadura militar. A iniciativa de buscar esta parceria com o STM partiu dos membros da Comissão da Verdade de PE. ”Há alguns meses, o grupo solicitou ao Superior Tribunal Militar o acesso a alguns processos que envolviam pessoas mortas ou desaparecidas e que são alvo de investigação e isto foi possível através da investidura da dirigente da Justiça Militar da União, empossada recentemente”, sublinhou Fernando Coelho.

De acordo com Maria Elizabeth, a cooperação com a CEMVDHC e demais Comissões visa dar “publicidade aos arquivos pertinentes ao período da ditadura militar.” De posse dos registros, o Colegiado segue nos trabalhos de apuração dos 51 casos de violação dos direitos humanos contra pernambucanos à época da repressão militar.

Encontro com a Comissão Nacional da Verdade - Fernando Coelho e Henrique Mariano – secretário geral da CEMVDHC -, além dos membros Nadja Brayner, Manoel Moraes e Humberto Vieira, participam de reunião com a Comissão Nacional da Verdade (CNV). O propósito é a apresentação do relatório parcial das atividades da Comissão Estadual, que aponta o Planejamento Estratégico sobre as relatorias temáticas dos casos em processo investigativo, além dos fatos elucidados e apresentados à sociedade. A entrega do material objetiva colaborar e agregar informações aos desdobramentos do Relatório Final da CNV, que deverá ser apresentado em dezembro próximo.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

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