Tópicos | Babi Jaques e os Sicilianos

"Sabedor que alguns shows, em especial auqueles do gênero musical rock, os quais, segundo informações, são os que mais perturbam a tranquilidade (...)" É com essa justificativa que um show da banda pernambucana Coisa Nostra foi proibido na cidade de Amparo, no interior de São Paulo, por uma decisão judicial. O grupo - que antes se chamava Babi Jaques e os Sicilianos - iria se apresentar no festival de inverno do município na última sexta-feira (1º).

A prefeitura do município foi intimada a suspender as apresentações da Coisa Nostra e de outra banda, Calango Bravo, de São Paulo, sob pena de multa de R$ 100 mil caso a decisão fosse descumprida. O motivo é as duas bandas terem sido identificadas pela produção do festival como sendo do gênero 'rock'.

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A coisa Nostra já venceu diversos festivais de música (incluindo o Web Festvalda e o Pré-Amp) e se transformou em um grupo de múltiplas linguagens, incorporando o cinema, o teatro e até a produção de gibis. Lançaram o documentário Sabe lá o que é isso, uma homenagem ao bloco carnavalesco Batutas de São josé e ao frevo do bairro de São José, onde o ritmo nasceu e se firmou, com a participação de artistas como o Mestro Spok.

A Coisa Nostra de Babi Jaques e os Sicilianos

A banda divulgou uma nota sobre o ocorrido:

"É com pesar que informamos que o show da trupe Coisa Nostra (PE) no Festival de Inverno de Amparo - SP foi cancelado por meio de uma ordem judicial, devido a uma censura ao gênero Rock.
Pra quem ainda não assistiu o espetáculo, nomeado também Coisa Nostra, ele envolve várias linguagens, a música é apenas um horizonte de sua paleta de cores. O grupo propõe um trabalho com teatro, artes visuais, audiovisual, gibis e performances em geral. Seu trabalho com a música vai além de um gênero específico, pode-se encontrar tantos ritmos que os integrantes têm dificuldade em listar. Isso acontecia até mesmo quando o grupo se configurava apenas como uma banda, chamada Babi Jaques e Os Sicilianos.

Atualmente, Coisa Nostra se configura como um grupo de artistas ou um grupo de artes integradas, não há como desassociar uma linguagem da outra, está tudo conectado. O grupo propõe uma experiência estética sonora, visual e corporal. Por questões burocráticas, o Festival de Inverno enquadrou o show/espetáculo Coisa Nostra em “rock”, a partir deste direcionamento surgiram os problemas.

A ordem judicial explica que o gênero “rock” incita um barulho que ultrapassaria o limite possível, ocasionando uma poluição sonora comparada com as demais apresentações no evento. Assim, a liminar cancelou a realização de dois shows, do grupo Coisa Nostra (PE) e da Banda Calango Bravo (SP) que apresenta uma fusão de ritmos regionais brasileiros com rock. As demais apresentações previstas nos três palcos do evento, localizados inclusive na mesma praça, aconteceram sem problemas.

Além deste desconforto, ficam outras inquietações. O que é o rock? A poluição sonora ocasiona-se a partir de um gênero? O que se propõe com a realização de um festival em uma cidade? O que é a diversidade cultural?

Como bem disse a artista amparense Elisa Canola: “perdemos a chance do encontro, de pensar o contemporâneo, de viver a experiência com o outro, o diferente”. Canola participa do espetáculo por meio de um vídeo-dança com o seu personagem “Pinguço”. No dia do show, a artista também participaria do espetáculo pela primeira vez com sua performance.
Triste com o acontecimento, porém a caminhada da trupe continua com a certeza de que tal fato não a estaciona e sim, potencializa. Que venham os próximos festivais!!"

O grupo pernambucano Coisa Nostra, projeto que envolve várias linguagens artísticas e que antes era conhecido como a banda Babi Jaques e os Sicilianos, em breve vai lançar um gibi. Através dos quadrinhos será contada a história da Ilha de Nostrife, espécie de cidade natal dos personagens fictícios que compõem o grupo. 

O gibi vai ilustrar de forma mais profunda os mitos, a geografia e os costumes dos cidadãos nostrifenses, além de revelar de forma lúdica como o grupo vem trabalhando durante esses cinco anos de existência e de atuação independente. Durante entrevista concedida ao LeiaJá em outubro do ano passado, o baixista Thiago Lasserre havia adiantado o lançamento dos quadrinhos inspirados na banda.

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"A ideia é ultrapassar também o show. A gente vai lançar uma série de gibis que Well (guitarrista) desenha. Ele já fez o primeiro capítulo e através deles a pessoa vai começar a entender um pouco do contexto e da viagem disso tudo que a gente inventou. Vamos também tentar criar várias linguagens. A gente vai lançar uma série de vídeos cujo foco é a música, mas que dão vazão aos personagens. Isso vai fazer com que o público entenda mais um pouco sobre o que vem por trás da música", disse Thiago Lasserre na ocasião.

Em 2013 a até então banda Babi Jaques e os Sicilianos mudou de nome e lançou seu novo disco e espetáculo chamado Coisa Nostra, realizando mais de 60 apresentações em 40 cidades de 18 estados brasileiros, além de passar pela França e nos países sul-americanos do Uruguai e da Argentina

A banda recifense Babi Jaques & Os Sicilianos volta a se apresentar na capital pernambucana neste próximo sábado (1° de fevereiro), no Teatro Eva Herz, localizado na Livraria Cultura do Shopping Rio Mar. O show marca a volta do grupo ao Recife e começa às 19h. A entrada é gratuita.

A 'Coisa Nostra' de Babi Jaques & Os Sicilianos. 

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De abril a dezembro o grupo esteve numa turnê de lançamento do novo disco e espetáculos denominados Coisa Nostra, com direito a passagem por todas as regiões do Brasil, além do Uruguai e da Argentina. Ao todo, foram mais de 60 apresentações em 40 cidades e 18 estados brasileiros, sem recurso de patrocinadores e incentivos estatais e produção totalmente independente. Todo o trajeto foi feito via terrestre numa minivan. 

“Até agora a gente não aprovou um projeto sequer. Na verdade, a gente gasta muito mais tempo pra produzir do que pra tocar. Ninguém bate na porta da gente querendo contratar o nosso show. A gente corre atrás, de fato, diariamente, insistindo bastante nos editais dos ciclos festivos de todo o Brasil”, disse o  baixista Thiago Lasserre em entrevista ao LeiaJá no ano passado. Além dele, a banda é formada por Babi Jaques (voz), Alexandre Barros (bateria) e Well (guitarra). 

O trabalho do grupo mescla várias atividades artísticas num único trabalho, como artes visuais, cênicas, cinema e música. Babi Jaques & Os Sicilianos trazem à cena um grupo de mafiosos sicilianos que vive numa cidade fictícia chamada Nostrife. “A história desde o começo tem um ar parecido com os filmes de Tim Burton. Nosso contexto tem muita influência do cinema como, por exemplo, O Poderoso Chefão, mas num contexto mais lúdico”, explicou Thiago.

Serviço

Babi Jaques & Os Sicilianos apresenta a "Coisa Nostra"

Sábado (1°) | 19h

Teatro Eva Herz, Livraria Cultura do Shopping Rio Mar 

Gratuito

(81) 8856 8882 | (81) 3265 0931

Desde sua formação, em 2009, a banda Babi Jaques & Os Sicilianos acumula 17 prêmios. O grupo recifense já circulou por 17 Estados das cinco regiões do Brasil, tendo participado de importantes eventos como Abril Pro Rock, Festival Pré-Amp e WebFestvalda. Deste último, aliás, saiu vencedor. A cantora Babi Jaques e seus 'sicilianos' embarcam agora na terceira turnê do ano, e ainda realiza shows fora do país, na Argentina. Para esta turnê, que se inicia nesta sexta (1°) em São Luiz (MA), estão agendadas 22 apresentações.

O sucesso da banda tem muito a ver com as estratégias usadas dentro e fora do palco. Investindo em um ambiente ambiente teatral, com ares de cinema em preto e branco e cuidado especial com o figurino, os Sicilianos têm conseguido se diferenciar e agradar com shows perfomáticos e cuidadosamente elaborados. Fora do palco, os integrantes criaram uma rotina de divisão de tarefas e autoprodução que gerou a produtora Coisa Nostra.

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Coisa Nostra é também o nome do primeiro disco do grupo, que criou uma ambientação própria para suas ideias. Na cidade fictícia Nostrife, já fizeram um documentário e se preparam para lançar até histórias em quadrinhos inspirados no universo da banda.

O baixista Thiago Lasserre conversou com o LeiaJá nesta nesta quarta-feira (30), no pé do Alto Zé do Pinho, na casa que funciona como produtora e estúdio do grupo, enquanto a banda cuidada dos últimos preparativos para iniciar a série de apresentações pelo Brasil e Argentina. Laserre explica um pouco do que é o universo criativo da banda e como o grupo se organizou como uma produtora para viabilizar o trabalho.

Como definir a Coisa Nostra?

Acho que cada vez mais há um diálogo entre o que queremos passar para o público e o nosso som. O principal hoje é a criação enquanto renovação do pensamento. Uma de nossas ideias atuais é desenvolver uma estética diferente para o palco porque a gente se posiciona lá de outra maneira. É pro cara que for assistir ao show entrar no clima mesmo. Todas as coisas, até a parte técnica da gente, dialogam com a história que a gente quer apresentar.

E que história é essa? Como foi idealizada a cidade fictícia Nostrife e o conceito da banda?

Essa 'viagem' surgiu porque estamos tentando fazer o teatro ganhar cada vez mais força no nosso trabalho. Percebemos também que era necessário desenhar os personagens. O enredo desde o começo tem um ar meio Tim Burton. Inclusive algumas coisas do nosso contexto tem muita influência do cinema, como o Poderoso Chefão, mas num contexto lúdico. Tudo aqui tem símbolo de algo que parte do real. Cada personagem representa um nicho de Nostrife, que é o mundo criado pela gente.

Uma onda que está dando força a isso é que a gente agora vai controlar toda a luz no palco a partir do computador. Vamos poder escolher a cor de cada música, enfatizar alguma situação, entre outras brincadeiras. Cada um tem uma luz amarela, todos tem uma luz de chão e a gente tem duas gerais que dão a cor. Elas se combinam com os ritmos também. Este é um grande lance que vai dar uma força visual.

Divulgação/Marcos BrunoComo é a mistura de outros formatos artísticos com a música da Babi Jaques e os Sicilianos?

A ideia é ultrapassar também o show. A gente vai lançar uma série de gibis que Well (guitarrista) desenha. Ele já fez o primeiro capítulo e através deles a pessoa vai começar a entender um pouco do contexto e da viagem disso tudo que a gente inventou. Vamos também tentar criar várias linguagens. A gente vai lançar uma série de vídeos cujo foco é a música, mas que dão vazão aos personagens. Fizemos seis vídeos: dois que falam do geral e quatro que representam os personagens, e as filmagens foram em locais com a cara deles. Eu, por exemplo, filmei numa casa toda em ruínas, um diálogo com meu personagem que é nostálgico, da Nostrife Velho. Isso vai fazer com que o público entenda mais um pouco sobre o que vem por trás da música.

Cada vez mais a gente tem trazido outros elementos além da música. O cara pode não curtir a banda, mas pode gostar do clipe, do gibi, da questão estética, do documentário que a gente fez. A gente quer é dialogar. Cada vez mais queremos também trabalhar com o cinema, haja vista que a pessoa hoje não escuta mais música, ela vê vídeo. Eu não tenho a mínima ideia de onde queremos chegar e onde isso vai parar.

Como é a rotina de trabalho da banda? Como são divididas as funções e como é que acontece a criação artística de vocês?

Isso aqui (o estúdio da banda) de alguma forma ajuda a gente a esquecer da doidice que é viver. Aqui temos uma liberdade muito grande para poder criar. Não se trata de grana, é chegar e fazer o que se gosta de fazer. A gente produz tudo e todas as funções são bem divididas. É tudo concentrado na gente, tanto que existe agora a (produtora) Coisa Nostra pra dar esse auxilio. Chegamos num estágio em que não dá pra fazer tudo sozinho e estamos fazendo parcerias com outras pessoas e produtoras para poder crescer mais. Atualmente, a maior dificuldade nossa é a questão da sustentabilidade. Eu queria que a gente conseguisse pagar mais coisas que são necessárias para a manutenção do nosso trabalho. Esse tem sido o nosso maior calo.

Como é a sistemática da produção independente que vocês desenvolveram?

Até agora a gente não aprovou um projeto sequer. Na verdade, a gente gasta muito mais tempo pra produzir do que pra tocar. Ninguém bate na porta da gente querendo contratar o nosso show. A gente corre atrás, de fato, diariamente, insistindo bastante nos editais dos ciclos festivos de todo o Brasil. Outra coisa é que a gente trabalha com vários tipos de possibilidades. Dialoga com produção privada, com prefeitura, isso dentro de uma limitação. Esta é a terceira turnê nacional que a gente faz só esse ano. Chegamos a bater no Uruguai, e foi bacana pra caramba. Só foi ruim quando o carro quebrou e a gente levou um ‘fumo’ de grana. Mas foi legal sair do país. A gente tocou em cinco lugares, todos em Montevidéu. Foi bem bacana a resposta do público porque o pessoal de lá curte a música brasileira.

Para quem achou pouco a maratona de 18 shows da 21ª edição do Abril Pro Rock na sexta (19) e no sábado (20) o festival mostra fôlego e encerra o mês de abril com a última edição do APR Club, nesta sexta (26), às 21h, no Downtown Pub, com apresentação dos músicos Di Melo e Juvenil Silva. 

O pernambucano Di Melo acumula sucessos desde de 1975, quando suas músicas foram lançadas pela EMI-Odeon no disco que leva seu nome, com  participações de Hermeto Pascoal e de Heraldo do Monte. O álbum Di Melo imortalizou hits como Kilariô, A Vida em Seus Métodos Diz Calma e Se o mundo Acabasse em Mel. Além desse disco, estima-se atualmente que o cantor/compositor possua mais de 400 músicas inéditas criadas ao longo dos últimos 35 anos.

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Juvenil Silva, contra-baixista da banda pernambucana Dunas do Barato e ex-guitarrista de projetos como Canivetes, apresenta o seu trabalho solo Desapego, lançado virtualmente. Representante da cena pós-mangue recifense, o artista traz no disco um clima de Rock Brasil setentista, aproximando-se do som de sua antiga banda, Canivetes, que fazia o gênero rock’n roll anos 60 e movimento Mod.

A 21ª edição do Abril Pro Rock apresentou, para cerca de 12 mil pessoas, shows históricos, como as presenças inéditas no Recife de referenciais do rock como Television, Dead Kennedys, Sodom e Fang. Além de lançar algumas apostas como Tagore, Babi Jaques e os Sicilianos, o cantor Silva, e a nova cara do metal pernambucano com Vocífera e Kriver. 

Serviço

APR Club

Sexta (26), às 21h

Downtown Pub (Rua Vigário Tenório, 105 – Bairro do Recife)

R$ 20 (preço único)

(81) 3424 6317

A noite desta quarta (13) foi palco da final do Festival Pré AMP, na Praça do Arsenal. A banda Tagore foi a grande campeã da mostra competitiva que teve cinco bandas pernambucanas na disputa. Como prêmio, o grupo vai ganhar a gravação de um CD no estúdio Casona, além de show dentro da programação do Festival de Inverno de Garanhuns. Além da Tagore, A Cria, Projeto Armazém, Bandavoou e Cambembes participaram da final do festival. O evento também contou com show da banda Babi Jaques e os Sicilianos, vencedora do Pré AMP de 2012.

A final do festival, que aconteceria na rua da Moeda, no dia 31 de janeiro, foi cancelada por falta de som e luz, de responsabilidade da Prefeitura do Recife. Por conta disso, todas as cinco bandas finalistas tocaram no Carnaval do Recife. Se a final tivesse acontecido na data prevista, apenas as três primeiras colocadas fariam shows na festa.

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O primeiro disco da banda Babi Jaques e os Sicilianos, Coisa Nostra, será pré-lançado no dia 31 de janeiro, na Rua da Moeda, às 21h. A banda, que conquistou o primeiro lugar na edição de 2012 no Festival Pré-AMP, o qual resultou a produção do disco, fará o show no intervalo da edição deste ano do Pré-AMP.

O disco Coisa Nostra reúne, sonoramente, o que a banda absorveu nos últimos três anos de estrada e possui 13 músicas autorais. O encarte do CD traz além das letras, cifras, biografia dos personagens e obras do artista plástico pernambucano Raul Córdula que cedeu especialmente para algumas músicas do disco.

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Serviço
Show de pré-lançamento do disco Coisa Nostra 
Dia 31 de janeiro, às 21h
Rua da Moeda (Recife Antigo)
Gratuito

Babi Jaques e Os Sicilianos e a Bandavoou sobem ao palco do Capibar, em Casa Forte, nesta sexta-feira (28). As apresentações fazem parte da 5ª edição do Circuito Autoral do PE Nova Música, que valoriza bandas autênticas do cenário independente no Estado. A noite conta ainda com a discotecagem do DJ Bragossauro.

A Babi Jaques e Os Sicilianos aposta não só na elaboração das músicas, mas revela preocupação também com a linguagem imagética da apresentação, montando cenário e figurino, uma estrutura teatral para seus shows. A ideia é fazer referência à máfia italiana, enquanto apresentam suas canções, como Manequim Maquiado e Palavras. No palco, Babi Jaques assume os vocais, Alexandre Barros a bateria, Thiago Lasserre o baixo e Well, a guitarra. 

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Já a Bandavoou (foto), formada em 2011, produz seus clipes com criatividade e cuidado, misturando fotografias, movimento e música. O repertório do grupo ganha destaque pelas letras românticas e carregadas de alegrias, como em Cavala Marinha e Tempo Mãe. A banda é formada por PC Silva, Carlos Filho, Marina Sobral, Luiza Magalhães, Rui Dornelas e Breno Barbosa.

Os ingressos da festa podem ser adquiridos no site da Eventick, por R$10. Na hora, será vendido por R$15. 

Serviço
Circuito Autoral, com Bandavoou e Babi Jaques e Os Sicilianos
Sexta-feira (28), às 21h
Capibar (Rua Tapacurá, 101 - Casa Forte)
Ingressos: R$10 (no site da Eventick) e R$15 na hora


Nesta quinta-feira (6) a banda pernambucana Babi Jaques & Os Sicilianos lança o vídeo documentário Sabe lá o que é isso, durante a programação da MIMO. A produção homenageia os 80 anos do bloco de carnaval Batutas de São José e conta com a participação do Maestro Spok.

Além da nova versão proposta pelo grupo, o filme investiga a evolução musical do frevo e fala sobre alguns aspectos da história do carnaval de rua do Recife, o aniversário dos Batutas de São José e sobre o próprio bairro recifense. Além da exibição, o lançamento conta ainda com um show da banda, em Olinda.

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Confira o trailer!

Serviço

Sabe lá o que é isso
Quinta-feira (6), 18h – Seminário de Olinda
Sexta-feira (7), 18h – Mercado da Ribeira
Gratuito

Festa de lançamento
Quinta-feira (6), 22h – Terraço de Olinda
Gratuito

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A sexta-feira 13 do Festival de Inverno de Garanhuns começou com muito rock. Na data em que se comemora o Dia Mundial do Rock, o palco pop se rendeu ao som das guitarras distorcidas e o público se empolgou pulando, dançando, cantando e gritando. A atração mais esperada da noite, a banda paulistana Dr. Sin, não decepcionou e fez um show vigoroso com músicas de vários dos seus dez álbuns.

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A Dr. Sin lançou recentemente o disco Animal, com o qual comemora 20 anos de carreira. "A turnê vai culminar com a gravação de um DVD", avisa o baterista Ivan Busic. A banda assinala que o público pernambucano é dos mais fieis e empolgados com o rock, e que é um prazer se apresentar em um festival como o FIG. No palco, a Dr. Sin desfilou o virtuosismo de seus integrantes - Edu Ardanuy, Andria Busic e Rodrigo Simão, além de Ivan - e o peso de sua sonoridade, que empolgou o público. "Para nós todo dia é o Dia Mundial do Rock", afirmou Ivan durante o show, que incluiu um pout-porri de músicas das bandas Van Halen e Deep Purple, emendadas com Asa Branca, hino maior de Luiz Gonzaga. Ao fim, o público em peso pediu um bis dos paulistas, mas ele não aconteceu. 

Quem abriu o show para a Dr. Sin foi o cantor Daniel Beleza. Com seu rock direto e performático, Daniel empolgou o público, que foi ao delírio quando ele cantou "frevo-mulher". Se não bastasse, o cantor desceu do palco e foi cantar no meio do público, que chegou a ensaiar uma roda de pogo, típica de shows pesados. Ao terminar a apresentação, foi ovacionado pelo público.

Entre as muitas pessoas presentes, uma chamava atenção: o pequeno Breno, de quatro anos, que dançava sem parar no ombro de seu pai, Gustavo Carvalho. "Sou metaleiro faz tempo e quero que meu filho siga o mesmo caminmho", afirma gustavo, que estava acompanhado da esposa, Juliana Sampaio. Ela avisa que esse é o segundo FIG do filho, mas o casal vem há 5 anos curtir a programação eclética do festival.

Sicilianos

Mais cedo, a banda pernambucana Babi Jaques e os Sicilianos apresentou seu trabalho musical envolto em uma atmosfera de cinema. Com muito cuidado nos figurinos, cenário e performance, o grupo foi conquistando o público presente no Palco Pop, que se rendeu com a execução da clássica marchinha carnavalesca "Pra você gostar de mim". A cantora Bárbara Jaques e seus Sicilianos vêm de uma série de apresentações que incluem dois shows na Bahia e um no Teatro Odisseia, no Rio de Janeiro. 

"Tocar no FIG é muito massa porque é um festival que eu vim muitas vezes assistir os shows e hoje me coloquei no lugar de quem estava ali embaixo vendo nosso show", disse Thiago Lassere, baixista do grupo, que está preparando seu primeiro disco, cujo o início da gravação acontece em agosto deste ano. A banda também está envolvida na filmagem de um documentário sobre a modernização do frevo, dirigido por Wilson Freire, que surgiu de uma homenagem a Troça Carnavalesca Batutas de São José. O disco será gravado com o prêmio recebido pelo Festival Pré-Amp, vencido pelo grupo em fevereiro deste ano.    

 

Os ganhadores da 3ª edição do Troféu Sonar PE foram anunciados na tarde deste sábado (19), na Livraria Cultura. A cerimônia começou com uma apresentação da banda Elemento Natural, que mostrou músicas autorais e mereceu aplausos do público. O mestre de cerimônia do Troféu, o músico e jornalista editor de cultura  do LeiaJá, Felipe Mendes, foi o responsável por realizar a homenagem do evento ao músico fundador da banda Ave Sangria, jornalista e escritor Marco Polo, pelo seu legado. Polo foi chamado ao palco para receber a homenagem, concretizada em uma placa comemorativa de “Embaixador oficial dosnovos ritmos da nossa cultura”. “Além de ser um Marco, o nosso homenageado é um Polo, ao redor de quem as coisas acontecem”, falou o mestre de cerimônia ao entregar a honraria. Marco Polo agradeceu ao público, emocionado.

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Marco Polo recebe homenagem do Troféu Sonar

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o homenageado do Sonar PE 2012 se mostrou impressionado com a organização do evento e destacou a importância desta valorização à cena independente da música pernambucana. “Em pouco tempo, o Sonar já é um festival saudável, maravilhoso”, revelou. Sobre a quantidade de jovens produzindo e participando do evento, ele é claro: “Os jovens é que têm que fazer acontecer”, atestou, se dizendo emocionado. A homenagem foi marcada pela banda Babi Jaques e os Sicilianos, que interpretou, com a participação de Leo Stegman, da bnda Semente de Vulcão,  a canção Por quê?, composição de Marco Polo gravada com a saudosa Ave Sangria. Segundo o homenageado, a banda não só se saiu bem, como superou a versão original.

A programação seguiu com a "Mesa Paposônica", com o Gerente de Música da Prefeitura do Recife, Evandro Sena, e Gabi Apolônio, membro da Comissão Setorial da Escuta de Música de Pernambuco, que responderam perguntas do público sobre a relação entre artistas, gestores públicos e processos de seleção de programações de eventos na cidade do Recife. Durante o debate foram levantados pontos altos e baixos da iniciativa pública no incentivo a cultura, o papel dos músicos e bandas em profissionalizar sua obra e o valor do público nestes processos. "Os músicos não têm o conhecimento sobre as políticas públicas culturais”, destacou Gabi Apolônio. Ainda durante a mesa, o violinista Jessé de Paula foi convidado ao palco para mostrar seu trabalho e falar rapidamente sobre sua trajetória, que começou com apresentações dentro de ônibus pela cidade.  Jessé destacou a importância do público para qualquer músico “Se estou com esse sapato, com essa calça, come ssa camisa e esse disco nas mãos, é por causa do público”, disse.

Violinista Jessé de Paula fez apresentação e falou sobre sua história

Premiação

O primeiro troféu foi entregue foi à Júlio Reis, analista e coordenador de eventos da AESO e um dos curadoresdo Sonar PE, que ganhou na categoria Destaque Coletivo. O Troféu Circula, dado ao grupo que se destaca por participar de muitas programações, em diferentes lugares do Estado, nesta edição premiou o grupo Novanguarda. A banda olindense Academia da Berlinda, também sai vencedora do Sonar 2012, com o melhor projeto gráfico pela capa do álbum Olindance. A cidade de Olinda também foi privilegiada com o prêmio de Melhor Disco, dado à Banda Eddie, pelo álbum Veraneio.

O destaque da premiação foi a banda Mamelungos, que levou para casa três troféus do Sonar PE, batendo o recorde de troféus em uma única edição do evento. As categorias arrebatadas foram: Melhor Audiovisual com Colemim, Melhor Canção Autoral com Pedaço de Mim e Melhor Apresentação Ao Vivo. Todos os prêmios foram recebidos pelo baterista Peu Lima, único da banda a marcar presença no evento.

A Araçá Blu, que comemorou em abril dois anos de existência, leva pra casa o troféu de Melhor Letra, com a música Semanal, composta pelo vocalista Marcelo Rangel. Marcelo agradeceu ao público explicando que o prêmio renova o fôlego da banda. “Faz valer o sacrifício, o reconhecimento do que a gente faz, mesmo sendo longe do que aparece na imprensa”, afirmou, ao receber o troféu das mãos de Marco Polo. Fechando a noite, o musico e produtor Yuri Queiroga foi eleito o Melhor Instrumentista pelo desempenho  como guitarrista. Tito Belavista, um dos organizadores do Sonar, encerrou o evento pedindo que o público ficasse de pé e aplaudisse a si mesmo: “Todo mundo que está aqui é o Sonar PE”, afirmou, ao se despedir.

Assista à hopmenagem de Babi Jaques e os Sicilianos com a participação de Leo Stegman à Ave Sangria:

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*fotos desta matéria: Clélio Tomaz/PCR

Nesta quinta (2), na Rua da Moeda, Recife Antigo, uma amostragem da nova cena musical autoral do Recife foi colocada à prova na final do festival Pré AMP. Seis finalistas - escolhidas entre dezoito semifinalistas pinçados de mais uma centena de inscritos - tiveram trinta minutos cada para convencer a comissão julgadora do festival e ficar entre as três mais bem avaliadas.

Quem abriu a noite foi Babi Jaques e os Sicilianos. O Grupo, formado pela cantora Bárbara Jaques, o baterista Alexandre Barros, Thiago Lasserre no baixo e Well na guitarra vem crescendo musical e profissionalmente e teve um 2011 bastante produtivo, tocando em várias partes do Brasil participando - e ganhando - em diversos festivais.

Investindo em um figurino, aspectos cênicos e narrativos que emulam a atmosfera da máfia italiana. O grupo apresentou um show redondo, com banda entrosada e faturou a primeira colocação do festival.

Babi Jaques e os Sicilianos recebem como prêmio a gravação de um disco SMD no valor de R$ 15 mil, além de uma apresentação remunerada no Carnaval do Recife. Confira entrevista com os vencedores:

Em seguida, subiu ao palco a única banda instrumental da final, a Euqrop. O som cheio de texturas e experimentalismo não foi ajudado pelo som. Quase não se ouvia o violão e o teclado.
Terceira na ordem de apresentações, a Aliados CP mandou seu rap direto e instigante, com direito a roda de B'Boys na frente do palco e troca de figurino durante o show. Faturaram o segundo lugar do festival, garantindo um show remunerado no Pátio de São Pedro durante o carnaval. "A gente se sente vencedor, também, pelo hip hop, pois pela primeira vez um grupo de rap é premiado no Pré AMP", afirma Pulga MC, do Aliados.

Clélio Tomaz/PCRDe maneira um tanto surpreendente (já que as atrações principais costumam fechar as noites), o festival fez uma pausa na competição para a apresentação do cantor e violonista Zé Manoel, vencedor da edição passada. À essa altura, a Rua da Moeda já estava cheia e o músico veio bem acompanhado de ótimos músicos. A apresentação ainda contou com a participação especial de Mavi Pugliesi, parceiro musical de Zé.

O cantor também executou músicas em um tom mais intimista e acompanhado apenas do próprio teclado. Uma delas foi a releitura de Mon amour, meu bem, ma femme, do Rei do Brega, Reginaldo Rossi.

De volta às bandas finalistas, a Sagaranna continuou a programação. O grupo, que revisita a sonoridade de diversas tradições musicais e folguedos do Estado como coco, cavalo marinho e forró, mostrou porque chegou à final pelo voto popular, sendo muito aplaudida e colocando muita gente para bater o pé no chão.


O porém da noite foram os problemas na apresentação da quinta concorrente, a indie Team.Radio. Logo no início do show, uma das guitarras e a voz principal simplesmente não estavam saindo, desconcentrando a banda. O clima começou a ficar tenso quando um dos guitarristas da banda foi ao microfone durante a música dizer que "cortaram a guitarra" e se tornou insustentável quando a outra guitarra também parou de funcionar.

A banda não soube lidar com os problemas técnicos e interrompeu a apresentação, anunciando sua desistência do concurso. A vocalista Marina S. chegou a afirmar: "Nossas coisas estão desligando, se a produção não deixa a gente tocar...", antes de deixar o palco. Bom ressaltar que problemas de som foram comuns no festival, certamente pela falta de passagem de som prévia e pelo grande número de atrações por noite. O próprio Zé Manoel - único a passar o som - foi atrapalhado por algumas microfonias e problemas técnicos durante sua apresentação, mas soube contorná-los e seguir seu show.

A produção do evento, então, avisou que um amplificador de guitarra tinha queimado e que a Team. Radio iria voltar e refazer seu show do início, o que, de fato, aconteceu, depois de longos minutos de espera.

A banda responsável por fechar a noite do Pré AMP acabou ficando em terceiro lugar na competição, apesar do atraso causado pela quebra do equipamento. Eram mais de duas e meia da manhã quando a Araçá Blu começou a tocar. Mesmo assim, muita gente ainda estava na Rua da Moeda a despeito do evento ocorrer numa quinta-feira. Com fãs fiéis e animados, o grupo renovou as energias do palco com seu som pop de arranjos bem bolados e composições interessantes. A presença de duas cantoras de vermelho trouxe também um elemento cênico diferencial, além dos arranjos vocais.
Clélio Tomaz/PCR
Marcelo Rangel, vocalista e violonista do grupo, afirmou à reportagem do LeiaJá que a banda "se inscreveu sem pretensão de nada. Independente de qualquer coisa, queríamos tocar". Ele também disse que o grupo foi procurar ouvir as outras bandas selecionadas e acharam o nível muito bom.

Proposta - Com atrações esteticamente tão diversas, o Pré AMP reforçou a ideia de que a cena musical autoral pernambucana não segue estilos ou formatos e abriga as mais diferentes musicalidades - regional, rock, eletrônico, hip hop, pop e experimentalismo. "A grande sacada do festival é o ecletismo", afirmou Niltinho, experiente músico, líder do grupo Pandeiro do Mestre. Ele também tocou nesta edição do festival, se apresentando na semifinal com o grupo Sid3, o Sacrifício da Fé, e pondera: "Todo mundo, ganhando ou não, teve a oportunidade de conquistar público".

O secretário de Cultura do Recife, Renato L., esteve na Rua da Moeda para prestigiar o evento, que é patrocinado pela prefeitura. A transformação do Pré Amp em um festival competitivo ocorreu no início de sua gestão, quando se percebeu que "havia a carência de um festival na cidade para bandas iniciantes". O secretário ainda reforçou a necessidade de criar espaços de renovação da cena musical.   

Fred Caiçara, representante da prefeitura na coordenação do festival, lembra que "o Pré AMP também atua na cadeia produtiva com atividades formativas", se referindo às oficinas realizadas dentro da programação do Festival. O festival é uma realização da Articulação Musical Pernambucana - AMP em parceria com a Prefeitura do Recife. A AMP é uma entidade e atua durante todo o ano, tendo no festival sua ação de maior visibilidade.

Tarciana Enes, produtora executiva do festival, avisa que "todos os músicos participantes do Pré AMP e os alunos das oficinas oferecidas foram convidadas a participar da AMP". A importância da participação dos músicos também foi ressaltada por Pablo Romero, coordenador da AMP.

Confira depoimentos de Pablo Romero, coordenador da AMP, e do músico Zé Manoel, vencedor da edição de 2011:

Foram divulgadas, nesta quarta-feira, a relação de bandas finalistas para participar da etapa eliminatória do festival Pré AMP. Dezoito bandas pernambucanas foram selecionadas para participar do evento, conhecido por proporcionar uma vitrine de novos artistas e por se inserir em um calendário alternativo na garde de programação do carnaval do estado.

As bandas selecionadas passarão por uma etapa eliminatória nos dias 26, 27 e 28 de janeiro, no Pátio de São Pedro, no bairro de São José, área central do Recife. Além das bandas concorrentes, se apresentam os grupos Mamelungos, Plugins e o guitarrista Paulo Rafael, que é o homenageado deste ano do festival.

Confira os nomes das bandas e os respectivos dias de apresentação na etapa eliminatória do Pré AMP:

Quinta-feira | 26/01 | A partir das 20h
Babi Jaques e os Sicilianos
Multi
Igor de Carvalho
Rafa Emery
Monique
Euqrop
Mamelungos (Atração convidada)

Sexta-feira | 27/01 | A partir das 20h
Araçá Blu
Grupo Tiento
Irmandade 1
Olinda Fusion
Farofino
Team. Radio
Plugins (Atração convidada)

Sábado | 28/01 | A partir das 21h
Sid 3 e o Sacrifício da Fé
Sagaranna
Kriver
Aliados CP
Jorginho Manêro e a K’Padocia
Os Maletas
Paulo Rafael ( Atração convidada e homenageada)

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