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Janet Yellen, escolhida pelo presidente Barack Obama para comandar o Federal Reserve no lugar de Ben Bernanke, avaliou que a economia dos Estados Unidos já progrediu, mas que é preciso fazer mais para fortalecer a recuperação econômica.

"Os últimos anos foram tumultuados para a economia. Fizemos progresso, a economia está mais forte e o sistema financeiro, mais sólido, mas ainda há trabalho a fazer", disse a dirigente de 67 anos, que atualmente é a vice-presidente do banco central norte-americano, ao ser apresentada por Obama para assumir o Fed a partir de fevereiro de 2014.

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Em seu breve discurso, Yellen pareceu dar foco maior ao emprego que à inflação, confirmando seu perfil conhecidamente "dovish".

Ela afirmou que o Fed precisa promover o máximo emprego e preços estáveis, frisando que muitos norte-americanos ainda não conseguem encontrar trabalho e que o banco central pode ajudar a resolver esse problema. A dirigente também disse, porém, que o Fed pode garantir que a inflação continue sob controle.

"Estou honrada pela confiança que Obama depositou em mim", disse ela, visivelmente alegre. "Prometo fazer meu melhor para cumprir as responsabilidades que o Congresso concedeu ao Fed."

Quase simultaneamente à apresentação da Yellen como próxima presidente do Fed, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, elogiou a escolha de Obama para suceder Ben Bernanke no comando do Federal Reserve.

Em comunicado oficial, Lagarde diz que Yellen "é uma escolha excelente para essa posição muito importante". "Espero continuar trabalhando com ela", disse Lagarde.

O mandato de Ben Bernanke à frente do Fed terminará em 31 de janeiro do próximo ano.

O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, disse hoje que a recuperação da economia dos Estados Unidos está "frustrantemente lenta" e que esse cenário gera desafios significativos para os bancos pequenos. Os comentários foram feitos durante a abertura de um evento sobre bancos comunitários promovido pelo Fed de Saint Louis. Ele não falou sobre a política monetária nem sobre o paralisação parcial do governo federal.

Bernanke explicou que os bancos comunitários têm algumas vantagens naturais de competição, como melhor conhecimento da realidade local e o relacionamento mais próximo com os clientes. Mesmo assim, eles enfrentam alguns desafios difíceis. "Como sobreviventes da crise financeira e de uma profunda recessão, os bancos pequenos enfrentam uma recuperação frustrantemente lenta, uma dura competição com bancos maiores e outras instituições financeiras, e a responsabilidade de se adequar a novas regulamentações", comentou.

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O presidente do Fed também reconheceu que alguns analistas acreditam que esses desafios, combinados com uma carga regulatória maior, podem se mostrar "insuportáveis" para os bancos comunitários. "Eu e meus colegas do Federal Reserve entendemos esses receios e estamos comprometidos a elaborar políticas de supervisão e regulamentação que sejam apropriadas para o tamanho e a complexidade dos bancos", afirmou. Segundo Bernanke, a notável resiliência dos bancos comunitários vai permitir não apenas que eles sobrevivam, mas que prosperem nos próximos anos. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um tribunal federal dos EUA decidiu nesta segunda-feira que o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, pode ser convocado a depor em um processo sobre o resgate à seguradora AIG, em 2008. O depoimento de Bernanke foi solicitado pelo ex-executivo-chefe da companhia, Hank Greenberg, que alega irregularidades do governo nesse processo. O juiz Thomas Wheeler concluiu que "Bernanke é uma testemunha essencial no caso e seu depoimento será altamente relevante para os assuntos apresentados".

Os advogados de Greenberg têm dito que o depoimento de Bernanke está relacionado com o envolvimento pessoal dele nas decisões do governo de resgatar a AIG, em setembro de 2008, e seu conhecimento de ações adotadas pelo administração federal para implementar esse resgate. "Bernanke foi um personagem central na determinação do governo sobre como lidar com as dificuldades fiscais da AIG, em 2008. Decidir contrariamente (ao pedido de depoimento de Bernanke) iria privar o tribunal de evidências relevantes na busca dos fatos e resolução desse caso", diz o juiz.

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O governo tem se oposto ao depoimento de Bernanke, afirmando que ele é uma alta autoridade e que seu testemunho em um processo só deveria ocorrer em "situações extraordinárias". O juiz Wheeler explicou em sua decisão que, "em reconhecimento à alta posição de Bernanke no governo e à importância de suas atribuições, o tribunal vai oferecer deferências e cortesias apropriadas para ele no agendamento e realização do depoimento".

Inicialmente, o depoimento ocorreria em 16 de agosto, mas essa data pode ser alterada. Fonte: Market News International.

O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, disse que se o limite de endividamento federal não for elevado este ano, isso poderá ser prejudicial para os mercados e criar um choque indesejado à economia.

"Gerar a perspectiva de que o governo não pagará suas contas - não somente os juros da dívida mas até mesmo o que ele deve a veteranos ou empresas contratadas - é muito preocupante", disse Bernanke, em depoimento no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes dos EUA. "Acredito que isso pode ser um choque para a economia se ficar fora de controle."

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Entre setembro e novembro deste ano, o governo perderá sua capacidade de tomar empréstimos e necessitará de uma elevação do teto da dívida. Sem um aumento desse limite, o governo não será capaz de pagar suas contas. Fonte: Dow Jones Newswires.

A administração do presidente Barack Obama começou discretamente a montar uma lista de potenciais candidatos para substituir Ben Bernanke na presidência do Federal Reserve, o banco central dos EUA. Segundo fontes com conhecimento do assunto afirmaram ao Wall Street Journal, o secretário do Tesouro, Jacob Lew, está elaborando essa lista, com a ajuda de altas autoridades do governo.

O mandato de Bernanke termina no dia 31 de janeiro do ano que vem e Obama poderia pedir que ele permanecesse no cargo por um terceiro mandato, mas amigos do banqueiro central dizem que ele não deseja ficar no posto. Segundo as fontes ouvidas pelo WSJ, assessores de Obama já começaram a conversar com o Senado sobre a escolha do novo presidente do Fed. "Eles indicaram que estão trabalhando para nomear alguém a tempo, para que nós possamos fazer as análises necessárias", disse um funcionário do Senado.

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As pessoas com conhecimento do assunto não quiseram divulgar o nome de nenhum potencial candidato, mas dizem que não existem favoritos e é uma disputa em aberto. A Casa Branca ainda está na fase inicial do processo e não vai anunciar nenhum resultado antes do outono (no Hemisfério Norte, que começa em setembro). Fonte: Dow Jones Newswires.

O Federal Reserve deve deixar de contar este ano com um importante convidado para o encontro de Jackson Hole, no estado de Wyoming, marcado para agosto: o seu presidente, Ben Bernanke. Segundo informações de pessoas ligadas ao assunto, Bernanke não comparecerá ao evento por conflito de agenda.

O evento em Jackson Hole é promovido pelo Federal Reserve de Kansas City. Bernanke participou de todos os encontros como presidente e deu importantes mensagens em várias ocasiões, incluindo declarações sobre novas medidas de relaxamento monetário. As informações são da Dow Jones.

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As bolsas norte-americanas devem iniciar o pregão desta segunda-feira em alta, sinalizam os índices futuros. Em dia sem anúncio de indicadores relevantes nos Estados Unidos, a maior expectativa é para a apresentação do presidente de Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, e para o balanço da Alcoa, que marca o início da temporada de balanços do primeiro trimestre de 2013. Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,12%, o Nasdaq ganhava 0,23% e o S&P 500 tinha alta de 0,19%.

A apresentação de Bernanke, que fala em uma conferência em Atlanta com início previsto às 20h15 (de Brasília), ganha especial atenção pois acontece logo após o anúncio de dados frustrantes do mercado de trabalho dos EUA. Na sexta-feira (05), o Departamento de Trabalho divulgou a criação de 88 mil vagas, ante previsão de 200 mil de Wall Street. A previsão do Morgan Stanley é que se a criação de vagas se mantivesse em cerca de 200 mil postos por mês, a taxa de desemprego cairia para a casa dos 6,5% no primeiro semestre de 2015. Este é o nível que o Fed sinalizou que seria necessário para mudar a política monetária, mas após os números fracos de março, o mercado aguarda agora o que Bernanke tem a dizer.

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Ainda sobre o Fed, nesta semana será divulgada a ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) de março, na quarta-feira (10). Mas após os números ruins do mercado de trabalho, os economistas destacam que a expectativa pelo documento fica um pouco esvaziada. "O que os mercados vão esperar ansiosamente é a apresentação de Bernanke, por isso, é pouco provável que a ata, neste contexto, desperte muita atenção", afirma o economista-chefe do RBC Capital Markets, Tom Porcelli.

Além da ata da reunião do Fomc, esta semana saem dados de março das vendas do varejo, estoques no atacado, orçamento do governo e o índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan. Para o economista do instituto Markit, Chris Williamson, os dados relacionados ao consumo serão úteis para se ter uma ideia de como os norte-americanos estão sendo afetados pela política fiscal mais apertada e cortes de gastos públicos, em vigor desde 1º de março. O relatório de trabalho mostrou que o varejo, inesperadamente, cortou 24 mil vagas em março, o que pode sugerir números fracos de vendas.

No noticiário corporativo, a Alcoa inicia nesta segunda-feira a temporada de anúncio dos resultados corporativos do primeiro trimestre e divulga seu balanço após o fechamento do mercado. Nesta semana, dois grande bancos também anunciam seus números, JPMorgan Chase, a maior instituição financeira dos EUA, e Wells Fargo, ambos na sexta-feira (12).

Para a Alcoa, a expectativa dos analistas é de lucro de US$ 0,08 por ação, pouco abaixo dos US$ 0,10 por ação do mesmo período de 2012. A projeção do FactSet é que as vendas da empresa no primeiro trimestre tenham queda de 1,6% e fiquem em US$ 5,9 bilhões. No pré-mercado, o papel da Alcoa tinha alta de 0,97%. Além dos números financeiros da empresa, o balanço da Alcoa, que é a maior do mundo no setor de alumínio, também é monitorado por sinalizar como está o mercado mundial deste metal e suas tendências.

O destaque de alta no pré-mercado nesta manhã era o papel da Lufkin, uma empresa que desenvolve tecnologias para exploração de petróleo e gás, que subia 38%. A General Eletric (GE) anunciou a compra da Lufkin por US$ 3,3 bilhões, em dinheiro. A ação da GE subia 0,57%.

Após uma sessão volátil, as bolsas europeias encerraram a sessão desta segunda-feira sem direção única, com os investidores esperançosos de que o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, dê sinais mais claros, em pronunciamento a ser feito no começo da noite, sobre o futuro da política de compra de ativos do banco central norte-americano. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou o dia com queda de 0,37%, aos 286,01 pontos.

Em sua primeira aparição pública desde a divulgação da última ata do Fed, Bernanke falará na Universidade de Michigan, a partir das 19h (horário de Brasília). Na ata, que saiu na primeira semana do mês, o Fed revelou que seu Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) está dividido, com parte de seus membros sugerindo a interrupção imediata das medidas de estímulo adotadas nos EUA e os demais defendendo que o relaxamento quantitativo continue até o fim do ano.

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Nas primeiras horas desta seunda-feira, o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, disse que o Fomc só deve encerrar a política atual quando a economia norte-americana criar cerca de 200 mil empregos por mês durante vários meses.

Já entre os indicadores divulgados nesta segunda-feira no continente europeu, destacou-se a produção industrial da zona do euro, que apresentou uma queda de 0,3% em novembro ante outubro, contrariando a expectativa dos analistas de um ganho de 0,2%.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 recuou 0,22%, para 6.107,86 pontos, com a cautela inspirada pelo aguardado discurso de Bernanke. A mineradora Kazakhmys registrou a maior perda, de 2,8%, após ter sua recomendação rebaixada pelo Barclays. Já a Vodafone, maior operadora móvel britânica, apresentou declínio de 0,82% depois de revelar que vai negociar com sindicatos cortes de funcionários na unidade da Espanha. Em Milão, o índice FTSE Mib caiu 0,64%, a 17.391,24 pontos, a maior baixa do dia entre os grandes mercados europeus. Também houve queda em Madri, com o índice Ibex-35 cedendo 0,38%, para 8.632,10 pontos.

Entre empresas, o grande destaque negativo na Europa foi a TNT Express, cujos papéis despencaram 41,30% em Amsterdã após a United Parcel Service (UPS) anunciar a retirada de sua oferta de compra da empresa holandesa, no valor de US$ 6,8 bilhões, devido a objeções inesperadas da Comissão Europeia à transação.

Por outro lado, o dia foi de ganhos modestos em Paris, Frankfurt e Lisboa. Na bolsa francesa, o índice CAC-40 subiu 0,06%, para 3.708,25 pontos, com altas da companhia elétrica EDF (5,2%), e dos bancos Société Générale (3,8%) e Crédit Agricole (3,1%). No mercado alemão, o índice Dax teve alta de 0,18%, para 7.729,52 pontos. Na capital portuguesa, a bolsa local avançou 0,17% e o índice PSI 20 encerrou o pregão aos 6.160,54 pontos. As informações são da Dow Jones.

Depois de apresentar sinais de cansaço na quinta-feira (30), interrompendo uma sequência de valorização, o dólar inicia o pregão desta sexta-feira ainda com fôlego reduzido, à espera do grande evento do dia para definir uma direção. Caso as palavras do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, reforcem as expectativas de um novo relaxamento quantitativo (QE3), o dólar tende a sofrer pressão de venda, embora os números fracos da economia brasileira no trimestre passado tendem a conter uma queda livre por aqui. Do contrário, qualquer decepção vinda de Jackson Hole (EUA) pode provocar uma subida rápida da moeda norte-americana ao redor do mundo. Ainda assim, persistem os movimentos de rolagem de posições no mercado futuro e os que antecedem o vencimento de swap cambial na próxima segunda-feira.

Por volta das 9h30, na BM&F Bovespa, o contrato futuro do dólar para setembro exibia baixa de 0,22%, cotado a R$ 2,0455. No mercado de balcão, o dólar à vista caía 0,10%, cotado a R$ 2,044, na mínima, depois de abrir com valorização de 0,15%, a R$ 2,049, na máxima.

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Um operador de tesouraria de um banco local lembra que esta sexta-feira é o dia de definição. Seja em relação à formação do preço da taxa de referência do Banco Central (Ptax), no mercado doméstico de câmbio, ou em relação à iminência (ou não) de estímulos econômicos nos Estados Unidos, em âmbito global, os investidores vão operar expectativas nesta sexta-feira.

Segundo esse profissional, que falou sob a condição de não ser identificado, o preço da Ptax, que serve para liquidação de contratos futuros e é definido no início da tarde, segue considerando a percepção de que o Banco Central não irá rolar os contratos de swap cambial que vencem em 3 de setembro, o que tende a manter uma pressão de alta sobre o dólar. Mas, essa taxa pode perder vigor nesta sexta-feira, caso Bernanke emita novos sinais de um relaxamento monetário adicional nos EUA, em discurso a ser proferido logo mais, às 11 horas. Em contrapartida, acrescenta o operador, se Bernanke decepcionar, os mercados financeiros vão estressar como um todo.

A aposta de que haverá uma terceira edição de afrouxamento quantitativo (QE3) faz as principais moedas internacionais se valorizarem de modo consistente ante o dólar no exterior. No horário acima, o dólar norte-americano caía 0,34% ante o dólar australiano; perdia 0,24% ante o dólar canadense e recuava 0,76% ante o rand sul-africano.

Já o euro subia a US$ 1,2625, no mesmo horário, de US$ 1,2506 no fim da tarde de ontem em Nova York, alimentando ainda por rumores de que o presidente do Banco Central alemão (Bundesbank), Jens Weidmann - um dos principais opositores ao programa de compra de títulos defendido pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi - estaria considerando sua renúncia.

O analista de mercados emergentes da Icap, Filipe Brandão, ressalta porém, que apesar de uma confirmação (ou não) de um QE3 por Bernanke guiar o humor dos ativos de risco nesta sexta-feira, os números da economia brasileira no segundo trimestre tendem a fazer um contrapeso. "O governo vai continuar atuando para manter um dólar mais forte a fim de dar mais competitividade à indústria nacional", avalia.

Nesta manhã, o IBGE informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do País cresceu 0,4% no segundo trimestre deste ano em relação ao trimestre imediatamente anterior, resultado que ficou abaixo da mediana calculada, de 0,50%, após levantamento do AE Projeções. Da mesma forma, o crescimento de 0,5% em relação a igual período de 2011 ficou abaixo da mediana projetada, de 0,70%.

Na quinta-feira (30) à noite, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que a política cambial do governo continuará muito ativa, de modo a tornar o real mais competitivo e mais desvalorizado. "Estamos atentos e vigilantes para não deixar diminuir a competitividade do real", disse, acrescentando que o governo continuará comprando divisas e atuando no mercado de derivativos e à vista. Para o ministro, a guerra cambial ainda não terminou e há uma "defasagem no câmbio".

A escolha do republicano Paul Ryan para vice na chapa de Mitt Romney, na corrida presidencial nos Estados Unidos, significa que o Federal Reserve pode ter um adversário na Casa Branca, embora Ryan e o chairman do Fed, Ben Bernanke, pareçam ter uma relação de trabalho amigável.

Os dois têm reuniões frequentes, mas nas apresentações de Bernanke ao Comitê de Orçamento da Câmara, presidido por Ryan, o congressista submeteu o chairman do Fed a colóquios austeros.

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Em fevereiro, Ryan criticou o Fed por permitir grandes déficits orçamentários do governo federal por meio da redução dos juros de longo prazo e por manter baixo o custo de financiamento da dívida do governo. Ele também disse a Bernanke que temia que o banco central estivesse alimentando uma nova crise financeira. "Muitos de nós acreditamos que o Federal Reserve esteve muito permissivo por muito tempo no período de 2003 a 2005", disse, na ocasião. "Nosso temor é que você esteja para repetir os mesmos erros".

Bernanke se encontrou a portas fechadas com Ryan com mais frequência do que com outros congressistas. O presidente do Fed diz que compartilha as preocupações de Ryan sobre o déficit orçamentário no longo prazo e que é responsabilidade do Congresso gerenciá-lo com cuidado.

Ryan tem sido acompanhado pelo republicano Ron Paul, também da Câmara, na proposta para que as políticas de juros do Fed sejam auditadas pelo Escritório de Contabilidade do Governo, um braço de supervisão do congresso. Bernanke se opõe à ideia e diz que esta seria uma ameaça à independência na condução da política monetária.

Em 2010, Ryan foi coautor de um artigo criticando o Fed com o professor da Universidade de Stanford John Taylor, um dos principais críticos do banco. O foco foi o programa de compra de títulos chamado de relaxamento quantitativo, sob o argumento de que o programa pode gerar inflação mais alta e depreciar a moeda.

Ryan e Taylor também pediram ao Congresso para reescrever o Federal Reserve Act, lei que regulamentou o sistema bancário federal dos EUA, para que o Fed tenha apenas um mandato - buscar a estabilidade de preços - e não mais mandato dual, que também inclui buscar emprego sustentável. A parte do mandato que trata do emprego Ryan afirmou que deixa o Fed muito intervencionista. Bernanke disse que o Fed pode executar seu trabalho tanto com um mandato simples quanto dual.

Romney tem advertido o banco central local contra a terceira rodada de compra de títulos. Também disse que substituiria Bernanke, cujo mandato como presidente do Fed se encerra em janeiro de 2014. As informações são da Dow Jones.

As bolsas europeias fecharam em baixa ou reduziram os ganhos de mais cedo nesta terça-feira, pressionadas pela decepção dos investidores com o testemunho do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, no Senado.

Bernanke frustrou as expectativas mais otimistas e não deu qualquer sinalização de que o banco central dos Estados Unidos tenha planos de adotar novas medidas para estimular a cambaleante recuperação da economia norte-americana.

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"Mas este é um jogo com dois tempos e, se Bernanke decepcionou os investidores hoje, amanhã ele poderá da mesma forma gerar alguma notícia mais favorável para os comprados", disse a Capital Spreads. Na quarta-feira, o presidente do Fed falará na Câmara.

O índice Stoxx Europe 600 encerrou o dia com uma perda de 0,3%, aos 256,09 pontos, após dois pregões seguidos de alta.

Em Londres, o índice FTSE-100 recuou 0,59% e terminou aos 5.629,09 pontos. A G4S, que enfrenta problemas para cumprir o contrato de segurança da Olimpíada, caiu mais 5,7%, após a forte queda de 8,7% na sessão anterior.

O índice CAC-40, de Paris, teve uma ligeira queda de 0,09%, para 3.176,97 pontos. A fabricante de equipamentos de telecomunicação Alcatel-Lucent caiu quase 20% depois de alertar que não conseguirá atingir as metas de desempenho no ano, o que levou a empresa a ter sua recomendação reduzida por várias corretoras. A L'Oreal, por outro lado, subiu 1,9% depois de o Credit Suisse elevar a gigante do setor de cosméticos de "underperform" para "neutro".

Em Frankfurt, o índice Dax subiu 0,18%, para 6.577,64 pontos, cedendo da máxima do dia, de 6.610 pontos, após a fala de Bernanke. Os destaques na Alemanha foram a fornecedora de fertilizantes K+S e a Basf, cujas ações avançaram 1,6% e 1,2%, respectivamente. Em contrapartida, a Infineon caiu 1,9% e a Lufthansa perdeu 1,8%.

Em Milão, o índice FTSE Mib apresentou a maior queda desta terça-feira, de 0,94%, encerrando o pregão aos 13.536,73 pontos. Os bancos foram mais uma vez os principais responsáveis pelo fraco desempenho, com o Monte Paschi caindo 3,2% e o Intesa SanPaolo, 2,6%.

O índice Ibex-35, de Madri, subiu 0,4% e apagou parte da perda de 1,99% da véspera, finalizando aos 6.558,20 pontos. Em seu melhor momento, no entanto, o índice chegou a atingir 6.642 pontos. O avanço veio depois de o governo da Espanha conseguir vender 3,56 bilhões de euros em títulos federais pagando juros consideravelmente mais baixos. Iberdrola e Gas Natural ajudaram a sustentar o índice espanhol, com ganhos respectivos de 2,3% e 0,6%. As informações são da Dow Jones.

O dólar caiu frente às principais moedas na segunda-feira, depois de o indicador de vendas no varejo nos Estados Unidos em junho alimentar as expectativas de que o Federal Reserve adotará novas medidas de estímulo à economia. As vendas no varejo recuaram pelo terceiro mês consecutivo em junho e a queda foi de 0,5%, quando os economistas previam um crescimento de 0,2%.

Traders disseram que outro fator para a retração do dólar foi o rebaixamento da projeção de crescimento do PIB dos EUA pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), na véspera de um importante depoimento do presidente do Fed, Ben Bernanke, a um comitê do Senado norte-americano.

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"Muitas pessoas eram da opinião de que, embora um novo relaxamento quantitativo da política monetária do Fed fosse uma possibilidade, ainda estaria vários passos adiante na estrada; mas agora existem indicações de que Bernanke está muito mais próximo de puxar o gatilho do que as pessoas pensavam", comentou o estrategista Andrew Wilkinson, da Miller, Tabak & Co.

Para Charles St. Arnaud, estrategista da Nomura Securities, moedas como o dólar australiano e o dólar canadense deverão subir, caso Bernanke dê alguma indicação forte de novas medidas do Fed; ele observou que as ações anteriores de relaxamento quantitativo fizeram subir os preços das commodities e acabaram beneficiando as moedas de economias que dependem fortemente de exportações de commodities.

No fim da tarde em Nova York, o euro estava cotado a US$ 1,2272, de US$ 1,2250 na sexta-feira; o iene estava cotado a 78,87 por dólar, de 79,19 por dólar na sexta-feira. A libra estava cotada a US$ 1,5636, de US$ 1,5576 na sexta-feira. As informações são da Dow Jones.

O euro recuou diante do dólar, em dia marcado pela expectativa, criada e depois frustrada, de que o Federal Reserve acompanharia a surpreendente redução da taxa básica de juros pelo Banco do Povo da China (PBoC).

Durante a madrugada, o BC chinês reduziu suas taxas de crédito e de depósito. Isso gerou otimismo quanto à perspectiva da segunda maior economia do mundo e fez subirem as moedas que oferecem maiores taxas de retorno. O euro chegou a US$ 1,2626, mas recuou mais tarde, depois de o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, discursar sem oferecer qualquer sinal de novas medidas de estímulo à economia dos EUA.

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O rebaixamento do rating da Espanha pela Fitch não causou reação no mercado. "Todo mundo sabe que a Espanha tem problemas. Isso já não causa mais um efeito de choque", comentou o estrategista do Citigroup, Greg Anderson.

No fim da tarde em Nova York, o euro estava cotado a US$ 1,2562, de US$ 1,2581 na quarta-feira; o iene estava cotado a 79,64 por dólar, de 79,21 por dólar na quarta-feira. A libra estava cotada a US$ 1,5526, de US$ 1,5489 (depois de o Banco da Inglaterra manter sua taxa básica inalterada, como previsto); o franco suíço estava cotado a 0,9561 por dólar, de 0,9544 por dólar na quarta-feira. As informações são da Dow Jones.

O presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, afirmou nesta sexta-feira que o banco central dos EUA está pronto para dar mais suporte para a economia persistentemente fraca, mas não indicou que qualquer movimento é iminente.

Em um discurso muito esperado para formadores de política reunidos em Jackson Hole, Wyoming (EUA), Bernanke não entrou em detalhes sobre os instrumentos do Fed para estimular a economia, o que poderia ter sido um sinal de que o Fed está prestes a tomar alguma ação. Em vez disso, Bernanke disse que o Fed estenderá a reunião de meados de setembro para dois dias para discutir as opções que o banco central pode usar.

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"O Comitê (de política monetária) vai continuar avaliando as perspectivas econômicas à luz das próximas informações e está preparado para empregar seus instrumentos conforme o apropriado para promover uma recuperação econômica mais forte em um contexto de estabilidade de preços", afirmou Bernanke.

O mais recente sinal de problemas para a economia norte-americana veio hoje, quando o Departamento do Comércio revisou para baixo a já fraca estimativa de crescimento dos EUA no segundo trimestre deste ano. O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu apenas 1,0%, em vez de 1,3% como calculado inicialmente.

Bernanke afirmou que a recuperação dos EUA, que agora já se estende por mais de dois anos e meio, continua sendo modesta. A autoridade admitiu que o ritmo do crescimento tem sido mais lento do que o Fed esperava. No entanto, se mostrou mais otimista sobre o longo prazo.

"Embora problemas importantes certamente existam, os fundamentos do crescimento dos EUA não parecem ter sido alterados permanentemente pelos choques dos últimos quatro anos", declarou Bernanke.

Os bancos dos EUA estão muito mais saudáveis agora, o setor de manufatura cresceu 15% desde o nível mais baixo e as famílias têm feito progresso na melhoria de seus balanços financeiros, destacou Bernanke. Ainda assim, ele alertou que o estresse financeiro continua sendo um peso significativo sobre a recuperação tanto dos EUA quanto do exterior.

Bernanke afirmou esperar que a inflação fique em ou abaixo de 2% em seguida à moderação da alta dos preços do petróleo e de outras commodities globais.

O presidente do Fed também disse que a política do Fed não pode fazer muito pela tendência de longo prazo da economia e pediu que o Congresso dos EUA resolvam a questão do déficit orçamentário de uma forma que não prejudique a economia. Segundo Bernanke, os EUA precisam de um melhor processo de tomada de decisão fiscal. As informações são da Dow Jones.

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