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O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, se reúne nesta segunda-feira, 29, com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) para indicar Ricardo Nascimento de Mello Araújo, coronel da reserva da Polícia Militar, como vice na chapa pela disputa da capital paulista. O militar é uma escolha de Jair Bolsonaro (PL) para a vaga, e o aceite do nome dele por Nunes vai selar a aliança entre o prefeito e o ex-presidente.

Fiel seguidor de Bolsonaro, Mello Araújo seria uma espécie de preposto de Bolsonaro numa eventual nova gestão de Nunes. O prefeito, por sua vez, ganharia um reforço na pauta da segurança pública durante a campanha, com atração, sobretudo, do eleitor bolsonarista.

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O coronel foi diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), empresa pública federal, na gestão do ex-presidente desde outubro de 2020. Em janeiro de 2023, já no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi exonerado do cargo. Antes, comandou a Rota, batalhão especial da Polícia Militar de São Paulo, entre 2017 e 2019.

Ao Estadão, Valdemar confirmou neste domingo, 28, que o nome do coronel será colocado na mesa de Nunes na reunião marcada para as 8h30. Segundo ele, a segurança pública será o assunto prioritário do encontro.

A sugestão de Mello Araújo para composição da chapa será analisada pelos partidos que já firmaram aliança pela reeleição de Nunes, de acordo com o prefeito. A pré-campanha do emedebista tem, até o momento, o apoio do Republicamos, sigla do governador Tarcísio de Freitas, do Solidariedade e do PP.

"Está meio cedo ainda (para definição do vice), a eleição está longe, estão antecipando. Mas a gente aguarda amanhã o que o Valdemar vai trazer para depois colocar para os partidos que são da coligação", disse Ricardo Nunes neste domingo, antes de participar de ato em memória às vítimas do holocausto, promovido por Confederação Israelita do Brasil, Federação Israelita do Estado de São Paulo e Congregação Israelita Paulista.

Bolsonaro e Nunes alternaram momentos de proximidade e distanciamento durante o ano passado. Em dezembro, o ex-presidente chegou a dizer que apoiaria o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), ministro do Meio Ambiente de seu governo, na eleição municipal.

Marta Suplicy (sem partido) e o presidente Lula (PT) confirmam a reconciliação com o aceite da ex-petista para ser a vice-candidata à Prefeitura de São Paulo na chapa de Guilherme Boulos (PSOL). A informação é da jornalista Daniela Lima. Segundo da publicação, aliados de Boulos confirmaram a presença dela na chapa.

Após apoiar o impeachment de Dilma Rousseff, a expectativa é que a ex-ministra e ex-prefeita retorne oficialmente como um dos quadros de destaque do PT.

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Ao longo dos 33 anos filiada ao Partido dos Trabalhadores, Marta foi prefeita de São Paulo entre 2001 e 2004. Ela também foi deputada, senadora e ministra da Cultura e do Turismo.

Atualmente, Marta é secretária de Relações Internacionais do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e deve deixar o cargo para fazer oposição ao gestor em outubro. Inclusive, ela fez campanha para chapa Bruno Covas (PSDB) e Ricardo Nunes em 2020 contra o próprio Guilherme Boulos e Luiza Erundina (PSOL).

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou os mandatos de Paulo Henrique Franceschini (Republicanos) e Clodoaldo Guilherme (PSB), prefeito e vice-prefeito de Analândia (SP), a pouco mais de 200 quilômetros da capital. Segundo o tribunal, eles teriam abusado do poder durante as eleições de 2020.

O prefeito da cidade na época era Jairo Aparecido Mascia. Por meio de decreto municipal, ele instalou barreiras sanitárias físicas na principal estrada da cidade, impedindo que eleitores da zona rural pudessem chegar aos locais de votação, o que favoreceu a vitória da chapa.

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Segundo a decisão, o índice de abstenção de votos na cidade foi de 23,84% naquele ano, quase o dobro da média histórica. Em 2016, esse índice foi de 13,24% e em 2012, 14,17%.

O processo ainda descreve conversas obtidas em grupos no WhatsApp, em que parentes dos candidatos e apoiadores da campanha falam sobre o objetivo das barreiras ser, de fato, o de impedir eleitores da zona rural - que correspondem a 20% da população da cidade - de chegarem aos locais de votação.

A Corte determinou no plenário desta quinta-feira, 14, que novas eleições sejam realizadas no município. Em decisão unânime dos ministros, a dupla perde o mandato e fica inelegível por oito anos. O ex-prefeito Jairo também não pode concorrer a cargos políticos durante o mesmo período.

A decisão do plenário acolhe recurso do PSDB e revisa uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) que decidiu manter os dois nos cargos.

Segundo o relator no TSE, ficou comprovada a prática de abuso de poder.

O Estadão procurou os advogados dos políticos e ainda aguardava um retorno até a publicação deste texto. O espaço está aberto a manifestações.

Victoria Villarruel, vice da chapa do libertário Javier Milei, candidato a presidente da Argentina, não costuma ficar em cima do muro. Ela nega o terrorismo de Estado durante a ditadura militar, defende os torturadores e promete revogar as leis que legalizaram o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Agora, porém, Villarruel arrumou encrenca com um grupo engajado: os fãs da banda BTS, uma das mais conhecidas do universo k-pop (música jovem coreana). "Repudiamos as declarações de ódio e xenofobia contra a imagem do BTS proferidas pela candidata Victoria Villarruel", tuitou a conta do BTS da Argentina.

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A revolta dos fãs argentinos começou quando tuites de Villarruel, postados em 2020, foram desenterrados recentemente, incluindo uma mensagem em que ela diz que o nome da banda parece "uma doença sexualmente transmissível".

A banda sul-coreana é um fenômeno mundial e um dos poucos grupos, desde os Beatles, a colocar quatro álbuns como os mais vendidos dos EUA em menos de dois anos. Em 2018, o vídeo da música Idol foi visto 45 milhões de vezes em 24 horas no YouTube - um recorde.

No ano passado, os sete integrantes do BTS foram recebidos na Casa Branca pelo presidente dos EUA, Joe Biden, depois de se tornarem os artistas musicais mais reproduzidos da história do YouTube, com mais de 26 bilhões de visualizações.

Diante do tamanho da reação, Villarruel postou uma mensagem lamentando o episódio. Os adversários, no entanto, pegaram carona no deslize. O peronista Juan Grabois, que perdeu as primárias de agosto para Sergio Massa, respondeu com um aviso: "Mexeu com o BTS, mexeu comigo. Não se brinca com o k-pop."

Villarruel tem um papel importante na campanha de Milei. Frequentemente, ela usa as redes sociais para travar algum tipo de guerra cultural, desde campanhas contra o aborto até críticas a homens baixinhos. Seu alvo preferido são os direitos humanos e os indígenas.

Ela ataca frequentemente as Mães da Praça de Maio, grupo fundado por parentes de vítimas da ditadura, e critica o uso de bandeiras LGBTQ+ e de comunidades indígenas nas salas de aula. "Nosso governo acabará com a doutrinação que apaga nossa identidade nacional", escreveu Villarruel no X (ex-Twitter), em agosto - mensagem que ela logo apagou.

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), se mostra cada vez mais propenso a seguir o caminho trilhado por outros no passado. De deputado federal, venceu a última corrida municipal no Recife, sendo o prefeito mais jovem eleito na capital pernambucana. Com a eminência do final do seu primeiro mandato, algumas certezas já foram levantadas, como a sua recandidatura para a prefeitura do Recife, juntamente com o apoio do partido e de demais aliados. 

No entanto, não é apenas para 2024 que devemos olhar, mas também para o horizonte de Pernambuco, provavelmente o próximo passo que a dado pelo prefeito da capital. À gestão atual de Raquel Lyra (PSDB), Campos é oposição, e pode considerar se candidatar ao governo do estado já em 26. Até mesmo alguns projetos, antes encabeçados pelo estado, mas que não foram retomados pela governadora, foram iniciados a nível municipal, como o antigo Programa Ganhe o Mundo, lançado no último dia 10 com o nome “Recife no Mundo”. 

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Para o cientista político Arthur Leandro, o cenário a ser montado não vai depender, necessariamente, de quem vai compor a chapa para vice – cargo atualmente ocupado por Isabella de Roldão (PDT). “Vice não traz voto, normalmente. Então, quem vota em João não vai votar em João por causa de Isabela. Nem vai votar em uma pessoa mais próxima ao PT. Então, em termos bem pragmáticos, do ponto de vista da eleição municipal isso não vai fazer diferença”, afirmou Leandro ao LeiaJá

Perguntada sobre a possibilidade de não correr como vice na chapa de 24, a assessoria de Isabella de Roldão afirmou que não é possível “antecipar os cenários e nos pautar por especulações. O debate eleitoral tem o seu tempo e 2024 iremos discutir em 2024”. No entanto, a dúvida ainda paira para entender como o PT depende do PSB em Pernambuco. “É possível que o PT sinalize – ou ameace – com alguma alternativa do jeito que vai lançar alguém. Não devem fazer isso, e o PSB sabe, por uma razão simples: o presidente Lula precisa do apoio do PSB hoje em nível nacional, e esse espaço da prefeitura do Recife é do PSB”, arrematou Arthur Leandro. 

A negativa também foi dada pelo PSB, por meio de nota. “Por enquanto, o partido está concentrado em se fortalecer para 2024 mesmo, ampliando os espaços nas prefeituras (hoje são 49 prefeitas e prefeitos do PSB em Pernambuco) e, sobretudo, no projeto de reeleição de João Campos. Ele tem enfatizado bastante internamente a importância de se preocupar com 2024 antes de 2026.” 

“Eu não vejo outra alternativa pro PSB hoje se não lançar Campos pro governo do estado. Então acho que a probabilidade é bastante alta de que isso seja feito e que os esforços do partido já finalizam nessa direção”, declarou Leandro. 

Outras candidaturas possíveis 

Sem contar com o possivelmente embate principal para 26 entre Campos e Lyra, ainda há outras candidaturas que já podem ser pensadas no campo da esquerda. “É possível que haja uma candidatura do PSOL-Rede, e aquelas candidaturas ‘folclóricas’, eu diria assim, PSTU deve lançar PCO, mas sem maiores repercussões. Mas o PSOL tem se credenciado a cada eleição como uma alternativa à esquerda. E tem uma comunicação, uma base social, que pode ser relevante, do ponto de vista da constituição da sua votação. Não deve ganhar a eleição, mas o PSOL tem conquistado espaço e deve utilizar do espaço da eleição municipal para exatamente se credenciar junto ao eleitorado e conseguir dar visibilidade à sua agenda”, finalizou. 

 

Em votação simbólica, o Senado aprovou o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para reajustar os salários do presidente da República, do vice, de deputados, de senadores e de ministros de Estado. O texto vai à promulgação do Congresso, uma vez que já foi aprovado pela Câmara.

Atualmente, o presidente recebe R$ 30.934,70 e os deputados e senadores, R$ 33.763,00. Pela proposta, os salários vão subir progressivamente até atingir um teto de R$ 46,3 mil. No caso do chefe do Executivo, o aumento será de 50%.

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Pela proposta, os salários passam a R$ 39.293,32 a partir de 1º de janeiro de 2023. Em 1º de abril de 2023, o valor dos contracheques passarão para R$ 41.650,92. O texto também determina que as remunerações subirão para 44.008,52 em 1º de fevereiro de 2024 e para 46.366,19 em 1º de fevereiro de 2025.

O projeto também determina que deputados e senadores receberão ajuda de custo equivalente ao valor do subsídio no início e no final do mandato. O relatório também estimou um impacto nas contas públicas de R$ 107,4 milhões em 2023, R$ 23 milhões em 2024, R$ 22,8 milhões em 2025 e de R$ 25 milhões em 2026.

A aprovação do PDL ocorreu após um imbróglio para o reajustes dos servidores públicos ao longo de 2022. Como mostrou o Broadcast ao longo do ano, diversas categorias do funcionalismo pressionaram o governo Jair Bolsonaro por aumentos salariais. Os servidores do Banco Central, por exemplo, entraram em greve.

A mobilização de servidores ocorreu após Bolsonaro prometer reajustes salariais apenas para carreiras policiais, sua base eleitoral. Tamanha a revolta das demais categorias, que o governo voltou atrás, prometeu um reajuste linear de 5% para todos, mas desistiu até dessa proposta.

Após Raquel Lyra (PSDB) ser eleita a primeira governadora de Pernambuco, a vice-governadora eleita Priscila Krause (Cidadania) agradeceu pela votação e confiança do povo pernambucano, que as escolheram como futuras governantes do Estado neste domingo (30).

"Esse é um momento de plena e total gratidão. Um agradecimento profundo ao povo pernambucano, que escolheu a mudança de verdade. Essa mudança tem nome e sobrenome em Pernambuco e apresentará um futuro muito melhor para o nosso estado. Raquel Lyra, você é a nossa governadora", afirmou Priscila. 

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A vice eleita também declarou que terão muito trabalho pela frente para unir Pernambuco. "A gente chegou aqui com muita garra, passando por todos os desafios, sem perder a fé em um minuto sequer. Em momento algum a gente duvidou, e a gente conseguiu levar essa mensagem para o coração do povo pernambucano. O nosso trabalho é grande. Vamos unir Pernambuco e cuidar da nossa gente", falou.

O ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil), que após perder a disputa pelo governo estadual declarou apoio a Raquel, disse estar confiante na habilidade e articulação política da governadora eleita. 

"A gente já ajudou no segundo turno. Todo mundo foi testemunha disso. O primeiro turno não tinha nem encerrado e eu já tinha declarado apoio a ela. Eu faço política por convicção, por acreditar no potencial das pessoas e vou continuar aqui à disposição", comentou.

O deputado federal Túlio Gadêlha, que declarou apoio à Raquel apesar de ser da Rede e estar alinhado à esquerda, disse que o desempenho de Raquel nos debates foi fundamental para seu posicionamento. "Eu esperei os debates para decidir meu voto no segundo turno. Eu tenho muita segurança do voto que dei porque eu vi Raquel com muito mais preparo para poder discutir e construir o Pernambuco que a gente espera, sem essas amarras e esse ciclo antigo da política do PSB que aparelhou o Estado, os tribunais de contas, o tribunal de Justiça", frisou.

"Raquel não é uma bolsonarista como muitos diziam. Ela nunca foi uma ditadora, Raquel sempre foi uma pessoa do diálogo e teve sua juventude militando em partidos de esquerda. Ela era brizolista, inclusive", acrescentou.

A ex-candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB), encontrou, nesta quarta-feira (5), com o postulante a vice na chapa de Lula, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB). Simone entregou a Alckmin as sugestões que pretende acrescentar ao programa de governo do PT com o anúncio oficial do apoio, que deve acontecer durante uma coletiva de imprensa marcada para às 16h de hoje, em São Paulo. 

Alckimin encontrou Simone na casa da ex-prefeita da capital paulista, Marta Suplicy. Segundo informações do jornal O Globo, Lula também se juntou aos três após gravar vídeos para a campanha.

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Desde o início da campanha, Simone deixou claro que o principal adversário na disputa era o presidente Jair Bolsonaro (PL). Após o resultado da votação, no último domingo (2), ela deu um ultimato ao MDB e disse que já tinha definido seu lado, mas aguardaria uma postura da legenda. O partido liberou os filiados para escolherem seus candidatos no segundo turno.

Neste domingo (2), a candidata ao governo de Pernambuco Marília Arraes (SD) acompanhou a votação do vice de sua chapa, Sebastião Oliveira (PL). A sessão eleitoral do político fica localizada na cidade de Serra Talhada, no Vale do Pajeú.

Sebastião, que foi o deputado federal mais votado do sertão de pernambucano nas últimas três eleições, agradeceu a presença de Marília em seu local de votação. "Hoje Pernambuco está iniciando uma nova história. Tenho certeza que Marília irá liderar um novo rumo para o nosso estado", afirmou o político.

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Marília também esteve no município de Salgueiro, no sertão, para acompanhar a votação do marido, André Cacau. Ex-vereador da cidade, ele votou por volta das 15h. Em seguida, a comitiva de Marília voltou para o Recife, onde acompanhará o resultado do pleito. 

O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, escolheu a vice-prefeito de Salvador, Ana Paula Matos, como sua vice na disputa pelo Palácio do Planalto. A falta de alianças com outros partidos obrigou o PDT a lançar uma chapa puro-sangue, ou seja, formada por pessoas da mesma sigla. A escolha por Ana Paula foi feita em reunião da executiva nacional da legenda na manhã desta sexta-feira (5), em Brasília. 

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Ciro disputa a Presidência pela quarta vez (também concorreu em 1998, 2002 e 2018) e nunca chegou ao segundo turno. O candidato repete agora uma fórmula usada na eleição de 2018, quando lançou uma mulher na vice, também do PDT, por falta de alianças: a senadora Kátia Abreu, hoje no PP.

Ciro aparece em terceiro lugar nas pesquisas com 8% dos votos, atrás de Lula (PT), que aparece com 47%, e de Jair Bolsonaro (PL), com 29%. Os dados são da pesquisa Datafolha divulgada no dia 28 passado.

Na sexta-feira (29), ao participar de evento na Universidade de Brasília (UNB), Ciro afirmou que deve crescer nos próximos levantamentos com o início da propaganda eleitoral gratuita, no rádio e na televisão, marcado para 26 de agosto. Além disso, o presidenciável disse que essa será sua última tentativa de chegar ao Planalto, caso não seja eleito.

Esta sexta é o prazo final para a realização das convenções, nas quais partidos e federações oficializam a escolha dos candidatos para disputar as eleições deste ano.

As siglas têm até o dia 15 deste mês para registrar as candidaturas a presidente, vice-presidente, governador, vice-governador, senador, deputado federal e deputado estadual, conforme o cronograma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), definiu, nesta quarta-feira (3), que o deputado federal Geninho Zuliani (União Brasil) será o candidato a vice-governador em sua chapa na disputa pela reeleição. O ex-secretário da Saúde da capital Edson Aparecido (MDB) vai concorrer ao Senado pela coligação.

O nome de Aparecido era o preferido do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para ser o companheiro de chapa do governador, mas o União Brasil, que é dono do maior tempo de rádio e TV no horário eleitoral, exigiu a indicação da vaga. Para selar o acerto na coligação, Garcia e o União Brasil prometeram apoio à reeleição de Nunes à Prefeitura, em 2024.

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Convidada por Fernando Haddad (PT) para ser sua vice na disputa pelo governo de São Paulo, a ex-ministra Marina Silva (Rede) se disse honrada com a sondagem, mas manteve a candidatura a deputada federal. "Me sinto honrada e tenho gratidão pelo gesto dele ter feito a sondagem, mas há uma agenda na UTI, que é a agenda socioambiental perdida", disse Marina ao Estadão nesta terça-feira (2).

"Esse é um processo que ele (Haddad) está liderando junto com os outros partidos. O perfil (do vice) será aquele compatível com o programa, mas todos nós, e ele também, gostaríamos que fosse uma mulher como vice", disse Marina.

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A ex-ministra citou como "vitórias" a escolha do ex-governador Márcio França (PSB) como candidato ao Senado na coligação, e do presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, como suplente.

"Mantive a decisão de sair candidata a deputada federal, mas estou inteiramente imbuída do esforço de ajudar o Fernando Haddad. Ele é de longe a melhor alternativa para São Paulo."

A federação que uniu Rede e PSOL aposta em dois puxadores de voto para a Câmara por São Paulo - Marina e Guilherme Boulos (PSOL) - para superar a chamada cláusula de barreira. A cláusula de barreira ou de desempenho (como também é chamada) restringe o funcionamento do partido que não alcança determinado porcentual de votos na eleição para a Câmara dos Deputados.

Candidata derrotada à Presidência da República em 2010, 2014 e 2018, Marina afirmou que vai agora trabalhar pela candidatura de Haddad e não reivindicou que a Rede escolha o nome do vice do petista, mas defendeu que seja uma mulher.

Em um evento marcado por declarações de políticos do PSDB que causaram constrangimento no público, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) foi confirmada nesta terça-feira, 2, como candidata a vice na chapa presidencial da também senadora Simone Tebet (MDB-MS). Após o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) declinar do convite, Mara, que está no meio do mandato no Senado, foi escolhida pelos tucanos. A chapa foi intitulada "Amor e Coragem".

"Elas estão bonitas hoje. Se produziram. Eu presto atenção. O Tasso presta também", disse o senador José Serra (PSDB-SP), rindo, em seu discurso.

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Em outro momento que causou constrangimento entre os presentes, Tasso afirmou que a economista Elena Landau, que coordena o plano de governo de Simone na área econômica, "é meio rebelde, mas a gente controla". Em seguida, Tasso disse que só a "docilidade" das mulheres pode "unir esse País". Apesar dos risos da plateia, Simone Tebet, Mara Gabrilli e a própria Elena mantiveram impassíveis.

Já o presidente do PSDB, Bruno Araújo, brincou em sua fala que seria preciso uma cota de 20% para homens na campanha da chapa.

"Sei como é difícil para nós homens, que fomos criados para não ter esse romantismo e gentileza, falar de amor. As mulheres sabem falar de amor", disse o presidente do Cidadania, Roberto Freire.

PT e Celso Daniel

Tanto Mara quanto Simone fizeram críticas ao PT e a Bolsonaro durante o evento. "Quis o PT puxar nosso tapete. Um dia a história saberá", disse Tebet em referência aos encontros do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com líderes do MDB, no mês passado, na tentativa de ampliar a sua base de apoio.

Já Mara retomou o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), em 2002, quando o pai dela tinha uma empresa de ônibus na cidade. "Eu vivi dentro de casa meu pai sendo extorquido pelo PT com uma arma na cabeça" acusou a senadora.

A confirmação de Mara Gabrilli como vice na chapa de Simone Tebet ocorre após a resolução do impasse entre MDB e PSDB no Rio Grande do Sul. Ficou acordado que o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) vai receber o apoio dos emedebistas na disputa.

A senadora Eliziane Gama (MA), do Cidadania - partido que formalizou federação partidária com o PSDB - chegou a ser cotada como vice de Simone Tebet, mas os tucanos não abriram mão de indicar um nome da legenda. Esta será a primeira vez desde a criação do partido que o PSDB não terá candidato próprio na disputa pelo Palácio do Planalto.

A ex-prefeita de Caruaru e pré-candidata ao governo de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), também chegou a ser apontada para compor a chapa. Mas, diante do seu desempenho no Estado, avaliou que não valeria a pena abrir mão da disputa regional.

O candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) confirmou nesta terça-feira, 2, que a ex-ministra Marina Silva (Rede) não será vice na sua chapa. "O lugar dela em virtude do compromisso com a Amazônia é Brasília", disse, ao explicar a justificativa dada por Marina.

A ex-ministra já anunciou a sua candidatura como deputada federal em São Paulo e é vista pela sua legenda como importante puxadora de votos. Apesar de já ter confirmado que disputará à Câmara, líderes do PT insistiam no nome de Marina para fortalecer a chapa em São Paulo. Pesquisas mostraram que seu nome agregava na corrida estadual.

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Haddad afirmou que aguardará até o prazo final, dia 5 de agosto, para confirmar qual nome será indicado para o posto. Marianne Pinotti (PSB), ex-secretária da Pessoa com Deficiência na prefeitura de São Paulo, foi cotada para a vaga. O ex-prefeito de Campinas e ex-presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) Jonas Donizette (PSB) também foi citado, mas interlocutores da campanha dizem que a preferência é por uma mulher.

A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) foi a indicada pela federação entre PSDB e Cidadania para concorrer à vice-presidência da República na chapa de Simone Tebet (MDB). O anúncio formal da composição da chapa ocorreu na manhã desta terça-feira (2).

Nascida em São Paulo em 1967, Mara começou a carreira política em 2004, quando disputou as eleições municipais para o cargo de vereadora. Não alcançou a quantidade de votos necessária para se eleger, mas ficou na lista de suplentes.

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Em 2005, na gestão de José Serra (PSDB) na Prefeitura, Mara propôs a criação de uma secretaria municipal para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. O então prefeito acatou a proposta e criou a pasta, que foi a primeira no País a ser voltada para a área. A então suplente da Câmara Municipal foi nomeada secretária, cargo que ocupou em 2005 e 2006.

Nas eleições proporcionais de 2006, alguns vereadores do município de São Paulo foram eleitos deputados federais e estaduais, deixando lacunas na Câmara Municipal. Mara, que era suplente, tomou posse para cumprir os dois últimos anos de mandato. Foi reeleita em 2008 e ficou na Casa até 2011, quando tomou posse como deputada federal, após disputar o cargo no pleito de 2010.

No Congresso, seu trabalho de maior destaque foi a relatoria da Lei Brasileira de Inclusão (LBI), que modernizou a legislatura brasileira e ampliou direitos para as pessoas com deficiência. O texto, que entrou em vigor em 2016, estabeleceu mudanças em relação aos direitos civis dessa população: pessoas com deficiência intelectual, por exemplo, passaram a ter garantido em lei o direito ao voto e a ser votado, ao casamento e a ter filhos, entre outros, sem a necessidade de uma decisão judicial para isso

"A principal inovação se dá na mudança do conceito de deficiência, que agora não é mais entendida como uma condição estática e biológica da pessoa, mas sim como o resultado da interação das barreiras impostas pelo meio com as limitações de natureza física, mental, intelectual e sensorial do indivíduo", afirma a senadora.

"Nesse sentido, uma pessoa que tenha uma tetraplegia, como eu, mas que tenha condições financeiras de ter um cuidador e para trabalhar, pode ser considerada com menos deficiência do que alguém com uma deficiência menos severa, mas que more em uma comunidade e não consiga sair de casa por falta de acessibilidade, por exemplo", completa.

Mara sofreu um acidente de carro em agosto de 1994, e desde então não tem mobilidade do pescoço para baixo. Em 1997, fundou o Instituto Mara Gabrilli, uma ONG para fomentar pesquisas científicas destinadas à cura de paralisias e atuar no desenvolvimento social de pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade.

Em 2018, foi eleita senadora por São Paulo com 6,5 milhões de votos. No mesmo ano, tornou-se a primeira brasileira a integrar o Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU).

Agora, na metade de seu mandato no Senado, Mara teve seu nome anunciado como vice de Simone nesta terça-feira, no diretório tucano de São Paulo, com a presença da emedebista e dos presidentes dos três partidos envolvidos na aliança: Baleia Rossi, do MDB; Bruno Araújo, do PSDB; e Roberto Freire, do Cidadania.

Pesquisas qualitativas feitas pela campanha do MDB mostraram que uma chapa com duas mulheres seria um diferencial. Além do MDB, o PSTU lançou duas mulheres: Vera Lúcia, candidata a presidente, e a líder indígena Kunã Yoporã, como vice. Já a chapa do PCB é encabeçada pela economista Sofia Manzano, que terá o jornalista Antonio Alves como candidato a vice.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) também era cotada para a vaga, mas os tucanos não abriram mão de indicar um nome da legenda, já que, pela primeira vez desde a criação do partido, o PSDB não terá candidato próprio na disputa pelo Palácio do Planalto. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que era considerado como primeira opção, declinou do convite. Ele também confirmou presença no anúncio da vice.

Após o senador Tasso Jereissati (CE) desistir de ser candidato a vice na chapa da senadora Simone Tebet (MDB-MS) na disputa pela Presidência da República, o PSDB deve indicar a senadora Mara Gabrilli (SP) para a vaga. A informação foi antecipada pela coluna Painel, da Folha de S.Paulo, e confirmada pelo Estadão.

MDB e PSDB resolveram neste fim de semana o último impasse regional entre os dois partidos. Candidato à reeleição no Rio Grande do Sul, o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) vai receber o apoio dos emedebistas na disputa.

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A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) também está cotada para a vaga, mas os tucanos não abrem mão de indicar um nome da legenda, já que pela primeira vez desde a criação do partido não terão candidato próprio na disputa pelo Palácio do Planalto.

Pesquisas quantitativas feitas pela pré-campanha de Simone Tebet mostraram que uma chapa com duas mulheres seria o "fato novo" da campanha. Pesquisa Datafolha divulgada na semana passada apontou a senadora com 2% das intenções de voto. Além do MDB, o PSTU lançou uma mulher na corrida presidencial - a operária Vera Lúcia, que terá como vice a líder indígena Kunã Yoporã.

Aliados de Mara Gabrilli, que está no meio do mandato de senadora, contam que ela foi sondada pelo presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, e deve ainda nesta segunda-feira, 1º, se reunir com Simone em São Paulo.

Neste fim de semana, os partidos dos candidatos mais bem avaliados ao Governo de Pernambuco realizam suas convenções e devem anunciar o trio de indicados a compor a chapa da disputa estadual e no Senado. As convenções simbolizam a largada da corrida eleitoral, que neste ano apresenta um cenário bastante acirrado.

Cinco candidatos à frente nas pesquisas articulam alianças dentro do próprio estado para romper a hegemonia do PSB, representada pelo deputado Danilo Cabral. A consolidação da Frente Popular do litoral ao interior é o principal obstáculo para a oposição.

"É uma das campanhas mais difíceis de Pernambuco nos últimos tempos por termos pré-candidatos com bastante representatividade. Um representando a máquina pública que já está na mão de um grupo há mais de 16 anos e os outros candidatos representando uma certa inovação para esse cenário", sintetizou o cientista político Caio Souza.

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 Essa multiplicidade de palanques se caracteriza pela aposta dos partidos em perfis jovens, representantes da renovação geracional das lideranças políticas do estado. Outro realce se dá no fortalecimento de candidaturas femininas, com destaque para Marília Arraes (Solidariedae) e Raquel Lyra (PSDB), que podem valorizar a representatividade para atrair a maior fatia do eleitorado de Pernambuco, onde 54% dos eleitores são mulheres.

“São jovens candidatos, dos quais três ex-prefeitos de importantes cidades (Jaboatão dos Guararapes, Caruaru e Petrolina) renunciaram aos seus mandatos com boas aprovações e reeleição consolidada. São de famílias tradicionais, mas trazem novas ideias", sublinhou o cientista político Marconi Aurélio e Silva.

Souza enxerga Marília como uma figura promissora, sobretudo pela escolha de Sebá Oliveira (Avante) como vice para alcançar votos no interior. Contudo, o deputado federal declarou voto no presidenciável do seu partido, André Janones, que, apesar da afinidade com Lula, choca com os esforços de Marília para vincular sua campanha à imagem do ex-presidente. Sem o suporte do líder petista, que faz campanha para Danilo Cabral, seu desempenho pode ser limitado. 

Ainda assim, a estratégia de conversar com partidos mais afastados da esquerda pode lhe render bons frutos. Não à toa que, em um eventual segundo turno, não será surpresa vê-la ao lado dos atuais concorrentes. "Marília não conseguiu angariar o apoio do PP e do Pros como gostaria, tendo apenas o apoio do Avante e do senador André de Paula (PSD). São nichos bem distintos, então, ela tem uma boa aliança", avaliou.

Sem tanta popularidade na Região Metropolitana do Recife, Danilo "depende muito de seus padrinhos para que tenha seu nome alavancado", tanto que tem a atual vice-governadora, Luciana Santos (PCdoB), como vice de chapa. Apoiado por Lula, mesmo tendo votado pelo impeachment de Dilma Roussef, o deputado vai precisar de jogo de cintura diante do relacionamento abalado entre PSB e PT herdado nas últimas eleições municipais. 

"Toda a quebra de confiança de 2020 fez com que parte da ala petista não concorde com a candidatura de Danilo e tenha maior simpatia de Marília", comentou o estudioso.

Com uma composição de apoiadores no Agreste, Raquel Lyra (PSDB) aposta na solidez da sua vice, Priscila Krause (Cidadania), para conquistar votos na capital. Por outro lado, como representam uma vertente mais centralizada da direita, "apesar da popularidade adquirida ao longo da carreira política, elas não conseguem atrair votos do bolsonarismo para compor sua votação", compreende.

No outro eixo da polarização nacional, Anderson Ferreira (PL) montou uma chapa 'puro sangue' ao lado de Izabel Urquiza. Além disso, o ex-prefeito tem o ex-ministro do turismo e pré-candidato ao Senado, Gilson Machado, no seu bloco eleitoral.

Para o cientista político, o voto evangélico será, mais uma vez, uma das principais bases da sua campanha. "Anderson não conseguiu fazer uma linha de alianças muito grande. No entanto, tem o presidente como seu principal aliado, além da máquina de Jaboatão e de alguns prefeitos", considera.

Na mesma linha de composição de chapa, Miguel Coelho (União Brasil) anunciou como vice Alessandra Vieira. Atrás dos demais concorrentes nas pesquisas, Souza explica que as forças políticas do estado ainda não agregaram seu nome.

"Ele tem um bom cabo eleitoral na figura do pai [o senador Fernando Bezerra Coelho], mas sem o piso de um apoio que venha lhe dar mais sustentação [...] A campanha majoritária depende de personagens fora da localidade para dar volume na votação", complementou o especialista.

A menos de um mês para o prazo final de registro das candidaturas, sete presidenciáveis ainda não anunciaram seus candidatos a vice. Dos 12 políticos que vão disputar o Palácio do Planalto, apenas Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Luiz Felipe D’ávila (Novo) e Vera Lúcia (PSTU) já fecharam suas chapas. Os partidos têm até o próximo dia 15 de agosto para apresentar as candidaturas, mas as convenções partidárias que validam os nomes devem ser realizadas até dia 5.

Pelas regras eleitorais, sem indicar um candidato a vice-presidente, um partido não pode participar da eleição presidencial. Desde 1985, quando começou a redemocratização, três vices já assumiram a Presidência de forma definitiva: José Sarney, Itamar Franco e Michel Temer.

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No diagnóstico do analista político Creomar de Souza, da Universidade de Brasília (UnB), a indefinição a essa altura é resultado da polarização da disputa. "A dificuldade em definir vices está vinculada ao fato de que o sistema político se cristalizou em torno de duas variáveis principais: as candidaturas de Lula e Bolsonaro e a corrida por cadeiras no Legislativo", observou. "As candidaturas de menor tração tornaram-se até aqui pouquíssimo atraentes em termos de construção de coalizão", completou.

O ex-ministro Ciro Gomes foi oficializado pelo PDT como candidato a presidente na última quarta-feira, mas sem apresentar o vice. Ele disse que busca uma mulher para compor a chapa. O presidente do partido, Carlos Lupi, tem dito que vai esperar até o último momento para atrair partidos para a aliança de Ciro, que aparece em terceiro nas pesquisas de intenção de voto. No entanto, o cenário mais provável é de uma chapa apenas com integrantes do PDT. Suely Vilela (PDT), ex-reitora da Universidade de São Paulo (USP), é uma das cotadas para ser vice.

Já a pré-candidata do MDB a presidente, senadora Simone Tebet, tem o apoio do PSDB e do Cidadania. Há um acordo para que o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) seja o candidato a vice. Os tucanos, no entanto, seguram o anúncio de Tasso como vice porque ainda esperam como contrapartida que o MDB apoie Eduardo Leite (PSDB) para o governo do Rio Grande do Sul. Simone terá sua candidatura confirmada no próximo dia 27 de julho, quando está prevista a convenção do MDB.

Pré-candidato pelo União Brasil, Luciano Bivar não conseguiu o apoio de nenhuma sigla. A solução deve vir do próprio partido: a senadora Soraya Thronicke (União-MS) é o nome mais cotado. Resultado da fusão entre DEM e PSL (ex-sigla do presidente Jair Bolsonaro) e dona do maior fundo eleitoral, a sigla tem dado prioridade às disputas para governador e para a Câmara.

André Janones (Avante), Pablo Marçal (PROS), Eymael (DC), Leonardo Péricles (UP) e Sofia Manzano (PCB) também ainda não têm vice.

Lula foi o primeiro a se movimentar para fechar um acordo para selar o vice. Desde o final de 2021, o petista negociou um acordo para ter o ex-tucano e ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) a seu lado. Na quinta-feira, 21, o PT oficializou a chapa.

O ex-governador já disputou duas vezes o Palácio do Planalto, em 2006, quando perdeu para Lula no segundo turno, e em 2018, quando ficou em quarto lugar. Nas duas eleições, fez diversas críticas ao PT, lembrando escândalos de corrupção envolvendo o partido e a condução das gestões petistas na economia.

Em mensagem divulgada no Twitter na quarta-feira, 20, Lula explicou sua escolha. "Muita gente estranha minha aliança com o Alckmin. Eu li em um livro do Paulo Freire que a gente tem que juntar os divergentes para derrotar os antagônicos. E é isso que vocês precisam saber. Nós vamos consertar esse país", afirmou. Além do PSB e do próprio o PT, Lula tem o apoio do PCdoB, PV, Solidariedade, PSOL e Rede.

Braga Netto

Já Bolsonaro escolheu um nome próximo a ele. O general Walter Braga Netto (PL), ex-ministro da Defesa, deve ser confirmado como vice no domingo, 24, no Rio, na convenção do partido. O presidente também deve ter o apoio do Republicanos, Progressistas e PSC. O militar coordena o plano de governo de Bolsonaro. Segundo o líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), o ex-ministro tem experiência de planejamento e estratégia e deve ter uma atuação ativa no governo caso Bolsonaro seja reeleito. "Sempre esteve presente e atuante, não será diferente como vice", disse.

O cientista político Bruno Carazza avalia que os perfis de vice escolhidos por Lula e Bolsonaro atendem a estratégias diferentes. "Lula buscou sinalizar uma ampliação de apoios para além da esquerda. Bolsonaro, por sua vez, opta por sedimentar a associação com os militares e, caso reeleito, minimizar os riscos de impeachment, como aconteceu com Mourão", observou.

Carazza também disse que a demora em completar as chapas sinaliza a falta de viabilidade dos candidatos. "A demora na definição do vice nas chapas desses candidatos revela uma dificuldade em construir alianças políticas e sociais em torno de seus projetos de poder".

Vera Lúcia, que irá representar o PSTU na disputa pelo Palácio do Planalto, vai ter a colega de partido Raquel Tremembé como vice. O Novo vai ter Luiz Felipe D’Ávila como candidato a presidente e o deputado Tiago Mitraud (MG) como vice.

O partido Novo anunciou nesta sexta-feira, 1º, que o deputado federal Tiago Mitraud (MG) será o candidato a vice na chapa presidencial do cientista político Luiz Felipe d'Avila. O Novo optou por lançar uma chapa "pura" após tentar sem sucesso construir uma coligação mais ampla.

Luiz Felipe d'Avila vai disputar a Presidência da República em situação adversa em comparação com outros candidatos. O Novo optou por não usar recursos do Fundo Partidário e, sem aliados na coligação, o candidato terá um tempo muito pequeno de exposição no horário eleitoral na TV e rádio.

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Tiago Mitraud faz parte do grupo de deputados de Novo que se colocou contra a pré-candidatura do empresário João Amôedo, fundador da sigla que disputou a Presidência da República em 2018 e obteve então 2,5% dos votos.

A bancada da sigla na Câmara defendeu que Mitraud fosse o candidato ao Palácio do Planalto. Diante do impasse, Amôedo desistiu, mas d'Avila acabou sendo escolhido pelo processo seletivo da legenda.

Nas mais recentes pesquisas de intenção de voto, o presidenciável do Novo não ultrapassou até agora 1%. Em entrevista ao Estadão em abril, D'Avila afirmou que 'o Brasil precisa de um pacificador'. O cientista político defendeu também enquadrar a Petrobras e todas as estatais no programa de desestatização.

Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que o seu candidato a vice-presidente da República será o general Walter Braga Netto, que foi exonerado nesta sexta-feira (1º), do cargo de Assessor da Presidência da República. Cientista político avalia que essa escolha não traz um fato novo para o atual chefe do Executivo e agrada apenas a bolha bolsonarista.

O centrão juntamente com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro, até tentaram convencer o mandatário a escolher alguém da ala, cogitaram, inclusive, o nome da ex-ministra da Agricultura Teresa Cristina (Progressistas) para vice, mas o chefe do Executivo já está decidido e Braga Netto é quem deve aparecer ao seu lado nas urnas deste ano.

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Em entrevista ao LeiaJá, o cientista político Caio Souza aponta que a escolha do general pode ser boa, do ponto de vista da coerência do discurso de Jair Bolsonaro. Mas, ao mesmo tempo, pode ser ruim porque ele não atrai novos setores da política e da própria sociedade, por não existir um fato novo. Lembra-se que em 2018, na tentativa de agradar os bolsonaristas e, principalmente, os militares, o também general Hamilton Mourão (Republicanos) foi o nome escolhido na época.

Neste ano, repete-se o gesto do presidente da República para tentar manter os seus fiéis apoiadores. "Braga Netto mantém o eleitorado militar e atrai integrantes desse público que possivelmente não estariam tão felizes ou que teriam algum receio com a candidatura de Bolsonaro. No entanto, ele não agrega com o eleitorado que está indeciso e que está na oposição, porque ele é uma repetição da própria figura do Hamilton Mourão, só que com mais alinhamento ao presidente", destaca o especialista.

Caio também avalia que, temendo um processo de impeachment, Bolsonaro acredita que a figura de um militar como vice pode representar uma espécie de "seguro" contra o afastamento. "O que aprendemos nos últimos anos é que a figura do vice opositor ao presidente pode ser um problema. A gente viu isso com a ex-presidente Dilma (PT), onde claramente sofreu sérios problemas com o seu ex-vice que se tornou presidente e um dos grandes articuladores do seu impeachment". 

O estudioso salienta que Bolsonaro também não está à margem de sofrer um pedido de impeachment, então ele estar com alguém mais alinhado com o seu posicionamento diminui a possibilidade da traição, como aconteceu com a ex-chefe do Executivo nacional petista que teve o seu afastamento mobilizado por Michel Temer (MDB) e os partidos do centrão.

Mulher como vice

Um dos motivos para que o nome da Teresa Cristina, e até da ex-ministra Damares Alves (Republicanos), fossem ventilados para compor chapa com o mandatário nacional, era na tentativa de “limpar” a imagem de Jair Bolsonaro perante esse público. A pesquisa Genial/Quaest divulgada no início de junho, mostra que o ex-presidente Lula (PT) é o preferido do público feminino com 50% das entrevistadas afirmando que votarão no petista. Apenas 22% deste segmento declarou voto ao atual presidente da República. 

Na avaliação de políticos do centrão, ter uma mulher integrando a majoritária com Bolsonaro poderia atrair novos votos deste público. O cientista político Caio Souza discorda dessa avaliação.

“Uma mulher como vice do Bolsonaro não traria uma melhoria na imagem do presidente porque também não é uma preocupação dele. Acho que ele se preocupa em manter coerência em cima do que acredita ser certo falar, ou não. Se colocar alguém como uma figura que traga algo oposto, isso pode ser ruim para que ele persevere. Então, não acho que seria uma boa estratégia dele colocar uma mulher para ser a sua vice”, assevera.

Mas a mulher é uma preocupação do governo, afinal, é voto. Para dar uma atenuada nos discursos e ações machistas do mandatário, a primeira-dama Michelle Bolsonaro foi escalada pelo Palácio do Planalto. Em junho, Michelle se filiou ao PL para ser autorizada legalmente a participar dos programas partidários da sigla ao qual o seu marido vai disputar a reeleição, mas ela não chegou a gravar as peças dentro do período necessário. Isso não quer dizer que ela não deva aparecer ao lado do presidente na televisão e em suas andanças pelo Brasil atrás de voto a partir do mês de agosto.

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