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O pai, um casal de filhos e um genro foram presos nessa sexta-feira (16), por suspeita de articular a morte de uma família boliviana na divisa do país com o município de Acrelândia, interior do Acre. O estupro de uma adolescente boliviana, de 14 anos, ocorrido em setembro, seria o ponto que desencadeou uma série de crimes.

Após dias de investigação, a família brasileira foi achada em um acampamento no meio da mata. O delegado Samuel Mendes informou ao G1 que o pai não teria envolvimento com a chacina, porém assume o papel de 'líder' familiar.

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“Ele acabou sendo preso porque seria o patriarca da família, deu suporte. E essa família já vinha agindo há algum tempo na localidade praticando vários delitos, então acabou formando uma organização criminosa e têm praticado vários crimes de furto, ameaça”, explicou o delegado ao site.

No dia 13 de setembro, o pai da jovem boliviana flagrou o acreano estuprando a filha na fronteira entre os dois países e o amarrou para buscar ajuda com a polícia. Familiares resgataram o suspeito, atacaram a propriedade dos bolivianos e mataram a mãe e dois filhos a tiros. Após os homicídios, eles incendiaram a casa.

“Eles individualizaram a participação da cada um. E foi esse o contexto, eles foram lá para resgatar o membro da família e acabou tendo o desentendimento com os familiares da vítima, inicialmente com o irmão dela e com a mãe. Eles discutiram com o rapaz e mãe interveio na situação para proteger o filho. Foi quando ela tomou o primeiro disparo que atravessou o corpo dela e atingiu o filho que estava atrás dela. Segundo um dos autores, a mãe morreu na hora e esse rapaz que levou o tiro ficou agonizando, o outro foi lá e executou com um tiro. Então, viram que um dos outros filhos estava filmando a ação e por ele está filmando, o menor [que já estava apreendido] viu e deu um tiro nele também”, detalhou o delegado ao G1.

O patriarca boliviano Carlos Ribas, de 49, lamentou a chacina, “me levaram tudo e mais a vida dos meus dois filhos e da minha mulher”. Ele disse que conhecia os brasileiros há cinco anos e, inclusive mantinham uma relação profissional. “Estamos muito abalados realmente. Eu tinha confiança neles, contratei para trabalhar lá na minha propriedade, conhecia há cerca de cinco anos e eles estudaram tudo, até como minha mulher guardava o dinheiro”, frisou.

A vítima de estupro também chegou a ser baleada e precisou passar duas cirurgias no pronto-socorro de Rio Branco, nessa quinta-feira (15). Os procedimentos foram realizados em um dos braços e na região buco-maxilo-facial. A jovem segue internada e a recuperação evolui bem.

Na gravação do depoimento prestado à polícia, a adolescente chora enquanto detalha a ação dos criminosos. “Primeiro dispararam na minha mãe e depois disparam em mim, depois dispararam no [nome de um dos irmãos] e depois no meu irmão [nome do outro irmão], que estava atrás de uma árvore”, afirmou aos prantos.

Capturados, os brasileiros prestaram esclarecimentos antes de serem indiciados por homicídio e ocultação de cadáver. O que cometeu o estupro teve o crime acrescentado às penas. Duas armas que teriam sido usadas no crime foram localizadas e todos foram encaminhados ao presídio da capital acreana.

O consulado boliviano acompanha o caso, mas não comentou por recomendação das autoridades. No entanto, Carlos Ribas espera que os acusados sejam cumpram a prisão na Bolívia. “Peço por favor, e também falo ao meu país, que eles sejam pegos e extraditados para o consulado. Somos trabalhadores, nunca tivemos nenhum problema em Plácido de Castro, nem em Acrelândia ou Califórnia [vila], mas tive a família baleada, querem tampar minha boca, mas não, a mim não vão calar. Quero que se cumpra a lei e que paguem seus delitos na Bolívia, porque mataram na Bolívia. Vou falar com governador da Bolívia, vou ao Ministério Público, quero Justiça”, reinvidicou o agricultor.

Se o futebol não tem sido dos mais vistosos nos campos desta Copa América, não se pode dizer o mesmo das arquibancadas. Isso porque muitas torcedoras, além de esbanjar carisma, vêm embelezando o torneio no Chile. Veja a galeria de belas torcedoras da Copa América.

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A boliviana Luciana Campos, de 27 anos, nunca pensou que um dia teria sua filha beijada pelo papa. Morada da favela do Pavãozinho desde que chegou ao Rio, há oito anos, ela trabalha em Copacabana todos os dias vendendo artesanato. Sua primeira filha, Emili, nasceu faz pouco mais de um mês e acompanha a mãe todo dia, já que ela não tem ninguém para cuidar do bebê enquanto trabalha.

Depois de ver o papa passar na sua frente duas vezes nessa última semana - e beijar um monte de bebês nesse trajeto -, Luciana resolveu arriscar. Pediu que sua sobrinha levasse Emili a frente da multidão. Ela conseguiu abrir caminho entre um grupo de argentinos e entregou o bebê a uma voluntária. "Não acredito que deu certo. Ela levantou minha filha e o papa parou e deu um beijo na testinha dela", contou.

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A família de Luciana é católica e frequenta uma capela que celebra missa em espanhol na mesma favela em que vive, para a comunidade andina que vive ali. "É emoção demais", afirmou. 

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