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Os parentes e amigos de Bruna Gobbi se concentraram na orla de Boa Viagem, na manhã desta terça-feira (22), para protestar. Há um ano, a turista paulista foi morta após ser atacada por um tubarão quando passava as férias com a família no Recife. O objetivo do ato foi pedir aumento na proteção para banhistas que frequentam a praia, além de lembrar a morte da jovem.

Eles distribuíram panfletos e vestiram camisas estampando a foto da estudante. Também colocaram, na beira-mar, sacos plásticos preto para simbolizar mortes provocadas por ataques de tubarão. Participaram outras vítimas de ataques de tubarão e entidades não governamentais.

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Bruna estava com uma prima quando foi atacada na perna. Chegou a ser socorrida para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, em seguida transferida para o Hospital da Restauração, mas não resistiu. A estudante foi a 59° vítima de ataques de tubarão no Estado e a 24° morte. A contagem começou desde 1992.  

Nesta terça, o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) aprovou os testes com tela de proteção com 400 metros que será instalada no mar para proteger os banhistas. Há três anos, o projeto foi prometido. De acordo com o Cemit, ainda será aberta uma licitação para escolher qual a empresa vai confeccioonar e instalar as telas.

Já quarta-feira (23), a equipe de organização não-governamental Ocearch, que chegou hoje na capital, começará a capturar e marcar tubarões-tigre na costa nordestina para instalar um chip de monitoramento.

 

Familiares da paulista Bruna Gobbi, morta após um ataque de tubarão na Praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, promovem, na manhã deste domingo (26), um ato de protesto no calçadão da Praia. Munidos de cartazes e panfletos, eles orientam quem passa pelo local sobre a possibilidade de outros ataques e cobram respostas e posicionamentos oficiais sobre o caso. A jovem tinha 18 anos e morreu no dia 22 de julho do ano passado.

Cerca de 30 pessoas participam do ato. A mãe de Bruna, Josete Nascimento da Silva, que também é natural de São Paulo, é organizadora do protesto e reclama da falta de respostas. De acordo com ela, outros atos já foram realizados e até agora o Comitê Estadual de Monitoramento com Incidentes de Tubarões (Cemit) não se posicionou sobre o fato. Ela também alega falta de compromisso do Governo de Pernambuco e da Prefeitura do Recife para informar mais a população sobre as áreas onde podem acontecer os ataques. “Só placas não bastam. É preciso colocar redes de proteção e outros informativos”, disse Josete.

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A mãe de Bruna relatou também que o socorro da jovem não foi feito no tempo correto e também criticou as pessoas que alegam que a jovem não prestou atenção nas placas de alerta contra ataques de tubarão. “Minha filha é de São Paulo e lá não tem praia. Quando ela chegou aqui na casa da tia, viu aquele sol e o mar, colocou o biquíni e foi para a praia”, completou.

Com a colaboração de Priscilla Costa.

 

 

 

Apesar de participarem de uma cerimônia de homenagem aos bombeiros que participaram do resgate da estudante Bruna Gobbi, que acabou morrendo após ser atacada por um tubarão, e sua prima Daniele Souza, 26, a família das jovens irá manter o processo contra o estado por negligência. O LeiaJá escutou a própria Daniele e também sua mãe, Maria das Graças, momentos antes da entrega das medalhas comemorativas, em uma solenidade pelos 126 anos do Corpo de Bombeiros, no Teatro da UFPE.

Questionada sobre a contradição das duas ações, a tia de Bruna Gobbi se justificou separando a ação dos bombeiros e a do Estado. "Eu vim pela minha filha e pelo homem que a salvou, mas a mãe de Bruna vai dar seguimento ao processo", disse. Daniele Souza, que estava com a prima no momento em que ela foi atacada, disse que uma medalha é pouco para o homem salvou sua vida. "O comandante nos chamou para prestar essa homenagem e eu não pude recusar pois estou aqui graças a eles. Não tem nada a ver com a parte de Bruna", afirmou.

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Com informações de Íris Garbuglio

Através de nota enviada à imprensa, o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) se pronunciou a respeito da recomendação expedida pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) após o ataque que vitimou a jovem Bruna Gobbi, de 18 anos. O órgão solicitou ao Governo do Estado a proibição do banho de mar em trechos de praias urbanas, como Boa Viagem, onde ocorreu o acidente.

Conforme a nota, foi decidido por unanimidade que as recomendações formuladas deixam a desejar quanto ao embasamento técnico, são de difícil operacionalidade, têm eficácia contestável e causam considerável impacto ambiental. O Cemit ainda adiantou que convidou o procurador Ricardo Coelho, responsável pela recomendação, para a exposição dos resultados que vem obtendo ao longo dos últimos nove anos.

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Confira abaixo a nota na íntegra:

Em resposta a Recomendação n° 08/2013, expedida em 23 de julho de 2013 pelo Ministério Público do Estado de Pernambuco – MPPE, que recomenda ao Governo do Estado a proibição do banho de mar em trechos de praias urbanas, o CEMIT torna público que em reunião ocorrida na Secretaria de Defesa Social - SDS na ultima quarta-feira 24 de julho de 2013, com a presença dos membros efetivos e representantes do Governo do Estado, foi decidido por unanimidade que as recomendações formuladas deixam a desejar quanto ao embasamento técnico, são de difícil operacionalidade, têm eficácia contestável e causam considerável impacto ambiental. Por isso, o Comitê além de se colocar a disposição do MPPE, convida o Procurador Dr. Ricardo Coelho para a exposição dos resultados que vem obtendo ao longo dos últimos 9 (nove) anos, os quais são considerados altamente adequados para a mitigação da problemática de incidentes com tubarões. Por fim, aduzimos que o CEMIT responderá oficialmente ao MPPE no prazo estabelecido.

O ataque de tubarão que vitimou Bruna Gobbi, de 18 anos, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, deixou todo o país em alerta. Nesta quarta-feira (24) a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes solicitou via ofício ao Corpo de Bombeiros (CBMPE) mais placas sinalizadoras advertindo sobre o risco de ataque de tubarões.

Dentre as solicitações da cidade está uma escala que traga mais bombeiros ao litoral do município com o intuito de deixar a praia mais segura. “A tomada dessas providências contribuirá, e muito, para segurança dos banhistas e qualificação dos serviços turísticos”, ressaltou o prefeito Elias Gomes.

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Jaboatão dos Guararapes abriga um litoral de 8 quilômetros de extensão, que compreende as praias de Piedade, Candeias e Barra de Jangada. 

Dois dias após o ataque de tubarão que vitimou uma jovem de 18 anos na praia de Boa Viagem, representantes de diversos órgãos se reuniram para discutir a recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) de interditar alguns trechos das praias onde ocorreram alguns incidentes com animais marinhos de grande porte. 

O encontro realizado nesta quarta-feira (24) reuniu representantes da Casa Civil, da Secretaria de Defesa Social (SDS) e do Comitê de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit). Apesar de ter expedido a recomendação, o Promotor do Meio Ambiente Ricardo Coelho não compareceu a reunião.

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Durante o encontro, as entidades que integram o Comitê e a SDS foram unânimes contra a recomendação do MPPE. “Não vejo nenhuma razão para que haja essa interdição. Do ponto de vista operacional vejo uma dificuldade muito grande em se interditar a praia. Também existe o lado jurídico que esbarra num problema Constitucional quando se trata do direto de ir e vir das pessoas”, explicou o secretário Wilson Damázio.

O secretário ainda afirmou que irá verificar com que base operacional e jurídica está sendo feita a recomendação. “O problema existe no mundo todo a exemplo da Flórida com frequência de casos bem maior, mas não há nenhuma recomendação para interdição. Temos feito nosso dever de casa, o governo tem investido fortemente, na praia de Boa Viagem, que talvez seja uma das melhores no mundo em termo de estrutura com os postos integrados, investimentos em equipamentos, placas sinalizadoras e contratações de bombeiros.

Para a presidente do Cemit, Rosângela Lessa, a existência da recomendação foi uma surpresa. A SDS e o próprio Cemit não receberam oficialmente o documento “Tomamos conhecimento pela imprensa desse documento e não observamos elementos técnicos que permitam tal adoção. Entendemos que faltou conhecimento sobre o que faz e como atua o Cemit nesses nove anos. Todas as estratégias que o Cemit adota são as melhores existentes no mundo”, disse.

Segundo a presidente, as políticas são adotadas com base em três simpósios internacionais que contaram com opiniões de especialistas em segurança humana e conservação ambiental. “Isso nos leva a ser contra a interdição. Contra a colocação de redes porque existem resultados de pesquisas que sua utilização causa impacto ambiental e morte de espécies ameaças ou não de extinção além de não garantirem 100% de proteção,” explicou.

Conforme o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, o governo está disposto a investir em recursos públicos e promover debates científicos com pesquisadores do mundo todo, assim como em políticas públicas em quaisquer técnicas que se mostrem do ponto de vista científico adequado para isso. 

Ele também avaliou a atuação dos integrantes do Corpo de Bombeiros durante o ocorrido em Boa Viagem na última segunda-feira (22). “Durante 50 segundo - antes mesmo do animal atacar a jovem – o Jet ski do Corpo de Bombeiros chegou e outros nadando adotaram todas as medidas para o socorro”, afirmou.

Com informações da assessoria

Valdir Gobbi, pai de Bruna, que morreu vítima de um ataque de tubarão nessa segunda-feira (22), chegou ao Instituto de Medicina Legal (IML) na manhã desta quarta-feira (24) para liberação do corpo da filha. O homem estava em São Paulo, onde morava com a filha. Visivelmente abalado e chorando muito, ele chegou ao local por volta de 8h30, acompanhado do tio da vítima, Alexandre Alves, que deu ontem (23) informações à imprensa sobre o ocorrido. 

O pai não teve condições emocionais de falar com os jornalistas e precisou ser amparado ao ver a filha no caixão. O enterro de Bruna Gobbi, ocorre nesta quarta (24), no Cemitério São Luis, no município de Escada, na Mata Sul, onde mora a avó da jovem.

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Com informações de Débora Mírian 

Uma associação fundada por um homem vítima de ataque de tubarão afirma que houve erro na condução do caso de Bruna Gobbi, de 18 anos, mordida pelo animal na Praia de Boa Viagem nessa segunda-feira (22). 

A Associação das Vítimas de Ataques de Tubarão (Avituba) foi fundada no ano passado por Charles Heitor Barbosa, que perdeu as duas mãos em um incidente em 99. O grupo ainda não tem sede própria e é formado por advogados, médico, engenheiro de pesca e um ex-coronel do Corpo de Bombeiros.

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Segundo o fundador da Avituba, houve erro ao levarem a garota para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Se você analisar o vídeo bem, colocaram a menina na areia e não colocaram enxerto no local”, explicou. 

Para ele, o Estado precisa tomar medidas rápidas para acabar com os ataques. “Tem que colocar as telas de proteção e o Sonar [espécie de sensor que emite ondas eletromagnéticas e afasta os tubarões]. Acho muita frieza por parte de um órgão dizer que foi culpa dela. Ela estava no raso e infelizmente foi arrastada pela correnteza”, concluiu. 

Esta é a mesma opinião do engenheiro de pesca, Bruno Pantoja, que também faz parte da associação. De acordo com Pantoja, os bombeiros acertaram no resgate, mas erraram nos primeiros socorros.” Tinha que ter gente na areia com um torniquete ali para ela não perder tanto sangue. Provavelmente se ela tivesse ido direto para o HR haveria chance de vida”, completou 

Ainda de acordo com o engenheiro, o ideal é que uma barreira física formada por tela rígida retrátil resistente revestida de PVC e com boias que emitem as ondas eletromagnéticas seja instalada da praia de Piedade até o Pina para evitar novos ataques. Este modelo, segundo ele, elaborado pelo Instituto Propesca não oferece risco aos animais nem a fauna. 

Parentes de Bruna Gobbi, de 18 anos, falecida após ser atacada por um tubarão na praia de Boa Viagem na última segunda-feira (22) responsabilizam o Estado de Pernambuco pela morte da jovem. Segundo os familiares, o Corpo de Bombeiros não deu a orientação devida aos banhistas antes que o ataque acontecesse.

Aguardando a liberação do corpo de Bruna, que será enterrado nesta quarta-feira (24) no município de Escada, Zona da Mata Sul, os parentes da jovem se mostravam indignados com a morte dela. A turista paulista estava em Pernambuco visitando parentes no interior e também na Região Metropolitana do Recife.

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Indignado com o ocorrido, o tio da jovem Davi Leonardo Alves diz que a família vai acionar o Estado na justiça, pois segundo ele os bombeiros avisaram apenas do perigo da correnteza e não sobre possíveis ataques. O familiar também questionou a distância de 100 metros onde estava as placas de sinalização. “A gente vai acionar o Estado e ver quais são os nossos direitos. Não tivemos tempo de entrar em contato com advogados ainda. Naquela área sempre tem ataques e ninguém faz nada”, argumentou.

Bruna Gobbi era natural de São Paulo e morava com os pais e uma irmã de 10 anos. No momento do ataque ela estava na praia de Boa Viagem com mais três primos

Com informações de Elis Martins

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