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Eleito deputado federal com 119 mil votos, Marco Antônio Cabral (PMDB-RJ), de 23 anos, filho do ex-governador Sérgio Cabral, tomará posse na Câmara, mas não cumprirá o mandato legislativo. O rapaz, estudante do último ano de Direito, será secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, anunciou nesta segunda-feira o governador reeleito Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Marco Antônio trabalhou, durante a gestão do pai, como estagiário informal do Palácio Guanabara. Foi presidente da Juventude do PMDB nacional e vice-presidente do PMDB-RJ. Ao deixar o cargo, em abril passado, Cabral abriu caminho para a candidatura de Marco Antônio e também para que Pezão, à frente do governo, ganhasse visibilidade para disputar o governo do Estado. Na campanha, o ex-governador, que encerrou o segundo mandato com altos índices de rejeição, praticamente não apareceu na propaganda de Pezão e de Marco Antônio e participou de poucas atividades de rua.

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Na disputa presidencial, Marco Antônio Cabral fez campanha para o candidato do PSDB, Aécio Neves, com quem tem laços de parentesco: a mãe do deputado eleito, Suzana Neves, primeira mulher de Cabral, é prima do tucano. O próprio ex-governador chegou a invocar a proximidade com Aécio quando, em meados do ano passado, do PT começou o movimento de rompimento com o PMDB no Rio. Cabral acabou não se engajando na campanha para presidente.

O PMDB fluminense rachou depois que o PT lançou candidatura própria ao governo estadual e se dividiu entre Dilma, aliada de Pezão e do prefeito Eduardo Paes (PMDB), e Aécio, apoiado pelo residente do PMDB-RJ, Jorge Picciani.

Marco Antônio acompanha o pai na política desde adolescente e não abandonou a atividade partidária nem no pior momento de Cabral, em 2011, quando um acidente de helicóptero no sul da Bahia revelou amizade entre o governador e os empresários Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta, prestadora de serviços ao governo do Estado, e Eike Batista. Cabral e o filho eram convidados de Cavendish para uma festa. A namorada de Marco Antônio, Mariana Noleto, morreu no acidente.

A reportagem não conseguiu falar com Marco Antônio nesta segunda-feira. Segundo sua assessoria, ele está "se preparando" para o futuro cargo. "Já vi o lado cruel da política, qualquer político hoje no Brasil já sofreu com isso. Faz parte do jogo, a oposição explora, alguns adversários jogam sujo. Mas quem vai tirar satisfação é o povo", disse Marco Antônio ao Estado, em junho de 2013.

O governador Pezão completou ontem a formação do futuro secretariado. O PPS, adversário até se coligar com o PMDB na campanha deste ano, ganhou a secretaria de Envelhecimento Saudável e Defesa do Consumidor, com apoio do PSDB, outro partido que saiu da oposição e foi para a base de Pezão. O PT, aliado durante mais de sete anos até deixar o governo Cabral, no fim do ano passado, ficou de fora, embora parte dos petistas tenha apoiado Pezão no segundo turno, contra o senador Marcelo Crivella (PRB). O candidato petista ao governo, Lindbergh Farias, ficou em quarto lugar na disputa. Pezão também abrigou em seu governo as alas do PMDB-RJ pró-Dilma e pró-Aécio, "Procurei dar uma oxigenada nas secretarias", disse Pezão sobre os novos secretários.

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral usou seu discurso no jantar do PMDB, no Palácio do Jaburu, na noite desta terça-feira, 27, para tentar desfazer o mal-estar criado no Planalto com as notícias de que o seu sucessor, Luiz Fernando Pezão, poderia apoiar a chapa "Aezão", que significaria abrir palanque para Aécio Neves no Rio. "Não prometo 100% dos votos para a senhora, mas eu prometo que majoritariamente estaremos com a senhora", disse Cabral à presidente Dilma Rousseff, conforme áudio do jantar a que o Estado teve acesso. "Não temos do que 'se' queixar em relação à senhora", prosseguiu Cabral, ao citar a "valentia, história e a visão de mundo" da presidente.

Dilma, por sua vez, também segundo áudio do jantar, começou lembrando que no dia em que foi chamada de "Mãe do PAC", na Rocinha, no Rio de Janeiro, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008, ela não sabia, mas aquele era o pré-lançamento de sua candidatura ao Planalto. Neste mesmo dia, comentou, o então vice-governador do Rio, foi chamado de "Pai do PAC". "Eu mal sabia que aquela era uma indicação para sucedê-lo", observou ela ironizando que Pezão sabia que ia ser governador, embora dissesse que não. "É um falso humilde, não é Sérgio (Cabral)?", alfinetou.

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Em seguida, a presidente disse que tem "extrema consciência do que foi feito no Rio de Janeiro durante seu governo e do Lula. "Em poucos lugares do Brasil construímos parceria tão fluida e enfrentamos dificuldades que pareciam intransponíveis. Elas foram enfrentadas e nós construímos um novo Rio de Janeiro", citou.

O novo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse que pedirá para presidente Dilma Rousseff (PT) R$ 6 bilhões em empréstimos, metade para a linha 4 do metrô (Ipanema-Barra da Tijuca) e outra metade para a Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae), para investimento na expansão da rede de distribuição de água.

Sobre o impasse com o governo paulista, que reivindicou transposição de parte da água do rio Paraíba do Sul, Pezão reiterou a posição do antecessor, Sérgio Cabral (PMDB), e disse que "é impossível" acontecer. "São Paulo tem outras saídas, outros projetos", disse Pezão.

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O governador defendeu a rediscussão dos juros das dívidas de Estados e municípios com a União, embora tenha dúvida se este é o melhor momento. "Rever o indexador da dívida é importante para o Brasil. A maior extorsão com Estados e municípios são os juros cobrados para a dívida", afirmou.

Sobre a ocupação pelas Forças Armadas do Complexo ds Maré, amanhã, Pezão disse ter "certeza" que a Garantia de Lei e da Ordem (GLO), que autoriza a ação federal, será estendida além do dia 31 de julho, se for feito um pedido à presidente. O governador afirmou que a ocupação "não é para a Copa, é para libertar a população".

No discurso de despedida do governo do Estado do Rio, que ocupou por sete anos e três meses, Sérgio Cabral (PMDB) disse que fez uma "revolução silenciosa", rebateu críticas como a dos gastos excessivos com a obra do Maracanã e anunciou a intenção de disputar um cargo eletivo em outubro, sem especificar se a deputado ou a senador.

"Coloco meu nome a disposição dos nossos aliados, nosso partido, nossa base. Meu nome é colocado por uma causa: avançar, avançar, avançar. E o nome para avançar chama Luiz Fernando Pezão", afirmou Cabral, citando seu sucessor, a quem transmitiu o cargo em solenidade no Palácio Guanabara, sede do governo do Estado.

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Cabral disse ter encontrado um "quadro tenebroso" ao assumir o governo em janeiro de 2007. O agora ex-governador defendeu a política das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e agradeceu à presidente Dilma Rousseff (PT) por ter enviado tropas federais para o Complexo da Maré, na zona norte da capital fluminense.

"O programa das UPPs não é um fim em si mesmo, não nasce por acaso. Nasce de um processo de mudança, de conceito que levou o Rio a ganhar respeitabilidade internacional", discursou.

Sobre o Maracanã, o ex-governador afirmou que "não é um elefante branco, mas o melhor estádio do planeta".

Pezão, em seu discurso, atacou, sem citar, o senador petista Lindbergh Farias, pré-candidato ao governo do Estado que tem feito muitas críticas à administração de Cabral. "É cascata e covardia quando falam que o metrô para a Barra da Tijuca é para rico. Quem usa é a empregada doméstica, o trabalhador, que vai sair da Pavuna (bairro periférico da zona norte) para trabalhar na Barra. Cascata dizer que os trens estão sucateados. Toda a frota será renovada até março de 2015. Se isso não é para pobre, é para quem?", disse Pezão.

O novo governador prometeu a Cabral "percorrer cada pedacinho desse Estado, de cabeça erguida, defendendo o governo".

No último dia de governo, Sérgio Cabral (PMDB), faltou ao único compromisso que estava em sua agenda e frustrou cerca de cem pessoas que o aguardavam para a solenidade de início das obras de construção do edifício-sede do Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo). A assessoria de Imprensa do governo ainda não informou o motivo da ausência.

Sem a presença do governador, a cerimônia aconteceu em um terreno transformado em um grande lamaçal por causa da forte chuva que atingiu a região na manhã desta quinta-feira, 3. Cabral assina hoje a carta de renúncia, que será entregue ao presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Melo (PMDB), para ser lida em plenário.

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Nesta sexta-feira, às 9 horas, o vice-governador Pezão (PMDB) toma posse na Assembleia. Em seguida, haverá solenidade em que Cabral transmitirá o cargo a Pezão no Palácio Guanabara. O futuro governador será candidato à reeleição em outubro.

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), falou nesta quinta-feira (20), em sua conta no Twitter sobre a possibilidade de transposição do rio Paraíba do Sul apresentada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Em nota, Cabral negou que tenha autorizado a captação na bacia do Paraíba do Sul.

"Jamais permitirei que se retire água que abastece o povo do estado do Rio de Janeiro. O governador (Geraldo) Alckmin, com quem tenho excelente relação, me ligou para expor essa ideia. Disse a ele que formalizasse a proposta e que eu enviaria aos órgãos técnicos. Mas já adianto: nada que prejudique o abastecimento das residências e das empresas do estado do RJ será autorizado".

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A transposição das águas do rio Paraíba do Sul precisa ser autorizada pela Agência Nacional de Águas (ANA) que ainda não recebeu pedido formal para análise da proposta.

Em reunião na manhã desta quarta-feira (19), com o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), familiares da servente Claudia Silva Ferreira, de 38 anos, que foi arrastada pelo asfalto ao ser transportada por uma viatura da PM depois de ter sido baleada, exigiram mudanças na forma como moradores de comunidades são tratados durante operações policiais nestes locais.

"Se não tivesse aquele cara que filmou, este seria só mais um caso de (morador inocente) que tomou tiro, entrou no hospital e morreu", afirmou o vigia Alexandre Fernandes da Silva, de 41 anos, viúvo de Claudia, referindo-se ao cinegrafista amador que filmou a mulher sendo arrastada pela viatura da PM depois de ter sido baleada numa operação policial no Morro da Congonha, em Madureira, zona norte do Rio, onde morava.

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De acordo com o vigia, o governador pediu desculpas à família pelo episódio e prometeu empenho e rigor nas investigações. O encontro ocorreu no Palácio Guabanara, sede do governo do Estado, na zona sul do Rio, e durou cerca de duas horas. Após a reunião, Cabral não falou com a imprensa. Ele foi representado pelo secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Pedro Fernandes.

"Entendemos que esse é um caso de extrema importância e a investigação tem que ser feita da forma mais rápida e eficaz possível. Oferecemos a inclusão de familiares e moradores da comunidade no Programa de Proteção a Testemunhas, apoio para acelerar processo de adoção dos quatro sobrinhos que Claudia criava, e a inclusão dos parentes nos benefícios sociais do governo. O governador também garantiu que a família será indenizada. Estamos limitados apenas às questões legais, já que cabe à Justiça estipular valores", declarou o secretário.

Ações

Conforme o jornal O Estado de S.Paulo noticiou nesta quarta-feira, os três PMs que arrastaram Claudia na viatura constam como envolvidos em 62 autos de resistência (registros de ocorrência em que suspeitos morreram em supostos confrontos com a polícia) no sistema informatizado da Polícia Civil. Pelo menos 69 pessoas morreram nesses supostos tiroteios, desde 2000.

"Existe um conceito de que na favela todo mundo é bandido. Mas lá também tem muito trabalhador, como eu e a Claudia era. As pessoas de bem não podem pagar pelo mal. Está na hora disso acabar. Não pode a polícia chegar na comunidade, dar tiro, matar morador, e depois botar (no registro de ocorrência) que foi troca (de tiros)", disse o viúvo.

Após a reunião com Cabral, os parentes foram se encontrar na sede da Polícia Civil, no Centro, com o chefe da instituição, delegado Fernando Veloso, e o comandante-geral da PM, coronel Luís Castro.

Na contramão do movimento do presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, em favor da candidatura do tucano Aécio Neves à Presidência da República, o governador Sérgio Cabral reiterou , nesta sexta-feira (14), o apoio à reeleição da presidente e disse que o partido no Rio estará com Dilma Rousseff. Picciani trabalha pelo apoio a Aécio como represália ao fato de o PT ter lançado o senador Lindbergh Farias candidato ao governo do Estado. 

"O PMDB do Rio é Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014. Somos parceiros e não há nenhum tipo de empecilho. A política é feita de idas e vindas", afirmou Cabral, que participou da inauguração de uma fábrica de cobre ao lado do vice-presidente Michel Temer, em Itatiaia, no Sul Fluminense.

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Coordenador da campanha do vice-governador Luiz Fernando Pezão ao Palácio Guanabara, Picciani tem dito que a convenção estadual do PMDB aprovará o apoio a Aécio. Hoje, Cabral afirmou exatamente o contrário: garantiu que, na convenção nacional, o diretório fluminense votará "majoritariamente" a favor da reedição da chapa Dilma-Temer.

"Estaremos juntos nas ruas, pedindo votos e nada nos atrapalhará, apesar dos erros políticos cometidos circunstancialmente", declarou Cabral. "Compreendo meus companheiros do PMDB, que às vezes ficam chateados, entristecidos com a postura de companheiros do PT do Rio. Mas temos que superar isso porque estamos juntos há sete anos e três meses em uma parceria extraordinária para o Estado do Rio", afirmou.

O governador criticou a saída antecipada do PT do governo estadual e o lançamento da candidatura de Lindbergh: "A população não vai compreender aqueles que saem do meu governo, faltando poucos meses para acabar, para falar mal". Cabral, que almoçou na quinta-feira com Dilma no Palácio da Alvorada, disse ter ouvido a mesma avaliação da presidente e do ministro da Casa Civil, Aloísio Mercadante.

Segundo o governador, o encontro com Dilma, do qual também participaram Pezão e o prefeito Eduardo Paes, foi "excelente". Antes da inauguração da fábrica, o governador reuniu-se com Temer no Palácio Guanabara.

Questionado se Dilma participará do palanque de Pezão, Cabral respondeu que só a presidente poderá falar, mas listou informou que Dilma deverá vir ao Rio, em maio e junho, para inaugurações da fábrica da Nissan e do Arco Metropolitano. O governador vai transferir o cargo ao vice no dia 3 de abril e tem planos de se candidatar ao Senado.

Em um dia de trégua na rebelião de deputados capitaneada pelo líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), o vice-presidente Michel Temer disse que "o Brasil precisa de mais concórdia e harmonia". "É preciso tirar essa raivosidade que vejo em certo setores do País", afirmou Temer, sem especificar a que se referia. O vice não comentou os impasses internos de seu partido nem a nomeação dos novos ministros do PMDB.

A presidente Dilma Rousseff se reúne na tarde desta quinta-feira com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), o vice-governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e o prefeito da capital carioca, Eduardo Paes (PMDB), no Palácio do Alvorada.

No final da manhã, Dilma anunciou no Palácio do Planalto que os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, Tocantins e o Distrito Federal deverão receber um total de R$ 3,8 bilhões do PAC Mobilidade Urbana.

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O programa tem como objetivo tentar melhorar a infraestrutura de transporte público nas 24 maiores cidades brasileiras, uma das principais reivindicações das manifestações populares no ano passado.

Entre os projetos que devem receber parte dos recursos federais estão novas linhas de metrô, trens urbanos, VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos), além de corredores exclusivos para ônibus. Do ano passado até hoje, a presidente Dilma já anunciou investimentos nas cidades de Guarulhos (SP); Osasco (SP); São Paulo (capital); Belo Horizonte (MG); Porto Alegre (RS); Curitiba (PR); Salvador (BA); Fortaleza (CE); Teresina (PI); e Maceió (AL).

O governador Sérgio Cabral (PMDB) confirmou nesta sexta-feira, 7, que transmitirá o cargo em abril para o vice, Luiz Fernando Pezão, pré-candidato ao Palácio Guanabara. Inicialmente, o plano do governador era sair em 31 de março, depois ele falou em 28 de fevereiro e agora a previsão é 3 de abril.

Em discurso durante inauguração da primeira Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) fora capital, na comunidade da Mangueirinha, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), Cabral citou uma série de realizações de seu governo. "É este o Estado que você vai assumir a partir de abril. A lei impõe minha saída. Deixarei em muito boas mãos", discursou o Cabral, que deverá disputar o Senado, dirigindo-se a Pezão.

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Desde a semana passada Cabral, ao lado do vice, tem participado de várias inaugurações, na capital, região metropolitana e interior. Na inauguração da UPP, o palanque teve a presença do deputado petista Zaqueu Teixeira, que, embora defendesse a permanência do PT no governo até o fim da gestão Cabral, teve que deixar a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos na semana passada, em cumprimento a determinação da executiva regional.

O rompimento com o PMDB, depois de sete anos de aliança, foi anunciado pelo presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, no dia 27 de janeiro. Ex-chefe de Polícia Civil, no governo Benedita da Silva (PT), Zaqueu disse que foi a convite do prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso. "Sou um deputado eleito pela Baixada Fluminense, desde 2011, quando eu presidia a Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, pedia que o governo levasse a UPP para a Baixada, para a Mangueirinha. Não vejo incompatibilidade", disse Zaqueu. "Meu relacionamento pessoal (com o governador e o vice) é muito bom, e também é muito bom com meu candidato a governador, Lindbergh. No momento da eleição, vou fazer campanha para meu candidato. Ainda não estamos na época", disse o ex-secretário.

A saída do PT do governo Cabral foi uma vitória do pré-candidato do PT ao governo do Estado, senador Lindbergh Farias, que trabalhava pelo rompimento da aliança desde o fim do ano passado.

Com distribuição de cargos no primeiro escalão e atenção a pedidos de aliados, o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), reagiu ao rompimento do PT com o PMDB no Estado e, em menos de uma semana, fechou aliança com o PSD, o Solidariedade (SDD) e o PDT em torno da candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) a governador. Depois de cinco dias do acerto com o PDT, a filha do presidente nacional do partido, Carlos Lupi, a pedagoga Clarissa Rocha Lupi, foi nomeada para a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp).

Clarissa ocupará cargo de assistente, em função comissionada DAS-6, com salário de R$ 3 mil mensais, no gabinete do conselheiro Carlos Correia, ex-secretário-geral do PDT-RJ. Lupi nega que a nomeação da filha tenha relação com negociações políticas. "A agência é comandada por pessoas que têm mandato, que nomeiam os assessores, não tem nada a ver com o governo do Estado. Tudo vem em cima de mim", reclamou.

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Em nota, a Agetransp diz que "foi criada sob forma de autarquia especial da administração indireta, com plena autonomia administrativa, técnica e financeira" e que cada conselheiro pode nomear até quatro assessores. Os conselheiros são nomeados pelo governador. O PDT já tem duas secretarias no governo Cabral e condicionou o apoio a Pezão a uma vaga na chapa majoritária. Segundo Lupi, Cabral aceitou a condição e o mais provável é que um pedetista seja o candidato a vice de Pezão.

O SDD ficou com a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, cargo que o deputado estadual Pedro Fernandes ocupará por apenas dois meses. Em abril, Fernandes deixará o governo para disputar a reeleição na Assembleia Legislativa. O PSD recebeu a Secretaria do Ambiente, entregue ao ex-deputado Indio da Costa, que ainda não decidiu se também deixará o cargo em abril para disputar um mandato eletivo. As duas pastas eram ocupadas por petistas até o fim da aliança PMDB-PT.

Tanto o SDD quanto o PDT e o PSD tinham sido procurados pelo pré-candidato do PT ao governo, Lindbergh Farias, que agora vê reduzidas as opções de aliança. "O governo tem atrativos que nós não temos, os argumentos materiais são mais sedutores que os políticos e programáticos", provoca o presidente do PT-RJ, Washington Quaquá. Com adesão dos partidos à candidatura de Pezão, o PT procura avançar no diálogo com o PC do B, que lançou a pré-candidatura ao governo da deputada Jandira Feghali.

Para o cientista político Ricardo Ismael, da PUC-Rio, "neste momento prevalece o pragmatismo total". Por isso, diz, Cabral não teve dificuldades em atrair os três partidos para a candidatura de Pezão. Ismael critica o mandato relâmpago de dois meses para um secretário de Estado. "É um improviso, uma solução precária. É difícil imaginar que em dois meses se pode fazer algo. O governo usou a máquina para recompor alianças. Os partidos que chegaram vão ganhar visibilidade, estão apostando no curto prazo. Mais para frente verão se a candidatura de Pezão se tornou competitiva, o que, hoje, parece difícil", diz o professor.

Se as alianças fechadas até agora em torno de Pezão forem mantidas, o PMDB terá mais de oito minutos da propaganda de rádio e TV, enquanto o PT deverá ter em torno de quatro minutos. "É tempo mais suficiente Lindbergh fazer uma belíssima campanha. Pezão pode ter o dobro do tempo, mas Lindbergh é dez vezes melhor", diz Quaquá, que ainda acredita em mudanças até o início da campanha. "As alianças neste momento são muito voláteis, se o candidato não se viabiliza, todo mundo pula do barco", diz o presidente petista.

Além de buscar partidos para compor a chapa, Lindbergh também terá que pacificar o PT-RJ, onde ainda é grande a revolta dos que se opunham à saída do governo neste momento. O pré-candidato ainda não conseguiu a adesão à sua campanha de boa parte dos onze prefeitos petistas do Estado. Aliados de Pezão como o prefeito petista de Niterói, Rodrigo Neves, têm criticado o PT pelo fim da aliança com o PMDB. Na noite de segunda-feira, 3, o clima na reunião da executiva estadual foi tenso e o comando regional chegou a ameaçar de suspensão por dois meses o ex-secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, por ter criticado o rompimento dos petistas com Cabral. Um grupo de moderados conseguiu evitar a punição.

Nomeados pelo governador Sérgio Cabral, dois aliados do candidato tucano à Presidência da República, Aécio Neves, assumiram as secretarias deixadas pelo PT, depois do rompimento com o PMDB no Estado. O novo secretário do Ambiente é o ex-deputado Indio da Costa, do PSD, candidato a vice-presidente de José Serra (PSDB) nas eleições de 2010. A Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos foi entregue ao deputado estadual Pedro Fernandes, do Solidariedade.

No mesmo dia da entrada no governo Cabral, o Solidariedade anunciou nesta segunda-feira, 3, apoio à candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) ao Palácio Guanabara. Em carta enviada ao governador, o presidente do partido, deputado Paulinho da Força (SP), elogiou o "trabalho incansável" de Pezão e aproveitou para reiterar o apoio a Aécio. Paulinho prometeu "propagar" a candidatura do tucano no Rio.

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"Decidimos aceitar o convite (de integrar o governo Cabral) para participar do projeto, que ultrapassa os limites da administração, cientes de que (...) será respeitada a nossa opção, conhecida de público, de apoiar e propagar agora pelo Estado do Rio de Janeiro, como fazemos por todo o Brasil, o projeto de País construído pelo senador Aécio Neves", diz Paulinho na carta a Cabral.

O novo secretário de Assistência Social reforçou a estratégia. "A prioridade do Solidariedade é a eleição de Aécio. Vou trabalhar por uma junção entre o PMDB do Rio e Aécio", afirmou Pedro Fernandes, que prometeu dar continuidade ao trabalho do antecessor, o petista Zaqueu Teixeira.

Fernandes terá um mandato relâmpago, de apenas dois meses. Em abril, vai deixar o governo para disputar a reeleição na Assembleia Legislativa. Indio da Costa evitou falar em prazo e disse não ter decidido se disputará um cargo eletivo em outubro. "Essa minha gestão pode ser considerada, modéstia à parte, o período em que a secretaria mais vai executar coisas por segundo, se depender de mim", brincou o substituto do petista Carlos Minc.

Embora ainda não tenha formalizado, o PSD também fechará aliança com Pezão, que assume o lugar de Cabral no início de abril. "A tendência é de apoio a Pezão. O que está por trás de tudo isso é a preocupação de que o Rio de Janeiro não ande para trás", afirmou Indio, em referência indireta às candidaturas do ex-governador Anthony Garotinho (PR) e do senador Lindbergh Farias (PT).

Apesar da aproximação com os aliados de Aécio Neves, Cabral garantiu na semana passada que fará campanha pela reeleição de Dilma Rousseff e que o palanque de Pezão estará aberto à presidente. "Embora o governador Sérgio Cabral caminhe com o PT no plano nacional, ele respeitou que eu apoie Aécio", afirmou o novo secretário do Ambiente. Segundo Indio, o PSD-RJ não seguirá a orientação do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, de apoio a Dilma.

São Paulo, 02/02/2014 - O presidente do PSD no Rio de Janeiro, Indio da Costa, foi convidado pelo governador, Sérgio Cabral (PMDB), para assumir a Secretaria de Meio Ambiente. Segundo nota divulgada no site do governo do estado, o convite foi aceito e a nomeação será publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (3).

De acordo com a nota, Indio da Costa terá a missão de "aprofundar ainda mais as políticas de desenvolvimento sustentável e preservação do meio ambiente no Estado do Rio de Janeiro".

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O secretário anterior, Carlos Minc (PT), foi exonerado nesta sexta-feira, seguindo a saída de outros petistas do governo Cabral após a quebra da aliança do PT com o PMDB no Rio.

A saída dos petistas do governo do Estado, depois do rompimento da aliança com o PMDB, não será tão grande quando imaginava a cúpula do PT-RJ. Nesta sexta-feira, 31, enquanto muitos servidores assinavam pedidos de exoneração dos cargos comissionados, nas secretarias onde estão lotados, outros militantes foram à sede do partido solicitar desfiliação do PT, para continuarem empregados no governo. A rebelião à ordem de demissão generalizada aconteceu principalmente na Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), que tem 377 cargos comissionados - pelo menos metade ocupada por petistas.

Um dos filiados que optaram pela saída do partido aceitou falar à reportagem desde que seu nome não fosse publicado, por temer represálias. Trabalha com movimentos sociais e disse considerar absurda a ameaça do presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, de submeter a processo de expulsão os militantes que não pedissem demissão até esta sexta. Apesar da militância de mais de vinte anos no PT, afirmou que prefere manter o emprego no Estado, mesmo sem garantia de quanto tempo ficará no cargo, e considerou "uma contradição" que os petistas tenham que abandonar projetos que eles próprios colocaram em prática na SASDH.

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Quaquá deixou claro que não vai ceder. "A porta da rua é a serventia da casa", reagiu. "Quem tem apego a cargo e quiser ficar no governo pode e deve sair do partido. Há um nítido processo de reconstrução do PT no Rio e os fisiológicos podem sair. Tem gente que se acostumou com o emprego, então, deixe o partido", afirmou o presidente petista.

O governador Sérgio Cabral (PMDB) publicou no Diário Oficial desta sexta a exoneração dos dois secretários petistas, Zaqueu Teixeira, da SASDH, e Carlos Minc, do Ambiente, e nomeou o já poderoso chefe da Casa Civil, Regis Fichtner, para ocupar interinamente as duas pastas. Os novas funções de Fichtner, no entanto, vão durar pouco. Nesta sexta-feira o futuro substituto de Zaqueu, deputado estadual Pedro Fernandes, do Solidariedade, visitou o petista na secretaria.

Fernandes também deverá ficar apenas dois meses no cargo: na primeira semana de abril, deixará a secretaria para disputar a reeleição na Assembleia Legislativa. O deputado prometeu a Zaqueu que não fará demissão em massa de funcionários ligados ao PT e usará o critério "da competência".

A primeira leva de demissionários dos cargos de confiança estaduais é de cerca de 50 integrantes da Secretaria do Ambiente e 30 da SASDH. Quaquá calcula que o número de petistas em cargos comissionados "não passa de 350", enquanto colaboradores de Cabral dizem que são 700.

O mais cotado para substituir Carlos Minc na Secretaria do Ambiente é o ex-deputado Indio da Costa, do PSD, candidato a vice-presidente na chapa do tucano José Serra em 2010. Tanto o Solidariedade quanto o PSD deverão apoiar a candidatura do vice-governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), ao Palácio Guanabara. O nomeação dos secretários faz parte dos acordos para a aliança.

Depois de fechar aliança com o Solidariedade e avançar nas negociações com o PSD, o governador Sérgio Cabral (PMDB) deve fechar nos próximos dias o apoio do PDT à candidatura de seu vice, Luiz Fernando Pezão (PMDB), ao Palácio Guanabara.

Cabral conversou na quarta-feira, 29, com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ex-ministro do Trabalho. Segundo o líder pedetista, o governador ofereceu ao partido uma vaga na chapa majoritária, de vice-governador ou senador. Lupi disse que "a tendência é essa (de apoio a Pezão)".

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O PDT já faz parte da base do governo Cabral, onde ocupa duas secretarias. Os pedetistas também foram procurados pelo PT, que disputará o governo com o senador Lindbergh Farias. "Conversamos com o PT, mas já temos uma aliança com o governador. Apresentei ao Cabral nossas condições, de avanço da educação em tempo integral e da participação na chapa majoritária. O mais provável é que o governador dispute o Senado e o PDT fique com a candidatura a vice-governador", afirmou Lupi.

Cabral acelerou as negociações com os partidos na semana em que o PT rompeu a aliança com o PMDB no Estado e promete devolver os cargos comissionados ocupados por petistas no Rio. Dois dias depois de o PT comunicar a rompimento ao governador, Cabral fez declaração pública de apoio à candidatura da reeleição da presidente Dilma Rousseff e disse não ter "medo" da candidatura petista.

Para Carlos Lupi, os baixos índices de intenção de voto de Pezão nas pesquisas e a baixa popularidade de Cabral podem mudar com a proximidade da campanha. "Não há condenação peremptória nem absolvição permanente", teorizou Lupi, acusado na semana passada pela empresária Ana Cristina Aquino de ter recebido R$ 200 mil, quando estava no Ministério do Trabalho, para facilitar a criação de sindicatos.

Lupi disse que entrou na Justiça contra a empresária. "Além de ladrão, ela me chama de burro. Ela me acusa de ter recebido R$ 200 mil para uma coisa que nunca saiu. Entrei com uma queixa crime e quero que ela explique como viajou com R$ 200 mil na bolsa, onde me encontrou, qual é o registro de que esteve comigo. Apareceu dois anos depois para me acusar de algo que não tem o menor sentido", disse Lupi.

A retirada em massa dos petistas que têm cargos comissionados no governo do Rio, prometida pela direção regional do PT, começou nesta quinta-feira, 30, com o pedido de demissão de cerca de 50 funcionários da Secretaria do Ambiente do Estado e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Trinta comissionados da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos devem pedir demissão nesta sexta-feira, 31, mas as informações obtidas pela reportagem são que grande parte dos funcionários pretende ficar e esperar a decisão do novo secretário, contrariando resolução do PT estadual, que determina que todos os filiados peçam exoneração até amanhã.

"Todos os petistas estarão fora do governo, vamos conferir o Diário Oficial a partir de segunda-feira (3). Estão todos mais do que avisados que têm de sair. Quem descumprir a resolução está fora (do partido)", diz o presidente regional da legenda, Washington Quaquá. O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), que nesta quarta-feira, 29, tornou público o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff, apesar do fim da aliança PMDB-PT no Rio, assina nesta sexta-feira a exoneração dos secretários petistas Zaqueu Teixeira, de Assistência Social e Direitos Humanos, e Carlos Minc, do Ambiente. Perguntado sobre quantos petistas tinha no governo do Estado, Cabral respondeu: "Dois, os dois secretários. Eles têm autonomia para escolher os subordinados, não sei se são filiados ou não".

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A secretária interina do Ambiente e presidente do Inea, Marilene Ramos, também petista, disse nesta quinta-feira que assinou o pedido da própria exoneração e de cerca de 50 funcionários da secretaria e do instituto. Marilene negou a intenção de se licenciar da sigla para continuar no cargo. "Há quatro meses, quando se falou numa possível saída do PT, houve uma consulta do governo se eu poderia ficar. Mas o PT não saiu e não pensei na hipótese. Na conjuntura atual, não vejo essa possibilidade", disse. "Há uma ideia de que temos (grandes) quantidades de cargos de confiança, mas somos um órgão técnico. Recentemente, contratamos 600 concursados", defendeu. Minc está de férias na Bahia.

Teixeira lamentou o fim da aliança e disse que alguns funcionários de cargos de confiança poderão ficar na secretaria para fazer a transição com o novo secretário. Nos próximos dias, o Diário Oficial começará a publicar as exonerações. "A melhor decisão seria estarmos unidos e teríamos uma aliança muito mais forte no Rio de Janeiro. A união deu muito certo, estamos juntos há sete anos. Nossos caminhos estão se separando agora, mas no futuro estaremos juntos novamente", afirmou.

O secretário demissionário disse não saber o número total de funcionários comissionados filiados ao PT e negou que a secretaria seja um feudo petista no governo Cabral, como definem alguns aliados do governador. "O governador deu-me liberdade para escolher e meu critério sempre foi técnico. Sempre analisei currículo, nunca filiação partidária", disse Teixeira, citando alguns dos principais colaboradores que não são militantes petistas.

Desde o primeiro ano do primeiro mandato do governador do Rio, em 2007, a Assistência Social e Direitos Humanos é ocupada pelo PT. De acordo com a Secretaria de Planejamento e Gestão, a pasta tem 453 funcionários em atividade - 377 (83%) ocupantes de cargos em comissão. O governo do Estado diz não saber quantos são filiados a agremiações.

Extraoficialmente, integrantes do governo estadual calculam que 700 ocupantes de cargos comissionados são petistas. O presidente do PT-RJ reage: "É exagero, o número não passa de 350". A exoneração dos petistas deverá ser publicada ao longo dos próximos dias, com validade a partir desta sexta.

Depois de se reunir com o governador Sérgio Cabral (PMDB) na manhã desta segunda-feira, 27, o presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, informou que a direção estadual do partido determinará que todos os petistas com cargos comissionados no Estado peçam exoneração o mais rápido possível. Com a decisão, se encerra a aliança PT-PMDB no Rio, após sete anos de união.

Entre os petistas que deverão pedir demissão estão os secretários estaduais Carlos Minc, de Ambiente, e Zaqueu Teixeira, de Assistência Social e Direitos Humanos. Quaquá levou ao governador uma lista com 200 nomes de comissionados petistas, mas calcula que o PT tenha entre 300 e 350 cargos no Estado. A saída do governo era reivindicada desde novembro pelo provável candidato do PT ao governo do Rio, senador Lindbergh Farias. O PMDB-RJ insiste na desistência da candidatura do senador e cobra apoio do PT à campanha do atual vice-governador, Luiz Fernando Pezão, para apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

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"A novela agora vai acabar. Nós ficamos no governo a pedido da direção nacional do PT e do governador. Acredito que ele ainda acreditava que Lindbergh pudesse desistir. Como isso não vai acontecer, mandou a mensagem no fim de semana. O clima é cordial", afirmou.

O PT prepara para 23 de fevereiro o lançamento da candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo. Quaquá disse que o PT dará um palanque forte para a presidente Dilma no Estado, mas não se vai se opor caso a candidata à reeleição faça campanha ao lado de outros aliados que também disputam o governo - o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), o ex-governador Anthony Garotinho (PR) e o ministro da Pesca e senador licenciado Marcelo Crivella (PRB). "Não temos problema de a presidente Dilma aparecer em vários palanques. Quanto mais palanque para ela melhor. Vamos usar o legado do governo Dilma na nossa campanha, inclusive as parcerias com o governo Cabral. Não vamos fazer agressões gratuitas (ao governador)", disse Quaquá.

Na reunião desta manhã, o governador disse ao presidente do PT-RJ que os dois secretários petistas seriam exonerados e que os substitutos assinariam a demissão dos demais comissionados do PT. Quaquá, no entanto, afirmou que o PT não pretende esperar a nomeação dos novos integrantes do governo e, ainda nesta segunda, vai reunir a executiva estadual para aprovar uma resolução com a ordem de que todos saiam do governo Cabral.

Quaquá lembrou que os petistas do Rio queriam deixar o governo desde novembro passado, mas adiaram a saída para o dia 28 de fevereiro a pedido da direção nacional do PT e do próprio governador (Cabral). No fim de semana passado, porém, os petistas foram surpreendidos com o aviso do governador de que Zaqueu e Minc seriam exonerados no dia 31 de janeiro. Ex-ministro do Meio Ambiente, o secretário Carlos Minc está de férias na Bahia e disse, no Twitter, que não tem "apego a cargos". "Muda o cargo, não muda a pessoa. Fui ministro de Lula e ia à Lapa de táxi, de colete, sem segurança, ia à Parada LGBT", escreveu Minc no Twitter.

Na Assembleia Legislativa, o petista afirmou que os petistas não vão fazer oposição sistemática ao governo Cabral, mas vão atuar de forma independente.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), ocupou parte da manhã e do horário do almoço da presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira, 21. O peemedebista, que oficialmente viajou a Brasília participar da reunião da presidente com representantes do Comitê Olímpico Internacional (COI), está acompanhado do seu vice e possível candidato do PMDB à sucessão estadual no Rio, Luiz Fernando Pezão, e do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB).

A reunião com o COI estava prevista na agenda presidencial para começar às 11h e só começou depois do meio-dia. Segundo fontes, Dilma recebeu os peemedebistas em reservado antes e após o encontro para tratar dos Jogos Olímpicos de 2016. O assunto da conversa com os peemedebistas não foi divulgado. Enquanto representantes do COI e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, participavam de entrevista coletiva, eles circulavam pelo quarto andar do Palácio do Planalto, onde ficam os gabinetes da Secretaria de Relações Institucionais, da Secretaria-Geral da Presidência e da Casa Civil.

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O comando do PMDB pretende intensificar a pressão sobre o Palácio do Planalto para forçar o PT nacional a intervir e impedir que o senador Lindbergh Farias (PT) seja candidato a governador do Rio, em chapa rival à de Pezão. O partido antecipará sua convenção para abril e ameaça colocar a manutenção da coligação nacional no centro da discussão da aliança de apoio à reeleição da presidente. No último sábado, 18, o diretório regional do PT fluminense aprovou a entrega dos cargos no governo de Cabral em 28 de fevereiro e o pré-lançamento de Lindbergh.

Dilma deixou o Palácio do Planalto por volta das 15h em direção ao Palácio do Alvorada, onde receberá o ministro do Desenvolvimentos, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Cabral, Pezão e Paes saíram na sequência sem falar com os jornalistas.

 

O comando do PMDB vai intensificar a pressão sobre o Palácio do Planalto para forçar o PT nacional a intervir e impedir que o senador Lindbergh Farias (PT) seja candidato a governador do Rio, em chapa rival à do vice-governador Luiz Fernando Pezão, postulante do PMDB. O partido antecipará sua convenção para abril e colocará a manutenção da coligação nacional no centro da discussão da aliança de apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff, afirmou o líder peemedebista na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ). No sábado, 18, o diretório regional do PT fluminense aprovou a entrega em 28 de fevereiro dos cargos no governo Sérgio Cabral Filho (PMDB) e o lançamento de Lindbergh.

"A antecipação da convenção pode ser a saída para resolver (o impasse) ou mudar de lado", disse Cunha, ressaltando que só dava uma opinião. "Não vejo como o PMDB do Rio ficará na aliança nacional se o PT local tiver candidatura própria. Vamos ver como isso contamina a coligação (de apoio a Dilma)."

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A convenção deverá acontecer no fim de abril, bem antes do término do prazo legal, em junho. A antecipação foi acertada em reunião com o vice-presidente Michel Temer, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), líderes nas duas Casas e dirigentes partidários, em Brasília, na última quarta-feira, 15.

"Vamos votar o apoio à reeleição. Já que o PT colocou um fato consumado, vamos ver como fica a questão nacional", disse Cunha, para quem "é óbvio" que a decisão tomada pelo PT no sábado "dificulta" e "vai complicar" a aliança em torno de Dilma. "Com a decisão do PT, o PMDB do Rio fica liberado para fazer o que quiser, fica solto."

O partido estimula especulações sobre a possibilidade de sua seção fluminense apoiar outro presidenciável, possivelmente Aécio Neves (PSDB), se Lindbergh for lançado candidato.

Depois da decisão do PT, Cabral, que manifestara a intenção de renunciar em 31 de março, anunciou que anteciparia a saída em um mês, deixando o Palácio Guanabara em 28 de fevereiro, junto com os petistas. Ele precisa sair do governo, no máximo, seis meses antes do primeiro turno da eleição, porque pretende concorrer a um cargo no Senado, e seu filho Marco Antônio também tentará uma cadeira de deputado. No PMDB, a decisão foi vista como um modo de dar mais exposição a Pezão, que amarga índices modestos nas pesquisas.

"Acho que o governador (com o anúncio) quis demonstrar que o governo é feito em parceria. Se a parceria foi desfeita, prefere sair. Também foi uma maneira de dar mais visibilidade a Pezão e mostrar que sua candidatura é para valer", afirmou Cunha.

O presidente do PT do Rio, Washington Quaquá, considerou "estranho" que Cabral anunciasse a antecipação da saída em função da decisão do PT. "Assumimos a ofensiva. Lindbergh é o candidato com maior potencial, lançou sua candidatura e partiu para consolidar a chapa, o que nos coloca no centro da disputa. Os outros começam a se mexer em função da nossa movimentação."

 

O PT do Rio, que já adiou duas vezes a saída do governo Sérgio Cabral (PMDB), ofereceu nesta quarta-feira, 8, apoio ao governador na disputa por uma vaga no Senado. A contrapartida seria a desistência da candidatura do vice-governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e o apoio ao candidato do PT, o senador Lindbergh Farias. Em entrevista após reunião com Cabral no Palácio Guanabara, o presidente do PT no Rio, Washington Quaquá, disse que a "chapa dos sonhos" na sucessão estadual teria o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), como vice de Lindbergh e Cabral como candidato a senador.

"A vaga de vice está aberta para negociação. Acho que o Crivella daria um belíssimo vice", declarou Quaquá. Crivella, porém, é pré-candidato ao governo. No encontro, Cabral reafirmou que a candidatura de Pezão ao governo é "irreversível", segundo o relato do dirigente petista. "Ele falou que a candidatura do Pezão é irreversível, mas ficamos de conversar e de estabelecer um pacto de boa convivência", disse Quaquá.

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Segundo o petista, a chapa está "aberta para uma futura composição", que teria preferencialmente candidatos de mais dois partidos, além do PT. "Eu disse ao governador que nós não vamos ter uma postura agressiva com o governo e o PMDB. Nossa visita teve esse sentido. Não há beligerância. Nossa relação com o Cabral é muito boa, não vamos ter briga, não vamos ter guerra ", declarou.

Além da composição da chapa, continua indefinida a data para o PT sair do governo Cabral. Segundo Quaquá, está marcada para o dia 14 nova reunião com o presidente do PT, Rui Falcão, para decidir a questão "definitivamente". "Essa demanda de ficar até março foi imposta pelo PMDB nacional. Isso está virando novela. Queremos sair agora em janeiro", disse o dirigente regional.

Segundo ele, não há como desenvolver a candidatura de Lindbergh com o partido integrando um governo que tem candidato. "Não vamos ter briga com o PT nacional, muito menos com o ex-presidente Lula. Há um entendimento de que a decisão é do Rio. O que vamos fazer é dialogar."

Apesar de elogiar Cabral e afirmar que o seu governo é "o melhor desde o primeiro do (Leonel) Brizola", na década de 1980, Quaquá afirmou que a atual gestão "tem um monte de erros". "Se o governo Cabral fosse perfeito, a gente não ia lançar candidato a governador." Indagado sobre os erros aos quais se referia, o petista classificou as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) como "um meio acerto". "Não tem investigação, não tem prisão de quadrilha e bandidos acabam sendo expulsos para outras cidades, como a minha (Maricá)."

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