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Frei, escritor e teólogo fundamental para a teologia da libertação no Brasil, Leonardo Boff respondeu às críticas do presidenciável Ciro Gomes (PDT), que o chamou de “bajulador” e “bosta”. Em entrevista à Folha de São Paulo, Boff comentou: “Minha posição é dos filósofos, dentre os quais me conto: nem rir nem chorar, procurar entender. Entendo seu excesso a partir de seu caráter iracundo, embora na entrevista afirma que tem ‘sobriedade’ e ‘modéstia’”.

Quando fez as afirmações, Ciro estava voltando da Europa e se mostrou ressentido com o PT e, além de Boff, figuras como Glesi Hoffman, o ex-presidente Lula e o frei Betto. Apesar das ofensas, Boff defendeu a participação do político “espécie de colégio de líderes, vindos das várias partes de nosso país continental, para que as resistências e oposições tenha sua base em vários estados e não apenas naqueles econômica e politicamente mais relevantes".

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O teólogo declarou, no dia 24 de outubro, que votaria em Fernando Haddad (PT) para a presidência do Brasil. Além disso, Boff não poupou críticas à prisão de Lula e à decisão judicial que impediu sua candidatura. “Creio que agora a situação é tão dramática que precisamos de uma Arca de Noé onde todos nós possamos nos abrigar, abstraindo das diferentes extrações ideológicas, para não sermos tragados pelo dilúvio da irracionalidade", lamentou.

A pré-candidata a presidente da República Manuela D´Ávila (PCdoB) também opinou sobre a entrevista que o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) concedeu ao programa Roda Viva, na noite dessa segunda-feira (30). Sem tocar no nome do deputado federal e o chamando de “sujeito”, D´Ávila tocou em alguns pontos citados por Bolsonaro. 

“O sujeito disse que Mandela não é isso tudo, que Herzog se suicidou, que a escravidão é culpa dos africanos e o que seu livro de cabeceira é o do torturador Brilhante Ustra. O problema do dito não é de política: é de caráter”, disparou por meio do Twitter.

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Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, a presidenciável já afirmou que Bolsonaro só fomenta o ódio. “Acho que o povo brasileiro é muito melhor do que alguém que só fomenta o ódio”, chegou a dizer na ocasião. Na semana passada, ela também criticou Bolsonaro por ensinar uma criança imitar arma com a mão. 

A entrevista do candidato do PSL, transmitida ao vivo, teve média de 2,3 pontos de audiência na Grande São Paulo, com pico de 2,8 no final do programa. Foi a entrevista mais vista até agora entre dos pré-candidatos que já participaram da sabatina. O segundo colocado no ranking está Ciro Gomes (PDT), que teve 1,1 ponto de média. 

Segundo lugar nas pesquisas de intenções de votos para 2018, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) afirmou, nesta terça-feira (21), que a diferença entre ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apontado nos levantamentos como o preferido pela população para a disputa pelo Palácio do Planalto, é o “caráter”. 

Com postura mais reacionária, Bolsonaro sempre frisa que ele não é investigado pela Lava Jato ou qualquer outro esquema de corrupção. Já Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção, além dos processos que ainda estão em tramitação. 

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“Defendo o direito à arma pro [sic] cidadão de bem e fuzil para o homem do campo se defender do terrorismo. Sou contra o governo controlar mídia e internet. Nem eu nem meus filhos estão envolvidos em corrupção. A diferença entre eu e Lula, antes mesmo da ideologia, está no caráter”, disparou o parlamentar em publicação no Twitter. A postura de Bolsonaro foi em reação a artigos publicados na imprensa nacional comparando os dois presidenciáveis. 

Na madrugada dessa segunda-feira (20), ele concedeu entrevista para o Canal Livre, disse que é “anti-Lula” desde que entrou na política e acredita que muitos segmentos são simpáticos a ele.  

“Logicamente [também] agrego o voto de protesto. Até o Doria [prefeito de São Paulo] tentou capitalizar, um tempo atrás, o que seria o 'anti-Lula'. Eu sou 'anti-Lula' desde que eu entrei na política, então capitaliza muita coisa para mim, fora a simpatia né? Simpatia do povo evangélico, simpatia das pessoas que querem ter uma arma dentro de casa, das pessoas que querem um currículo escolar diferente do que esta aí, eu tenho simpatia dessas pessoas todas”. 

O presidenciável também declarou ter esperança de ir para o segundo turno na disputa. “Eu sou diferente de todos os pré-candidatos que estão aí. Eu não tenho nem partido ainda e, segundo algumas pesquisas, eu estou com 21%. Digo mais, quem declara voto a mim, dificilmente muda, então não havendo fraude com toda certeza eu estarei no segundo turno”.

O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), comentou o início da caravana de Lula ao Nordeste e saiu em defesa do ex-presidente. O pessebista, em entrevista concedida ao LeiaJá, chegou a dizer que seria "falta de caráter" negar o que o petista fez por Pernambuco. "É óbvio que Lula tem um grande serviço prestado para o Brasil e muito mais para o Nordeste e isso não podemos negar. Seria muita falta de caráter e de reconhecimento negar o serviço prestado pelo presidente Lula, em especial, a Pernambuco", declarou.

Sobre as denúncias que envolvem o nome de Lula, Miguel disse que tem dois pontos de vista. "Um como advogado e outro como político. Como advogado ele está no direito dele de recorrer sobre a sentença para provar a sua inocência. Estamos numa instituição que presume a inocência até que se prove o contrário. Se vai conseguir ou não, só o tempo que vai nos dizer. Agora, como político, digo que a gente viu Pernambuco dar uma alavancada de crescimento ainda mais no segundo mandato dele e no primeiro de Eduardo".

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O prefeito também ressaltou que "é natural" a caravana que Lula está fazendo. "Acho que ele faz um papel importante de trazer gente da força de esquerda e é natural, em um momento de oposição que se passa a política brasileira, ele percorrer os estados. Ele esquenta já o cenário e o debate do ano que vem. Qual é o resultado prático disso, não sei".

Ele ainda afirmou falou que também não se pode negar que Lula é o maior candidato a presidente da República. "Tanto é que as pesquisas mostraram isso diante dos nomes postos. Não teve um que fosse forte o suficiente para poder superar essas pesquisas. É obvio que isso não retrata o cenário porque falta um ano e meio para as eleições, mas isso mostra o capital político do presidente Lula", afirmou.

A visita de Lula a Pernambuco tem repercutido bastante entre os políticos. Nesta sexta (18), o deputado federal Betinho Gomes (PSDB) chegou a dizer que o petista deveria pedir desculpas por ter "quebrado o país". "Mais uma vez, o PT tenta criar uma cortina de fumaça para dizer que está tudo bem, que tem o mesmo prestígio de antes", disse. 

Nesta semana, em conversa ao LeiaJá, a deputada estadual Teresinha Nunes (PSDB) chegou a dizer que o objetivo de Lula visitando Pernambuco era "criar confusão".  A parlamentar Teresa Leitão (PT) não deixou por menos e rebateu que os tucanos sequer tem candidato à presidência da República. "A única confusão que pode ter é a fila para abraçar Lula. Fora isso, não vai ter confusão alguma", ironizou. 

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