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Trafegar pela Rodovia PR-473 exige atenção redobrada. A pista simples ladeada em sua maior parte por mato alto e árvores está por vezes ocupada por indígenas da Aldeia Rio das Cobras. Muitos são os jovens da etnia Guarani e Kaingang que usam as margens e o asfalto para brincadeiras e como ponto de encontro para bate-papos; alguns pedem esmola, outros vendem artesanato. Na terça-feira, no entanto, a chuva, que desde o fim de semana era ininterrupta, fizera a maioria deles se abrigar na aldeia. Ninguém viu, no fim da tarde, a longa caravana passar por ali em uma velocidade maior do que a costumeira. Estava atrasada.

Cerca de 70 quilômetros, com duas cidades no meio, separam Quedas do Iguaçu de Laranjeiras do Sul. E foi nesse trajeto - mesmo que a polícia nem ninguém saiba exatamente em que altura -, que teriam sido disparados ao menos três tiros contra a caravana de Lula. É também a ausência da informação sobre o ponto específico em que os disparos teriam acontecido, além da falta de testemunhas, que dificultam a investigação policial. Até agora, ninguém foi preso.

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Na quinta-feira, 29/03, equipes da Delegacia de Laranjeiras, onde foi instaurado o inquérito para apurar o caso, estiveram na PR-473. Na altura da ponte sobre o Rio Despedida, tentaram encontrar algum rastro do crime, mas saíram de mãos vazias. As buscas se concentraram onde os passageiros de um dos ônibus estimaram que o ataque teria acontecido: cerca de dez minutos depois que o comboio deixou Quedas do Iguaçu. O estampido baixo se assemelharia ao choque de uma pedra contra a lataria, coisa que a caravana já havia enfrentado pelo trajeto. A polícia pediu ainda as imagens do pedágio situado na BR-277, onde também trafegou a caravana. E ainda espera o resultado da perícia, prevista para sair nesta semana.

Tanto moradores de Quedas como de Laranjeiras definem as cidades em que vivem como pacíficas. A polícia confirma: os chamados para a 2.ª Companhia, do 16.º Batalhão da PM, em Laranjeiras são mais comuns para briga entre vizinhos por causa de som alto e para casos da Lei Maria da Penha. No ano, aconteceu um homicídio, que os investigadores suspeitam ter sido um latrocínio. Os flagrantes de tráfico de drogas são feitos mais frequentemente pela Polícia Rodoviária Federal, que prende na estrada e encaminha para as celas da delegacia, que tem uma centena de detentos, a maioria por tráfico.

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Na sexta-feira, Pedro Campos, de 61 anos, passeava com um amigo na praça da cidade. Para ele, o ataque que teria ocorrido à caravana não representa o sentimento predominante na população local. "Lamento o que aconteceu porque aqui há muita gente que gosta dele", disse, para ser complementado pelo amigo, o aposentado Jorge Freitas, de 75: "Foi o melhor presidente. Deus ajude para que eu possa votar nele de novo, e vou votar de consciência tranquila".

A região abriga grandes assentamentos de sem-terra, como o Celso Furtado, onde 1.098 famílias ganharam o título de propriedade em 2004. Quem está à frente dele é o vereador pelo PT Claudelei Lima, de 39 anos. Mais do que ser o vereador mais votado da história de Quedas do Iguaçu, Lima se tornou conhecido ao ser empossado no interior da Penitenciária Industrial de Cascavel.

Ele é investigado pela Operação Castra, da Polícia Civil, sob acusação de furto, roubo, invasão de propriedade, cárcere privado e porte ilegal de arma na invasão de uma fazenda.

Lima foi solto em maio passado e responde agora ao processo em liberdade. Na varanda de sua casa, logo na entrada do assentamento, ele tem um panfleto de campanha onde se lê: "Tô com Lula". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A delegacia de Laranjeiras do Sul, no interior do Estado do Paraná, aguarda para o início da próxima semana a finalização da perícia nos dois ônibus atingidos por tiros enquanto integravam a caravana do ex-presidente Lula pelo Sul do País.

A Polícia Civil pediu urgência no laudo que está em fase de elaboração pelos peritos da Polícia Científica paranaense. A análise que leva ao menos 30 dias para ser feita poderá estar na mão dos investigadores na próxima segunda-feira.

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O laudo é um dos elementos que serão levados em conta pela investigação para entender melhor as circunstâncias dos disparos que atingiram os veículos na noite da terça-feira passada. Ele poderá fornecer informações como tipo do armamento e calibre, proximidade com a qual o disparo foi efetuado e confirmar a quantidade de perfurações, e outras informações técnicas para os policiais. O governo do Paraná reforçou a segurança no entorno da delegacia.

O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, classificou como "ataques à democracia" o ataque a tiros contra ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Paraná e as ameaças relatadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin.

Segundo Leitão, o cenário é resultado do processo ainda em consolidação da democracia no País. "O que aconteceu na caravana do ex-presidente Lula e ameaças ao ministro são ameaças à democracia, colocam em xeque a democracia", disse o ministro nesta quinta-feira, 29, em São Paulo.

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Leitão afirmou que o Estado de Direito precisa responder aos episódios adequadamente. O ministro participa de cerimônia na capital paulista para relançamento do programa Pontos de Cultura, que oferece incentivo financeiro a grupos culturais.

Durante discurso pós ataque sofrido pela caravana do ex-presidente Lula, o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), declarou que "a intolerância e o ódio poderão inviabilizar as eleições deste ano caso não sejam contidos no país". O Senador estava ao lado de Lula, Manuela D’Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (PSOL), que são outros pré-candidatos à Presidência da República, em ato suprapartidário. O discurso foi feito na noite desta quarta-feira (29) em Curitiba, durante despedida da Caravana do Lula pelo Sul do país. 

Além de temer pelo futuro das eleições presidenciais no Brasil, Humberto afirma que "as agressões  feitas por movimentos de direita do país são fomentadas, principalmente, por Jair Bolsonaro (PSL) e também pelo PSDB, e atingem frontalmente a democracia, ferindo os princípios básicos da Constituição, como o livre direito de manifestação e a liberdade de expressão".

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Assim como fez o ex-presidente Lula via twitter, declarando que estava se iniciando quase um movimento nazista no país, Humberto Costa também reforça essa fala e diz: “Estamos aqui para dar um basta àqueles que provocaram esse ódio. Não deixaremos que esses nazifascistas transformem o nosso Brasil numa ditadura para que possam usar da violência e de todos os instrumentos de constrangimento com a finalidade de calar a população brasileira”.

É impossível afirmar por meio de uma foto se uma perfuração na lataria de um veiculo foi provocada ou não por um disparo de arma de fogo. Quem afirma é a perita criminal Rosângela Monteiro, do Instituto de Criminalística de São Paulo, que atuou em casos como o da menina Isabella Nardoni.

Na manhã desta quarta-feira, 28, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que é policial federal e filho do pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro, pôs em dúvida a veracidade do ataque à caravana de Luiz Inácio Lula da Silva, sugerindo por meio de imagens de supostos disparos em veículos que as perfurações nos ônibus petistas eram uma "armação".

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De acordo com a perita criminal, é impossível fazer a afirmação feita pelo deputado porque só o exame realizado por um perito no veículo atingido pode determinar qual a origem da perfuração. Um perito, segundo ela, vai examinar o local do fato, verificar a trajetória do disparo, averiguar se o tiro foi dado de dentro para fora ou de fora para dentro do veículo e ainda verificar o ponto da perfuração para coletar material que indique ou não que ele foi feito por arma de fogo. "Há perfurações causadas por ferrugem que são semelhantes a um disparo. Até mesmo a foto feita por um jornalista é diferente daquela da perícia. Por isso, qualquer opinião que não seja do perito que esteve no local e examinou o veículo é mera ilação, especulação", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O delegado da Polícia Civil do Paraná, Wikinson Fabiano Oliveira de Arruda, não participará mais das investigações sobre os tiros disparados contra ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com apuração da reportagem, suas declarações logo após o incidente não foram bem recebidas pela cúpula da Secretaria de Segurança do Paraná (Sesp). A apuração do caso será comandada pelo delegado Helder Andrade Lauria.

Na noite de ontem, Arruda confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que um dos ônibus da comitiva foi alvejado por ao menos um tiro. "Pelo menos uma das marcas é de arma de fogo", afirmou. "Se as outras marcas são, apenas a perícia irá dizer".

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Oficialmente, o Departamento da Polícia Civil do Paraná afirma que Arruda não foi afastado do caso. Segundo o órgão, o inquérito é conduzido desde seu início por Helder Lauria, que é o delegado titular da delegacia de Laranjeiras do Sul. A Polícia Civil afirma que Arruda é delegado adjunto, acompanhou Lauria no atendimento ao local da ocorrência, e continuará dando apoio à investigação.

Duas equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), grupo de elite da Polícia Civil do Estado, foram enviadas pela Secretaria de Segurança para reforçar as investigações. De acordo com a Sesp, o laudo pericial do ônibus deve ficar pronto dentro dos próximos dias.

Os disparos foram relatados por integrantes da caravana do petista. Um dos veículos apresentava marcas de três tiros. Um disparo perfurou a lataria e outros dois atingiram os vidros. O ônibus transportava jornalistas que fazem a comunicação da caravana, de blogs e sites que acompanham a comitiva, e repórteres estrangeiros. O outro ônibus, que foi atingido por um tiro, levava convidados da caravana. O ônibus que estava com o ex-presidente Lula não foi atingido. Ninguém ficou ferido.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, comentou nesta quarta-feira, 28, o ataque a tiros que atingiu a caravana do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula de Silva, e disse que rechaça "qualquer ato de violência contra qualquer que seja o homem público ou o ser humano". "Eu sou uma pessoa que tem como prática o respeito à divergência e o culto ao ambiente de paz. Evidentemente que a divergência política, ela deve existir numa democracia, mas nunca transbordando para atos de violência", afirmou, após participar de solenidade no Palácio do Planalto. Mendonça afirmou ainda que "a violência tem que ser abominada de forma definitiva" no convívio da democracia brasileira".

Mais cedo, em entrevista à rádio BandNews de Vitória, o presidente Michel Temer condenou o ataque sofrido pela caravana do ex-presidente, na terça, na estrada entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no interior do Paraná.

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Dois ônibus foram alvejados com tiros, mas ninguém ficou ferido.

Em entrevista, Temer disse: "É uma pena que tenha acontecido isso."

Temer fez questão de ressaltar, sem citar especificamente o Partido dos Trabalhadores (PT), que este clima belicoso - de "uns contra outros, de nós contra eles" - não é bom para o País e foi criado lá atrás" (pelos próprios petistas).

Na avaliação de Temer, esse "sentimento raivoso" que se instalou no País é muito perigoso e nada útil à democracia. "Isso pode criar um clima de instabilidade no País", emendou, ressalvando crer que nessas eleições o eleitorado brasileiro deverá votar nos projetos que desenvolvem o País e não em pessoas.

O presidente rechaçou ainda as ameaças que estão sendo recebidas por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como o relator da Lava Jato na Corte, ministro Edson Fachin, que teve reforço autorizado em sua segurança.

Deputados da bancada petista na Câmara culparam na manhã desta quarta-feira, 28, parlamentares da base de sustentação do governo Michel Temer por incitar a violência política contra adversários. Segundo os petistas, o partido está coletando vídeos, comentários em redes sociais e áudios onde os parlamentares e seus simpatizantes estariam estimulando "grupos fascistas" e "milícias" a agirem contra a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em entrevista coletiva na manhã desta quarta na Câmara, os deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Marco Maia (PT-RS) e Celso Pansera (PT-RJ) disseram que estão levantando provas contra "vários deputados" da base governista, entre eles Jerônimo Goergen (PP-RS), Luiz Carlos Heinze (PP-RS) e o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Militantes também estão sendo identificados e serão denunciados à Polícia Federal.

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Contra Bolsonaro, dizem os petistas, há um vídeo do parlamentar no Espírito Santo onde ele teria incentivado ações violentas contra adversários. Eles também contam que apoiadores de Bolsonaro, identificados por camisetas e faixas, estariam acompanhando a caravana na região sul do País. "Há uma incitação à violência de forma cabal", disse Marco Maia.

Os deputados cobraram que o atentado contra a caravana seja investigado por forças federais e pela Procuradoria Geral da República (PGR) por entenderem que há uma escalada de violência contra setores políticos motivada pela polarização do cenário. "Se não fizerem isso, teremos outras mortes", alertou Maia, se referindo ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). Os petistas afirmaram que há um clima de deteriorização da democracia e disseram que o País passa por uma fase de "mexicanização".

Os petistas destacaram que não vão aceitar a naturalização do atentado e criticaram os primeiros comentários do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do prefeito de São Paulo, João Dória, e do presidente Michel Temer. "Não é o caso de assistir da poltrona e minimizar", comentou Paulo Teixeira. Os deputados também chamaram o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), de "irresponsável" por não oferecer escola policial aos ônibus.

Os parlamentares classificaram as declarações iniciais dos adversários políticos de "desastrosas". "Isso estimula esse tipo de comportamento. Não podemos achar que isso é normal ou natural", emendou Teixeira.

Independentemente dos desdobramentos do episódio e da possibilidade de prisão de Lula, os parlamentares anunciaram que as mobilizações continuarão. "As caravanas vão continuar, não podemos aceitar essa pressão criminosa", avisou Teixeira.

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) informou que deslocou para Laranjeiras do Sul duas equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), grupo de elite da Polícia Civil do Estado, para reforçar as investigações sobre os tiros disparados contra veículos da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dois ônibus que transportavam parte da equipe do petista foram atingidos por armas de fogo na noite desta terça-feira, 27. Um dos veículos era ocupado por jornalistas de blogs e sites independentes, que fazem a comunicação da caravana de Lula pela região Sul do País, e repórteres estrangeiros. Ao menos um alemão e um argentino estavam a bordo.

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De acordo com a Secretaria de Segurança, um inquérito policial já foi aberto para apurar o caso e o laudo pericial do ônibus deve ficar pronto nos próximos dias.

A Sesp afirmou que não houve nenhum pedido formal de escolta para a caravana ou para o ex-presidente e que sequer tem conhecimento do "paradeiro" de Lula. A pasta reafirmou que a Polícia Militar do Estado reforçou o policiamento nos locais indicados pela caravana, mas ressaltou também que parte do cronograma que fora informado previamente às autoridades paranaenses foi alterado durante a passagem de Lula.

Após o incidente desta terça, petistas acusaram as autoridades da área de segurança, tanto federais como estaduais, de omissão em relação aos atos de violência contra a caravana registrados ao longo destes oito dias.

O deputado federal Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, disse ter telefonado para o ministro da defesa, Raul Jungmann, para cobrar providências. Segundo ele, Jungmann foi alertado desde o inicio da caravana, dos primeiros episódios de violência, sobre os riscos, assim como as autoridades dos três Estados por onde a caravana passou.

O ministro classificou como "inaceitável" o episódio no Paraná e afirmou que a Polícia Federal não irá investigar o caso dos tiros porque o crime não foi federal e cabe às autoridades estaduais atuar.

Nesta quarta-feira, 28, haverá ato programado em Curitiba, que marcará o encerramento da caravana. O deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) também passará pela capital paranaense.

O líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que as pessoas não devem ver o ataque à caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apenas como um ataque contra o PT, e sim contra todos. Em discurso no plenário, ele avaliou que o Brasil está entrando num "momento novo" de violência política.

"Não é questão de defender PT, Lula, nada disso. Não é coisa só da esquerda, não. Não é coisa só da esquerda! Eu acho que a gente tinha de fazer um movimento amplo neste País, de forças políticas amplas, uma frente contra um discurso fascista. Não é só discurso de ódio e de intolerância; nós estamos partindo para agressões físicas fascistas. Então, eu acho que esse é um movimento muito importante. As pessoas não devem olhar isso como algo contra o Lula ou contra a Dilma, porque isso vai vir para tudo que é lado", declarou.

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Ele disse que esteve com a ex-presidente Dilma Rousseff ontem e que ela também contou que foi vítima de ataques. "Quebraram o vidro do ônibus. Ela estava numa cadeira; quebraram outro vidro do ônibus dela. Em outro momento, me contou a Presidenta Dilma, quebraram o vidro do motorista. O ônibus saiu da pista. É uma cena de, sabe, querer destruir, querer atacar, querer matar. Então, é algo muito grave", avaliou Lindbergh.

Ainda de acordo com o senador, ele recebeu informações de que, durante os trajetos percorridos pela caravana de Lula pelo Sul do País, em vários momentos os participantes do ato foram cercados e as pessoas ficam em pânico. Ainda assim, disse que é preciso "insistir na capacidade de buscar o diálogo".

Lindbergh também elogiou o discurso do senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que demonstrou preocupação com a violência contra políticos. Cristovam avalia que "haverá mortes se isso continuar". "Quero deixar a minha solidariedade com aqueles que estão sendo vítimas neste momento desses atos violentos, como eu fui e não apenas uma vez, algumas vezes eu fui, com ovos inclusive também. Mas é mais do que solidariedade, é a preocupação. Ninguém controla um processo desse se ele não for paralisado pela consciência geral das pessoas, nem a polícia garantindo o processo paralisará. A polícia garante numa manifestação, depois em outra, em outra, em outra, mas, no conjunto, não garantirá."

No plenário, Cristovam afirmou ainda que políticos podem acabar sendo mortos "por uma pedrada, que às vezes mata; por um tiro, que ninguém vai saber de onde vem, mas com a clareza de ato político". "Isso acontecendo, não é uma questão de acender um barril de pólvora, é uma questão de arrebentar vulcões em todo este País. E aí, o final a gente já sabe: todos serem derrotados do ponto de vista da democracia."

O líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PB) disse que o partido continuará cobrando que o governo do Paraná e o governo federal garantam a segurança da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Estado, alvejada nessa terça-feira (27), com pelo menos três tiros.

Ele defendeu que é preciso haver um planejamento integrado de segurança para a eleição, assim como ocorreu para nas Olimpíadas. Para ele, há uma "tolerância" por parte da polícia e dos governos estaduais em relação a atos de violência contra Lula. "Isso está se mostrando um preâmbulo do que vai ser a campanha. Porque essas coisas não terminam de um lado só. Daqui a pouco pode ter resposta e aí isso não termina, vira uma bola de neve. Isso não é o perfil do Brasil."

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Costa também afirmou à reportagem que a legenda entrará no Justiça contra atos de violência como o que ocorreu nessa terça-feira. "Estamos denunciando isso o tempo inteiro. Tudo isso foi devidamente documentado para embasar os processos que a gente vai fazer", garantiu.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, classificou nesta terça-feira (27) como "inaceitável" o ataque a tiros aos ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no interior do Paraná. Dois veículos foram atingidos por disparos de arma de fogo, mas ninguém se feriu.

"É absolutamente inaceitável que aconteça, parta de quem partir. Isso não é convivência democrática. Isso não pode acontecer, e se acontecer é preciso identificar os responsáveis porque não pode se repetir dentro do regime democrático", disse o ministro.

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Jungmann também condenou confrontos entre militantes petistas e anti-lulistas. Jornalistas foram agredidos no trajeto por seguranças do ex-presidente. "Não podemos admitir confrontos e é preciso ter respeito."

O ministro afirmou que a Polícia Federal não irá investigar o caso porque o crime não foi federal e cabe às autoridades estaduais atuar. "Caberá à investigação estabelecer se foi ou não (um atentado político)", disse.

Jungmann iria conversar ainda nesta terça-feira com a Secretaria de Segurança do governo Beto Richa (PSDB), para pedir "atenção redobrada" para o caso. "Eu pedi que existam cuidados adicionais e falo sempre com a própria PRF", disse o ministro. Antes, ele se reuniu com parlamentares da bancada do PT.

Deputados do PT estão reunidos com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, para cobrar providências do governo federal em relação aos ataques sofridos pela caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dois ônibus do comboio petista foram atingidos por tiros nesta terça-feira, 27.

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Petistas têm dito que, se algo acontecer com Lula ou qualquer integrante da caravana, a culpa será do governo federal e do governo do Paraná, que o partido acusa de negligência em relação à segurança do ex-presidente.

Desde que iniciou a caravana pelo Sul, na semana passada, Lula tem enfrentado protestos por onde passa. No domingo, 25, a comitiva já havia sido atacada com pedras e ovos.

O deputado Leo de Brito (PT-AC) subiu à tribuna da Câmara e anunciou que os petistas estavam cobrando providências de Jungmann. Brito disse que o PT repudia o atentado por considerá-lo uma prática de intimidação e medo, "típica da ditadura".

O parlamentar chegou a dizer que houve uma tentativa de assassinato do ex-presidente Lula. "Não queremos que esse processo termine com um cadáver na mesa", discursou.

Dois ônibus da caravana do ex-presidente Lula, nesta terça-feira (27), foram atingidos por quatro tiros no Paraná. Os veículos levavam jornalistas que fazem a cobertura da viagem, além de convidados. Segundo as informações, um ônibus teve duas perfurações na lataria e o outro teria sido atingido em um dos vidros, mas ninguém ficou ferido. 

O pré-candidato a presidente do Brasil Guilherme Boulos (PSOL) lamentou o caso por meio do seu facebook definindo o ocorrido como “gravíssimo”. “Os fascistas ultrapassaram qualquer limite. Toda solidariedade a Lula contra as agressões. É momento de unidade democrática e de resistência ativa. Com fascismo não se brinca”, escreveu. 

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No Twitter, Lula pelo Brasil foi destacado que a caravana está sendo perseguida por grupos fascistas. “Se eles acham que fazendo isso vão nos assustar, estão enganados. Vai nos motivar. Não podemos permitir que depois do nazismo esses grupos fascistas possam fazer o quiser. Se eles acham que fazendo isso vão nos assustar, estão enganados. Vai nos motivar. Não podemos permitir que depois do nazismo esses grupos fascistas possam fazer o quiser”. 

Durante passagem por Quedas do Iguaçu (PR), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve seu último recurso na segunda instância negado ontem, alegou mais uma vez sua inocência no processo da Lava Jato. "Ou eu estou louco ou quem me condenou está louco", disse Lula, ao falar sobre sua condenação, conforme vídeo transmitido pelo PT nas redes sociais.

Ele afirmou que está "indignado" com o processo e voltou a apelar para instâncias superiores. "A minha inocência eu já provei, eu quero que eles provem a minha culpa e a única coisa que eu peço é que numa instância superior eles julguem o mérito do processo", disse.

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O pedido de habeas corpus preventivo do petista será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no próximo dia 4. Até lá, Lula não poderá ser preso, conforme liminar concedida pela corte na semana passada. O petista repetiu que quem o condena está com medo de ele ser eleito no primeiro turno das eleições deste ano.

Com a condenação em segunda instância, uma candidatura do ex-presidente pode ser impugnada pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. O PT pretende registrá-lo como candidato no dia 15 de agosto. "Podem estar certos de uma coisa: eu vou voltar a presidir este País", declarou Lula.

O petista classificou como "barbárie" e "selvageria" os protestos que enfrenta durante sua caravana pelo Sul do País. Ele não fez nenhuma menção à agressão sofrida por um repórter do jornal O Globo na segunda-feira, 26. O jornalista foi atingido com um soco por parte de um segurança da caravana em Francisco Beltrão (PR).

No discurso, Lula citou casos de agressão que teriam ocorrido contra militantes favoráveis ao petista. "Todo e qualquer protesto se aceita, o que não se aceita é a violência, é as pessoas serem bárbaras no trato de uma questão política", afirmou.

A caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi atacada com pedras e ovos por manifestantes contrários ao petista durante a passagem por São Miguel do Oeste (SC), na tarde deste domingo, 25. Lula participou de manhã de um ato com agricultores familiares em Nova Erechim (SC). Durante o evento, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, alertou para a presença de manifestantes contrários ao ex-presidente em São Miguel do Oeste.

As pedradas chegaram a trincar os vidros de dois dos três ônibus que integram a caravana, entre eles o veículo em que Lula viajava. Cerca de trinta manifestantes fecharam o trevo de acesso à cidade. Quando a caravana parou, os limpadores de para-brisas dos ônibus foram arrancados, diversos ovos atirados contra os vidros dos veículos e, depois, as pedras. Um dos ovos atingiu o carro da reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

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"O que aconteceu foi um atentado criminoso. Poderia ter acontecido uma tragédia. O motorista ficou sem visibilidade", disse o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), líder do PT na Câmara. Alguns metros adiante, policiais militares acompanharam mas não interferiram na manifestação.

Os protestos violentos e tentativas de bloquear a passagem da comitiva do petista tem marcado a caravana de Lula pena região Sul, iniciada segunda-feira, em Santana do Livramento (RS). O ex-presidente foi obrigado a alterar o itinerário da viagem, fazer viagens de avião (a previsão inicial era de usar apenas ônibus) e impedido de entrar em Passo Fundo (RS).

No sábado à noite, em Chapecó (SC), houve confronto entre manifestantes anti-Lula e militantes petistas que participavam de um ato na praça central da cidade. Integrantes da caravana acusam a participação de grupos de extrema-direita apoiadores do deputado Jair Bolsonaro.

Em Florianópolis, Lula ressaltou que os participantes das atividades da caravana são "gente da paz" mas disse que eles devem "retribuir" as agressões sofridas. Em Chapecó, Lula falou em "dar porrada".

"Nós não podemos permitir que pessoas sejam espancadas enquanto esperamos que a polícia cumpra seu papel. Se a polícia não pode garantir a segurança da caravana, que nos diga", afirmou Pimenta. Segundo ele, uma ideia é agregar outros dois ônibus com militantes à caravana para contrapor às manifestações contrárias.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi obrigado a desviar o itinerário da caravana pela região Sul por causa de protestos de opositores e falta de garantias de segurança. Neste sábado (24), em Florianópolis, ele disse que os petistas devem retribuir caso sejam agredidos pelos adversários.

"Tem gente se organizando como paramilitar. Tem gente se preparando até para invadir o comício do outro. Quero dizer para essa gente que nós somos da paz. É só olhar para a cara de vocês. Somos gente de paz. Mas não nos provoquem porque se derem um tapa na nossa cara a gente não vai apenas virar para o lado, a gente vai retribuir até eles aprenderem a viver democraticamente", disse Lula, no início da tarde, diante de milhares de apoiadores que encheram a Praça XV de Novembro, no centro da capital catarinense.

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Algumas dezenas de metros adiante um grupo menor protestava contra a presença do ex-presidente na cidade. Entre eles havia desde militantes de grupos moderados como o Vem Pra Rua até apoiadores do deputado e presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ), mais exaltados.

Os grupos foram separados por dois cordões da Polícia Militar e, apesar das hostilidades e provocações, não foram registradas agressões.

As manifestações contra Lula em Florianópolis foram tranquilas se comparadas com as confusões ocorridas durante a passagem do ex-presidente pelo Rio Grande do Sul.

Impedido de entrar em Passo Fundo (RS), na sexta-feira (23), devido a um bloqueio feito por ruralistas, Lula e sua comitiva tiveram que ir para Chapecó (SC), onde uma parte embarcou em voo fretado para Porto Alegre (RS). O ex-presidente e alguns auxiliares mais próximos pernoitaram em um hotel próximo ao aeroporto e seguiram também de avião para Florianópolis.

A mudança de planos fez com que a agenda do ex-presidente atrasasse mais de duas horas. Da capital catarinense Lula seguiu para Chapecó (SC) novamente em voo fretado. A ideia inicial era que Lula fizesse apenas a etapa entre Passo Fundo e Porto Alegre de avião e o restante da caravana de ônibus.

Segundo o ex-ministro Miguel Rossetto, um dos motivos para o desvio foi a falta de garantias de segurança. "A Secretaria de Segurança Pública e o comando da Brigada Militar disseram que não poderiam garantir a segurança até o aeroporto de Passo Fundo", disse Rossetto, que é pré-candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul.

A secretaria diz ter garantido a segurança da caravana mesmo não sendo sua atribuição já que na comitiva havia dois ex-presidentes - Dilma Rousseff acompanhou parte do périplo.

'Vou voltar'

Em Florianópolis, Lula disse que ainda pretende visitar Passo Fundo. "Eu vou voltar", afirmou.

Na praça, o petista recebeu o título de cidadão catarinense. A outorga foi aprovada em agosto de 2008 por unanimidade da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Agora, depois das condenações em primeira e segunda instância por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, deputados de oposição ameaçam cassar a homenagem.

Lula quase chorou ao reiterar sua inocência e questionar as condenações pela Justiça. "A única frase que eu podia dizer é que não respeito aquela decisão porque senão eu não conseguiria olhar na cara da minha bisneta", disse Lula, com a voz embargada.

A segurança de Lula foi reforçada por homens contratados e voluntários que cercaram o palanque do ex-presidente. Um deles era Alex Moraes, que trabalhou toda a madrugada anterior em um posto de gasolina. "Cumpri pena por tráfico até três anos atrás e saí graças a um indulto natalino do Lula", disse Moraes, que vive no Morro do 25, em Florianópolis.

Os dois homens que fazem a segurança de Lula desde que ele deixou a Presidência estavam em cima do palco, atentos à movimentação de pessoas. Apesar disso, depois do ato no centro da cidade, o petista desceu do palanque para abraçar e tirar selfies com seus apoiadores.

Antes, Lula participou de um encontro com reitores das universidades públicas de Santa Catarina ao lado do ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad, coordenador do programa de governo e um dos nomes cotados para substituir Lula na campanha presidencial caso o petista seja barrado pela Justiça.

Centenas de manifestantes contrários ao petista foram até o local. Um deles arrancou uma bandeira do PT das mãos de um professor. A peça foi rasgada e queimada aos gritos de "queimem o PT".

Do lado de dentro da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), bem humorado, o ex-presidente arrancou gargalhadas dos reitores ao lembrar das ações em seu governo que "beneficiaram" os cachorros. "Eles são mais inteligentes e têm mais capacidade de demonstrar carinho do que muito ser humano. Bem tratados são incapazes de um gesto de ódio", disse Lula.

O ex-presidente falava de duas leis, ambas aprovadas em seu governo. Uma delas permite que deficientes visuais entrem com cães-guia nos ônibus e metrô, a outra inclui os cachorros formalmente na categoria de animais domésticos. "Na próxima vez vai ser para eles poderem tirar título de eleitor", brincou Lula.

No dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) julga seu pedido de habeas corpus, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, 22, estar com a "tranquilidade dos inocentes". Em entrevista concedida a jornalistas da Rádio Guaíba, o petista disse que espera um julgamento digno das esferas superiores da Justiça.

"Estou com a tranquilidade dos inocentes, e eles com a intranquilidade dos culpados. Eles sabem que montaram uma farsa para me condenar. Estão julgando os governos do Lula e da Dilma. Veja que aquele menino, o tal de Dallagnol, ele deveria ter sido exonerado quando contou a mentira do PowerPoint", afirmou.

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O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) analisa na sessão de hoje o habeas corpus impetrado pela defesa de Lula para impedir sua eventual prisão após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça Federal. A análise dos embargos do ex-presidente pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) foi agendada para a próxima segunda-feira.

"A única coisa que eu quero deste processo é que alguma instância superior ou STJ ou STF julgue o mérito do processo. Eu não posso aceitar, o conjunto de mentiras que foi montado para tentar condenar o Lula. Eu tenho uma relação de honestidade com o povo. O povo sabe que não minto", disse o petista.

Lula também criticou a política econômica e social adotada pelo presidente Michel Temer. "Essa gente que tá aí não sabe governar, não sabe cuidar do Brasil, eles estão vendendo nosso País, e eu quero dizer que, se o PT quiser, eu sou candidato. Se eu puder ser candidato porque nós vamos fazer um referendo revogatório ou uma nova Constituinte para desfazer essa 'safadeza' que eles estão fazendo com nosso povo", afirmou.

No Rio Grande do Sul, Lula foi alvo de protestos durante a caravana que circula por cidades do interior e seguirá para Santa Catarina e Paraná. O petista disse que o Estado gaúcho está "muito conservador" e lamentou as manifestações que ocorreram no município de Bagé. "Eu achei uma afronta, meia dúzia de fazendeiros, junto com jovens do agronegócio acharem que podem impedir dois presidentes, dois governadores de Estado e sete deputados de entrarem na cidade", criticou.

Segundo o ex-presidente, na última vez em que esteve em Bagé foi para participar de um ato público com mais de 40 mil pessoas, para criar a Unipampa. Lula disse que a origem dos protestos é o ódio disseminado no Brasil desde 2013 e que foi acentuado após a campanha de Aécio Neves contra Dilma Rousseff.

Na passagem pela cidade gaúcha de ­São Borja, conhecida como "Terra dos Presidentes", Lula disse que não irá trilhar o desfecho dos ex-mandatários do País. "Eu, primeiro, não tenho a vocação de Getúlio. Eu não vou me matar. Segundo, eu não tenho a vocação de João Goulart. Eu não vou sair do Brasil. Eu vou ficar aqui dentro do Brasil. Eu vou terminar minha caravana dia 28 em Curitiba, na Boca Maldita, em um grande ato público. Se quiserem tomar a decisão, tomem. Não estou acima da lei. Quero é a chance de ver o mérito do meu processo ser julgado", salienta.

A chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, foi acompanhada de protestos e confrontos entre ruralistas e integrantes de movimentos sociais nesta quarta-feira, 21. Caravanas que chegavam para apoiar Lula foram recebidas com pedras jogadas contra os ônibus, mas não houve feridos.

Já em frente ao Museu Getúlio Vargas foi registrado um pequeno incidente em que um manifestante do MST foi agredido sem maiores consequências. O forte aparato policial evitou confrontos e direcionou grupos rivais para locais em que pudessem ser controlados.

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O ato político estava marcado para as 14h na Praça XV de Novembro, no centro da cidade onde fica o Mausoléu Presidente Getúlio Vargas, mas só começou por volta das 17h. Muitos pronunciamentos entremeados com apresentações artísticas seguraram o público por várias horas até a chegada de Lula, que estava acompanhado da ex-presidente Dilma Rousseff, da presidente do PT, Gleisi Hofmann, e de lideranças locais como o ex-governador Olívio Dutra.

O discurso de Dilma Rousseff destacou principalmente a instalação da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e do Instituto Federal Farroupilha (IFF) na cidade, além do que chamou de "golpe" para tirá-la do poder. Ela ainda falou sobre os ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart e o ex-governador Leonel Brizola, todos com forte ligação com São Borja - os túmulos dos três políticos trabalhistas estão no cemitério do município.

Lula iniciou seu discurso atacando o que chamou de "direita fascista", que, no seu entendimento, "muitas vezes se beneficiou dos recursos do Pronaf (Programa Nacional da Agricultura Familiar) para adquirir máquinas com valores subsidiados." O ex-presidente lamentou o clima tenso comandado por "empresários e ruralistas", afirmando que seu partido não adotaria a mesma atitude. "Isso não faz parte da democracia."

Ocorreram pequenos confrontos entre um grupo que protestava contra Lula e usava frases que pediam sua prisão e, de outro lado, integrantes da CUT e do MST em defesa do ex-presidente. O ato foi encerrado pouco depois das 18h. A caravana seguiu, ainda sob forte esquema de segurança, para a região das Missões, onde Lula visita as cidades de São Miguel e Santo Ângelo.

Integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) e apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva trocaram provocações do lado de fora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no segundo dia da caravana do petista pelo Rio Grande do Sul. Apesar do clima tenso, não houve maiores ocorrências e ninguém ficou ferido.

O grupo de apoio ao ex-presidente reuniu militantes do PT, membros do MST e da CUT. O MBL levou cerca de 50 integrantes para protestar contra o petista.

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Dentro da Universidade, cerca de 800 pessoas aguardavam a chegada de Lula. A comitiva, composta pela ex-presidente Dilma Rousseff, entre outras lideranças petistas, se reuniu com reitores de universidades e institutos federais de ensino.

Na pauta, investimentos em educação, ciência e tecnologia e as implicações da Emenda Constitucional 95, aprovada em dezembro de 2016, que congela os gastos no setor por 20 anos. A reunião ocorreu a portas fechadas e o acesso à imprensa foi restrito a imagens. Lula não falou com os repórteres.

A caravana se dirigiria para um ato de mobilização pela defesa da candidatura de Lula, no Bairro Nova Santa Marta, tradicional núcleo de eleitorado petista na cidade.

Bagé

O primeiro dia da etapa gaúcha da caravana já havia sido marcado pelo clima de tensão entre manifestantes e apoiadores de Lula. Houve protestos contra a presença do petista em Bagé e em Santana do Livramento.

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