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Virgine Viard apresentou seu desfile para a marca francesa Chanel tendo apenas uma pessoa na plateia: a atriz norte-americana Kristen Stewart ("Crepúsculo"). Por causa da pandemia do coronavírus, o desfile foi transmitido online. É a segunda coleção apresentada por Viard após a morte do estilista Karl Lagerfeld, ocorrida em fevereiro de 2019. Lagerfeld era o diretor criativo da grife e fez parte da história da Chanel desde os anos 80.

A princípio, a marca planejava convidar cerca de 200 pessoas para assistir ao desfile de forma presencial, ocupando assentos distanciados na plateia, mas a lista de convidados acabou sendo reduzida a uma única pessoa. Kristen Stewart foi a escolhida por ser embaixadora da Maison. 

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Quanto à estrutura da coleção, Virgine se inspirou na vida de mulheres poderosas que ao longo da história viveram no Château de Chenonceau, castelo que serviu de palco para a apresentação. Entre as inspirações estão Catarina de Médici, Diane de Poitiers e  a realeza francesa do século XVI.

As modelos foram vestidas com looks inspirados na Renascença, incluindo saias até o chão, blusas transparentes com babados, luvas rendadas e cocares no estilo do século XV. O restante da coleção foi arredondado com minissaias exclusivas da Chanel, ternos curtos no clássico tweed e jaquetas com mangas sino.

Pós semanas de moda finalizadas nos quatro cantos mais influentes da indústria (Nova York, Milão, Londres e Paris), chega o momento de separar as maiores tendências que dominarão a próxima temporada, no caso do Brasil, as de verão 2021. Hoje, o LeiaJá separa tudo aquilo que deve ser retirado – ou introduzido, no armário.

1 - Máscaras

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Começando pelo item necessário. Mesmo que algumas grifes ainda permaneçam relutantes sobre o item, a máscara apareceu em mais desfiles nesta temporada. Sendo um acessório de proteção diária, nas coleções ela surge carregando uma certa licença poética, visto suas diferentes interpretações. ‘’Bordadas, transparentes, com pedrarias, mensagens, tecidos cintilantes e combinando com os looks desfilados, agregando aquilo que a moda tem como base: a individualidade’’, comenta a estilista Fernanda Faustino.

2 – Bolsas oversized

Mesmo não sendo uma tendência pioneira, as oversized bags voltaram com tudo. ‘’Faz total sentido neste momento. É a primeira vez que as peças aparecem da forma mais utilitária possível, sem frescuras. Nelas, você pode levar seu notebook, máscaras, álcool gel, ou qualquer eletrônico que possa ser necessário para uma reunião imprevista’’, aponta a especialista.

3 - Maxiacessórios 

Visto a necessidade de transmissões e reuniões por Zoom, grifes como Gucci, Dior e Saint Laurent vêm investindo em maxiacessórios para serem mais interessantes que o look em si, pois são eles que ganharão destaque através das câmeras. ‘’Brincos e colares longos que se estendem até os ombros, de variados materiais, grandes e brilhantes, visto que são esses que ficam evidentes nas webcams. O objetivo é focar atenção nessas peças’’, comenta Faustino.

4 – Cores vibrantes

Há algum tempo, o neon vem se estabelecendo e conquistando seu espaço. Seja através do neoprene popularizado pelos surfistas ou em bolsas Birkin da Hermès. Combinado a peças de tons neutros, sapatos e bolsas coloridas foram a aposta dos designers para acentuar o look sem causar exageros, resgatando um ar mais natural.

5 – Sapatos de bico fino

‘’Tem quem acredite que eles vieram para marcar o fim de uma era’’, comenta a especialista. Na última temporada de desfiles internacionais o item dominou as passarelas através de um mood retrô-chique. De salto alto ou baixo, coloridos, transparentes, com tachas e spikes, o bico fino é o sapato da vez. 

O show tem que continuar: Chanel retomou, nesta terça-feira (6) em Paris, seus desfiles chamativos, recriando o famoso letreiro gigantesco de Hollywood com o nome da marca, uma forma de celebrar sua relação com o cinema e com as atrizes que veste há quase um século.

No último dia da Semana da Moda "figital", que combinou o físico com o digital, a marca francesa incorporou as medidas sanitárias impostas pela epidemia de Covid-19 - público reduzido, uso de máscara, evento curto -, mas não desistiu de chamar a atenção visualmente, como era costume do estilista Karl Lagerlfeld, que faleceu em fevereiro de 2019.

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Sob o imponente teto de vidro do museu Grand Palais, as letras da Chanel, com vários metros de altura, brilharam com lâmpadas acesas, em alusão ao painel de Hollywood.

Aos seus pés, as modelos apresentaram uma coleção de prêt-à-porter em referência às atrizes que a fundadora da marca, Coco Chanel, começou a vestir nos anos 1930, dentro e fora das telas.

Esta coleção, que pretende ser "alegre, colorida e viva" se inspira "nas musas da marca", acrescentou a estilista francesa, lembrando que tanto Gabrielle Chanel como Lagerfeld contaram com muitas divas do cinema entre seus clientes, de Greta Garbo e Katherine Hepburn até Keira Knightley e Margot Robbie.

Curvas

Assim como as outras marcas que decidiram desfilar nesta Semana da Moda, Chanel restringiu drasticamente o número de espectadores. Também cancelou a presença de atrizes, influencers e outras celebridades que costumam viajar para Paris para este evento importante da indústria da moda, assim como as modelos com que normalmente trabalha, como as irmãs Gigi e Bella Hadid e Kaia Gerber.

Por outro lado, contou com a participação de Jill Kortleve, uma modelo de 26 anos nascida na Holanda que desfila nas passarelas reivindicando suas curvas, a fim de promover uma mudança na moda.

Junto aos ternos de tweed pretos, sobressaem os vestidos fluidos e as camisas estampadas com as letras da Chanel, como se fossem neon, assim como as peças assimétricas ou bimateriais.

Uma saia preta leva em letras brancas o nome de Gabrielle Chanel, protagonista de uma primeira retrospectiva em Paris que homenageia os códigos que a estilista trouxe para a moda feminina: liberdade, elegância, naturalidade e conforto.

O programa da Semana da Moda, a primeira "figital" da história, terminará nesta terça-feira com o desfile da Louis Vuitton. A próxima, de roupas masculinas, está prevista para janeiro de 2021 e, por enquanto, é impossível antecipar se a situação de saúde permitirá retomar os desfiles físicos com normalidade.

O novo engajamento da indústria da moda tem sido a luta contra o coronavírus, principalmente em se tratando das grandes grifes do hemisfério norte. Marcas como Louis Vuitton e Maison Margiela já se uniram às causas contra a pandemia e a mais nova grife a fazer essa aliança foi a Chanel. 

Usando seus recursos, a grife francesa confeccionará diversas máscaras de proteção para ajudar a reforçar os suprimentos da França, que tem uma demanda de 40 milhões de máscaras faciais por semana.

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"Hoje estamos mobilizando nossa força de trabalho e nossos parceiros para produzir máscaras e blusas de proteção", escreveu a grife em comunicado.  A Chanel também doou 1,2 milhão de euros a um fundo de emergência para o sistema público de hospitais do País e também compartilhou que pagará a seus trabalhadores oito semanas em salários durante esse período incerto. 

Como era do costume de Karl Lagerfeld, Vivienne Viard – sucessora do Kaiser, na Maison – transformou o Grand Palais em uma pista fantasiosa, como tudo que engloba o mundo Chanel, para a finalização de mais uma temporada de moda em Paris. Dando passos mais evolutivos do que o ultimo estilista da grife, Viard decidiu fazer algo que há tempos não era visto num desfile da Chanel: Pela primeira vez, em 10 anos, uma modelo plus-size cruzou a passarela ao lado de nomes como Gigi Hadid e Kaya Gerber (filha da consagrada modelo dos anos 90, Cindy Crowford).

Jill Kortleve, modelo holandesa, atravessou o Grand Palais vestindo uma jaqueta de veludo preta e calças detalhadas com botões de pérola, marcando um grande avanço da ótica da grife através da estreia de Kortleve, que também desfilou para outras marcas como Fendi, Valentino e foi principal modelo da Alexander McQueen, também nessa temporada de semana de moda.

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A modelo holandesa Jill Kortleve. Foto: Reprodução/Instagram

 Sobre a coleção, Vivienne apresentou os famosos tweeds pertencentes a casa, imaginados em ternos, vestidos e casacos e o mood também transitou na oferta entre calças pretas fluídas detalhadas com botões pop, desconstruindo o arquivo Chanel não apenas na construção das roupas, mas também na forma em que foram exibidas, visto que as modelos entravam em pares na passarela, conversando de forma despretensiosa, chamando atenção de fashionistas como Camila Coelho que definiu a coleção como ‘’a melhor em tempos’’ através do post em seu Instagram.

 

Por Junior Coneglian

 

A Chanel anunciou, nessa segunda-feira (17), o adiamento de um desfile previsto para maio em Pequim, devido ao novo coronavírus, que já tirou a vida de 1.700 pessoas na China desde o seu surgimento, em dezembro.

A empresa tomou esta decisão com base "na situação atual e levando em conta as recomendações das autoridades chinesas".

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Adiado para "um momento mais oportuno", este desfile era uma réplica do que foi apresentado em dezembro 2019, dedicado a diversos ofícios artísticos.

Chamado de "31 rue Cambon", em alusão à sede dos salões e estúdios históricos da Chanel no centro de Paris, esta coleção se inspira no apartamento de Gabrielle Chanel, e foi apresentada em Paris com decoração idealizada pela cineasta Sofia Coppola.

"A Chanel acompanha a situação de perto. A saúde e o bem-estar de seus equipamentos e de seus clientes são a prioridade", disse a companhia em um breve comunicado.

Dias antes da próxima Semana de Moda de Paris (de 24 de fevereiro a 3 de março), o criador chinês Jarel Zhang cancelou seu desfile na capital francesa, a fim de "garantir a boa saúde e a segurança dos dois países e reduzir o número de contatos".

Outro grande evento na China que foi afetado pela epidemia é o salão do automóvel de Pequim, uma reunião importante do setor que estava marcada para 21 a 30 de abril e foi adiada.

Flávia Alessandra está aproveitando as férias após viver a Rita de Cássia na novela "O Sétimo Guardião". Curtindo as belezas naturais das Bahamas na companhia da família, a atriz compartilhou neste sábado (3), no Instagram, um registro fazendo charme com um maiô que vem fazendo sucesso no verão europeu.

Na imagem publicada, Flávia aparece com uma peça de banho da marca francesa Chanel. O LeiaJá descobriu que o maiô custa € 960, aproximadamente R$ 4 mil. Além de Flávia Alessandra, o traje de dois tons já foi ostentado pela blogueira alemã Caroline Daur. Em contramão aos dias de sol, a peça da Chanel pode ser usada com jaqueta e calça. 

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Confira:

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Minuto de silêncio, lágrimas e ovação: a emoção era palpável, nesta terça-feira (5), no desfile da última coleção Chanel desenhada por Karl Lagerfeld, apresentada em uma paisagem imaculada e nevada.

O desfile mais esperado da Semana de Moda de Paris foi precedido por um minuto de silêncio em homenagem para aquele que foi o diretor artístico da casa por 36 anos, e se encerrou com a música "Heroes", de David Bowie.

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Carregado de emoção, o desfile foi uma oportunidade para Chanel prestar uma última homenagem ao último dos gigantes da alta-costura, que não quis uma cerimônia oficial após sua morte.

De acordo com o desejo de Karl Lagerfeld, que morreu no dia 19 de fevereiro, aos 85 anos, uma cerimônia de cremação ocorreu na mais estrita intimidade, três dias depois de sua morte.

O desfile, sob o telhado de vidro do Grand Palais, começou com um minuto de silêncio. Diante de um grande público, as modelos permaneceram de pé, silenciosas, na decoração de uma estação de esqui, com chalés de madeira e flocos de neve.

- Voz de Karl -

Na primeira fila, Anna Wintour, a papisa da Vogue americana, óculos escuros e roupa rosa, ao lado de outros grandes da moda como Claudia Schiffer, musa de Lagerfeld nos anos 1990, a atriz Monica Bellucci e a cantora de K-pop Jennie.

A voz do "kaiser" da moda, e seu famoso sotaque alemão, ecoou, durante a transmissão de uma entrevista na qual ele falou de sua estreia na Chanel numa época em que duvidavam que ele poderia enfrentar o desafio.

Na passarela, as muitas musas da casa desfilaram, de Cara Delevingne que abriu o evento, à atriz Penelope Cruz, sorridente, em um vestido branco, passando pela jovem Kaia Gerber, filha de Cindy Crawford, em vestido curto.

O branco dominou essa coleção, assinada por Karl Lagerfeld e Virginia Viard, seu braço direito que o sucedeu.

Uma piscadela discreta ao estilista, um desenho feito por ele onde aparece ao lado de Coco Chanel foi colocado no kit de imprensa entregue no local. Com a menção "The beat goes on" ("A batida continua"), sinal de que a Chanel está apostando na continuidade.

- Homenagens de Paris a Milão -

Primeiro evento público da Chanel desde a morte do estilista, e organizado no último dia da Semana de Moda de Paris, o desfile marca a chegada de Virginie Viard, que sublimou as ideias de Karl Lagerfeld por mais de 30 anos.

Lagerfeld apresentava a estilista como seu "braço direito e braço esquerdo".

Virginie Viard tinha dito à AFP em 2015 ser "complementar" ao estilista: "Eu entendo isso, sou capaz de sublimar o que ele quer fazer, eu entendi para onde ele quis levar a Chanel".

Em 22 de janeiro 2019, após o desfile em que Karl Lagerfeld, "cansado", não esteve presente pela primeira vez desde a estreia na Chanel em 1983, foi ela quem se apresentou para cumprimentar o público.

Durante a Semana de Moda, a Chloé saudou o "gênio" de Lagerfeld, que foi o estilista da marca entre 1963 e 1984, distribuindo fotos retro com frases do costureiro.

Em uma delas, o jovem Karl Lagerfeld aparece barbudo e moreno nos estúdios da Chloé, cercado por modelos.

A grife italiana Fendi também se despediu de seu estilista favorito, apresentando sua última coleção, durante um desfile "testamento" em Milão, no dia 21 de fevereiro.

Em homenagem, quatro de suas criações assinadas para a Chloé e Chanel evocando seu gosto particular pelo século XVIII, Art Deco e estilo Memphis, estão expostas temporariamente no Musée des Arts Décoratifs em Paris.

A moda está de luto: o alemão Karl Lagerfeld, ícone global da alta-costura que relançou a maison Chanel e estilista extravagante de visual único e desfiles espetaculares, morreu nesta terça-feira aos 85 anos.

A Chanel, da qual foi diretor artístico por 36 anos, confirmou à AFP informações do site Purepeople, que anunciou seu falecimento no Hospital Americano de Neuilly, nos subúrbios de Paris, onde foi internado de emergência na noite de segunda-feira.

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Em frente ao número 31 da rua Cambon, onde Chanel abriu sua loja nos anos 1920, os admiradores, muitos deles jovens, levaram rosas brancas para homenagear seu lendário herdeiro.

"Era uma lenda, um mastodonte, salvou a Chanel, reinventou a marca", afirma Mathieu Cipriani-Rivière, de 20 anos, ex-estudante de moda.

Virginie Viard, diretora do estúdio de design de moda da Chanel e braço direito de Karl Lagerfeld, com quem colaborou durante mais de 30 anos, assumirá a direção criativa da grife, informou a maison em um comunicado.

Sua musa de longa data Inès de La Fressange, uma das primeiras top models, disse à AFP que ele "nunca descansou sobre seus louros, nunca fazia a mesma coisa duas vezes".

"Eu o vi desenhar cercado por 15 pessoas. Ele era o oposto do grande costureiro que tinha que sofrer para criar. Ele não fazia nada além de trabalhar, mas se recusava a fazer com que parecesse trabalho", acrescentou.

"Hoje o mundo perdeu um gênio criativo. Sentiremos sua falta, Karl! #QEPDKarl Lagerfeld", tuitou a primeira-dama americana, a ex-modelo eslovena Melania Trump, junto com uma foto na que aparece ao lado do estilista, usando uma de suas criações.

O presidente do grupo LVMH, Bernard Arnault, disse estar "profundamente entristecido com a morte de seu querido amigo".

"Moda e cultura perdem uma grande inspiração. Ele ajudou a fazer de Paris a capital da moda do mundo e da Fendi uma das casas italianas mais inovadoras", afirmou o diretor do grupo que possui a marca italiana, da qual Lagerfeld também era o diretor artístico.

Alain Wertheimer, coproprietário da Chanel, prestou homenagem ao "gênio artístico de Karl Lagerfeld, sua generosidade e sua intuição excepcional", a quem "deu carta branca no início dos anos 80 para reinventar a marca".

"Teu gênio tocou a vida de muitas pessoas, especialmente Gianni e eu. Nunca esqueceremos teu incrível talento e inspiração infinita, sempre aprendemos contigo", escreveu Donatella Versace no Istagram.

Serge Brunschwig, presidente e diretor executivo da Fendi (grupo LVMH), indicou que admira "profundamente a imensa cultura de Karl (...). Nos deixa um enorme legado, uma fonte de inspiração inesgotável para continuar".

"Hoje o mundo perdeu um gigante. Karl era muito mais que nosso maior e mais prolífico estilista, seu gênio criativo era assombroso", afirmou Anna Wintour, chefe de redação da revista Vogue.

Lagerfeld viu sua saúde se deteriorar consideravelmente nas últimas semanas, a ponto de não aparecer ao final da apresentação da coleção primavera-verão 2019 para saudar o público, algo que ele nunca deixou de fazer desde sua estreia na Chanel, em janeiro de 1983.

Com seus cabelos brancos sempre presos em um rabo de cavalo, os eternos óculos escuros, os colarinhos altos, as luvas e a forma típica de falar, o "Kaiser" tinha um estilo reconhecido no mundo todo.

- "Sem funeral!" -

Ele dirigia três marcas (Chanel, Fendi e sua grife de mesmo nome), mas seu nome estará para sempre ligado à Chanel, cujos códigos mudou constantemente, reinventando clássicos como os ternos de tweed e bolsas acolchoadas.

Gabrielle Chanel "teria odiado", afirmou o "Kaiser" ("imperador" em alemão), conhecido por suas declarações provocativas que eram um misto de narcisismo e autodepreciação.

Sempre sintonizado com os novos tempos, ele organizou desfiles com encenações surpreendentes e espetaculares, em supermercados, galerias de arte ou ao ar livre, fazendo a festa nas redes sociais.

Nascido em Hamburgo, Lagerfeld sempre manteve uma aura de mistério em torno de sua data de nascimento. Vários jornais alemães, baseados em documentos oficiais, afirmam que ele nasceu em 10 de setembro de 1933.

Ele afirmou ter nascido em 1935, em uma entrevista à revista francesa Paris-Match em 2013, quando revelou que sua mãe havia mudado a data de seu nascimento.

Ele teve uma infância feliz, mas monótona em uma área remota da área rural alemã durante o nazismo, com um pai industrial sempre viajando e a mãe de personalidade forte, grande leitora, mas pouco afetuosa, que, no entanto, incutiu no filho a paixão pela moda.

O pequeno Karl desenhava vestidos e sonhava com Paris, para onde se mudou na adolescência.

Em 1954, ele ganhou um concurso organizado pela Sociedade Internacional da Lã, empatando com Yves Saint Laurent, com quem ele simpatizou antes de se tornarem grandes inimigos.

No início dos anos 1960, trabalhava como estilista autônomo, colaborando com diversas maisons.

"Eu sou o primeiro a fazer um nome com um nome que não era meu. Devo ter uma mentalidade mercenária", costumava dizer.

Ele sabia melhor do que ninguém como capturar o momento da moda.

Como em 2004, quando ele criou toda uma coleção prêt-à-porter para a gigante sueca H&M, uma atitude depois imitada por muitos criadores.

Viciado em trabalho ("Nunca pensei em aposentadoria", dizia ele), combinava a criação das coleções com seu trabalho com fotografia.

O "Kaiser" tinha o talento para descobrir top models: a francesa Inès de la Fressange, que assinou um contrato exclusivo com a Chanel em 1983, assim como a alemã Claudia Schiffer, a britânica Cara Delevingne ou a franco-americana Lily-Rose Depp.

Ele ainda queria que elas fossem magérrimas, apesar das crescentes demandas por diversidade.

"Ninguém quer ver mulheres gordas nas passarelas (...) São as mulheres gordas sentadas como sacos de batatas diante da televisão que dizem que as modelos magras são horríveis", afirmou à revista alemã Foco em 2009, o que o fez ser denunciado por uma associação de defesa de pessoas com excesso de peso.

Sobre sua própria morte, também tinha, como em outros assuntos, uma opinião consolidada.

Questionado pela revista Number se ele queria um funeral espetacular, afirmou: "Que horror, não haverá funeral".

"Eu só quero desaparecer como os animais da floresta virgem", afirmou, em outra ocasião, em uma entrevista à France 3.

O estilista alemão Karl Lagerfeld morreu aos 85 anos nesta terça-feira (19), após passar por um período de problemas de saúde que durou semanas. O designer de moda icônico era o diretor criativo da marca francesa Chanel. A causa da morte ainda não foi anunciada. As informações são da revista Closer. 

Ele deixou de comparecer em dois dos desfiles de alta costura da Chanel em Paris em 22 de janeiro, mas a empresa de moda só disse na época que ele só estava se sentindo cansado. Na ocasião, Karl Lagerfeld foi representado por Virginie Viard, diretora do estúdio criativo da casa.

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Karl presidiu a icônica casa de moda, criada por Coco Chanel, por mais de três décadas, produzindo até oito coleções por ano. O designer, que era uma das figuras mais populares da indústria, tinha um estilo autêntico devido ao seu cabelo branco, óculos escuros e luvas. Além de comandar a maison francesa desde 1983, Lagerfeld também era diretor da italiana Fendi e tinha sua prória marca.

A partir do dia 21 de dezembro, os fãs da alta-costura poderão ficar por dentro do que acontece durante os dias que antecedem os eventos de moda.

A Netflix divulgou o trailer de 7 Days Out, um documentário produzido pelo serviço de streaming sobre tudo o que acontece durante sete dias antes de seis eventos de moda do mundo todo, que variam entre eventos esportivos até eventos espaciais e competições de jogos online.

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A produção, que conta com a direção de Andrew Rossi, que já fez um documentário sobre o Met Gala, vai mostrar cada detalhe dos desfiles da Chanel.

A Chanel deixará de usar em suas coleções peles de animais exóticos, como crocodilos e cobras, tornando-se assim a primeira marca de luxo a tomar esta decisão, aplaudida pelos defensores dos animais.

A marca francesa "não utilizará mais peles exóticas para suas futuras criações", ou seja, de crocodilo, cobra, lagarto e outras, indicou nesta terça-feira em um comunicado.

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"Cada vez é mais difícil obter peles exóticas que correspondam a nossas exigências em termos éticos", acrescentou a Chanel na nota.

Os artigos da Chanel, como bolsas, casacos e sapatos confeccionados com peles exóticas, eram vendidos por até 9.000 euros (10.300 dólares). Nesta terça-feira, no site da marca, as bolsas de píton não estavam mais disponíveis para venda.

O estilista veterano da marca Karl Lagerfeld disse à revista Women's Wear Daily que a Chanel usava peles tão raramente que não conseguia se lembrar da última vez que estas apareceram nas passarelas.

Ele disse que a marca optou por abandonar as peles exóticas em vez de esperar que isso fosse "imposto a nós. Fizemos isso porque é algo que está no ar".

A associação de direitos dos animais Peta aplaudiu a medida: "Não há nenhum sinal de modernidade na utilização de peles roubadas de animais atormentados", disse.

"Está claro que chegou o momento de que todas as marcas, como a Louis Vuitton, sigam o exemplo da Chanel e passem a utilizar materiais inovadores" em vez de pele animal, acrescentou a Peta.

Outras marcas de luxo, como Gucci, Versace, Armani e Hugo Boss já tinham anunciado que estavam abandonando o uso de peles de vison, raposa e coelho, ante um consumidor cada vez mais sensibilizado com o bem-estar animal.

Karl Lagerfeld voltou a declarar seu amor por Paris com uma reprodução da sede da Academia Francesa e das históricas livrarias às margens do Sena ao apresentar sua nova coleção de alta-costura da Chanel.

Entre os espectadores estava a fina flor do 'jet set' mundial, como a atriz espanhola Penélope Cruz, nova embaixadora da marca, segundo anúncio da Chanel nesta terça-feira (3).

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Após duas "escapadas" para a natureza, Lagerfeld voltou a ambientar seu desfile na capital francesa, como fez em julho de 2017, ao reproduzir a Torre Eiffel.

Sob o teto de vidro do museu do Grand Palais, as modelos caminhavam por réplicas das barracas de livros características das margens do rio Sena, com três "livreiros" de luxo, o modelo americano Brad Kroenig e seus dois filhos, Hudson e Jameson, afilhados de Lagerfeld.

Nas barracas de madeira verde-garrafa em homenagem às encontradas ao longo de 4 km em Paris, se destacavam livros e publicações da Chanel, além de revistas de moda.

- Lagerfeld e os Imortais -

Assim Lagerfeld fez um elogio (expresso ou não) a essas barracas lendárias, que formam "a maior livraria do mundo a céu aberto", segundo seus proprietários, que pretendem pedir a classificação de sua atividade no Patrimônio Mundial Imaterial da Unesco.

O estilista octogenário, grande erudito que segundo estimativas possui até 350.000 livros, reproduziu também a elegante sede da Academia Francesa, órgão guardião da língua de Molière cujos membros são conhecidos como Imortais.

Nesse contexto, o estilista mostrou uma coleção com forte presença do cinza - color habitual do céu de inverno parisiense -, revisitando sua clássica jaqueta de tweed com recortes nas laterais.

As mangas são amplas até os cotovelos, com zíperes que dão a impressão de serem ajustáveis. As mãos e os braços aparecem por vezes cobertos por luvas de couro.

As saias, com fendas do lado esquerdo, deixam entrever uma anágua do mesmo tecido e cor, combinadas com botas cinzas.

A passarela da Chanel propôs também saias luxuosas, algumas com plumas pretas, que se reproduzem para marcar a cintura, dar volume às mangas e decorar botas de cano curto.

Os cabelos aparecem com inspiração roqueira ou adornados com pequenos chapéus de veludo e plumas em forma de folha.

O desfile terminou com um vestido de noiva simples de duas peças verde-azulado bordado com folhas de oliveira, que lembrava o traje dos Imortais da Academia Francesa.

- Penélope Cruz: embaixadora da Chanel -

Vestida com uma jaqueta de tweed rosa e uma elegante boina branca: foi assim que Penélope Cruz assistiu ao desfile da Chanel, que a nomeou embaixadora e garota-propaganda de sua próxima coleção cruzeiro 2018/2019.

Penélope, de 44 anos, cuja primeira passagem pela Chanel aconteceu em 1999, será fotografada por Lagerfeld para a campanha.

A cantora britânica Lilly Allen e a atriz argentina Belen Chavanne estavam entre as convidadas.

Embarque imediato! Karl Lagerfeld recriou a magia dos cruzeiros nesta quinta-feira (3), no Grand Palais de Paris, para apresentar sua nova coleção.

Após os "desfiles de cruzeiro" apresentados nos Sete Mares (Singapura, Dubai, Seul, Havana e etc), Chanel lançou sua âncora em Paris, pelo segundo ano consecutivo, para apresentar sua coleção de meia estação.

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Estas coleções de "cruzeiro" nasceram como uma proposta elegante para quem queria empreender uma viagem sem perder o estilo. Agora fazem parte do ciclo da moda que busca introduzir novidades entre as coleções Primavera/Verão e Outono/Inverno.

As modelos desfilaram sobre um cais onde estava atracado "La Pausa", o transatlântico que faz referência ao barco que Gabrielle Chanel tinha na Côte d'Azur.

A proposta com ar retrô esteve marcada por boinas em tons claros, meias brancas e sapatos com presilhas.

Este passeio pelos clássicos de Chanel não esqueceu seu emblemático tailleur, que foi reciclado em uma versão informal, combinado a calças raiadas e fluídas.

Esta proposta resgatou a veneração de Coco Chanel pela simplicidade e a elegância dos uniformes marinhos, com casacos com aparência de uniforme e acessórios em forma de boia.

Esta reinterpretação dos sonhos da criadora da casa feita por Lagerfeld sem medo de ousar incluiu propostas como vestidos de plástico combinados com boinas e lenços de seda.

Na coleção dominaram os tons pastel sobre o preto, que dialogavam com couro, transparências e listras.

Lagerfeld propôs ainda brilhos com seda sobre lã ou couro preto sob um casaco de marinheiro vermelho com listas brancas.

Ao final do espetáculo, o capitão do navio, Lagerfeld, saiu para saudar o público ao lado da diretora do estúdio Chanel, Virginie Viard.

Ninfas com bota, capuz e mangas de plástico transparente desfilaram nessa terça-feira para maison Chanel, brilhando em meio a uma vegetação exuberante pensada pelo diretor artístico, Karl Lagerfeld.

Mesmo após anos de desfiles no Grand Palais de Paris ao longo de sua carreira, o "Kaiser da Moda" mantém intacta sua capacidade de surpreender.

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Após recriar um foguete espacial e a Torre Eiffel nas últimas duas temporadas, nessa terça-feira ele transformou o prédio em uma paisagem inspirada no "Gorges du Verdon", o maior canyon da Europa, localizado no sudeste da França.

As modelos desfilaram entre rochas, ao ritmo da música da cantora islandesa Björk, marcando o último dia da Semana de Moda de Paris.

- Kaia Gerber como protagonista -

Kaia Gerber, de 16 anos, filha de ex-top model Cindy Crawford e sensação da Semana de Moda de Nova York, abriu o desfile com uma jaqueta de tweed desgastado e botas de cano alto de plástico transparente.

Surgiram também casacos e vestidos curtos combinados com bolsos sobrepostos.

O universo aquático apareceu também nos brincos em forma de gotas d'água e nas bolsas que lembravam medusas. O azul do mar, do céu e até do clássico jeans dominou vários looks, assim como os tecidos brilhantes como escamas de peixes.

Na primeira fila do desfile, que teve a participação do afilhado de 8 anos de Lagerfeld, Hudson Kroenig, estavam duas estrelas coreanas, o cantor de K-pop G-Dragon, com cabelos em vermelho intenso, e a cantora e atriz Park Shin-Hye.

A modelo Cindy Crawford não perdeu o desfile da filha, que desfilou também para Saint Laurent.

- A fantasia de Thom Browne -

A marca americana Thom Browne, que deixou a passarela nova-iorquina para desfilar em Paris, deu asas para os sonhos e a fantasia.

O estilista apresentou vestidos como sarcófagos e mulheres-aranhas, entre outras propostas excêntricas, como modelos com a cabeça envolta por uma espécie de bolha.

Um imenso unicórnio rosa pálido de tecido encerrou o desfile no elegante bairro parisiense.

- Louis Vuitton em uma união de gerações -

A maison Louis Vuitton uniu o antigo e o moderno nos vestígios do antigo palácio real do Louvre, com a presença de estrelas como as atrizes Catherine Deneuve, Fan Bingbing e Cate Blanchett.

A coleção criada pelo diretor artístico Nicolas Ghesquière apostou na combinação de calçado esportivo com short de flanela, além de looks mais clássicos como jaquetas bordadas e vestidos leves de verão.

O desfile atravessou épocas, misturando a indumentária aristocrática dos séculos passados com o "estilo relaxado" da vida moderna.

Louis Vuitton inaugurou paralelamente nessa semana uma nova loja de quatro andares na luxuosa Place Vendôme de Paris.

A capital francesa encerrou nessa terça-feira sua Semana de Moda, após oito dias e mais de 80 desfiles.

A célebre empresa Chanel ameaçou abandonar os cultivos de flores na Provença francesa usados para produzir seu emblemático perfume Número Cinco, devido a um projeto de construção de linha ferroviária.

A Chanel está associada há 30 anos com a família Mul, nos arredores da cidade de Grasse (sudeste da França), para produzir jasmins e rosas, cujas essências são utilizadas no perfume que a estrela Marylin Monroe ajudou a popularizar em nível mundial, entre outros.

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Agora, a empresa ferroviária estatal francesa prevê construir uma nova linha na Costa Azul. Segundo o traçado que for finalmente selecionado, ela poderá cruzar com um viaduto elevado por cima dos 12 hectares de cultivos florais, no Vale do Siagne, disse um comunicado da empresa de produtos de luxo.

"É evidente que a construção de um viaduto e a passagem regular de trens de alta velocidade sobre seus campos de flores obrigaria a Chanel a interromper seu apoio a essas atividades artesanais na região", disse um comunicado da empresa fundada por Coco Chanel.

A nova linha ferroviária projetada, cujo traçado ainda não foi definido, busca aliviar a saturada ligação entre Marselha e Ventimiglia (cidade fronteiriça italiana na costa mediterrânea), a linha mais usada na França fora da região parisiense, com um tráfego anual de 46 milhões de passageiros, além do trânsito de mercadorias.

Apresentada como flores em um jardim encantado, a coleção de Alta-costura da Chanel brincou com os códigos da lendária 'maison' e Karl Largerfeld ousou com jaquetas tão curtas para o próximo verão que deixam o umbigo à mostra.

"É o novo decote, todo mundo já mostrou a parte de cima, agora fizemos um pouco mais para baixo", disse o estilista Karl Lagerfeld em entrevista após o desfile.

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O Grand Palais de Paris, sala de exposições coberta por uma imensa claraboia, foi o cenário ideal para mostrar a coleção, onde como em um livro "pop-up" se abriam as flores coloridas e apareciam as modelos da coleção primavera-verão.

"São mulheres como flores, mas estas flores a natureza esqueceu de criar e nós mesmos as inventamos", disse o estilista de 81 anos, acrescentando que adora esse tipo de livro infantil que, ao ser aberto revela figuras em três dimensões.

As flores apareceram também nos vestidos e nas jaquetas muito curtas com barriga de fora, apenas para as que querem e podem usar.

As cores predominantes foram o rosa pastel, com toques de laranja, azul e contraste entre branco e preto típicos da marca fundada pela lendária Coco Chanel.

O clássico blazer Chanel aparece com franjas, os cintos pendurados como fitas, as saias abaixo do joelho, muito retas mas de modelagem ampla. Nos pés aparecem desde sapatos pretos baixos até botas que sobem pela panturrilha como meias.

Beleza futurista extraterrestre

"É uma coleção muito rica em gêneros, bordados, e há uma incrível fusão de ideias", disse a ex-modelo Ines de la Fressange, que lembrou principalmente das "costuras enviesadas das saias, as pedras e os bordados".

Segundo a musa de Lagerfeld, filha de um aristocrata francês e uma modelo argentina, o 'kaiser' da moda "nunca cede à facilidade, é uma espécie de pesquisador, não necessariamente tenta fazer coisas que pareçam lindas, mas quer que sejam únicas".

O desfile terminou com a tradicional noiva de branco, apresentada pela modelo americana Molly Blair, uma menina de beleza futurista, quase extraterrestre.

Segundo Lagerfeld, "não há nada igual". "Parece saída de um filme de ficção científica, uma espécie de E.T. da beleza", disse o estilista alemão a respeito da moça, ainda que o chapéu que usou durante o desfile tenha escondido boa parte do rosto de Molly.

Lagerfeld disse que sentiu a necessidade de criar este mundo encantado quando começou a imaginar a coleção há seis meses, muito antes dos trágicos acontecimentos que estremeceram a França após os ataques jihadistas.

"Eu não sou francês e vivo em um mundo protegido, por essa razão posso manter uma espécie realidade de sonho, que também é uma realidade, mas que não é a realidade da vida cotidiana", disse.

Largerfeld foi um dos primeiros no mundo da moda a se solidarizar com as vítimas do ataque contra a revista Charlie Hebdo em 7 de janeiro, ao divulgar uma foto sua com um cartaz com a frase já célebre, "Je suis Charlie".

O estilista alemão Karl Lagerfeld levou a moda para a rua - sem homens - e apresentou nesta terça-feira, em Paris, sua coleção primavera/verão 2015 para a Chanel, encenando uma manifestação feminista com um elenco de top models, entre elas a brasileira Gisele Bündchen.

Com cartazes que diziam "Faça moda, não faça guerra!", "Feminismo e não masoquismo!", as modelos desfilaram como manifestantes em uma rua tipicamente parisiense, reconstruída especialmente para a ocasião sob o teto do Grand Palais.

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O australiano Baz Luhrmann, diretor do filme "O Grande Gatsby", a atriz franco-americana Julie Delpy e a editora da Vogue americana Anna Wintour assistiram ao desfile na primeira fila.

Lagerfeld também levou grandes tops para a passarela: ao lado da ubermodel Gisele Bündchen, Kendall Jenner e Cara Delevingne desfilaram looks chamativos que pareciam saídos da era psicodélica.

Em entrevista após o desfile, Lagerfeld explicou que sua mãe foi uma feminista e declarou que, para ele, a causa está vivendo um retrocesso. "Ela me dizia quando era pequeno: os homens não são muito importantes. Quando não se é muito feia, se pode ter um filho com qualquer um".

- "Divórcio para todos" -

Uma semana após o discurso de Emma Watson na ONU em favor dos direitos da mulher, os cartazes nas mãos das modelos feministas da maison fundada por Coco Chanel proclamavam: "Divórcio para todos" e "Libertem a liberdade".

"Acho que chegou a hora de insistir (sobre a mensagem) mais uma vez, especialmente na França. A atmosfera está muito hostil, em especial com esse partido (de extrema-direita), a Frente Nacional", disse o estilista.

Lagerfeld descreveu sua coleção como um jogo de mistura e combinação de estilos, e convidou as mulheres a serem criativas. Vários looks traziam o clássico blazer em tweed de modelagem masculina, escondendo quase por completa a forma do corpo feminino.

"Não é uma coleção que se tenha que usar toda, mas sim jogar com os elementos. É menos sobre moda do que um modo de vida", disse, antes de acrescentar: "Aqui não se trata de alguém dizendo o que se tem que usar, não tem porque fazer isso. Façam vocês mesmas. Vistam-se vocês mesmas", proclamou Lagerfeld. "Para a Chanel, o dia da mulher é todo os dias".

O desfile foi uma explosão de cores, como uma aquarela psicodélica em botas, lenços e casacos. Ou numa camisa, usada sob o aparato de tailleur e calças folgadas na cor cinza.

Os sapatos são tipo 'oxford' dourados e abertos, arrematados por uma tornozeleira. Eles são usados com meias e cinto combinando, um vestido chemise de gola ampla ou de um shortinho alfaiataria preto de finas listras brancas.

A paleta de cores volta a ficar sóbria, com conjuntos brancos, pretos e azul marinho. Um suéter dourado combinado com um vestidinho preto rendado dá um "up" estratégico no visual proposto pela maison Chanel.

As modelos desfilaram sozinhas ou em pequenos grupos, sorridentes e conversando entre elas, cercadas por fotos gigantes de prédios parisienses.

A Semana de Moda de Paris termina nesta quarta-feira com os desfiles das grifes Louis Vuitton e Hermès.

Vestidos para festas e ocasiões especiais pedem detalhes especiais, mas isso não é sinônimo de vestidos longos, fechados e desconfortáveis. Pernas à mostra e muita liberdade estão em alta, seguindo o que marcas como Chanel e Ellie Saab apresentaram em suas últimas coleções. 

Composições modernas mesclam elementos de glamour com tecidos que acendem a sensualidade feminina através de fendas, transparências, mullet e modelagens mais curtas. “Esse comprimento apega-se de maneira prática ao clima tropical do Recife, além de combinar com vários tipos de silhueta e também conferir sofisticação”, explicou a empresária Diana Pizzi, da Delpizzi, loja especializada em moda festa 

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Para as baixinhas, a dica é escolher peças uniformes, o que cria uma silhueta mais alongada. Já quem é alta pode usar estampas sem medo, desde que haja bom senso na escolha da padronagem do look, de preferência com as mais finas, o que cria uma impressão de corpo mais esbelto. 

“O segredo é fazer uso do bom senso e optar pelo modelo que a deixe sensual e glamorosa de forma confortável”, completou Diana. 

Atrizes de cinema e membros da realeza assistiram nesta terça-feira ao desfile da marca Chanel, que trouxe uma elegância clássica e romântica, em contraste com a silhueta desalinhada e muito jovem que dominou a passarela da Saint Laurent na véspera e gerou polêmica. Casacos de tweed usados com botas de cano alto, jaquetas sobre saias muito curtas, calças justas, abrigos em tweed, malhas com fios metálicos: o diretor artístico da Chanel, o alemão Karl Lagerfeld, enviou uma mensagem de elegância discreta, mas com um toque "sexy" e "chique".

"Usaria tudo", disse após o desfile a atriz Jessica Chastain, sentada na primeira fila, assim como a princesa Caroline de Mônaco e um príncipe do Oriente Médio. "É uma coleção romântica, que me lembra a Coco (Chanel) dos anos 50", disse Chastain, enquanto a cantora e atriz francesa Vanessa Paradis dizia ter "adorado tudo", especialmente os looks com saia, que pareciam "muito chiques". O próprio Lagerfeld descreveu sua coleção como "chique sexy". Mas é um "sexy discreto, não de sex shops", disse.

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A paleta de cores do estilista foi dominada pelo azul profundo, confirmando que os tons escuros, mais noturnos, vão dominar o próximo inverno. Também apareceram o preto e o cinza misturados a alguns looks em tons de rosa. A surpresa dos convidados para a apresentação da coleção prêt-a-porter outono/inverno da Chanel começou logo na entrada do Grand Palais: sob a majestosa cúpula de cristal estava um imenso globo terrestre preto, onde brilhavam centenas de pequenos pontos iluminados.

Para alguns, como Vanessa Paradis, a esfera em tons de preto e cinza evocava o mal estado do planeta. "Acho que Karl quer que nos conscientizemos da situação do planeta", disse a atriz no final do desfile. Mas o glogo terrestre com luzes representa, explicou Lagerfeld, a expansão comercial da marca de luxo no mundo inteiro. A esfera representa "a globalização da Chanel", disse Lagerfeld após saudar os convidados no final do desfile, realizado no oitavo e penúltimo dia da Semana de Moda de Paris.

"Há 100 anos a Chanel abriu sua primeira loja em Deauville. Hoje existem 300 lojas Chanel em todo o mundo. Não é nada ruim em 100 anos ter 100 lojas Chanel no planeta", acrescentou. "Onde se vê uma bandeira (no globo) há uma loja da Chanel", disse Lagerfeld, que não escondeu sua satisfação por estar à frente dessa expansão. "Posso estar feliz, porque quando comecei, há 30 anos, só existiam três ou quatro" (lojas da Chanel), disse.

O estilista explicou que o ponto de partida de sua coleção foram "os materiais, as proporções, o volume e a largura" das peças. A coleção da Chanel parece ter produzido consenso, diferente do desfile de Hedi Slimane para Saint Laurent, na segunda-feira à noite, cuja estética "grunge" -inspirada na banda Nirvana- provocou controvérsia e suscitou muitos comentários negativos.

"Me pareceu estar no desfile de uma amiga do meu filho de 20 anos, que é estudante de moda e chamou há pouco tempo suas amigas anoréxicas para desfilarem algumas de suas criações", disse nesta terça-feira na entrada do Grand Palais uma editora de moda que não quis se identificar. "Sinto como se Slimane estivesse nos fazendo de bobo", disse outra editora comentando a passarela da maison Saint Laurent, que é sempre uma das mais esperadas da Semana de Moda parisiense, que termina na quarta-feira com o desfile da Louis Vuitton.

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