Tópicos | chumbo

O governo de Andhar Pradesh, na Índia emitiu uma nota oficial em que informa que, após as primeiras análises laboratoriais, foi constatado que a presença de níquel e de chumbo na água causaram o surto da "doença misteriosa" na cidade de Eluru desde a última sexta-feira (4).

O governador Jagan Moran Reddy, informou ainda que os exames foram feitos pelos laboratórios do hospital Aiims de Nova Déli e de outras instituições de pesquisa da capital.

##RECOMENDA##

Mais de 450 as pessoas foram infectadas, segundo informaram as autoridades sanitárias locais ao jornal "Times of India" nesta terça-feira (08), sendo que 157 delas ainda estão internadas.

A maioria dos afetados têm entre 20 e 30 anos, com sintomas que vão desde vômito e crises epiléticas a desmaios e a sensação dos olhos queimando. Houve ainda uma morte.

Da Ansa

A associação ambiental Robin des Bois (Robin Hood) anunciou, nesta segunda-feira (29), que apresentou uma denúncia judicial pela contaminação com chumbo provocada pelo incêndio da Catedral Notre-Dame de Paris, acusando as autoridades francesas pela demora em agir e pela falta de transparência.

A denúncia da Robin des Bois foi apresentada na última sexta à Procuradoria de Paris por "falhas na aplicação das medidas de polícia geral (por exemplo, proteção e informação para a população e para os trabalhadores) que tiveram como consequência colocar o próximo em risco deliberado e a não assistência à pessoa em perigo".

A associação considera que as autoridades deveriam ter "tomado as medidas imediatas de reclusão da população vizinha e dos trabalhadores", assim como "impedir as multidões perto do incêndio, enquanto este se desenvolve" e "impor um afastamento e reclusão da população".

A ação é contra a prefeitura de Paris, o Ministério francês da Cultura, a Agência Regional de Saúde (ARS), a Polícia de Paris e da região Île-de-France.

Desde o incêndio da catedral em 15 de abril, foram registrados nos arredores do monumento níveis significativos de concentração de chumbo.

Na sexta, duas escolas situadas perto da catedral foram fechadas até novo aviso, em função de um nível de chumbo importante.

O chumbo é uma substância tóxica que, em níveis altos, pode afetar o funcionamento dos rins, provocar problemas digestivos, lesões ao sistema nervoso, ou anomalias no sistema reprodutivo.

As crianças são especialmente vulneráveis aos efeitos tóxicos do chumbo, que pode ter consequências graves e permanentes em sua saúde, afetando, em particular, o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com o veículo investigativo digital Mediapart, um mês depois do acidente foram detectados níveis de concentração de chumbo até dez vezes mais altos do que o limite de alerta (70 microgramas por metro quadrado) nas creches e nos colégios próximos da catedral, situado no centro de Paris.

Interessados em reconstruir o histórico das concentrações de chumbo e outros metais pesados na poluição atmosférica paulistana, pesquisadores foram procurar os dados que precisavam nos arquivos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Não encontraram. Então, resolveram perguntar às árvores.

Elas contaram uma boa história: que as concentrações de chumbo no ambiente decaíram rapidamente a partir de 1989, com a proibição do uso dessa substância na gasolina. E também caíram as concentrações de cádmio, cobre, níquel, sódio e zinco, conforme a cidade foi se "desindustrializando" nos últimos 30 anos. Um relato fidedigno com a história, segundo os especialistas.

##RECOMENDA##

Não se trata de nenhuma pesquisa esotérica, mas de um trabalho publicado por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) na revista Environmental Pollution. As árvores, de fato, guardam nas células um registro histórico das substâncias químicas que estavam presentes no ambiente ao longo do seu crescimento. Dessa forma, funcionam como "arquivos naturais" da qualidade do ar na cidade.

Para acessar esse arquivo, os cientistas recolheram amostras do tronco de árvores às margens da Avenida Doutor Arnaldo, zona oeste de São Paulo, uma das mais movimentadas da capital. As amostras, chamadas baquetas, são pequenos cilindros de madeira, extraídos com um broca.

"É como se tirássemos uma biópsia da árvore", explica o pesquisador Giuliano Locosselli, pós-doutorando do Instituto de Biociências da USP.

A espécie escolhida como doadora foi a tipuana, uma árvore muito comum na paisagem urbana de São Paulo - apesar de ser originária da Bolívia -, que tem anéis de crescimento muito bem definidos.

Cada anel corresponde a um ano de vida da árvore, e guarda uma amostra dos elementos químicos que ela "respirou e bebeu" naquele período, por meio de suas folhas e raízes.

Análises

As baquetas coletadas na Doutor Arnaldo foram enviadas para o laboratório do pesquisador Marco Aurelio Zezzi Arruda, do Instituto de Química da Unicamp, onde foi possível detectar e quantificar a presença desses seis metais nas células de cada anel.

São substâncias que não são monitoradas regularmente pela Cetesb, porque as análises são caras e não é possível fazê-las de forma automatizada, como ocorre com outros poluentes.

Confirmada a eficácia da técnica, os cientistas vão agora vasculhar os arquivos de outras tipuanas, de diferentes regiões da cidade, para comparar os resultados e entender melhor a história desses poluentes na vida da metrópole, incluindo suas origens, persistência e impacto na saúde pública. "São lições do passado que podemos usar para nos preparar melhor para o futuro", diz o orientador da pesquisa, Marcos Buckeridge, da USP. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao menos uma a cada seis mortes nos Estados Unidos pode estar relacionada à exposição ao chumbo, um metal pesado com alta presença no ambiente, revela um estudo publicado nesta segunda-feira na The Lancet Public Health.

"Nossas conclusões sugerem que das 2,3 milhões de mortes a cada ano nos Estados Unidos, ao menos 400 mil podem ser atribuídas à exposição ao chumbo, uma estimativa dez vezes superior à atual". Esta cifra, "surpreendentemente alta", é "comparável ao número de mortes que atualmente se atribui ao cigarro".

O estudo foi realizado com mais de 14 mil pessoas durante quase 20 anos em média, entre 1990 e 2011. Os pesquisadores calcularam que para as pessoas com grande concentração de chumbo no sangue (ao menos 6,7 mg por decilitro) o risco de se morrer precocemente aumenta em 37%, e o de sofrer um problema cardíaco dobra.

"Baixos níveis de exposição ao chumbo são um fator de risco importante, mas muito ignorado, de morte por doença cardiovascular", destaca um dos autores do estudo, Bruce Lanphear, da universidade canadense Simon Fraser.

O estudo questiona "a ideia de que existam 'níveis seguros' de tóxicos específicos, como o chumbo", diz Lanphear. O chumbo é um metal abundante na natureza e com múltiplos usos na indústria. Sabe-se que é tóxico há muito tempo e que provoca o saturnismo, entre outras doenças.

A exposição ao chumbo é decorrência do contato com combustíveis, pinturas, encanamentos e até alimentos. Nas últimas décadas, foram impostos limites às emissões contaminantes, tanto nos Estados Unidos como em outros países.

Segundo o epidemiólogo Philip Landrigan, o estudo "sugere que chegou o momento de abandonar o descuido com o papel da contaminação na mortalidade por doença não contagiosa".

"Este estudo mostra uma forte associação entre o nível de chumbo no sangue e o futuro risco de um ataque do coração e de morte", destaca um professor de cardiologia da Universidade de Sheffield (Grã-Bretanha), citado pelo Science Media Centre.

A Índia determinou nesta sexta-feira que a Nestlé interrompa a produção e venda do macarrão instantâneo Maggi no país, depois que exames detectaram altos níveis de chumbo.

A Autoridade de Segurança e Padrões Alimentares (FSSAI) ordenou à filial da Nestlé na Índia que retire do mercado "nove variedades de macarrão instantâneo Maggi e que interrompa a produção".

A agência indiana afirma que a empresa suíça infringiu as normas em três pontos: concentrações de chumbo que superam o limite estabelecido, rótulos enganosos sobre a presença de glutamato monossódico, um polêmico aditivo alimentar, e a venda de uma variedade de sopa sem autorização.

A Nestlé já havia anunciado a retirada dos produtos, mas o diretor geral da empresa, Paul Bulckle, afirmou que os macarrões eram "aptos para o consumo", em uma entrevista coletiva em Nova Délhi.

"Retiramos do mercado por causa da confusão, já que a confiança do consumidor foi afetada", disse.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando