A Polícia Civil está em busca dos três suspeitos de agredir um estudante de 17 anos (M.M.G.J) a pauladas, chutes e pedradas em uma festa de Réveillon na cidade de Olinda. O crime aconteceu no dia 1º de janeiro enquanto o jovem comemorava a virada do ano com amigos em uma festa no casarão de eventos, localizado no Bairro do Carmo, ao lado da Faculdade de Olinda (FOCCA).
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Com a ajuda de imagens gravadas pelo celular de um amigo no início da confusão, o adolescente conseguiu reconhecer os rostos de três agressores, que no vídeo aparecem causando tumulto no fim do evento. Um de camisa branca e boné vermelho, outro de camisa azul escuro e outro de camisa azul e laranja. Após o incidente, o jovem foi socorrido ao Hospital do Tricentenário, em Olinda, e logo depois encaminhado ao Hospital Naval, onde passou por uma cirurgia plástica para reconstituição dos lábios.
Em depoimento, o menor contou que estava com amigos no fim da festa quando os agressores, que também estavam participando do evento, começaram a roubar e bater nas pessoas. “Na saída da festa, eles começaram um arrastão e vieram pra cima de mim e dos meus amigos, levaram a minha corrente, meu relógio e me deram chutes e pauladas”, lamenta o jovem, que foi agredido principalmente na região do rosto e boca.
Vinte sete dias após o caso, a vítima está recuperada, mas ainda tem alguns traumas físicos. Com as pancadas, o garoto perdeu alguns dentes e um deles chegou a necrosar. "Agora já consigo comer direito, mas ainda sinto algumas dores. Estou tranquilo, tive medo de morrer, espero que eles sejam presos”, conta.
No dia seguinte a agressão, o pai da vítima registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia do Varadouro de Olinda, mas só agora pôde dar auxílio das investigações. Incorfomado, o pai do jovem, que preferiu não ser identificado, com medo de retaliações, contou que no dia da festa a família tinha passado a virada do ano unida. “Depois de romper o ano, meu filho pediu para ir à festa às 1h da manhã. De manhã, fiquei sabendo do ocorrido encontrei meu filho ensanguentado e sofrendo. Agora eu quero justiça!”, lamenta.
A delegada Euricélia Nogueira, que está à frente do caso, falou que as imagens irão ajudar na investigação. “Precisamos agora do apoio da população para encontrar esses suspeitos para eles prestarem esclarecimentos e contarem as suas versões dos fatos”, explica. A delegada contou que no depoimento, o jovem conseguiu se lembrar que ao iniciarem as agressões, os suspeitos gritavam “Amaro Branco” (bairro de Olinda) e que isso pode ajudar a localizar os suspeitos.
De acordo com informações da delegada, o crime deve ser enquadrado como latrocínio tentado, quando há roubo com tentativa de homicídio; caso sejam identificados, os suspeitos devem pegar como pena inicial 12 anos de reclusão. A polícia ainda informou que o dono da casa de festas também será ouvido na investigação do caso. Para quem reconhecer os agressores e quiser ajudar no caso, pode entrar em contato com a delegada pelo número 9.9488-7030 ou 3184-3722.
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