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Policiais da 17ª Delegacia de Polícia, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio, fazem buscas em diversos pontos do Estado para cumprir o mandado de prisão temporária expedido contra Caio Silva de Souza, de 23 anos.

De acordo com as investigações, Souza foi quem lançou o rojão que matou o cinegrafista da Band, Santiago Andrade, de 49 anos. O mandado de prisão por homicídio doloso qualificado por uso de explosivo foi expedido na noite desta segunda-feira (10) pela Justiça.

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Em um movimento incomum para uma segunda-feira, o Congresso Nacional reagiu imediatamente à morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade. Após um dia de manifestações de repúdio e de cobranças em plenário por punições exemplares, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu colocar em votação em plenário, até a próxima semana, o projeto de lei que define o crime de terrorismo para enquadrar black blocs.

Senadores chegaram a defender que se use a norma para enquadrar ações de vandalismo e depredação cometidas pelos integrantes dos movimentos nas diversas manifestações de rua. Atualmente, não há legislação específica para o crime de terrorismo. Sem uma lei, crimes têm sido enquadrados na Lei de Segurança Nacional, da época da ditadura militar.

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Renan Calheiros disse que o Congresso vai fazer "a sua parte" para aumentar a pena de quem comete tais atos, a fim de inibi-los. "Quando você pune levemente, você passa para a sociedade a ideia de que o crime compensa. E o crime não pode jamais compensar", afirmou.

"Foi, sim, uma ação terrorista o que nós vimos na manifestação", protestou o primeiro vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC). Pela proposta que deve ir a votação, o crime de terrorismo será punido com 15 a 30 anos de prisão em regime fechado. As penas poderão ser elevadas nos casos em que tenha ocorrido morte e uso de artefato explosivo, como no caso envolvendo o cinegrafista. Se aprovado pelo Senado, o texto terá ainda de passar pela Câmara dos Deputados.

Dar um ‘basta’

O Conselho de Comunicação Social do Congresso também cobrou dos governos federal e estaduais "medidas urgentes" para garantir a integridade física dos profissionais de imprensa. "No presente e no futuro, é preciso dar um basta a esta crescente violência contra jornalistas, radialistas e outros comunicadores para garantir o direito do cidadão à informação", diz a nota de repúdio do órgão, que foi entregue ao presidente do Senado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo federal tratou a morte do cinegrafista da Band Santiago Andrade, de 49 anos, como "assassinato" e a presidente Dilma Rousseff ofereceu apoio da Polícia Federal nas investigações. Após quatro dias internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), Santiago teve morte cerebral na manhã dessa segunda-feira (10), no Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio. A morte repercutiu no Congresso, que tentará igualar black blocs e terroristas.

Mesmo após a neurocirurgia para estancar o sangramento e estabilizar a pressão intracraniana, Andrade ficou com mais de 90% do cérebro sem irrigação sanguínea. A mulher dele, Arlita, esteve no hospital durante todo o dia, mas não falou com a imprensa. Na tarde de segunda-feira, a família doou os órgãos, conforme pedido prévio do cinegrafista. Ainda não há informações sobre velório e a família informou que Andrade será cremado.

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Durante todo o dia, o clima na porta do hospital foi de comoção e tristeza. À noite, a emissora realizou uma missa na Igreja Santa Cecília, em Botafogo, em memória do cinegrafista. Colegas da Band afirmaram que o clima na empresa era de tristeza e revolta. Amigo de Andrade desde que ele começou na emissora, em julho de 2004, um funcionário que preferiu não se identificar contou que o cinegrafista estava em outra cobertura e foi escalado para filmar a manifestação depois do seu horário.

Acompanhado por uma repórter que foi buscar o carro quando Andrade foi atingido, a equipe ficaria poucos minutos no local. "Eles foram gravar algumas imagens. Ele estava completamente sozinho e não tinha como se defender. Se estivesse com um auxiliar de câmera, talvez a tragédia não tivesse acontecido, porque daria tempo de avisado", lamentou cabisbaixo.

Emoção

No Facebook, a filha do cinegrafista, a jornalista Vanessa Andrade, de 29 anos, escreveu uma declaração emocionada pouco depois de saber sobre a morte do pai. Ela contou alguns momentos marcantes que viveu com Andrade, desde a infância até a despedida.

"Esta noite (ontem) eu passei no hospital me despedindo. Só eu e ele. Deitada em seu ombro, tivemos tempo de conversar sobre muitos assuntos, pedi perdão pelas minhas falhas e prometi seguir de cabeça erguida e cuidar da minha mãe e de meus avós".

Em sua página pessoal, ela recebeu o apoio e o carinho de amigos, familiares e até desconhecidos. Nas redes sociais, o clima era de indignação e inconformismo pela morte do cinegrafista. Em entrevista à TV Globo, após deixar o hospital no domingo à noite, Arlita afirmou que ao visitar o marido sentiu "que ele não estava nem mais lá".

Ela contou que, na quinta-feira à noite, ligou para o marido e foi atendida por outro cinegrafista que relatou a tragédia. "Achei que não tinha entendido e falei: ele foi fazer alguma matéria sobre alguém que levou uma bomba? A pessoa falou: ‘Não, foi ele mesmo’", relembrou.

Dilma

A presidente Dilma Rousseff determinou nesta segunda-feira à Polícia Federal que apoie as investigações para que as "punições cabíveis" sejam aplicadas aos culpados pela morte do cinegrafista. Por meio de sua conta no Twitter, ela comentou o episódio em uma série de cinco posts. Em um deles, disse que o caso "revolta e entristece" o País.

À noite, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, também prestou "solidariedade à família desse nosso companheiro, que foi assassinado no Rio de Janeiro". Ele acrescentou que o governo espera manifestações "maduras e pacíficas" durante a Copa do Mundo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Foi decretada no fim da noite desta segunda-feira (10), durante o plantão judiciário, a prisão do suspeito de ter acionado o rojão que atingiu na quinta-feira, 06, o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, que acabou sofrendo a morte cerebral. De acordo com a Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça, o nome do suspeito é Caio Silva de Souza. A prisão temporária havia sido pedida pela Polícia Civil do Rio.

Segundo o delegado responsável pela investigação, Maurício Luciano de Almeida, da 17.ª DP, em São Cristóvão, o suspeito foi reconhecido por fotografia e em vídeos veiculados pela imprensa pelo tatuador Fábio Raposo, preso no domingo (9), sob acusação de envolvimento no crime - ele teria repassado o rojão para o suspeito de deflagrá-lo.

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"Já tínhamos informações de inteligência sobre o suspeito. Com a ajuda do advogado de Raposo, chegamos à identificação dele. Ainda precisávamos que Raposo fizesse um reconhecimento do suspeito por foto, o que ocorreu nesta tarde. Temos convicção de que o suspeito é quem acionou o rojão", afirmou o delegado.

O presidente do PT, Rui Falcão, pediu um minuto de silêncio pela morte do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, da TV Bandeirantes, que teve morte cerebral anunciada nesta segunda-feira, 10, depois de ser atingido por um rojão na cabeça em uma manifestação no Rio de Janeiro contra o aumento das passagens de ônibus.

No início de seu discurso, ainda quando saudava os presentes na mesa de autoridades, Falcão se viu em uma saia-justa. Ao saudar o nome do presidente do PCdoB, Renato Rabelo, Falcão viu a plateia gritar "Suplicy na mesa", em referência à ausência do senador petista Eduardo Suplicy no palco. Até esse momento, Suplicy assistia ao evento na plateia comum.

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Com o clamor da militância, Suplicy subiu ao palco e foi recebido com bastante entusiasmo pelo pré-candidato ao governo estadual de São Paulo, Alexandre Padilha. Após se juntar à cúpula petista, Suplicy foi alocado em uma cadeira ao lado do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

A Polícia Civil do Rio informou nesta segunda-feira (10) que vai pedir até o fim da noite, durante o plantão judiciário, a prisão temporária por 30 dias do suspeito de ter acionado o rojão que atingiu na quinta-feira (6) o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, cuja morte cerebral foi declarada nesta manhã. O suspeito foi reconhecido por fotografia e em vídeos veiculados pela imprensa pelo tatuador Fábio Raposo, preso no domingo, 9, sob acusação de envolvimento no crime. O reconhecimento foi feito na penitenciária Bandeira Estampa, em Bangu, na zona oeste do Rio, para onde Raposo foi transferido.

"Já tínhamos informações de inteligência sobre o suspeito. Com a ajuda do advogado de Raposo, chegamos à identificação dele. Contudo, ainda precisávamos que Raposo fizesse um reconhecimento do suspeito por foto, o que ocorreu nesta tarde. Temos convicção de que o suspeito é quem acionou o rojão", afirmou o delegado responsável pela investigação, Maurício Luciano de Almeida, da 17.ª DP, em São Cristóvão. Ele disse que só divulgará o nome e a foto do suspeito caso a prisão seja decretada pela Justiça.

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Assim como Raposo, o suspeito foi indiciado por homicídio doloso (com intenção de matar) agravado pelo uso de explosivo e pelo crime de explosão. Se condenados, as penas podem chegar a 35 anos de prisão. Ao ser ouvido na cadeia, Raposo disse, segundo o delegado, que o suspeito tem perfil violento: "Além do grande porte físico, ele se envolveria constantemente em brigas durante as manifestações", afirmou o delegado.

"Foi um homicídio intencional. Ao utilizarem o rojão na manifestação, os dois pretendiam atingir as forças policiais. A intenção era ferir ou matar. Infelizmente, o cinegrafista foi colocado na linha de tiro com a deflagração do rojão. Se, durante as investigações, ficar provado que os dois se uniam de forma estável e duradoura para praticar crimes nos protestos, eles também poderão ser indiciados por organização criminosos", acrescentou o delegado.

Ele criticou a legislação atual, que permite a qualquer maior de 18 anos comprar rojões do tipo que vitimou o cinegrafista, conhecido como treme-terra ou rojão de vara. "Este artefato é letal." A polícia já levantou o endereço do suspeito. Em relação à oferta do presidente Dilma Rousseff de colaboração da Polícia Federal na investigação, o delegado disse que não teria problema em aceitar a ajuda, mas ressaltou que a Polícia Civil "cumpriu o seu trabalho".

A Polícia Civil do Rio já tem a identificação de um suspeito de ter acendido o rojão que, na quinta-feira (6), atingiu a cabeça do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, cuja morte cerebral foi declarada nesta segunda-feira (10). O incidente ocorreu durante manifestação contra o aumento das passagens de ônibus, no Centro do Rio.

O advogado Jonas Tadeu Nunes afirmou ter repassado à polícia o nome, codinome e CPF do homem que, segundo ele, acendeu o artefato. Nunes defende o tatuador Fabio Raposo, que confessou em depoimento ter entregado o rojão para o suspeito. Raposo entregou-se à polícia no sábado (8) e foi preso no domingo (9) sob suspeita de tentativa de homicídio e crime de explosão.

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O advogado afirmou ter chegado ao nome do deflagrador por meio de "pessoa muito íntima" de seu cliente. Esse intermediário estaria tentando convencer o rapaz a se entregar à polícia. "Quando esteve na delegacia, Raposo estava muito cansado, com fome. Ele não conseguiu lembrar do nome (do homem que acendeu o rojão). Aí ele lembrou de uma terceira pessoa, que conhece o rapaz e poderia ajudar a localizá-lo. Eu não quis passar essa informação naquele momento porque preferi confirmar primeiro. Então eu achei esse conhecido em comum, que está tentando convencer o que acendeu o rojão a se entregar. Depois disso liguei para delegacia e disse que viria aqui passar o nome do rapaz à autoridade policial", disse o advogado, ao sair da 17.ª DP, onde ficou por cerca de uma hora.

Com a confirmação da morte cerebral do cinegrafista, o advogado disse esperar que a polícia altere o indiciamento de Raposo e afirmou que vai tentar enquadrar seu cliente no crime de lesão corporal gravíssima seguida de morte, cuja pena é mais branda.

Minutos após a saída do advogado, o delegado Maurício Luciano de Almeida e Silva, titular da 17.ª DP e responsável pela investigação, deixou a delegacia sem falar com os jornalistas. Em nota divulgada à noite, a Polícia Civil informou que "vem trabalhando incansavelmente nas investigações sobre a morte do cinegrafista". "Um dos envolvidos na ação, que resultou no crime, foi preso no domingo e indiciado por tentativa de homicídio e crime de explosão. O outro homem, que teria acendido e arremessado o artefato, já foi identificado e qualificado pela Polícia Civil, que já está representando pela prisão dele na Justiça."

O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, considerou como um "assassinato" o episódio que levou à morte cerebral do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, da TV Bandeirantes. A morte de Andrade foi anunciada nesta segunda-feira (10), após ele ser atingido na última quinta-feira, 6, por um rojão na cabeça em uma manifestação no Rio de Janeiro contra o aumento das passagens de ônibus.

"Quero aproveitar para manifestar a nossa profunda tristeza e solidariedade à família desse nosso companheiro que foi assassinado, vítima no Rio de Janeiro", disse Gilberto Carvalho de passagem pelo 6º Congresso Nacional do MST, realizado em Brasília. "Esse episódio, infelizmente, mais uma vez mostra que a violência em qualquer situação é o pior dos caminhos", acrescentou.

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Temendo uma ampliação das manifestações durante os jogos da Copa do Mundo, o ministro informou ainda que o Palácio do Planalto enviou recentemente representantes às cidades sede do Mundial. "Agora mesmo estamos deslocando companheiros às 12 sedes dos jogos da Copa para verificar in loco quais são os problemas que ainda ocorrem, sobretudo na questão das remoções para ver o tamanho correto de cada um desses problemas. Vamos continuar dialogando com todos os grupos que tem questões contra a Copa", ressaltou.

Gilberto Carvalho também defendeu os investimentos feitos para a realização da Copa, alvo de críticas de manifestações realizadas no meio do ano passado. "Queremos fazer um dialogo maduro mostrando que o investimento que a Copa fez no Brasil do ponto de vista da infraestrutura, das obras de mobilidade urbana, ainda que alguns investimentos não fiquem prontos para a Copa são legados que vão ficar definitivamente".

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou na tarde desta segunda-feira, 10, que o projeto de lei que tipifica o crime de terrorismo entrará na pauta de votação do plenário na próxima semana. Pouco antes, senadores cobraram urgência na apreciação da proposta após ter sido anunciada a morte cerebral do jornalista e cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago de Andrade.

Renan disse que o Congresso vai fazer a "sua parte" para agravar a punição a pessoas que pratiquem tais atos de forma que eles não se repitam. A proposta é o terceiro item da pauta do Senado e foi aprovada no final de novembro por uma comissão composta por deputados e senadores que busca regulamentar dispositivos previstos na Constituição. Atualmente, não há na legislação específica para esse tipo de delito. Crimes como esse são enquadrados na Lei de Segurança Nacional, editada na época da ditadura militar. "(É preciso) agravar o crime para que você puna exemplarmente. É preciso esclarecer e agravar, para que essas coisas não continuem a acontecer. Quando você pune levemente, você passa para a sociedade a ideia de que o crime compensa. E o crime não pode jamais compensar", afirmou Renan.

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Pela proposta, o crime de terrorismo será punido com 15 a 30 anos de prisão em regime fechado, com penas elevadas em casos em que tenha ocorrido morte ou uso de artefato explosivo. O presidente do Senado, que também preside o Congresso, manifestou apoio à nota de repúdio divulgada nesta tarde pelo Conselho de Comunicação Social. Entre outros pedidos, o órgão cobra do governo brasileiro e dos governos estaduais "medidas urgentes" para garantir a integridade física dos profissionais de imprensa. "As pessoas não podem confundir direito de expressão com direito de opressão. O direito de expressão, todos devem ter. O direito de opressão ninguém pode ter, por isso é muito importante esclarecer esse fato, punir exemplarmente para que essas coisas não continuem a acontecer: a utilização pela violência das manifestações sociais", destacou.

Cerca de 50 repórteres-fotográficos e cinegrafistas se reuniram às 17h45 desta segunda-feira, 10, ao redor da Igreja da Candelária, no centro do Rio, para prestar uma homenagem ao cinegrafista da Bandeirantes Santiago Andrade, cuja morte cerebral foi declarada pela manhã. Andrade foi atingido por um rojão de vara disparado por um pessoa ainda desconhecida durante manifestação convocada pelo movimento Passe Livre e realizada na semana passada na imediações da estação ferroviária Central do Brasil.

No ato simbólico, os jornalistas tiraram uma foto sem seus equipamentos de trabalho, que foram colocados no chão. Depois, os profissionais seguiram para acompanhar a manifestação programada para as 18h desta segunda, na praça em frente à sede do Comando Militar do Leste, mesmo local onde o cinegrafista foi atingido pelo rojão. Convocado pelo Movimento Passe Livre, o protesto é contra o aumento das passagens de ônibus (de R$ 2,75 para R$ 3,00), que vigora desde sábado, autorizado pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB).

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O vice-presidente Michel Temer lamentou na tarde desta segunda-feira (10), a morte cerebral do cinegrafista Santiago Andrade pela sua conta no microblog Twitter. "Lamento muito o falecimento do cinegrafista Santiago Andrade da TV Band. Que sua família e amigos encontrem conforto neste momento de dor", escreveu Temer.

A presidente Dilma Rousseff também já tinha usado o Twitter para lamentar a morte do cinegrafista.

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Senadores usaram a tribuna, na tarde desta segunda-feira (10), para cobrar punição dos responsáveis pela morte do jornalista e cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago de Andrade. A Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou no início da tarde desta segunda-feira a morte cerebral do profissional. Ele foi atingido por um rojão de vara em um protesto no dia 6 de fevereiro e estava internado em estado grave no Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro.

"Santiago Andrade, este é o nome da primeira vítima da brutalidade, da violência e da selvageria (...) que nem a sociedade, nem a democracia, que está no nosso País, aceitam, porque a democracia quer o contraditório, até, às vezes, o confronto, mas, nunca, no limite do sangue, nunca no limite da violência contra uma vítima", afirmou a senadora Ana Amélia (PP-RS), que também é jornalista. "Essa vítima não pode ficar impune", destacou.

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O senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) disse que a "violência desregrada" e a "falta de compostura" estão "contaminando a nossa sociedade". "Queria transferir à família enlutada os nossos sentimentos de pesar e ressaltar a mensagem que a viúva deixou a todos nós brasileiros, que realmente partiram de um momento de dor e de saudade. Que elas sejam registradas nos nossos corações e, sobretudo, na nossa consciência de brasileiros", afirmou o tucano.

O primeiro vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), defendeu uma maneira de se dar um "basta" nesse tipo de situação, com o fortalecimento da liberdade de expressão" de quem quer protestar. Mas observou que é preciso fazer um "duro combate a esses mascarados" que "ameaçam a sociedade". O vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), cobrou "providências drásticas" contra quem participe de manifestações para agredir ou agir com violência. "Foi mais uma vítima, mais uma vítima da violência, mais uma vítima da insanidade, certamente daqueles que tumultuam para evitar que manifestações democráticas e pacíficas possam ter o apoio da sociedade", criticou.

A Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio (Arfoc) divulgou nota sobre a morte do cinegrafista Santiago Andrade em que classifica os black blocs de "assassinos". "Nós, jornalistas de imagem, exigimos que as autoridades de segurança do Estado do Rio de Janeiro instaurem, imediatamente, uma investigação criminal para apurar quem defende, financia e presta assessoria jurídica a esse grupo de criminosos, hoje assassinos, intitulados "Black Blocs", que agridem e matam jornalista e praticam uma série de atos de vandalismo contra o patrimônio público e privado."

A entidade culpa as empresas jornalísticas pela morte do profissional. "Santiago é mais uma vítima da irresponsabilidade das empresas jornalísticas, que se recusam a fornecer equipamentos de segurança, treinamento e estabelecer como regra primordial de segurança o impedimento do profissional trabalhar sozinho. É o terceiro jornalista morto durante o exercício profissional, pela violência que se banalizou no Rio de Janeiro. Até quando vamos ter que chorar e enterrar mais um companheiro?". A nota é assinada pelo presidente da Arfoc-Brasil, Luiz Hermano, e da Arfoc-Rio, Alberto Jacob Filho.

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A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) lamentou, em nota oficial, a morte cerebral do cinegrafista Santiago Andrade, confirmada nesta segunda-feira (10). No documento, a entidade informa que "se solidariza com familiares, amigos e colegas do profissional" e cobra a elucidação do crime.

"Santiago foi ferido na cabeça por um rojão na noite de quinta-feira. Ele cobria uma manifestação, na região central do Rio de Janeiro, contra aumento das passagens de ônibus. A investigação da polícia aponta manifestantes como os responsáveis pela compra e disparo do rojão", diz a nota da Abraji.

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A entidade relata que a morte do cinegrafista "é o primeiro caso fatal envolvendo jornalistas atacados durante os protestos de rua, mas os incidentes têm se multiplicado". "Desde junho de 2013, a Abraji alerta para a escalada de violência e violações contra profissionais da imprensa. Desde que esta onda de protestos começou até o anúncio da morte de Santiago Andrade, houve 117 casos de agressão, hostilidade - tanto por manifestantes quanto por policiais - ou detenção de jornalistas. A violência sistemática contra profissionais da imprensa constitui atentado à liberdade de expressão. É preciso que o Estado (Executivo e Judiciário) identifique, julgue e puna os responsáveis pelos ataques", defende a entidade.

Associação Comercial

A Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) também divulgou nota em que se diz profundamente consternada" e define como "injustificável, inaceitável e incompreensível o falecimento do cinegrafista da Rede Bandeirantes, Santiago Andrade".

A entidade acrescenta no documento oficial que "protesta, com todos os meios possíveis, contra a onda de violência gratuita que, aproveitando-se das manifestações democráticas, as transformaram em palco de comportamento reprovável". "Não bastaram os prejuízos causados aos bens públicos e privados, agora agem de maneira brutal contra a vida de um trabalhador", diz a ACRJ, para quem "a liberdade é um bem inatacável".

"A ACRJ não abre mão da luta no sentido da manifestação livre e pacífica de interesses e manifesta sua mais profunda solidariedade à Rede Bandeirantes, à imprensa livre de todo o País, assim como à família do profissional, que acaba se transformando no mártir pela liberdade", conclui a nota.

Nesta segunda-feira (10), o advogado do tatuador Fábio Raposo, Jonas Tadeu Nunes, afirmou que tem o nome e a identidade civil do homem que acionou o rojão de vara que atingiu a cabeça do cinegrafista Santiago Ilídio de Andrade, da TV Band. O tatuador explosivo, de 22 anos, é acusado de participação na explosão e está preso em uma cela individual do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste.

Raposo foi preso no domingo, 09, na casa da mãe, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste, após ter a prisão temporária decretada por 30 dias, prorrogáveis por mais 30. Nunes afirmou que chegou à identidade do homem, por meio de uma pessoa indicada pelo tatuador.

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Apesar de não revelar nomes, ele disse que aconselhou o homem que acendeu o rojão a se apresentar ao delegado Maurício Luciano de Almeida, da 17ª Delegacia de Polícia, em São Cristóvão, zona norte. O advogado disse que o homem estaria muito abalado e que teria tentado suicídio.

No domingo, Nunes, afirmou ter sido contatado por telefone pela ativista Elisa Quadros Pinto Sanzi, conhecida como Sininho. Ela teria dito que o homem que acendeu o rojão era ligado ao deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ), que teria oferecido assistência jurídica a Raposo. A ativista negou que tenha oferecido ajuda do deputado.

Em nota publicada no Facebook, Freixo também negou conhecer os envolvidos na explosão e disse que vai processar quem fez as acusações. "Além de a fonte da informação ser de uma fragilidade absurda (o estagiário de Nunes, Marcelo) e de a própria ativista (Sininho) negar ter me associado ao ocorrido, nenhuma prova concreta foi apresentada", afirmou. "Aqueles que afirmarem que o responsável pela explosão é ligado a mim terão que provar. Caso contrário, serão devidamente processados", acrescentou o deputado.

"Sempre repudiei a violência nos protestos, seja ela praticada por manifestantes ou policiais. Discordo dela como princípio e como método para conquistar qualquer coisa", completou. Mais de 4,5 mil pessoas curtiram a nota divulgada por Freixo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, ferido durante manifestação no Rio de Janeiro na semana passada, continua em estado muito grave, segundo informação da Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com a Secretaria, Andrade continua no centro de tratamento intensivo (CTI) do Hospital Souza Aguiar e seu quadro de saúde não apresenta melhora.

Santiago Andrade foi atingido na cabeça por um explosivo, quando fazia a cobertura de manifestação contra o aumento do valor da passagem de ônibus no Rio, na última quinta-feira (6). Ele teve afundamento do crânio e perdeu parte da orelha esquerda.

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O tatuador Fábio Raposo Barbosa, de 22 anos, preso na manhã deste domingo, 9, após admitir ter manuseado o rojão que feriu o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, na última quinta-feira, 6, concordou em colaborar com as investigações para identificar o rapaz a quem ele entregou o explosivo, segundo a polícia.

"Ele diz que não tem amizade com o rapaz, mas já o viu em outras manifestações e vai tentar nos ajudar a descobrir quem é", afirmou o delegado Maurício Luciano de Almeida e Silva, que investiga o caso. Ele espera que o tatuador consiga orientar a produção de um retrato falado do procurado.

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O advogado do tatuador, Jonas Tadeu Nunes, afirmou que vai pedir à Justiça que reconsidere a ordem de prisão temporária, válida por 30 dias, para reduzi-la ao prazo de 5 dias. Esse recurso, porém, só será apresentado na próxima terça-feira, 11, segundo Nunes.

Barbosa deixou a 17ª DP (São Cristóvão) rumo à Cidade da Polícia, complexo que agrupa delegacias especializadas situado no Jacarezinho, na zona norte. Não foi divulgada a razão da condução de Barbosa para lá.

Pouco antes da transferência do tatuador, três líderes de manifestações chegaram à 17ª DP para prestar solidariedade a Barbosa. Uma das pessoas é Elisa Quadros, que chamou Barbosa de "fox" (raposa, em inglês) e disse que conhece o tatuador de outras manifestações, como o "Ocupa Cabral" e o "Ocupa Câmara". Houve discussão entre esse trio e cinegrafistas que registraram a chegada do grupo.

O cinegrafista continua internado em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio. Ele está em coma induzido.

O advogado do tatuador Fábio Raposo, de 22 anos, preso na manhã deste domingo (9), suspeito de participação no lançamento do rojão que atingiu o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, disse a jornalistas que não descarta que seu cliente conheça o responsável por detonar o explosivo. Em depoimento nesse sábado (8), Raposo negou ter qualquer relação com o suspeito.

Raposo foi encaminhado para a 17ª Delegacia de Polícia. De acordo com o advogado, ele tentará negociar a liberdade de Raposo em troca de informações sobre o suspeito de ter provocado os ferimentos no cinegrafista, que continua internado em estado grave. "Estamos trancados conversando com o Fábio para convencê-lo ao instituto da delação premiada. Ele está um pouco relutante, mas vamos chegar a isso", disse o advogado.

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O tatuador Fábio Raposo foi detido logo pela manhã na casa dos pais, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio. A polícia cumpriu um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. No sábado, a Polícia Civil abriu inquérito e indiciou Fábio Raposo por suspeita de tentativa de crime de homicídio, qualificado por uso de explosivo, e crime de explosão durante o protesto da última quinta-feira (6). Se consumados os crimes, o jovem pode pegar até 35 anos de prisão.

Raposo se apresentou espontaneamente à polícia na madrugada de sábado, e contou ser ele a pessoa que aparece nas imagens entregado o rojão ao homem que teria acionado o artefato. A polícia tentará resgatar a página de Raposo nas redes sociais e averiguar seus contatos na intenção de identificar o atirador do rojão.

Ao delegado Maurício Luciano, Raposo contou que estava no protesto quando viu uma pessoa derrubar um artefato no chão. Ele pegou o rojão e ficou com o artefato por alguns minutos, até que um rapaz de camiseta cinza, que Raposo diz desconhecer, lhe pediu o rojão.

Raposo tem histórico de registro em atos violentos em manifestações nas 5ª e 14ª delegacias de polícia do Rio de Janeiro por danos ao patrimônio público, ameaça e formação de quadrilha.

A defesa de Fábio Raposo, preso na manhã deste domingo (9) como suspeito de participação no lançamento de rojão que feriu gravemente um cinegrafista da Bandeirantes, no Rio de Janeiro, está tentando convencer seu cliente a aceitar a delação premiada. É o que informa o portal de notícias da Agência Brasil.

O advogado de Raposo, Jonas Tadeu Nunes, disse, na 17ª Delegacia de Polícia de São Cristóvão, que seu cliente "está um pouco relutante" em aderir à proposta. Contudo, o advogado não confirmou se Fábio conhece o principal suspeito do crime.

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Nunes afirmou também que tentará uma solução para revogar a prisão do jovem universitário de 22 anos que ocorreu hoje pela manhã, na casa dos pais, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. A polícia cumpriu um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça.

Fábio foi indiciado pela polícia como co-autor de atentado a bomba durante manifestação na Central do Brasil no último dia 6 que feriu o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes.

O tatuador Fábio Raposo, de 22 anos, suspeito de participação no lançamento do rojão que feriu gravemente o cinegrafista da Bandeirantes, Santiago Andrade, foi preso na manhã deste domingo (9). Ele foi localizado na casa dos pais, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio. A polícia cumpriu um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça.

Neste sábado (8), a Polícia Civil abriu inquérito e indiciou Fábio Raposo por suspeita de tentativa de crime de homicídio, qualificado por uso de explosivo, e crime de explosão durante o protesto da última quinta-feira (6). Raposo se apresentou espontaneamente à polícia e contou ser ele a pessoa que aparece nas imagens entregado o rojão ao homem que atirou o artefato. O tatuador disse desconhecer o atirador do rojão, mas a polícia não se convenceu com a declaração. Se consumados os crimes, o jovem pode pegar até 35 anos de prisão.

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"A versão do senhor Fábio é no mínimo fantasiosa. Ele está tentando se justificar pelo injustificável", disse o delegado da 17ª Delegacia de Polícia (São Cristóvão) Fábio Pacífico, que colheu depoimento, em entrevista ao RJTV, da TV Globo. O estado de saúde do cinegrafista é grave.

Raposo tem histórico de registro em atos violentos em manifestações nas 5ª e 14ª delegacias de polícia do Rio de Janeiro por danos ao patrimônio público, ameaça e formação de quadrilha.

A polícia tentará resgatar a página de Raposo nas redes sociais e averiguar seus contatos na intenção de identificar o atirador do rojão. Ao delegado Maurício Luciano, Raposo contou que estava no protesto quando viu uma pessoa derrubar um artefato no chão. Ele pegou o rojão e ficou com o artefato por alguns minutos, até que um rapaz de camiseta cinza, que Raposo diz desconhecer, lhe pediu o rojão. O tatuador entregou o artefato, que foi aceso pelo suposto desconhecido.

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