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2023 foi um ano de grandes mudanças no cenário da política nacional, sendo a principal delas a posse do presidente Lula (PT), eleito pela terceira vez para ocupar a chefia do Executivo Nacional. O início de uma nova legislatura, na Câmara e no Senado, também mudou os ânimos no Congresso Nacional, com episódios polêmicos e votações históricas. Confira algumas personalidades que se destacaram no cenário político no país este ano. 

Presidente Lula (PT)  

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Foto: Ricardo Stuckert/PR 

Eleito presidente da República pela terceira vez não-consecutiva, no pleito de 2022, Lula tomou posse em Brasília no dia 1 de janeiro, e subiu a rampa do Palácio da Alvorada levando consigo a promessa de recolocar o país nos trilhos da prosperidade e do reconhecimento internacional. A missão tem dado certo ao longo do ano, na medida do possível. 

Entraves com o Congresso Nacional para aprovar textos, falas controversas, www.leiaja.com/politica/2023/09/27/capacitista-senadora-rebate-fala-de-l...">http://www.leiaja.com/politica/2023/09/27/capacitista-senadora-rebate-fa...">como os comentários considerados capacitistas que fez em determinados momentos, além de uma aparente dificuldade em indicar pessoas para cargos de alto poder, como o Supremo Tribunal Federal (STF), que tragam a diversidade tão prometida no início de seu terceiro mandato, fizeram o governo Lula terminar o ano com uma queda no índice de aprovação popular, segundo pesquisas divulgadas no início de dezembro. 

Ministro Flávio Dino 

Foto: Pedro França/Agência Senado 

O ex-governador do Maranhão foi indicado ministro da Justiça e Segurança Pública, e esteve à frente de importantes episódios ao longo do ano. O principal deles, logo no início do novo governo, foram os inquéritos abertos para encontrar os responsáveis pelos atos golpistas do 8 de janeiro, com a invasão de grupos bolsonaristas à Praça dos Três Poderes, em Brasília. 

Mas o caminho de Dino vai mudar em 2024. Indicado por Lula para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), no lugar da ministra Rosa Weber, ele vai tomar posse no dia 22 de fevereiro, deixando o Ministério vago. Ainda não há confirmação de quem assumirá a pasta. 

Ministra Marina Silva  

Foto: Diogo Zacarias/MMA 

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima assumiu a pasta no início do ano, e se destacou pelos projetos de combate ao desmatamento na Amazônia e no Cerrado, biomas fundamentais para o equilíbrio climático no mundo. 

Durante sua participação na 28ª Conferência das Partes (COP28), organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Dubai, a ministra apresentou os resultados que ações de fiscalização de órgãos como o Ibama e o ICMBio tiveram no plano de recuperação ambiental. De acordo com levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área sob alerta de desmatamento na Amazônia caiu 49,7% na Amazônia de janeiro a outubro, e foi possível evitar o lançamento de 250 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. 

Governadora Raquel Lyra (PSDB)  

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado 

Desde sua posse, em janeiro, a primeira mulher a governar Pernambuco foi alvo de críticas e elogios. Dos grandes destaques de seu primeiro ano no executivo estadual, Lyra assinou a exoneração em massa de mais de 2,7 mil cargos comissionados e gratificados do estado, e foi responsável por trazer para Pernambuco investimentos em diversos setores. 

Governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP)  

Foto: Francisco Cepeda/Governo do Estado SP 

Entre os governadores, outro destaque vai para Tarcísio de Freitas, à frente do estado de São Paulo. O governador do estado mais populoso do Brasil chegou no segundo semestre de governo com 30% de aprovação, segundo levantamento do Instituto DataFolha, divulgado em setembro. Eleito pela base bolsonarista do estado, tendo tido apoio do ex-presidente da República, Freitas acabou sendo alvo de críticas devido a seus posicionamentos e suas escolhas políticas, como a colocação de Gilberto Kassab (PSD) para liderar a secretaria de Governo e Relações Institucionais. 

Senadora Eliziane Gama (PSD-MA)  

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado 

A senadora maranhense teve alcance nacional este ano por ter sido a relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apurou os atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando grupos bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília. Enquanto relatora, Gama participou de todas as sessões e formulou o relatório final da comissão. 

Senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG)  

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado 

Entre os principais destaques do ano para o presidente do Senado Federal, Pacheco esteve à frente de importantes votações no Congresso, como a recente promulgação da Reforma Tributária, que modifica o sistema de cobrança e pagamento de impostos no Brasil. 

Deputada Erika Hilton (PSOL-SP)  

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados 

Já dentro da Câmara dos Deputados, um grande destaque deste ano foi a atuação da deputada Erika Hilton (PSOL-SP) que, eleita junto com a deputada Duda Salabert (PDT-MG), formou a primeira bancada trans da Casa Legislativa nacional. Seus discursos e votos foram acompanhados por muitos, mas Hilton se destacou por seus posicionamentos em episódios em que sofreu qualquer tipo de preconceito, principalmente em se tratando de transfobia no ambiente parlamentar. 

Deputado Nikolas Ferreira (PL-MG)  

Foto: Reprodução/TV Câmara 

Dentre os principais deputados federais com mandato ativo em 2023, o parlamentar mineiro foi um dos que teve maior palco, ainda no primeiro trimestre, quando se apresentou à tribuna, no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, com uma peruca na cabeça, criticando a identidade das pessoas trans. Nikolas Ferreira já chegou a virar réu, pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, acusado de praticar transfobia contra uma adolescente.  

Michelle Bolsonaro (PL)  

Foto: Flickr/PL 

Mesmo estando distante dos holofotes políticos, a ex-primeira-dama se destacou este ano após assumir a presidência nacional do PL Mulher, partido do qual seu esposo, Jair Bolsonaro, também faz parte. Michelle ainda fez algumas aparições e pronunciamentos devido ao seu possível envolvimento no escândalo relacionado às joias ganhadas por Bolsonaro, enquanto ainda presidente da República, pelo governo da Arábia Saudita. 

 

Assim que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi aprovado pelo Senado Federal, na última quarta-feira (13), para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), parlamentares de todas as instâncias e localidades comentaram sobre o ocorrido. Alguns representantes de Pernambuco no legislativo nacional deixaram uma mensagem nas redes sociais para registrar o momento. 

O senador Humberto Costa (PT-PE), parabenizou Dino com um vídeo e uma breve mensagem ao conterrâneo. “A alegria de saber que o Brasil conta agora com um nordestino arretado no Supremo Tribunal Federal. Parabéns, Flávio Dino”, comentou. 

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Deputadas estaduais também celebraram a aprovação do ex-governador do Maranhão para ocupar a cadeira que pertenceu a Rosa Weber, aposentada no final de setembro. É o caso da deputada estadual Rosa Amorim (PT), que também publicou um vídeo para explicar um pouco sobre a carreira política do novo futuro membro do STF. 

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A deputada Gleide Ângelo (PSB) também destacou em suas redes sociais a aprovação de Dino ao STF, assim como a do procurador Paulo Gonet à chefia da Procuradoria-Geral da República (PGR). 

Foto: Reprodução/Redes sociais

A governadora Raquel Lyra (PSDB), por sua vez, ressaltou o marco da nomeação de Dino, e fez votos de manter uma relação amistosa com o Supremo. “Tenho certeza que usará o seu notável saber jurídico em favor do Brasil, com coragem, seriedade, isenção e competência. Em breve, espero lhe fazer uma nova visita, desta vez num gabinete diferente em Brasília, para discutir temas importantes pra Pernambuco e pro nosso país”, afirmou. 

Foto: Reprodução/Redes sociais

O subprocurador-geral da República Paulo Gonet e o ministro da Justiça, Flávio Dino, iniciaram nesta quarta-feira, 29, oficialmente, as visitas aos gabinetes dos senadores em Brasília em busca dos votos necessários para que suas indicações à Procuradoria Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal, respectivamente, sejam aprovadas.

É comum que autoridades indicadas a cargos públicos façam visitas presenciais aos gabinetes dos senadores e que mantenham conversas nos bastidores para se apresentarem e pedirem votos.

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Como a votação é secreta, a orientação partidária tem menos importância que as relações e os compromissos pessoais firmados no tête-à-tête.

A indicação de Gonet à PGR é vista como quase garantida, já que ele tem amplo apoio no Congresso, da esquerda à direita. Por outro lado, a indicação de Dino ao STF é vista com maior receio pela oposição, mas o traquejo político do ministro (senador licenciado pelo Maranhão) e suas relações com os parlamentares devem facilitar sua aprovação.

A tendência, segundo senadores dos principais partidos da Casa, é que as duas indicações sejam aprovadas no plenário do Senado. As sabatinas e as votações estão marcadas para a semana de 11 a 15 de dezembro.

Até o início da tarde, Dino já havia visitado os senadores Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), Weverton Rocha (PDT-MA), Humberto Costa (PT-PE), Ivete da Silveira (MDB-SC) e Eliziane Gama (PSD-MA). Também falou por telefone com os senadores Efraim Filho (União-PB) e Soraya Thronicke (Podemos-MS).

Além disso, Dino participou de jantar ontem na casa do senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), na presença dos senadores Marcelo Castro (MDB-PI), Jorge Kajuru (PSB-GO), Leila Barros (PDT-DF), Omar Aziz (PSD-AM), Eliziane Gama (PSD-MA), Fabiano Contarato (PT-ES), Weverton Rocha (PDT-MA), Jaques Wagner (PT-BA), Augusta Brito (PT-CE) e Soraya Thronicke (Podemos-MS).

Por outro lado, Gonet já se reuniu nesta quarta com os senadores Veneziano Vital do Rêgo, Otto Alencar (PSD-BA), Marcelo Castro, Fabiano Contarato, Cid Gomes (PDT-CE), Angelo Coronel (PSD-BA), Lucas Barreto (PSD-AP), Jaques Wagner (PT-BA) e Oriovisto Guimarães (Podemos-PR).

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (29), após sabatina, dois indicados para integrar o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) no Biênio 2023/2025. As indicações seguem para avaliação do Plenário, onde precisam dos votos da maioria absoluta dos senadores. A juíza federal Cíntia Menezes Brunetta foi aprovada com 27 votos favoráveis. Já o procurador, Edvaldo Nilo de Almeida obteve aprovação de 25 senadores, um voto contrário e uma abstenção.

Durante a sabatina, os indicados defenderam o CNMP como uma instituição essencial para o fortalecimento do regime democrático, para a justiça social e da ordem jurídica. Eles também enfatizaram a importância do diálogo com o Congresso Nacional e reforçaram que trabalharão pelo equilíbrio dos três Poderes da República. Brunetta assegurou que, caso seu nome seja confirmado pelo Plenário, vai contribuir para o fortalecimento da atuação "autônoma, equilibrada, responsável, coerente, íntegra e socialmente efetiva" do Ministério Público.   

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"Meu olhar sistêmico, aliado à minha experiência profissional como magistrada, naturalmente próxima ao Ministério Público, permite que eu o reconheça para além do senso comum como instituição fundamental para a democracia, para a paz no social e para a justiça. Consequentemente, enxergo a atuação do Ministério Público como também essencial para que esses valores sejam observados em todos os âmbitos de atuação e sempre dentro dos parâmetros da Constituição.   Por sua vez, o procurador Edvaldo Nilo Almeida garantiu que sua atuação será pautada na "defesa da ordem jurídica, da democracia e dos direitos individuais, coletivos e sociais".  

"Minha atuação representará equilíbrio e moderação em defesa não só da Constituição, mas também do interesse dos parlamentares, que têm duas indicações nesse conselho. Minha visão do Ministério Público é que ele é parte integrante da República Federativa do Brasil e, como tal, deve aderir aos objetivos fundamentais da República. O Ministério Público deve incorporar a análise estatística de performance em suas atividades, a nossa jurimetria, monitorando os seus indicadores conforme as suas funções. Deve colaborar estritamente com os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, adotando políticas de desenvolvimento e priorizando a diminuição das desigualdades no âmbito da luta pelas políticas públicas.  Atribuições Após a apresentação dos indicados, alguns senadores manifestaram preocupação com o que chamaram de “usurpação” de poderes do Legislativo pelo Judiciário. Eles pediram que os possíveis representantes dos conselhos — também foram sabatinados e aprovados oito indicados para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na mesma reunião — atuem em atenção e no sentido de combater essa “interferência”. 

Para o senador Marcos Rogério (PL-RO), o país vive “um período de apagão das garantias”. Segundo ele, órgãos têm avançado por temas que não são da sua competência. "Se não gostam, alguns, da Constituição, existem meios próprios para se mudar a Constituição. Se não gostam da legislação, seja ela complementar, ordinária, regulamentária, enfim, que se modifique, mas dentro do devido processo legislativo. E que o processo se estabeleça dentro do devido processo legal. Agora não é o que nós temos assistido", disse Marcos Rogério.   

O senador Sérgio Moro (União-PR) se manifestou no mesmo sentido. Ele pediu que os indicados busquem "atuar dentro do limite" do que de fato é "norma regulamentadora". "O Senado está plenamente aberto e receptivo à sugestões, a ponderações. Então nós podemos e gostaríamos até de receber mais sugestões do Conselho Nacional de Justiça ou do CNMP para buscar o aprimoramento legislativo do nosso ordenamento. Eu que já trabalhei 22 anos como juiz e a gente sabe da relevância do conhecimento prático do juiz ou do promotor, ou do operador do direito em solucionar problemas pontuais, agora esses problemas pontuais, fora da atribuição regulamentatória, têm que ser resolvidos aqui pelo Congresso e não pelo CNJ ou pelo CNMP". 

Moro mencionou resolução publicada pelo CNJ, em fevereiro deste ano, que determinou a a desativação, até maio do ano que vem, de hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico para pessoas com transtornos e doenças mentais que cometeram crimes. Na opinião do senador, essa mudança na norma caberia exclusivamente ao Congresso Nacional.   Fiscalização do Ministério Público O CNMP é ormado por 14 membros com mandatos de dois anos, admitida uma recondução. O órgão tem a função de executar a fiscalização administrativa, financeira e disciplinar do Ministério Público e é presidido pelo procurador-geral da República. 

Indicados para o CNMP   

Cíntia Menezes Brunetta  OFS 20/2023  Indicada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para a vaga destinada à corte no CNMP, formou-se em direito na Universidade Federal do Ceará (UFC) em 2002. É mestra em direito pelo Centro Universitário Christus e doutora em direito pela Faculdade Autônoma de Direito de São Paulo. É juíza federal desde 2004 e professora nos cursos de graduação e pós-graduação da Faculdade Autônoma de Direito de São Paulo. Foi secretária-geral da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados.  Relatora: Ana Paula Lobato (PSB-MA)   

Edvaldo Nilo de Almeida OFS 18/2023 Indicado para a vaga destinada à Câmara dos Deputados, é formado em direito pela Universidade de Salvador (Unifacs) desde 2004. Mestre em direito constitucional pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), doutor em direito do estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É especialista em direito tributário pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (Ibet). É pós-doutor em democracia e direitos humanos pela Universidade de Coimbra, de Portugal, e em direitos humanos pela Universidade de Salamanca, na Espanha. É pós-doutorando em direito tributário e financeiro pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e é procurador do Distrito Federal desde 2009.  Relator: Ciro Nogueira (PP-PI) 

*Da Agência Senado

O prefeito do Recife, João Campos, esteve em Brasília, nessa quarta-feira (8), e se reuniu com a bancada de Pernambuco no Congresso Nacional. Durante o encontro, que contou com a presença dos três senadores e de 18 deputados federais do Estado, o gestor apresentou as prioridades de administração municipal, fez um balanço de ações e abordou a destinação de emendas no Orçamento Geral da União para 2024.

João enfatizou a importância de promover a igualdade de oportunidades por meio de políticas públicas centradas em quatro eixos fundamentais: educação, saúde, segurança alimentar e acesso a direitos. Segundo o prefeito, as ações prioritárias da gestão incluem a criação de creches, expansão da Atenção Básica, e a construção de restaurantes populares, cozinhas comunitárias e banco de alimentos.

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O pessebista também pediu apoio para construção e manutenção da rede Compaz e de 14 Centros Arrecife - espaços integrados de diálogo continuado com a comunidade, que têm o objetivo de promover a proteção social, aumentando o nível de empregabilidade entre os jovens e impactando na redução da violência nas comunidades. De acordo com o prefeito, os primeiros Centros Arrecife serão construídos no início de 2024.

“A gente pode apresentar informações sobre a nossa cidade e a nossa prioridade para a emenda de bancada, que é um conjunto de obras na assistência social, na criação dos centros Arrecife, uma política pública desenhada na cidade do Recife, que a gente vai começar a implantação com a construção de quatro centros e a gente solicitou a bancada que pudesse ser parceira dessa iniciativa, começando com R$ 15 milhões para a construção dos quatro primeiros centros nos territórios mais vulneráveis. A gente sabe que cada parlamentar tem uma pauta, tem uma região, tem uma área de defesa prioritária do mandato e a gente entende que a nossa capital pode ter a atenção de todos e todas. Então aqui eu agradeço a presença de todos e esse diálogo vai continuar de forma permanente, porque, na política, quando a gente soma quem sai ganhando é a população”, afirmou João Campos.

O gestor ainda agradeceu o apoio que sua administração vem recebendo da bancada. Desde 2021, os senadores e deputados federais pernambucanos já destinaram mais de R$ 53 milhões para a construção da Ponte Jaime Gusmão (Monteiro-Iputinga), o Hospital da Criança, que vai começar a ser construído em janeiro; e para as obras de proteção de encostas.

Participaram da reunião nesta quarta-feira os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão, além dos deputados federais Augusto Coutinho, Carlos Veras, Clodoaldo Magalhães, Eriberto Medeiros, Fernando Filho, Fernando Monteiro, Guilherme Uchôa Júnior, Iza Arruda, Lucas Ramos, Luciano Bivar, Maria Arraes, Mendonça Filho, Ossesio Silva, Pedro Campos, Renildo Calheiros, Túlio Gadelha e Waldemar Oliveira. O senador Fernando Dueire e o deputado Felipe Carreras estavam em sessão no Congresso no momento do encontro, mas, posteriormente, compareceram ao local da reunião para conversar com João Campos.

*Com informações da assessoria de imprensa

Com 20 votos a favor e 11 contra, o relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro foi aprovado nesta quarta-feira (18). Após cinco meses de trabalho, a maioria optou pelo indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 60 pessoas.

Os 30 membros da CPMI e cinco parlamentares não membros discursaram ao longo manhã e votaram o texto em seguida. Com a aprovação, as denúncias serão encaminhadas à Polícia Federal, ao Ministério Público e a Advocacia-Geral da União (AGU).

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O tom da oposição foi tentar deslegitimar o texto com críticas à falta do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), o general Gonçalves Dias, e do atual ministro da Justiça Flávio Dino entre os indiciados por suposta omissão. Um relatório apócrifo foi produzido pelo bloco constando que o presidente Lula seria indiciado por envolvimento na destruição da Praça dos Três Poderes.

O parecer apresentado pela relatora Eliziane Gama (PSD), nessa terça (17), imputou os crimes de associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado a 61 pessoas.

Entre os indiciados, além do ex-presidente, foram citados o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid; o ex-ministro da Defesa, Braga Netto; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno; o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e os ex-comandantes Almir Garnier Santos, da Marinha, e Marco Antônio Freire Gomes, do Exército.

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Senadores se manifestaram a favor da proposta defendida pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para limitar a autoria de ações no Supremo Tribunal Federal (STF). No sábado (14), durante evento em Paris, Pacheco disse que a intenção é evitar que o Supremo tenha "ponto de contato constante com a sociedade em função das decisões que seja instado a fazer", e, dessa maneira, reservar o tribunal "às decisões mais relevantes de índole constitucional".

Ainda não está claro quais tipos de ações seriam afetadas e quem seria limitado a acionar o STF. A ideia, no entanto, se une a uma série de projetos que já tramitam no Congresso para reduzir os poderes da Corte. Os parlamentares discutem também mudanças nas decisões monocráticas (individuais), o estabelecimento de um mandato fixo para os ministros e a derrubada de decisões do STF pelo Congresso.

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"A limitação da autoria de ações no STF é algo que pode ser discutido dentro de um contexto mais amplo. E a única coisa que torna isso oportuno, essa particularidade oportuna, é dentro da necessidade de se reduzir o tensionamento direto com o Supremo", afirmou o senador Esperidião Amin (PP-SC).

Amin é relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8/2021, que estabelece que decisões monocráticas do STF não podem suspender "a eficácia de lei ou ato normativo" de abrangência nacional nem atos do presidente da República e dos presidentes do Senado, da Câmara e do Congresso. O texto foi aprovado no último dia 4 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e aguarda decisão de Pacheco para ser votado no plenário.

O senador nega a possibilidade, contudo, de apensar à PEC 8/2021 a ideia de Pacheco sobre limitar a autoria de ações. "É preciso aprovar caso a caso", disse, ao criticar o inquérito das fake news, aberto "de ofício" pelo próprio STF, ou seja, sem ser provocado por instituições como a Polícia Federal ou o Ministério Público.

'DISCUSSÃO AMPLA'

O senador Plínio Valério (PSDB-AM), autor da PEC que limita o mandato de ministros da Suprema Corte, também indicou apoio à proposta defendida neste sábado por Pacheco. "Embora combata esse STF, acho que esse tema deva ter uma discussão ampla. Penso que, quando o Rodrigo diz isso, está pensando também nas nossas PECs, a minha que limita o mandato de ministros, e a do Oriovisto (Guimarães) que acaba com decisões monocráticas graciosas", afirmou. "Rodrigo tem total apoio."

No evento em Paris, Pacheco afirmou que os Poderes e seus membros precisam "ousar mudar" para melhorar a "crise de credibilidade das instituições públicas e políticas". O presidente do Senado disse também que nenhuma instituição pode se apresentar como detentora do "monopólio dos acertos".

GILMAR

Para se contrapor ao senador, o ministro Gilmar Mendes resgatou o papel da Corte durante o período do governo de Jair Bolsonaro (PL). "Se a política voltou a ter autonomia, eu queria que fizessem justiça, foi graças ao Supremo Tribunal Federal. Se hoje nós temos a eleição do presidente Lula, isso se deve a uma decisão do Supremo Tribunal Federal. É preciso reconhecer isso."

Na sexta-feira (13), no mesmo evento, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo, falou do protagonismo da Corte na política brasileira. Para o magistrado, a resposta para isso também está na Constituição de 1988.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os senadores Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Alessandro Vieira (MDB-SE), Plínio Valério (PSDB-AM) e Sérgio Moro (União Brasil-PR) rebateram o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, nessa terça-feira (3), e saíram em defesa da discussão do mandato para os magistrados da Corte.

A proposta de ter um período fixo para um ministro ficar no cargo foi defendida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) nesta segunda-feira (2). Gilmar Mendes reagiu à declaração e afirmou que a ideia é "inoportuna" e que o Congresso quer transformar a Corte em "agência reguladora desvirtuada".

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Plínio Valério é autor de uma proposta para estabelecer um mandato aos membros do STF. O senador disse, ao rebater Gilmar, que, tendo um mandato, os ministros "certamente se sentirão como seres humanos normais".

"Minha intenção ao propor a PEC foi promover visão equilibrada e democrática do funcionamento do STF. Com mandato, certamente se sentirão como seres humanos normais, juízes que exercerão uma função na Suprema Corte e que estão sujeitos a avaliações e aperfeiçoamentos periódicos", escreveu o tucano nas redes sociais.

Alessandro Vieira chamou o posicionamento de Gilmar Mendes de "ridículo" e disse que o decano do STF "se recusa a respeitar os limites constitucionais da sua própria atuação".

"É ridículo, pois se trata de integrante da Corte que justamente interpreta e defende os limites da Constituição. O Congresso tem óbvia e ampla legitimidade para discutir mandatos para o STF", afirmou.

Hamilton Mourão, senador e ex-vice-presidente, classificou como "lamentável" a atitude de Gilmar e afirmou que o ministro "desdenha" da discussão do Senado. "O que o ministro chama de 'esforço retórico', nós chamamos de trazer ao debate político e democrático as legítimas demandas e anseios do povo que nos elegeu", disse.

Senador e ex-juiz da Operação Lava Jato, Sérgio Moro também criticou a reação do ministro. "Estabelecer mandatos para os ministros do STF (novos) é mero aperfeiçoamento institucional, não é golpe ou retaliação."

Moro e Gilmar já protagonizaram vários embates públicos e são desafetos declarados. O ministro critica o senador por causa da condução da força-tarefa e Moro atribui ao magistrado uma conduta leniente com o combate à corrupção.

Discussão foi reacendida após declaração de Pacheco

A discussão envolvendo Gilmar Mendes nesta terça-feira começou com a declaração do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Segundo o senador, depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicar o nome para substituir Rosa Weber, a Casa deverá retomar o debate sobre a criação de mandato para os ministros do Supremo.

"Seria bom para o Poder Judiciário, para a Suprema Corte do nosso País, para a sociedade brasileira, termos uma limitação ao mandato de ministros do Supremo", disse o senador durante uma coletiva de imprensa nesta segunda.

Nesta terça, Gilmar criticou a proposta nas redes sociais. "É comovente ver o esforço retórico feito para justificar a empreitada: sonham com as Cortes Constitucionais da Europa (contexto parlamentarista), entretanto o mais provável é que acordem com mais uma agência reguladora desvirtuada. Talvez seja esse o objetivo", afirmou o ministro.

Ele também afirmou que o momento da discussão é inoportuno. "Após vivenciarmos uma tentativa de golpe de Estado, por que os pensamentos supostamente reformistas se dirigem apenas ao Supremo?", questionou Gilmar.

Hoje, o mandato dos ministros do Supremo é vitalício, porque eles usufruem das mesmas prerrogativas da carreira da magistratura, estabelecidas em lei. A aposentadoria compulsória aos 75 anos não retira, por exemplo, o título de ministro.

Discussões no STF incomodam Legislativo

A discussão sobre o mandato para ministros do Supremo é antiga e já foi endossada por Lula neste ano. Há diversos projetos de lei na Câmara e no Senado sobre o tema. Um deles é de autoria do atual ministro da Justiça, Flávio Dino, cotado para vaga no STF, e foi proposto quando ele era deputado federal.

O fato de o Supremo Tribunal Federal ter encampado discussões, como o marco temporal, tem provocado incômodo nos parlamentares.

Aprovado na Câmara por ampla maioria, impondo um revés ao governo Lula, o projeto foi para o Senado com a promessa de Pacheco de que seria votado sem regime de urgência, passando por comissões e com audiências públicas.

Antes de o trâmite ser concluído, o STF declarou a inconstitucionalidade do marco temporal. Pacheco pautou o projeto de lei, que foi aprovado pela Casa. Como mostrou a Coluna do Estadão, quando o texto chegar a Lula, ele deve ser vetado, mas já existem articulações no Congresso para derrubar um possível veto do presidente.

Outros casos que alimentam esse ruído entre Legislativo e Judiciário são a descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal e a descriminalização do aborto até 12 semanas de gestação. Os dois temas estão sob análise do STF.

No final de setembro, a Câmara dos Deputados voltou a discutir a Proposta de Emenda à Constituição nº 50/2023, que prevê a possibilidade de o Congresso derrubar decisões do Supremo. Especialistas ouvidos pelo Estadão afirmam que há clima para que a PEC seja aprovada, mas o texto pode ser derrubado pelo próprio STF.

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça de autorizar o ex-coordenador administrativo da Ajudância de Ordens da Presidência da República Osmar Crivelatti a não comparecer a depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, nesta terça-feira (19), causou discordâncias entre os membros do colegiado.

Presidente da CPMI, o deputado federal Arthur Maia (União-BA) afirmou que a Advocacia do Senado já recorreu da decisão. O parlamentar disse ainda que vai solicitar audiência com a presidente do STF, ministra Rosa Weber, com o ministro Mendonça e também com o ministro Kassio Nunes Marques, que na semana passada autorizou a ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça Marília Alencar a não comparecer ao depoimento. A ideia é solicitar que, ao menos, casos como esses sejam votados pelo Pleno do tribunal.

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— É preciso que haja uma definição efetiva da possibilidade de a CPI existir ou não, porque obviamente o instrumento mais importante que se dispõe é justamente a convocação daqueles que o conjunto da CPI aprova em requerimentos, que nós julgamos pertinentes — afirmou Maia.

Para o presidente da CPMI, já “passa do momento” de fazer uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), para o questionamento sobre a possibilidade de um ministro do Supremo autorizar ou não autorizar a convocação da CPMI.

— Vou levar essa posição ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ao presidente da Câmara, Arthur Lira, para que se faça esse questionamento ao Supremo Tribunal Federal. Se o Supremo Tribunal Federal responder a essa ADPF, dizendo que, na compreensão do Supremo, é possível, sim, que um ministro possa impedir que a CPMI convoque alguém, então vamos acabar com este instituto da CPMI aqui no Congresso Nacional. Mas o que não dá é para nos reunirmos aqui, nós, que estamos aqui em função do voto popular, deputados e senadores, e criarmos na sociedade a expectativa de que poderemos chamar as pessoas, porque esta CPI realmente tem poderes e, na medida em que os trabalhos começam a se desenrolar, nós vemos atitudes absurdas como essa, que impedem, obstaculizam o funcionamento da CPMI. 

Relatora da CPMI, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) disse que decisões como essas são preocupantes e "ferem de morte o parágrafo 3º do artigo 58 da Constituição Federal, quando nos retiram poderes próprios de investigação de autoridade judicial".   

—  Porque se você tem uma decisão dessa de forma reiterada, você acaba trazendo prejuízos graves para o trabalho de uma CPI. Para a CPI existir, tem que ter o polimento de datas, quebra de sigilos, mas você também tem que ter o depoimento. Uma CPI sem depoimento tem um prejuízo muito grave. Então eu acho que nós precisamos tomar outras medidas. A previsão é de que a relatora apresente seu relatório no dia 17 de outubro.

Defesa da CPMI

O senador Sérgio Moro (União-PR) endossou a necessidade de se resguardar o poder investigatório das CPIs.  — A praxe tem sido de comparecimento, resguardando o silêncio — lembrou o senador, ao manifestar apoio a se fazer gestões no STF “conversando e dialogando e também através de uma ADPF”.  O deputado Aluisio Mendes (Republicanos-MA) disse que não se pode admitir decisões do Supremo nessa magnitude e ponderou que nos anos anteriores isso não ocorria. 

— Está se inovando. Nós não iremos mais aceitar decisões como essa.  Para a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), as decisões estão sendo políticas, e não jurídicas.  — Todos nós temos de ir à presidência do STF. O Congresso Nacional não pode perder sua prerrogativa de investigação. (...) O Supremo não advinha as perguntas. Quem decide como convocar e quem convocar é o Parlamento. É uma violação política do Supremo. 

Discordância

Para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), é constante “uma pessoa que está sendo investigada sentar-se aqui” e, por isso, seria esperado que o STF autorizasse o não depoimento de alguém que está sendo investigado. 

— Qual o fundamento para trazer o Crivelatti aqui hoje? Qual o nexo de causalidade? Nenhum — afirmou. 

Na avaliação de Eduardo Girão (Novo-CE), os parlamentares estão dando razão para o que o STF faz com o Senado.  — Indignação coletiva, a essa altura do campeonato, me parece irracional. Ninguém aguenta mais briga política nesse país. (...) Essa comissão deu uma desmoralizada perante a opinião pública e eu compreendo isso. 

Força Nacional 

O senador Jorge Seif (PL-SC) afirmou que “muitos depoimentos estão sendo fora de escopo” e fez coro à oposição na demanda pela convocação do comando da Força Nacional de Segurança, que acusam de ter permanecido sem ação no dia 8 de janeiro.

Esperidião Amin (PP-SC) disse que a CPMI tem uma relação de dívidas, entre elas a Força Nacional. — Havia uma Força Nacional e ela não foi empregada? A que pretexto? — questionou, ao cobrar a aprovação de requerimento para a oitiva do comando da Força.

O presidente Arthur Maia afirmou que tem tentado construir acordo para aprovação desse requerimento — que deverá ser votado na próxima terça-feira (26), em bloco —, assim como outros cinco pendentes já previamente acordados.   

*Da Agência Senado

Duzentos e dois. Esse é o somatório das proposições assinadas, coletiva e individualmente, pelos senadores por Pernambuco em exercício atual, Humberto Costa (PT), Teresa Leitão (PT) e Fernando Dueire (MDB). Um resumo numérico dos últimos sete meses, levando em consideração as atuações dos parlamentares a partir de fevereiro de 2023. Apesar de Costa ser, dos três, o senador há mais tempo no cargo, desde 2011, e Dueire ter assumido a vaga em dezembro de 2022, após a saída de Jarbas Vasconcelos (MDB), por motivos de saúde, Leitão marca sua estreia no Senado Federal sendo a primeira mulher a representar Pernambuco na Casa. Certamente, suas propostas são distintas, assim como suas trajetórias na política nacional. 

Fernando Dueire (MDB) 

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Economista de formação, Fernando Antonio Caminha Dueire foi superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e também fez parte do governo Jarbas em 1999 como secretário estadual de Infraestrutura. Como primeiro suplente, sua atuação no senado tem sido um pouco mais decorativa do que seus colegas. Uma das 12 proposições dos quais é autor, Dueire assina um requerimento de prestação de informação do Ministério de Portos e Aeroportos sobre um contrato da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), cujo objeto é a concessão dos serviços públicos para a ampliação, manutenção e exploração da infraestrutura aeroportuária dos Complexos Aeroportuários integrantes do Bloco Nordeste. 

Fernando Dueire (MDB-PE). Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O parlamentar é titular em cinco comissões fixas e em outras duas comissões de medida provisória. 

Humberto Costa (PT) 

Humberto sai na dianteira entre os três parlamentares em termos de participação em proposições legislativas. Em relação direta com Pernambuco, estão em destaque alguns requerimentos: acompanhamento e avaliação da etapa final das obras de implantação da fábrica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia - Hemobrás; realização de audiência pública, com o objetivo de discutir a precariedade do sistema metroviário do Recife; visita às instalações do metrô do Recife; e a mais recente, a da realização de uma audiência pública com o objetivo de debater sobre Violência e Ameaças contra Parlamentares

Humberto Costa (PT-PE). Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O senador atua como membro titular de 20 comissões, grupos e frentes parlamentares, assim como em duas comissões de medida provisória. 

Teresa Leitão (PT) 

Pedagoga de formação, Teresa Leitão é a primeira mulher eleita para representar Pernambuco no Senado. Sua bandeira mais levantada, diferente do que se imaginaria, não diz respeito à atuação política das mulheres, mas sim pela educação. Leitão é autora de diversos requerimentos ligação aos diferentes níveis de ensino no Brasil, como a proposta de projeto de lei do Auxílio Emergencial Estudantil, a regulamentação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), para dispor sobre a gestão democrática do ensino na distribuição de recursos do Fundo, ou a realização de audiências públicas, com o objetivo de debater e encaminhar soluções para as violências e ataques dentro de escolas pelo país. 

Teresa Leitão (PT-PE). Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Além de pautas ligadas à educação, a parlamentar ainda é autora de duas propostas particulares, uma que pede a inscrição do nome das heroínas de Tejucupapo no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, e outra proposição que pretende reconhecer o Carnaval de Pernambuco como manifestação da cultura nacional. 

Teresa é membro de titular de dez comissões, grupos e frentes parlamentares. Quanto às comissões de medida provisória, ela é titular em duas e suplente em outras cinco. 

O metrô do Recife recebeu, nesta segunda-feira (21), uma visita guiada de parlamentares federais e estaduais. Frente à greve da categoria metroviária, que já dura 19 dias, uma comitiva do Congresso Nacional aceitou a provocação de instituições locais sobre uma vistoria às instalações do modal. Participaram da mobilização o senador Humberto Costa (PT-PE), os deputados federais Renildo Calheiros (PCdoB-PE) e Tulio Gadêlha (Rede-PE), e os deputados estaduais Dani Portela (Psol) e João Paulo (PT). 

O objetivo da vistoria guiada, realizada junto a representantes da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e o Sindicato dos Metroviários (Sindmetro), foi identificar as dificuldades enfrentadas pelo sistema de transporte e buscar possíveis soluções. 

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Toda a segunda-feira (21) foi dedicada a uma agenda metroviária, que começou pelas instalações da CBTU, incluindo o Centro de Controle Operacional, o Centro de Controle e Monitoramento da Segurança, o Centro de Manutenção de Cavaleiro e Estação Joana Bezerra. No momento da visita, as estações estavam fechadas e um trem foi operado unicamente para finalizar a vistoria. Desde que a categoria entrou em greve, o metrô só opera nos horários de pico. 

“A qualquer momento vai haver uma solução [para a greve] e o metrô não deixará de funcionar por essa razão. O que nos deixa preocupados é o que nós vimos com a falta de peças, de manutenção, de quadros; e que, com isso, a gente venha a ter uma paralisação técnica do metrô e isso aí realmente é danoso. Além disso, temos vários déficits de máquinas e trens. A decisão precisa ser tomada rapidamente”, disse o senador Humberto Costa ao LeiaJá.

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Apesar dos visitantes ainda não terem um posicionamento definido ou unânime, a maioria acredita que o metrô do Grande Recife tem sido sucateado nos últimos anos e, pouco a pouco, perdido o redirecionamento de recursos. Humberto Costa chamou a situação de “estarrecedora” e foi acompanhado pelos outros legisladores.  

“O que nós vimos foi uma situação estarrecedora, mas, ao mesmo, tempo vimos o potencial muito grande que o metrô tem, seja pela expertise dos seus funcionários ou pela estrutura que ele tem, que é muito grande. Antes de se fazer qualquer discussão, deve-se garantir que o processo de sucateamento pare. Para isso, o Governo Federal precisa fazer um investimento significativo para a recuperação de máquinas, de oficinas, dos trens. Essa é a mensagem que a gente vai levar para o Senado e, mais uma vez, para o ministro das Cidades. Estamos nessa cobrança desde o início do mandato do presidente Lula”, completou o petista. 

Na tarde desta segunda-feira (21), haverá uma audiência pública, dividida em dois momentos, e voltada a ouvir metroviários e empresários. O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, não pôde comparecer à visita, mas enviou um representante. Por outro lado, os parlamentares já se organizam para fazer propostas orçamentárias ao Governo Federal. 

“A maior preocupação que temos é de o equipamento público ser devolvido à população. São quase 200 mil usuários por dia, é um equipamento necessário para uma cidade [Recife] que tem um dos piores trânsitos do mundo e o pior do país. Há preocupação em reestabelecer o funcionamento do metrô, de debater a tarifa – que aumentou de R$ 1,60 para R$ 4,25 – e fazer com que os trabalhadores possam voltar a usar esse modal como forma de transporte”, declarou Túlio Gadêlha. 

A deputada estadual Dani Portela acrescentou: "Temos um dos metrôs mais caros do país. Imagine para um trabalhador assalariado pagar mais de R$ 4 numa passagem e nas piores condições que se pode ter. Os trabalhadores do metrô faziam denúncias muito antes da greve. Nessa visita, pudemos observar isso de perto, ver as condições precárias nas quais os trens se encontram. Fomos no chamado 'Cemitério dos Trens', onde há vários trens desativados; fomos na oficina mecânica, que tem dificuldade para funcionar. Encontramos trabalhadores em condições precárias, sem fardamento, sem uniforme."

Os congressistas citaram interesse em obter, com o Governo Federal, a quantia de R$ 2 bilhões em investimentos, contemplando a obtenção de 20 novos trens. Do montante, R$ 900 milhões seriam dedicados às aquisições, de acordo com Gadelha, e R$ 800 milhões para a manutenção das linhas e também das vias móveis, que têm equipamentos da década de 1980.

O Planalto afirmou a senadores que projeta R$ 1 trilhão de investimentos em 4 anos durante reunião para apresentar o novo PAC aos congressistas. A informação foi dada a jornalistas pelos senadores Cid Gomes (PDT-CE) e Otto Alencar (PSD-BA) depois da conversa. Os valores incluem recursos da iniciativa privada.

"R$ 1 trilhão ao longo de 4 anos, envolvendo recursos com características de PAC de outros órgãos e da iniciativa privada por meio de parcerias público-privadas e concessões", disse Cid Gomes.

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Segundo os senadores, o governo confirmou a estimativa de R$ 240 bilhões em obras bancadas em 4 anos com recursos do Orçamento da União. Também foi citado na reunião, disseram eles, o investimento da Petrobras nos próximos quatro anos.

"Dos R$ 600 bilhões previstos da Petrobras, R$ 300 bilhões têm características de PAC", declarou Cid. Segundo ele, não houve detalhamento sobre quantas obras seriam ou outros aspectos. Isso ficará para o anúncio do programa, na sexta-feira, 11.

"Começa pelas obras inacabadas, serão prioridade", afirmou o senador Otto Alencar. Depois, viriam os pedidos de governadores e, em seguida, as prioridades dos ministérios.

Questionado sobre a nova regra fiscal, cujo texto final influenciará na disponibilidade de recursos do governo federal para investimento, Otto respondeu: "O ministro Padilha acha que vai ter uma solução logo para aprovar".

Os senadores estiveram com os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil) no período da tarde no Palácio do Planalto. Padilha é o articulador político do governo, e Costa, o responsável pelo novo PAC.

A declaração sobre a 'derrota' do bolsonarismo é o ponto central do pedido de impeachment do ministro Luís Roberto Barroso - protocolado nesta quarta-feira, 18 -, mas o documento foi abastecido por outras falas do magistrado que incomodam os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os 12 senadores e 70 deputados que subscreveram o texto turbinaram a solicitação demonstrando incômodo com sobre outras duas frases do magistrado: "Nós é que somos os poderes do bem" e "Perdeu, mané".

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A primeira declaração ocorreu em abril de 2022, quando Barroso palestrou na Brazil Conference, organizada pela universidade de Harvard.

Na ocasião, Barroso afirmou: "eu preciso ter uma compreensão crítica de que coisas ruins estão acontecendo, mas é preciso não supervalorizar o inimigo. Nós somos muito poderosos, nós somos a democracia. Nós é que somos os poderes do bem, nós é que ajudamos a empurrar a história na direção certa".

A fala se deu após comentários de outros participantes sobre uma eventual vitória de Bolsonaro nas eleições de 2022. Para os parlamentares aliados do ex-presidente, a declaração se deu em um contexto de 'repetição de chavões da histeria antibolsonarista'.

Eles sustentam uma 'visão moralista da política, com veios messiânicos, que identifica o "eu" com o bem, e o "outro" com o mal'.

Ao mencionarem a fala de Barroso na Brazil Conference, os aliados de Bolsonaro dizem que, no caso, não é possível usar a 'desculpa de que as afirmações se deram como retorsão a provocações', como no episódio do 'Perdeu, Mané'. Barroso disse tal frase após ser hostilizado em Nova York, em novembro de 2022.

No pedido protocolado nesta quarta, 19, os deputados atribuem a Barroso suposta incidência em dois crimes de responsabilidade: 'exercer atividade político-partidária' e 'proceder de modo incompatível com a honra, dignidade e decoro de suas funções'.

"Isento das paixões político-partidárias, exige-se do Poder Judiciário que funcione como o corpo técnico do estado que aplica o Direito, pacificando as relações sociais acima das divergências ideológicas", alegam.

'Nós derrotamos o bolsonarismo'

Apesar de o pedido de impeachment de Barroso fazer menção a outras declarações de Barroso, o ponto central do documento de 32 páginas é a afirmação "nós derrotamos o bolsonarismo". Para os parlamentares, a fala, dita na quarta-feira, 12, 'fere de morte a democracia'.

Barroso proferiu a frase durante congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), após um grupo chamá-lo de 'inimigo da enfermagem e articulador do golpe de 2016'. Em resposta, o ministro afirmou: "Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas".

Em nota, o Supremo afirmou que a afirmação de Barroso se referia ao 'voto popular e não à atuação de qualquer instituição'. Depois, o próprio ministro divulgou nota indicando que usou a expressão 'derrotamos o bolsonarismo' quando 'na verdade me referia ao extremismo golpista e violento que se manifestou no 8 de janeiro e que corresponde a uma minoria'.

"Jamais pretendi ofender os 58 milhões de eleitores do ex-Presidente nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que é perfeitamente legítima. Tenho o maior respeito por todos os eleitores e por todos os políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas", frisou.

Como mostrou o Estadão, nos últimos cinco anos, Barroso já foi alvo de 17 pedidos de impeachment no Senado. Apesar de a Constituição prever a possibilidade de alijamento de um magistrado da Corte máxima em cinco hipóteses específicas, desde que o STF foi criado, há 132 anos, nenhum ministro perdeu a cadeira por impeachment.

Em dois dias, Cristiano Zanin se reuniu com mais da metade dos senadores na tentativa de angariar votos para assumir uma vaga Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou uma peregrinação nos corredores do Senado, mirando as maiores bancadas da Casa. Zanin se encontrou com 42 dos 81 senadores até a noite desta quarta-feira, 14.

Para ser empossado como ministro do STF, ocupando a vaga deixada por Ricardo Lewandowski em abril, Cristiano Zanin precisa ser aprovado em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, marcada para a próxima quarta-feira, 21, e conseguir 41 votos favoráveis à nomeação dele no plenário da Casa. As reuniões sinalizam a tendência de apoio dos senadores.

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Na terça-feira, 13, Zanin reuniu-se com 12 dos 15 senadores do PSD, partido que tem o maior número de parlamentares na Casa. O líder do partido, Otto Alencar (PSD-BA), disse que o advogado tem apoio fechado da bancada, e destacou a atuação do indicado durante o julgamento de Lula na Operação Lava Jato, onde atuou na defesa do petista.

"Ele tem uma formação muito correta, professor de Direito e teve um comportamento muito seguro, muito sereno, muito firme na defesa, talvez, do maior processo jurídico já visto no Brasil, que foi a questão da defesa do presidente", disse o senador.

Ainda na terça, o advogado se reuniu com nove das 15 senadoras da bancada feminina. Somente senadoras da base aliada compareceram. Damares Alves (Republicanos-DF) e Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministras do governo Bolsonaro, não estiveram presentes. As duas se encontraram depois com o advogado, na quarta-feira, 14.

Também nesta quarta, foi a vez de Zanin fazer o "beija-mão" com os parlamentares do MDB, que possui 10 senadores e é a terceira maior bancada do Senado. Após o encontro, o vice-líder da sigla na Casa, Marcelo Castro (MDB-PI), disse que o partido será unânime pela aprovação de Zanin ao cargo de ministro da Suprema Corte.

Além da base

O advogado também se encontrou com senadores da oposição, como Alessandro Vieira (PSDB-SE), Dr.Hiran (PP-AL) e Oriovisto Guimarães (Podemos-PR). Durante a busca por votos, Zanin passou por diversas vezes na frente do gabinete de Sergio Moro (União-PR), mas não procurou o ex-juiz. O antigo adversário nos julgamentos de Lula na Lava Jato só soube sobre a visita do advogado no Senado ao observar a movimentação nos corredores.

Dos 12 senadores do PL, Zanin se encontrou com Romário (RJ) e Wellington Fagundes (MT). O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro é o segundo com maior número de cadeiras. A estratégia do advogado, no entanto, devido à resistência ao nome dele entre os opositores do governo, é intensificar a busca por senadores de partidos mais alinhados ao Planalto.

Nesta quarta-feira, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra de Jair Bolsonaro e pastora evangélica, disse que "gostou muito de Zanin" e que vai repensar a intenção dela de voto no plenário. No último sábado, 10, ela fechou as portas para o advogado de Lula e afirmou que somente falaria com ele se fosse necessário.

Apoio dos evangélicos

Em outra tática, com o objetivo conquistar apoio dos parlamentares conversadores, o indicado por Lula tenta se desvencilhar das pautas progressistas. Em uma reunião com deputados da bancada evangélica na semana passada, Zanin disse que, caso empossado no STF, vai trabalhar para impedir que a Corte "legisle" sobre temas como a legalização do aborto e das drogas que, segundo ele, devem ser decididos pelos parlamentares.

Veja os senadores que se encontraram com Zanin nos últimos dois dias

Alan Rick (União-AC)

Alessandro Vieira (PSDB-SE)

Ângelo Coronel (PSD-BA)

Augusta Brito (PT-CE)

Beto Faro (PT-BA)

Chico Rodrigues (PSB-RR)

Confúcio Moura (MDB-RO)

Damares Alves (Republicanos-DF)

Daniella Ribeiro (PSD-PB)

Dr. Hiran (PP-RR)

Eduardo Braga (MDB-AM)

Eliziane Gama (PSD-MA)

Fabiano Contarato (PT-ES)

Fernando Dueire (MDB-PE)

Fernando Farias (MDB-AL)

Giordano (MDB-SP)

Ivete Da Silveira (MDB-SC)

Jaques Wagner (PT-BA)

Jader Barbalho (MDB-PA)

Jayme Campos (União-MT)

Jussara Lima (PSB-PI)

Leila Barros (PDT-DF)

Lucas Barreto (PSD-AP)

Marcelo Castro (MDB-PI)

Margareth Buzetti (PSD-MT)

Nelsinho Trad (PSD-MS)

Omar Aziz (PSD-AM)

Oriovisto Guimarães (Podemos-PR)

Otto Alencar (PSD-BA)

Paulo Paim (PT-RS)

Plínio Valério (PSDB-AM)

Professora Dorinha Seabra (União-TO)

Renan Calheiros (União-TO)

Rogério Carvalho (PT-SE)

Romário (PL-RJ)

Sérgio Peteção (PSD-AC)

Teresa Leitão (PT-PI)

Tereza Cristina (PP-MS)

Vanderlan Cardoso (PSD-GO)

Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB)

Wellington Fagundes (PL-MT)

Zenaide Maia (PSD-RN)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu hoje (2) em seu gabinete oito senadores para tratar das condições de encarceramento dos presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro, quando as sedes do Três Poderes foram invadidas e depredadas.

Após o encontro, o senador Rogério Marinho (PSDB-RN) disse esperar que mais detidos sejam soltos “nos próximos 15 a 20 dias”. Ele disse ter havido sinalização do ministro pela rápida liberação de pessoas que não tenham cometido atos criminosos em 8 de janeiro, mas que acabaram eventualmente presas junto com os verdadeiros vândalos.

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Ainda sem advogado, muitas dessas pessoas sequer pediram para serem soltas, frisou Marinho. Ele elogiou a Defensoria Pública do Distrito Federal, que tem trabalhado para identificar quem ainda não possui defensor constituído e fazer os respectivos pedidos de soltura.

A audiência dos oito senadores de oposição com Moraes ocorre após o ministro ter soltado 225 pessoas desde segunda-feira (27). Ao todo, dos mais de 1,4 mil presos pelos atos antidemocráticos, 655 foram liberados e 781 permanecem no sistema penitenciário do DF. 

As liberdades provisórias foram concedidas por Moraes sob a justificativa de se tratarem de réus primários, que já foram denunciados, e que na maior parte das vezes possuem filhos menores ou questões de saúde. Ainda assim, tais pessoas deverão usar tornozeleira eletrônica e ficar em casa durante a noite e aos finais de semana. 

Alguns dos senadores que estiveram com Moraes antes inspecionaram in loco a situação dos presos, após terem sido autorizados pelo ministro. Em ofício, os parlamentares se disseram preocupados com a “falta de informações acerca da individualização das responsabilidades dos envolvidos”.

Isso é importante para “o tratamento adequado de cada detido, considerando seu comportamento, circunstâncias individuais e os aspectos objetivos e subjetivos do crime”, diz o documento.

Além de Marinho, participaram da reunião com Moraes nesta quinta-feira (2) os senadores Carlos Portinho (PL-RJ), Tereza Cristina (PP-MS), Ciro Nogueira (PP-PI), Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Eduardo Girão (Novo-CE), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Wellington Fagundes (PL-MT).

Seis senadores americanos escreveram ao presidente e CEO da Meta, Mark Zuckerberg, nesta terça-feira (14), para pedir ao bilionário que impeça que suas plataformas, como Facebook e WhatsApp, sejam usadas para facilitar o tráfico de drogas e de pessoas, especialmente na América Latina.

"A publicidade aberta de serviços de contrabando de pessoas e tráfico de drogas e a prevalência de desinformação sobre o sistema de imigração dos Estados Unidos no Facebook contribuem para o crime transnacional na região e para os desafios que os Estados Unidos enfrentam em sua fronteira" com o México, afirmam os congressistas na carta.

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"A amplificação dessas atividades pelo próprio algoritmo do Facebook apenas exacerba esses desafios", acrescentam.

Na carta a Zuckerberg, os senadores citam as conclusões de várias investigações sobre os mecanismos de moderação e controle de conteúdo "grosseiramente inadequados" da empresa.

Também citam documentos internos publicados pelo Wall Street Journal que revelam que o Cartel Jalisco Nueva Generación "recrutou, treinou e pagou assassinos de aluguel abertamente usando as plataformas da Meta, e que mesmo quando a Meta estava ciente dessas atividades, não conseguiu eliminar completamente o cartel de suas plataformas".

Os senadores acrescentaram que o Tech Transparency Project documentou como os traficantes de pessoas "usam abertamente o Facebook para explorar migrantes" publicando na plataforma seus serviços, por exemplo, para cruzar a fronteira, em publicações "muitas vezes monetizadas".

Os parlamentares acusam a Meta de não controlar ou deletar todas essas informações após ser notificada e apesar de a empresa reconhecer que essas atividades "violam os padrões de sua comunidade".

Relatórios anteriores "constataram que os cartéis de drogas na América Latina e no Caribe usam amplamente as plataformas Meta para traficar drogas, recrutar membros e traficantes, extorquir vítimas e publicar listas de restrições", escreveram os senadores.

"A Meta tem obrigação de enfrentar esses desafios", avaliam os congressistas, que pedem para ser informados sobre as medidas que a empresa está disposta a tomar.

"É imperativo que a Meta leve a sério os papéis emergentes do Facebook e do WhatsApp como ferramentas usadas para apoiar" operações ilícitas em países em desenvolvimento, mas que "também afetam de forma significativa e adversa os interesses nacionais dos Estados Unidos", afirmam.

Em dezembro de 2021, a agência americana de repressão e controle de narcóticos (DEA) anunciou que os cartéis de drogas mexicanos "estão usando as plataformas Meta para inundar nosso país com fentanil", um opioide sintético que causou 107.622 mortes por intoxicação ou overdose naquele ano nos EUA, lembram os senadores.

A carta é assinada por Bob Menéndez, presidente do Comitê de Relações Exteriores, Tim Kaine, Jeanne Shaheen, Ben Ray Luján, Tammy Baldwin e Catherine Cortez-Masto.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), reúne-se, nesta sexta-feira (10), com senadores e deputados federais pernambucanos. As reuniões acontecem no Palácio do Campo das Princesas, às 13h e 16h, respectivamente. Em pauta, de acordo com a gestão, estão as prioridades do estado junto ao Governo Federal.

Com esses encontros, a governadora encerra o primeiro ciclo de reuniões com lideranças do estado. Desde janeiro, Raquel já realizou encontros com prefeitos e prefeitas de todas as regiões de Pernambuco e deputados estaduais.

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O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (8) a criação de uma comissão externa para acompanhar a situação dos ianomâmis e a saída dos garimpeiros de suas terras no estado de Roraima. O requerimento (RQS 34/2023) foi apresentado pelo senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) e tem o apoio de outros senadores. 

Por sugestão do presidente Rodrigo Pacheco e do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a comissão será composta por até cinco senadores. Três vagas serão ocupadas pelos senadores de Roraima: Mecias de Jesus, Dr. Hiran (PP) e Chico Rodrigues (PSB).

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Já o senador Humberto Costa (PT-PE) propôs que os outros dois nomes sejam indicados entre os membros da Comissão de Direitos Humanos (CDH). Em maio do ano passado, a CDH esteve em Roraima para acompanhar denúncias de crimes contra os ianomâmis. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) se ofereceu para compor o colegiado e sugeriu que a comissão tenha cinco suplentes. O presidente Pacheco prometeu estudar a sugestão.

A comissão externa também será acompanhada pelos deputados federais Duda Ramos (MDB-RR), Albuquerque (Republicanos-RR) e Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR).

De acordo com Mecias de Jesus, a crise humanitária em Roraima atinge tanto indígenas quanto garimpeiros. Segundo ele, os garimpeiros estão com dificuldades no transporte e até na alimentação.

Mecias relatou que os donos dos garimpos já saíram, deixando os trabalhadores para trás: Os ianomâmis merecem todo o nosso apoio, mas os garimpeiros que estão lá não são bandidos. 

O senador Dr. Hiran (PP-RR) afirmou que Roraima já sofre com uma “imigração desenfreada dos venezuelanos” e agora também há a questão envolvendo indígenas e garimpeiros. 

Chico Rodrigues (PSB-RR) classificou a situação no estado como “gravíssima”. Ele disse que a comissão é uma forma de manifestar a preocupação do Senado com a situação dos brasileiros daquela região. Conforme o senador, o governo precisa implementar de forma urgente uma logística para a saída dos garimpeiros. "Precisamos levar uma esperança para aqueles brasileiros e mitigar o sofrimento em que eles estão hoje mergulhados", defendeu Rodrigues.

Com base em um pedido do senador Dr. Hiran, Pacheco informou que seu gabinete vai entrar em contato com a Força Aérea Brasileira (FAB) para viabilizar o transporte da comissão, de helicóptero, entre Boa Vista e as áreas indígenas.

"É preciso abarcar todos e contribuir com o Executivo para que haja uma solução dessa crise gravíssima, que certamente é a pior crise humanitária no Brasil de hoje", assinalou Pacheco. 

*Da Agência Senado

Finalizadas a posse dos senadores eleitos e a escolha da Mesa, as novas lideranças partidárias negociam o comando das 14 comissões temáticas permanentes da Casa, com a definição de membros e a eleição de presidentes e vice-presidentes. São os líderes partidários que indicam os integrantes das comissões em nome de cada legenda ou do respectivo bloco parlamentar.

Nesta quinta-feira (2), durante a reunião no Plenário para eleição dos demais membros da Mesa, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que estabelecerá um cronograma para a formação de todas as comissões ao longo dos próximos dias.

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"Nós vamos nos engajar para todos os conselhos funcionarem, inclusive e especialmente o Conselho de Ética. Para preencher as cadeiras, os partidos e blocos devem obedecer a regras de proporcionalidade partidária. Os maiores grupos políticos representados no Senado recebem mais assentos, mas é possível a cessão de vagas de um partido ou bloco para outro, de modo a assegurar a representação plural nos colegiados.

Maior bancada

A maior bancada no Senado atualmente é a do PSD, com 15 integrantes. O novo líder do grupo, senador Otto Alencar (PSD-BA), adiantou que apoiará o nome do colega Vanderlan Cardoso (PSD-GO) para a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no biênio 2023-2024. O parlamentar baiano destacou a missão de conduzir seu partido “para ajudar na construção das matérias pautadas nas votações”. E observou que o PSD também possui a maior bancada feminina da Casa, com cinco senadoras. Para Otto, essa representação ajudará inclusive a estimular a participação das mulheres na política.

"Espero cumprir essa missão, árdua e dura, de liderar uma bancada tão grande de senadores tão bem posicionados, com experiência. Fico muito feliz e agradeço a todos os que confiaram no meu trabalho. Vou me dedicar a construir um entendimento e buscar soluções dentro do Senado Federal para que nós possamos pautar, deliberar e votar matérias importantes".

Acordo

Em declaração à Agência Senado nesta quinta-feira, o senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que, por acordo, a bancada do PT abriu mão da disputa pela primeira vice-presidência da Casa, que ficou com o MDB. O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) foi reconduzido ao cargo, na chapa que também reelegeu Rodrigo Pacheco à Presidência do Senado.

Em contrapartida, Humberto disse esperar que o PT possa escolher o presidente de uma comissão como a de Relações Exteriores (CRE), a de Assuntos Sociais (CAS) ou a de Assuntos Econômicos (CAE).

"Estamos no aguardo, esperando que o MDB possa fazer esse gesto: já que está com a primeira vice [presidência], que nós possamos estar à frente de uma comissão importante e relevante. Creio que nos próximos 15 dias teremos essa definição. Estamos trabalhando", ressaltou.

CCJ

Em entrevista à TV Senado, também nesta quinta, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) disse acreditar que o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma das mais importantes da Casa, será alvo de disputa.

Questionado sobre uma possível indicação do senador Davi Alcolumbre (União-AP) para presidir esse colegiado, Alessandro opinou que o amapaense não teve atuação positiva à frente da comissão. Davi, que já foi presidente do Senado, conduziu a CCJ no biênio 2021-2022.

"Há risco de uma indicação [a presidente da CCJ] que não atende ao interesse da Casa nem do colegiado. Tudo depende de uma conversa com os demais colegas e, não havendo resultado de consenso, vai-se ao voto", declarou Alessandro. 

*Da Agência Senado

Os 27 senadores eleitos em outubro passado tomaram posse nesta quarta-feira (1º) no Plenário. Eles representam um terço da composição da Casa e terão oito anos de mandato. Os quatro primeiros anos se referem à 57ª legislatura do Senado (2023-2027).

A reunião preparatória estava marcada para as 15h, mas começou com cerca de 25 minutos de atraso. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, comandou os trabalhos. Após a execução do Hino Nacional, o senador mais idoso entre os eleitos, Otto Alencar (PSD-BA), leu o juramento de posse em nome de todos os parlamentares.

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"Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do país, desempenhar fiel e lealmente o mandato de senador que o povo me conferiu e sustentar a União, a integridade e a independência do Brasil", declarou Otto, que foi reeleito em 2022.  Em seguida, cada um dos 27 novos senadores foi chamado a prestar o juramento e a repetir: "Assim o prometo". Alguns aproveitaram para agradecer aos seus eleitores e às suas famílias.

A reunião durou menos de 20 minutos. Além de familiares e convidados dos novos senadores, representantes dos Três Poderes acompanharam a solenidade, entre eles, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha; a ministra do Planejamento, Simone Tebet; e Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, que se licenciou temporariamente do cargo para tomar posse como deputado federal também nesta quarta-feira.

Ministros

Quatro dos senadores eleitos em outubro — e agora empossados — haviam sido nomeados ministros de Estado em 1º de janeiro. Eles se afastaram temporariamente das funções no Poder Executivo para assumir formalmente os mandatos no Legislativo. São eles: Camilo Santana (PT-CE), da Educação; Flávio Dino (PSB-MA), da Justiça e Segurança Pública; Renan Filho (MDB-AL), dos Transportes; e Wellington Dias (PT-PI), do Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome.

De acordo com a Constituição, o parlamentar que assume cargo de ministro não perde o mandato no Congresso Nacional. Os quatro devem retornar aos  seus respectivos ministérios e deixar as cadeiras na Casa com seus suplentes.

Composição

O Senado é composto por 81 parlamentares. Cada estado têm três representantes na Casa — assim como o Distrito Federal. As bancadas são renovadas de quatro em quatro anos, de forma alternada: em uma eleição são escolhidos 27 senadores (um terço do total) e, na seguinte, 54 parlamentares (dois terços).  Mais cedo, os 513 deputados federais eleitos em outubro também tomaram posse.

*Da Agência Senado

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