A polícia de Hong Kong prendeu sete membros das tripulações dos dois barcos que colidiram na noite de segunda-feira, causando a morte de pelo menos 38 pessoas.
As autoridades chinesas ainda não sabem como as duas embarcações se chocaram em uma noite de céu limpo e em uma das mais seguras e reguladas hidrovias da Ásia, mas suspeita-se de erro humano.
##RECOMENDA##
Uma balsa bateu no barco Lamma IV, que transportava mais de 100 funcionários da Power Assets Holdings Ltd e suas famílias para assistirem a uma queima de fogos de artifício em celebração ao Dia Nacional da China e ao festival de outono.
Segundo o corpo de bombeiros local, havia pelo menos quatro crianças entre os 38 mortos. Equipes de socorro organizaram uma ampla operação de resgate, com barcos, helicópteros e mergulhadores.
O Lamma IV afundou parcialmente e foi retirado da água por guindastes. A balsa, por sua vez, ficou danificada, mas concluiu sua viagem. Algumas pessoas feridas a bordo da balsa foram socorridas.
Vinte e oito corpos foram retirados do mar durante a madrugada, enquanto oito pessoas que chegaram a ser socorridos acabaram declaradas mortos em hospitais de Hong Kong. Hoje, mais dois corpos foram retirados do Lamma IV, elevando a 38 o total.
O governo informou que 101 pessoas foram resgatadas e levadas a hospitais próximos. Dessas, 66 já haviam recebido alta hoje, mas quatro continuavam em estado grave.
A tragédia iniciada às 20h23 de ontem (hora local, 9h23 no horário de Brasília), quando ocorreu a colisão, foi o mais mortífero acidente marítimo registrado em Hong Kong desde 1971, quando 88 pessoas morreram no naufrágio de uma balsa durante a passagem de um tufão.
Familiares dos mortos dirigiram-se ao local da tragédia, no sudoeste de Hong Kong, para participarem de um ritual de luto chinês, rezando junto com monges taoistas. As informações são da Associated Press e Dow Jones.