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As dificuldades de acesso à informação nas famílias com situação econômica desfavorável têm relação com o excesso de peso na adolescência, aponta a dissertação "Prevalência e fatores associados ao excesso de peso em adolescentes de uma comunidade de baixa renda" da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Foram objetos de estudo os jovens da comunidade dos Coelhos, na região central do Recife.

A pesquisadora Lizelda Maria de Araújo Barbosa, do Programa de Pós Graduação em Nutrição, autora da pesquisa, destaca outros fatores de base socioeconômica que contribuem para o fenômeno do excesso de peso, entre eles a dificuldade do acesso a alimentos saudáveis e a um bom serviço de saúde. Quando somadas as mudanças comportamentais trazidas pela adolescência a uma condição financeira desfavorável haveria uma situação de risco para o desenvolvimento do quadro de excesso de peso na adolescência.

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Para a pesquisadora, ter internet residencial parece refletir em uma melhor condição financeira, maior acesso às oportunidades sociais e a um fator de proteção à ocorrência de excesso de peso. "Essas associações reafirmam a natureza multifatorial da obesidade e revelam para a sociedade o impacto que os fatores socioeconômicos podem exercer na determinação do excesso de peso em adolescentes que vivem em comunidades de baixa renda", analisa ela", diz Lizelda.

Números

O estudo constatou que 36,4% dos adolescentes da comunidade dos Coelhos tinham peso acima do recomendável, sendo 20,4% na escala de sobrepeso e 16% com obesidade. Quando avaliado por sexo, foi observada uma maior prevalência de excesso de peso entre as adolescentes do sexo feminino (42,5%) do que entre o sexo masculino (28,6%).

"As comunidades semelhantes à que foi estudada geralmente abrigam famílias que vivem sob condições socioeconômicas e ambientais precárias e, consequentemente, esperava-se que elas apresentassem situações fundamentalmente desfavoráveis, incluindo especificamente a prevalência de agravos carenciais, como a desnutrição energético-proteica. Entretanto, a prevalência de desnutrição encontrada foi de 3,6%, enquanto a de excesso de peso na população total foi cerca de dez vezes maior", aponta Lizelda. Participaram do estudo 225 adolescentes com idade média de 14 anos, sendo 98 do sexo masculino e 127 do sexo feminino.

Com informações da assessoria

Uma equipe integrada por mais de 25 pessoas - entre técnicos da Defesa Civil e funcionários do Instituto de Assistência Social e Cidadania (IASC), localizado no bairro de São José, área Central, estão trabalhando na triagem das doações que estão sendo feitas para as vítimas do incêndio que atingiu a Comunidade dos Coelhos. O grupo está realizando uma triagem para que seja retirado o que não tem condições de uso e, com o restante, preparando kits a serem distribuídos às famílias até a próxima quarta-feira (14).

De acordo com a secretária executiva do IASC, Ana Farias, as famílias previamente cadastradas serão convocadas por grupo para receberem os donativos. "O que mais falta agora são os utensílios domésticos como panelas, pratos, talheres, copos, além de botijões de gás, um item caro e necessário à todas as famílias".

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A secretária faz um alerta às empresas e pessoas que tenham cuidado ao doar alimentos perecíveis, pois estragam facilmente antes que consigam ser distribuídos. Até agora já foram doadas toneladas de roupas, alimentos, material de limpeza, água mineral, brinquedos, fraldas, calçados e utensílios domésticos.

Emissão de documentos

No mutirão de serviços, que está sendo realizado na Escola Municipal dos Coelhos, foram emitidos somente nesta quinta-feira (8) 56 RG's, 21 CPTS, 42 certidões de nascimento e 180 fotos. A negociação continua para a saída das cerca de 20 famílias remanescentes na escola e, assim, que as aulas voltem ao normal a partir da próxima segunda-feira (12), diminuindo o prejuízo no calendário escolar. 

A secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH) pretende levar essas pessoas ao abrigo disponibilizado na Travessa do Gusmão, em Afogados, Zona Sul do Recife,  onde se encontram 8 pessoas. O restante está na casa de parentes.

Rodas de conversa, palestras e peças de teatro serão as ferramentas utilizadas pela gerência de controle da tuberculose do Recife para sensibilizar e informar sobre os sintomas da doença aos moradores da comunidade dos Coelhos. A ação nesta sexta-feira (2) a partir das 9h. Os bairros do Distrito Sanitário I, que compreende, entre outros, as comunidades dos Coelhos, Santo Amaro e Coque, têm o maior coeficiente de Incidência em tuberculose no Município.

Há três anos, a campanha de tuberculose no Recife conta com a parceria do Fundo Global. Os recursos são destinados à prevenção e tratamento dos casos da doença. Somente no bairro dos Coelhos, foram registrados uma média de mais de 20 casos ao ano, tendo como referência 2009 até 2011.

No ano de 2010, o Coeficiente de Incidência no local foi de 293 por 100 mil habitantes, considerando o bairro de altíssima preocupação. A maioria dos casos ocorrem no sexo masculino (cerca de 65%) e na população economicamente ativa com idades entre 20 e 59 anos. Este coeficiente de incidência é o indicador que representa o problema, medindo o risco da população adoecer. Por causa da estatística que aumenta devido a outros fatores de risco como o alcoolismo, drogas e o abandono ao tratamento, a secretaria oferece aos moradores dois serviços básicos com equipes muito atuantes tanto na busca dos sintomáticos respiratórios (suspeitos), como no acompanhamento a um serviço de referência, no caso, a Policlínia Gouveia de Barros, para apoiar nos casos mais complexos.

Durante toda a campanha, iniciada no dia 9 de fevereiro, foram realizadas várias atividades. Entre elas reuniões nas unidades de saúde, distribuição de panfletos de porta em porta, chamada por meio de anuncicletas, atuação nas escolas da comunidade, apresentação teatral e exibição de filmes.

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