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Seguir o tratamento prescrito pelo psiquiatra ou abandonar pela possibilidade de ganho de peso? Essa é uma dúvida que norteiam muitos pacientes durante um quadro depressivo e tem gerado muitas dúvidas. Mas de fato, como proceder da melhor forma para não deixar de se cuidar e manter um procedimento correto? 

De acordo com a psiquiatra Dra. Adriana Zenaide Ferreira, todos médicos desta especialidade já ouviram questionamentos relativos a esse tema, principalmente de mulheres. “O número de pacientes que abandonam o tratamento por creditar o ganho de peso à medicação é expressivo: cerca de 30%” pontuou, explicando que existem casos de emagrecimento também.

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“De fato, alguns antidepressivos apresentam, sim, como efeito colateral o ganho de peso. Já outros, podem levar a uma perda de peso ainda que seja um efeito temporário”, acrescentou.  Segundo Zenaide, é importante ficar em alerta para alterações para mais ou menos peso porque essa mudança está relacionada com a alteração do apetite ou diminuição da atividade física que podem ser sintomas do próprio quadro depressivo.

“Costumo orientar para os meus pacientes que o antidepressivo atua nesse caso na causa do problema, e, em decorrência da melhora do quadro, o paciente pode ganhar ou perder peso e não necessariamente por conta do efeito colateral do antidepressivo”, contextualizou.  A médica ressaltou ainda a importância da continuidade do tratamento e o diálogo aberto com o.

“Esse é um assunto ainda muito controverso uma vez que pode sofrer influência de vários fatores. Vale lembrar que é de extrema importância não parar ou alterar a medicação por conta própria, e, caso você note algum efeito colateral indesejável, converse com o seu psiquiatra”, orientou.  Importante lembrar:   ✓Cada caso deve ser avaliado de forma individual. O que funciona para um, não necessariamente vai funcionar para o outro;  ✓A resposta é sempre individualizada;  ✓A medicação deve ser prescrita e acompanhada durante todo o tratamento por um profissional especializado;  ✓Siga sempre as orientações do SEU médico; e NUNCA suspenda a medicação por conta própria.   Tema: Mitos e verdades sobre ganho de peso em caso de uso de antidepressivo  Especialista: Dra Adriana Zenaide Ferreira  Assessoria de Imprensa: Élida Santos 81.99762-8490  Obs: Em anexo, foto de Dra Adriana.

*Da assessoria 

Pessoas com sobrepeso, mas não consideradas obesas de acordo com o índice de massa corporal (IMC), não apresentam alto risco de morte, de acordo com um novo estudo publicado nesta quarta-feira (5), que destaca as limitações do IMC como métrica na medicina.

Os resultados, publicados na revista PLOS ONE, surgem em um momento em que a população dos países ricos e pobres continua a ganhar peso. Nos Estados Unidos, mais de 70% dos adultos estão acima do peso ou são obesos.

O índice de massa corporal, descrito pela primeira vez por um matemático belga no século XIX, é calculado dividindo o peso de uma pessoa pelo quadrado da sua altura.

Essa métrica está cada vez mais sendo vista como uma ferramenta limitada para medir a saúde das pessoas.

"Acredito que o que as pessoas devem entender disso é que, por si só, o IMC não é um grande indicador de saúde", disse o autor principal do estudo, Aayush Visaria, da Universidade Rutgers, em Nova Jersey, à AFP.

O especialista afirma que métricas adicionais, como a circunferência da cintura ou exames para visualizar a densidade óssea, gordura corporal e massa muscular, devem ser utilizadas para uma interpretação mais completa.

O excesso de gordura ainda é um fator de alto risco para algumas condições, incluindo doenças cardíacas, diabetes e acidentes vasculares.

"Já vi pacientes com o mesmo IMC, mas com diferenças metabólicas enormes e implicações para a saúde. Por isso, quis investigar mais", acrescentou o Dr. Visaria.

Estudos anteriores sobre a relação entre o peso e a taxa de mortalidade apresentaram resultados inconsistentes ou incertos e se concentraram principalmente em adultos brancos não hispânicos.

Nesta nova pesquisa, Visaria e a coautora Soko Setoguchi se basearam em dados da Pesquisa Nacional de Saúde de mais de 550.000 adultos americanos entre 1999 e 2018, bem como no Índice Nacional de Mortalidade de 2019.

Os pesquisadores calcularam o IMC com base nos pesos e alturas relatados pelos participantes e coletaram dados demográficos, fatores como tabagismo ou atividade física, condições de saúde e até mesmo acesso a serviços médicos.

Mais de 75.000 pessoas incluídas neste estudo faleceram durante o período de pesquisa.

Após ajustar outras variáveis, os resultados mostraram que pessoas com IMC entre 25 e 30, classificadas como com sobrepeso, não apresentaram um risco de morte maior em comparação com os indivíduos cujo IMC estava entre 22,5 e 24,9.

No entanto, o risco de morte aumentou significativamente entre aqueles com IMC inferior a 20 e entre aqueles com IMC igual ou superior a 30, classificados como obesos.

Por exemplo, uma pessoa com obesidade grau 3, ou seja, com IMC de 40 ou mais, mas que nunca fumou ou não tem histórico de doenças cardiovasculares ou câncer de pele, tinha mais do que o dobro de chances de morrer em comparação com uma pessoa equivalente com um IMC médio.

A idade média dos participantes foi de 46 anos, com igual participação entre os gêneros e 69% de brancos não hispânicos. Dentre eles, 35% tinham IMC entre 25 e 30, e 27,2% tinham IMC igual ou superior a 30.

"É um amplo estudo com uma amostra representativa", disse George Savva, bioestatístico do Instituto Quadram, no Reino Unido, à AFP.

"Até onde posso ver, os autores fizeram um bom trabalho ao analisar a relação entre mortalidade e estado de peso inicial."

Savva afirmou que pode ser o caso de que doenças relacionadas ao sobrepeso estejam sendo melhor controladas agora, como pressão alta e colesterol alto.

"Pode-se esperar que a relação entre peso e mortalidade mude ao longo do tempo, e isso é potencialmente o que está sendo mostrado aqui", explicou o especialista.

Uma empresa de telecomunicações de Belo Horizonte-MG deverá indenizar um ex-empregado que era alvo de discriminação por estar com sobrepeso. A empresa foi condenada ao pagamento de R$ 5 mil por danos morais.

O trabalhador relatou que o assédio era praticado pelo supervisor, que o humilhava constantemente por estar acima do peso. O supervisor dizia que o funcionário precisava emagrecer ou não iria mais trabalhar.

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A empresa contestou as acusações, mas uma testemunha afirmou que "o supervisor, com frequência, constrangia o autor da ação em reuniões, referindo-se ao excesso de peso e dizendo que ele não poderia mais subir as escadas porque elas não suportariam o peso".

A juíza Natália Azevedo Sena, da 28ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte-MG, considerou a ofensa de natureza média. Ela condenou a empresa ao pagamento de R$ 7 mil. Na segunda instância, a sexta turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG) manteve a condenação, mas reduziu o valor para R$ 5 mil.

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Alimentos com alto teor de gordura, açúcar e conservantes, chamados de ultraprocessados, podem causar desequilíbrio energético e nutricional em crianças. Essa é a opinião da nutricionista Elenilma Barros, especialista em Gestão da Qualidade em Unidades Produtoras de Refeições pela Universidade Federal do Pará (UFPA), mestra em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia e docente da UNAMA - Universidade da Amazônia.

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Segundo a nutricionista, a introdução de alimentos ultraprocessados não deve ocorrer na primeira infância, ou pelo menos até os dois anos de idade. “A exposição de alimentos ultraprocessados na primeira infância pode dispor ao sobrepeso na fase adulta e à formação ruim do hábito alimentar. O alto teor de gordura, açúcar e conservantes pode desequilibrar o balanço energético dessa criança”, afirma Elenilma.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), é importante que o aleitamento materno seja exclusivo até o sexto mês de vida e que possa ser complementado a partir dos seis meses com alimentos naturais. “O padrão alimentar da família é referência primária para a criança. É importante que ela participe do consumo alimentar junto com os integrantes. O responsável deve se preocupar com o alimento que consome, pois isso serve de exemplo para a criança”, destaca a nutricionista.

Anna Paula Dias, 32 anos, mãe do Pedro Henrique, diz que oferece de tudo ao filho de 5 anos, mas a preferência de Pedro é por frutas e sucos. “Sempre ofereci fruta, mas também oferecia outras coisas. O gosto dele é não ser chegado em bolachas recheadas e doces. Pedro prefere fruta como sobremesa e ama salada”, afirma.

Nas últimas décadas, mudanças nos hábitos alimentares da população brasileira provocaram a substituição de alimentos caseiros e in natura (obtidos diretamente de plantas ou de animais) por alimentos processados e ultraprocessados, com alta quantidade de gordura, açúcar ou sódio e pouca fibra, além de passarem por diversas etapas de processamento e adição de muitos ingredientes para aumentar a durabilidade e palatabilidade.

A mudança na alimentação é uma das principais causas da atual pandemia de obesidade e de doenças crônicas. Estima-se que o número de crianças e adolescentes de até 17 anos com sobrepeso aumentou em dez vezes no mundo - somente no Brasil, o Ministério da Saúde do Brasil aponta que a obesidade atinge 13% dos meninos e 10% das meninas nessa faixa etária.

Para a nutricionista oncologista Kelly Oliveira, a obesidade é um problema mundial a partir do momento que é perceptível que atinge adultos e crianças. “O sobrepeso pode ser evitado com a prática de exercícios físicos, brincadeiras saudáveis que deixem a criança fisicamente ativa e com a influência da família, ajudando na construção de um paladar saudável”, completa.

 

As dificuldades de acesso à informação nas famílias com situação econômica desfavorável têm relação com o excesso de peso na adolescência, aponta a dissertação "Prevalência e fatores associados ao excesso de peso em adolescentes de uma comunidade de baixa renda" da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Foram objetos de estudo os jovens da comunidade dos Coelhos, na região central do Recife.

A pesquisadora Lizelda Maria de Araújo Barbosa, do Programa de Pós Graduação em Nutrição, autora da pesquisa, destaca outros fatores de base socioeconômica que contribuem para o fenômeno do excesso de peso, entre eles a dificuldade do acesso a alimentos saudáveis e a um bom serviço de saúde. Quando somadas as mudanças comportamentais trazidas pela adolescência a uma condição financeira desfavorável haveria uma situação de risco para o desenvolvimento do quadro de excesso de peso na adolescência.

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Para a pesquisadora, ter internet residencial parece refletir em uma melhor condição financeira, maior acesso às oportunidades sociais e a um fator de proteção à ocorrência de excesso de peso. "Essas associações reafirmam a natureza multifatorial da obesidade e revelam para a sociedade o impacto que os fatores socioeconômicos podem exercer na determinação do excesso de peso em adolescentes que vivem em comunidades de baixa renda", analisa ela", diz Lizelda.

Números

O estudo constatou que 36,4% dos adolescentes da comunidade dos Coelhos tinham peso acima do recomendável, sendo 20,4% na escala de sobrepeso e 16% com obesidade. Quando avaliado por sexo, foi observada uma maior prevalência de excesso de peso entre as adolescentes do sexo feminino (42,5%) do que entre o sexo masculino (28,6%).

"As comunidades semelhantes à que foi estudada geralmente abrigam famílias que vivem sob condições socioeconômicas e ambientais precárias e, consequentemente, esperava-se que elas apresentassem situações fundamentalmente desfavoráveis, incluindo especificamente a prevalência de agravos carenciais, como a desnutrição energético-proteica. Entretanto, a prevalência de desnutrição encontrada foi de 3,6%, enquanto a de excesso de peso na população total foi cerca de dez vezes maior", aponta Lizelda. Participaram do estudo 225 adolescentes com idade média de 14 anos, sendo 98 do sexo masculino e 127 do sexo feminino.

Com informações da assessoria

Uma nova série da Netflix, "Insatiable", foi acusada de debochar de pessoas com sobrepeso e uma petição para que seu lançamento seja cancelado recebeu nesta terça-feira (24) mais de 120.000 assinaturas.

A série, com estreia prevista para o dia 10 de agosto e protagonizadas Alyssa Milano e Debby Ryan, apresenta uma adolescente obesa, alvo de bullying por seus colegas de turma. Depois de conseguir ficar magra, ela sonha com um objetivo: conseguir se vingar.

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A petição diz que a série estimula mulheres jovens a "julgar seu valor a partir de seus corpos" e "perpetuar não somente a toxicidade da cultura das dietas como também a objetificação do corpo feminino".

"Ainda estamos em tempo de conseguir cancelar esta série que joga com as inseguranças das meninas que acham que para serem felizes e valiosas têm que perder peso".

Debby Ryan defendeu a série em sua conta do Instagram.

"Como alguém que se importa profundamente com a forma como nossos corpos, especialmente os das mulheres, são humilhados e policiados na sociedade, eu estava tão empolgada em trabalhar no Insatiable porque é uma série que aborda e confronta essas ideias através da sátira", escreveu Ryan.

A intenção da série, opinou, é "apontar para os que assediam e dizer 'isso não é certo'".

Sua personagem "sofre uma transformação física, mas isso não a faz feliz. Não fazemos isso para que sintam vergonha do sobrepeso. Queremos mostrar os prejudiciais e inadequados sistemas que equiparam a magreza ao valor", continua, pedindo para que assistam a série antes de julgá-la.

Procurados pela AFP, os porta-vozes da Netflix ainda não comentaram o caso.

A empresa se envolveu em uma polêmica há alguns meses por outra de suas series, "13 Reasons Why", acusada de incentivar o suicídio em adolescentes.

Pacientes com sobrepeso ou obesidade moderada (IMC acima de 30) poderão tratar o excesso de peso com uma nova técnica de redução de estômago aprovada recentemente no Brasil: a gastroplastia endoscópica, procedimento realizado via endoscopia, de forma menos invasiva, sem cortes, que reduz o tamanho do estômago para cerca de 60%, promovendo a saciedade. A perda de peso estimada no período de um ano é de 20% a 25% do peso original.

A técnica foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em novembro e, por enquanto, os procedimentos são realizados apenas pela Faculdade de Medicina do ABC, por meio de um protocolo de pesquisa aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), vinculada ao Ministério da Saúde, sob coordenação dos endoscopistas Eduardo Grecco e Manoel Galvão Neto - responsável pelo desenvolvimento da técnica.

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O protocolo permite que a cirurgia seja feita em 30 pacientes - 8 já foram operados. A ideia é expandir ainda mais o protocolo, para que mais pacientes sejam beneficiados. Enquanto isso não acontece, Galvão Neto percorre o mundo treinando médicos para o uso da técnica, enquanto Grecco comanda os procedimentos no Brasil. No mundo todo, mais de 3 mil procedimentos já foram realizados em cinco anos, 300 deles pelo grupo de Galvão Neto.

Ao contrário da cirurgia bariátrica tradicional, indicada apenas para pacientes com IMC acima de 35 (associado à comorbidades), a gastroplastia endoscópica não é uma cirurgia propriamente dita, embora seja realizada em centro cirúrgico e com anestesia geral. Na nova técnica, um endoscópio flexível com uma câmera de alta resolução é inserido no paciente por meio da boca até chegar ao estômago. Uma agulha com um fio altamente resistente costura parte do órgão, diminuindo seu tamanho e o deixando em formato de tubo. "Dessa forma, o estômago fica mais restritivo e com menor complacência, ou seja, não consegue dilatar", explica Grecco.

De acordo com ele, o tempo de "cirurgia" é reduzido - cerca de 50 minutos, ante 2 horas no procedimento tradicional -, o que diminui os riscos de complicações no pós-operatório. Além disso, a recuperação é mais rápida, pois o paciente pode ir para a casa no mesmo dia e retomar as atividades normais em menos de uma semana. Na bariátrica convencional, o tempo de internação fica em torno de três dias e é necessário um repouso maior antes de retomar as atividades.

Primeiro brasileiro

O empresário Laurindo Gonçalves Cirqueira, de 57 anos, foi o primeiro brasileiro a se submeter ao procedimento, há um ano, dentro do protocolo de pesquisa. Ele soube que a faculdade estava selecionando voluntários e a filha o inscreveu. Na época, pesava 119 quilos e tinha obesidade de grau 1. Em um ano, o empresário perdeu 27 quilos (22,6% do peso original).

"Mesmo sabendo que eu seria o primeiro do Brasil, topei fazer o procedimento. Eu já tinha tentado todos os tipos de regime e não conseguia perder peso. Tomava remédios, fazia dietas, tomava chás, fazia de tudo e não conseguia emagrecer", diz Cirqueira. Além disso, o empresário conta que sentia muita dor nos joelhos e tinha de usar uma bengala para conseguir se movimentar. "Foi a melhor coisa que eu fiz na minha vida. Hoje, graças a Deus, voltei à minha vida normal, faço caminhada, frequento a academia. Não tive dor nenhuma no pós-operatório e a recuperação foi ótima."

Por se tratar de um procedimento novo no País, a gastroplastia endoscópica ainda não tem cobertura dos planos de saúde e será oferecida apenas para pagamento particular. Segundo Grecco, o procedimento todo gira em torno de R$ 40 mil. Vários médicos brasileiros já passaram pelo treinamento e aguardam a chegada dos equipamentos para poder começar a operar.

O cirurgião bariátrico e endoscopista Admar Concon Filho, de Valinhos, já passou pelo treinamento. "Esta é uma alternativa eficiente para pacientes que não têm indicação cirúrgica, mas já esgotaram outras possibilidades de tratamento. Existem muitos pacientes que querem fazer a cirurgia tradicional, mas não eram elegíveis. Já atendi cerca de 20 pessoas interessadas nessa técnica", afirma Concon.

Caetano Marchesini, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), diz que a gastroplastia endoscópica é uma técnica que vem complementar as opções existentes para o tratamento da redução de peso e não compete com a cirurgia bariátrica por apresentar resultados muito diferentes. "Esse procedimento se aproxima mais dos resultados do balão intragástrico e não da cirurgia."

Diferenças

Segundo Marchesini, a restrição alimentar promovida pela cirurgia bariátrica tradicional é muito maior do que na técnica por endoscopia porque na cirurgia parte do estômago é realmente separada, o que altera também hormônios ligados à fome e saciedade. "A perda de peso na cirurgia bariátrica gira em torno de 40%, enquanto na endoscópica é 25%", afirma.

Em nota, o Conselho Federal de Medicina (CFM) informou que a gastroplastia endoscópica ainda não consta do rol de procedimentos bariátricos reconhecidos pelo órgão. Informa ainda que, até o momento, não houve formalização de pedido para reconhecimento dessa técnica junto ao CFM e, por enquanto, o procedimento pode ser realizado apenas por meio de protocolos de pesquisa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No mundo todo, o sobrepeso e a obesidade já são responsáveis por mais mortes do que a desnutrição. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, no Brasil, o peso dos brasileiros vem aumentando nos últimos anos. Os problemas são encontrados com grande frequência, a partir dos 5 anos de idade, em todos os grupos de renda e em todas as regiões brasileiras.

Pensando na problemática, uma instituição de ensino da capital pernambucana está realizando uma saudável e divertida feirinha com seus alunos. O Colégio Casaforte  montou uma estrutura com barraquinhas onde as crianças podem ter contato com frutas, verduras e legumes e aprender sobre a importância de comer bem. Junto com as professoras, elas ajudaram a preparar as refeições.

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De acordo com a nutricionista da escola, Janusa Vasconcélos, os produtos vegetais devem ser apresentados ao bebê ainda na gestação, pois quanto mais novo é o sabor, maior a chance de rejeição. “Isto é um mecanismo de defesa e os pais precisam ter paciência e não podem desistir nas primeiras tentativas”, explica. Algumas pesquisas demonstram que, para aceitação de um novo sabor, é necessário reapresentá-lo de 10 a 50 vezes.

A nutricionista destaca, ainda, que não adianta insistir com os filhos para que eles consumam alimentos saudáveis se os pais não dão o exemplo. Também devem estar atentos ao risco da fome oculta, uma síndrome decorrente da alimentação desequilibrada e sem variedade, caracterizada pela deficiência no aporte vitamínico e mineral. “A função das vitaminas e minerais no organismo é a de regular o funcionamento, agindo como fatores determinantes no metabolismo humano. Sua falta provoca desordens metabólicas que podem evoluir para doenças crônicas, como a obesidade”, alerta a profissional, que completa: “Quanto mais monótona é a refeição de qualquer indivíduo, maior a chance de se ter deficiência nutricional. Assim, quanto mais variada e de qualidade é a refeição, maior o aporte nutricional”.

Com informações de assessoria

Uma portaria que cria a Linha de Cuidados Prioritários do Sobrepeso e da Obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS) foi assinada nesta terça-feira (19) pelo Ministro da Saúde Alexandre Padilha. Dados do Ministério da Saúde (MS) revelam que o SUS gasta, por ano, R$ 488 milhões com o tratamento dessas doenças associadas à obesidade e mais R$ 116 milhões são utilizados para cuidar de pacientes com obesidade grave.

A nova linha definirá como será o cuidado, desde a orientação e apoio à mudança de hábitos até os critérios rigorosos para a realização da cirurgia bariátrica, último recurso para atingir a perda de peso. A obesidade é um fator de risco para a saúde e tem forte relação com altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de pré-diabetes. 

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De acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada em 2011 pelo Ministério da Saúde, a proporção de pessoas acima do peso no Brasil avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.

A pesquisa do MS analisou, desde dados de internação até atendimento de média e alta complexidade relacionado ao tratamento da obesidade e de outras 26 doenças relacionadas (ver tabela), entre elas isquemias do coração, cânceres e diabetes. 

O ministro Alexandre Padilha destacou que a obesidade está mais presente na população com renda menor que três salários mínimos e com menos de oito anos de estudo. “Precisamos cuidar da qualidade de vida, oferecer novos caminhos, como alimentação adequada e atividade física. Se as pessoas com obesidade grave ficar no estado de obesidade, ela já terá melhor qualidade de saúde, poderá reconstruir seus hábitos de vida com uma situação diferente”, afirmou o ministro, explicando que o atendimento será de acordo com a realidade de cada pessoa.

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos revela que, além de aumentar o risco para doenças como diabetes tipo 2, cânceres e cardiopatias, a obesidade também é um fator de risco para a gengivite. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, 15,8% da população adulta é obesa e 48,5% têm sobrepeso. O que alarma também é a velocidade com que as crianças estão entrando na faixa de sobrepeso e obesidade, caracterizando uma epidemia.

De acordo com a coordenadora do estudo norte-americano, Charlene Krejci, o organismo de uma pessoa obesa produz citocinas sem parar. “As citocinas são proteínas com propriedades inflamatórias e podem lesar diretamente os tecidos gengivais, reduzindo o fluxo de sangue e resultando em doenças como a gengivite”. Explicou a especialista. 

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Entretanto, o especialista em periodontia Luis Fernando Bellasalma afirma que o estudo ainda não é conclusivo, e faz um alerta à população sobre a doença. “A gengivite geralmente é causada por falta de higiene apropriada e pode ser facilmente identificada quando há sangramento durante a escovação ou quando há presença de sangue nos alimentos que se está ingerindo”, concluiu.

O médico explicou também que a falta de regularidade na escovação, a não inclusão do fio dental durante a higiene bucal e o excesso de alimentos que se transformam em açúcar acabam favorecendo o aparecimento das placas bacterianas que liberam toxinas e irritam a gengiva. Bellasalma explica que se a gengivite não for tratada adequadamente, pode evoluir para um quadro mais severo e acabar comprometendo a sustentação dos dentes ao destruir o osso e o tecido conjuntivo que sustentam o sorriso. 

De autoria do vereador Almir Fernando (PCdoB), está em tramitação na Câmara Municipal do Recife o projeto de lei nº 113/2012 que tem a finalidade de implementar ações eficazes para a reeducação de peso no combate à obesidade adulta, infantil e mórbida da população recifense. A ideia é que o programa intitulado de ‘Combate à Obesidade e Sobrepeso’ fique sob a coordenação de um médico endocrinologista.

O projeto de lei será analisado pelas comissões permanentes e ficará à disposição dos vereadores da Casa José Mariano para receber possíveis emendas, antes de ser votado em plenário. O documento apresenta diretrizes da política de combate à obesidade, como a promoção e o desenvolvimento de programas, projetos e ações, de forma intersetorial, que efetivem no município o direito humano universal à alimentação e nutrição adequada; como também a adoção de medidas voltadas ao atendimento de médicos endocrinologistas e nutricionistas em ambulatórios e hospitais municipais da cidade.

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No documento, o vereador sugere que seja firmado um convênio ou parceria com as faculdades de Nutrição, Enfermagem, Fisioterapia, Educação Física, Psicologia, entre outras, em conjunto com os ambulatórios do município para montar serviços direcionados ao atendimento a pacientes. As parcerias preveem a obrigação de contratação de novos profissionais por parte da Prefeitura do Recife que deverá oferecer oportunidades aos universitários (sob-responsabilidade dos chefes dos serviços enriquecendo o currículo de cada aluno e preparando-o para o futuro), como descreve parte do documento proposto.

“A obesidade é mais do que um problema com a aparência; é um perigo para a saúde. O SUS não está atendendo à demanda necessária, pois está sobrecarregado com pacientes migrados de planos de saúde. Por isso, se fazem necessárias parcerias ou convênios em prol de amplo e melhor atendimento ao público alvo” justificou o vereador.

O programa de Combate à Obesidade e ao Sobrepeso também prevê formas de encaminhamento dos pacientes que forem obesos ou apresentam sobrepeso ao serviço de nutrição que funcionará sob forma de reuniões em grupo. Os encontros poderão ser estendidos para pacientes diabéticos, renais crônicos, hipertenso, cardiopatas, dentre outros.

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