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Serão 180 minutos para definir o novo dono das Américas. Uma noite em Buenos Aires, na mítica La Bombonera, e a decisão em São Paulo, no estádio Pacaembu. Entretanto, antes disso, Boca Juniors e Corinthians traçaram um longo caminho até chegarem à final da Libertadores 2012.

OS CAMINHOS

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Os Xeneizes conseguiram a vaga com o título do Campeonato Argentino do ano passado. Na fase inicial um grupo tranquilo. A disputa era apenas pela liderança, contra o Fluminense. O time carioca levou a melhor, ficando em primeiro e vencendo por 2x1 em plena Bombonera. Porém, mesmo que emblemática, a resposta hermana foi bem maior. Vitória do Boca por 2x0 no Engenhão e um recado: o “gigante acordou”.

Foi assim nas oitavas, quando venceu os dois confrontos contra o Unión Española (2x1 e 3x2), e também quando reencontrou o Fluminense. Capitaneado pelo craque Juan Román Riquelme e com o gol salvador do uruguaio Santiago Silva, empatou por 1x1 no Rio de Janeiro após vencer por 1x0 em Buenos Aires, e carimbou a passagem para a semifinal.

O espírito argentino estava mais vivo que nunca. E, mais que isso, o estilo copeiro entrava em campo. O confronto com a sensação da América, o Universidad de Chile foi sacramentada ainda na Bombonera: 2x0. Na volta, a catimba dominou. Mais um empate, dessa vez por 0x0, e vaga na decisão.

Já o Timão chegou à Libertadores 2012 após conquistar o Brasileirão. O grupo do “Bando de Loucos” era um pouco mais equilibrado, mas a equipe comandada por Tite não sentiu dificuldades. Liderança, invencibilidade, melhor defesa e melhor ataque da primeira fase. Ou seja, a vantagem de jogar até a final dentro de casa estava construída. Os adversários foram Cruz Azul, Nacional e Deportivo Táchira.

E essa vantagem foi decisiva na reta final. Nas oitavas, o Corinthians empatou em 0x0 com o Emelec fora e passeou no Pacaembu: 3x0. No encontro com o Vasco, pelas quartas de final, novo 0x0 no Rio de Janeiro e vitória simples em São Paulo. Chegava assim pela primeira vez em na história à semifinal da Libertadores.

No caminho, o atual campeão da América e um dos maiores rivais. O Santos de Neymar também esbarrou no Corinthians. E, dessa vez, com autoridade também longe dos domínios. 1x0 na Vila Belmiro e 1x1 no Pacaembu. Segue vivo o sonho de um time com perfil de campeão. Porém, com um adversário com história de campeão.

NÚMEROS

Boca Juniors

Títulos: 6 (1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007)

Corinthians

Títulos: 0

DESTAQUE

Boca Juniors

Grupo forte, mas com brilho individual. Aposta no estilo copeiro e na força da La Bambonera para abrir vantagem na primeira partida e colocar em prática a catimba argentina na decisão no Pacaembu. Tem no meia Juan Román Riquelme, tricampeão da Libertadores, a principal esperança.

Corinthians

Melhor defesa da história da Libertadores. Apenas três gols sofridos até o momento e um sistema sólido. O volante Paulinho, o meia Danilo e o atacante Emerson assumiram o papel (e a responsabilidade) para definir as partidas. Tem mais elenco, menos brilhantismo individual.  O fanatismo da torcida também impressiona e decidir no Pacaembu pode fazer a diferença.

Ficha do jogo

Estádio La Bombonera, em Buenos Aires - Argentina 

BOCA JUNIORS: Orion; Roncaglia, Caruzzo, Schiavi e Clemente Rodríguez; Ledesma, Somoza, Erviti e Riquelme; Pablo Mouche e Santiago Silva 

Técnico: Julio César Falcioni

CORINTHIANS: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Paulinho, Ralf e Alex; Jorge Henrique, Emerson e Danilo 

Técnico: Tite

Horário: 21h50

Árbitro: Enrique Osses (CHI) 

Assistentes: Francisco Mondria (CHI) e Carlos Astroza (CHI)

Boca Juniors e Corinthians se enfrentam nesta quarta (27), às 21h50, na Bombonera, em Buenos Aires, na primeira partida da decisão da Taça Libertadores. Será a décima final do time argentino (ganhou seis) e a primeira da equipe brasileira. O jogo de volta acontece na semana que vem, no Pacaembu, em São Paulo. Nas semifinais, o Boca eliminou a Universidad de Chile, enquanto o Corinthians passou pelo Santos.

Além de ser campeão pela primeira vez, o Timão vai tentar diminuir a imensa desvantagem dos times brasileiros em finais contra argentinos. Até hoje, em 12 decisões, os hermanos levaram a melhor nove vezes e perderam apenas três. Só o Boca derrotou Cruzeiro (1977), Palmeiras (2000), Santos (2003) e Grêmio (2007). Os Xeneizes perderam o título apenas em 1963, diante do Santos de Pelé.

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Aliás, em 15 confrontos de mata-mata contra brasileiros pela Libertadores, o Boca só perdeu para o Santos e para o Fluminense, em 2008. Nos demais encontros, sempre foi o algoz dos brasucas.

Pelo lado do Corinthians, outra motivação é a invencibilidade. O Timão soma sete vitórias e cinco empates em 12 jogos realizados nesta edição da competição. Se for campeão sem perder do Boca, o alvinegro já atingir a marca de 14 jogos sem perder, uma das maiores sequências da história da competição.

Confira abaixo a lista das maiores invencibilidades da Libertadores:

Sporting Cristal (PER): 17 partidas

América de Cali (COL): 15 partidas

América (MEX), Cruzeiro, River Plate (ARG) e Newells Old Boys (ARG): 14 partidas

Boca Juniors (ARG), Colo-Colo (CHI), Flamengo, Once Caldas (COL) e Vasco: 13 partidas

Independiente (ARG), Blooming (BOL), Nacional (URU), Santos e Corinthians: 12 partidas

Os dados foram enviados pelo escritor e historiador José Renato Sátiro Santiago Júnior.   

 

Enquanto o técnico Julio Cesar Falcioni fazia, às portas fechadas, na manhã desta terça-feira, o acerto final na equipe para o primeiro jogo da decisão da Libertadores contra o Corinthians, funcionários do Boca Juniors cuidavam dos últimos preparativos para deixar a La Bombonera pronta para receber os brasileiros.

Sem a presença da imprensa (como é costume no clube em véspera de jogo), o Boca Juniors realizou a partir das 10h30 o seu último treino antes de encarar o time alvinegro. Os jogadores, que estão concentrados desde segunda-feira, chegaram de ônibus e não tiveram contato com os torcedores que o esperavam na porta do centro de treinamento.

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No mesmo horário, na La Bombonera, que fica ao lado do CT, um grupo de funcionários retocava a pintura de parte das arquibancadas enquanto outro cuidava do gramado sob os olhares curiosos de torcedores que buscavam atrás das grades de proteção às áreas de acesso às arquibancadas o melhor ângulo para ver o mítico estádio. Empresas patrocinadores da Libertadores descarregavam faixas, banners e outros materiais de divulgação de suas marcas.

Já no clima da final da Libertadores, as lojas nos arredores da La Bombonera tentavam faturar alto com a decisão. Artigos com o símbolo do Corinthians, como cachecóis, ficavam expostos na calçada. Uma loja, inclusive, vendia um chaveiro no formato do troféu da Libertadores com o escudo corintiano estampado a 25 pesos (cerca de R$ 12).

A circulação de cambistas também era grande. Um deles oferecia entradas para o setor destinado à torcida do Corinthians por 300 pesos (aproximadamente R$ 150) a um grupo de corintianos que está passando férias em Buenos Aires e foi visitar o museu do Boca. "O ingresso estava com jeito de ser falso. Achamos melhor não comprar", disse um rapaz que se identificou apenas como Roberto.

O Corinthians tem como um dos seus portos seguros na Libertadores a sua atuação diante da sua torcida no Pacaembu, onde conquistou cinco vitórias e um empate até aqui. Com o Boca Juniors não é diferente. Depois de estrear perdendo para o Fluminense, foram cinco vitórias seguidas na Bombonera. E os dois finalistas sofreram, em seis jogos, só um gol em suas respectivas casas.

Sabendo do perfil das duas equipes, Tite recomendaria ao Boca Juniors partir para cima do Corinthians no jogo desta quarta-feira, em Buenos Aires, na primeira partida da decisão da Libertadores. "Nesses momentos, o que eu vejo, é não modificar o que o que se fez até agora. Não deixar de fazer, ou melhor, fazer o que fez até agora. Eu agrediria o Corinthians", disse o treinador, nesta terça-feira, quando perguntado que conselhos daria para o técnico do Boca, Julio Cesar Falcioni.

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Tite sabe da força do Boca Juniors na sua casa - e fora dela -, tanto que o discurso de respeito ao time argentino esteve presente em toda a entrevista coletiva do treinador nesta terça. Ele, porém, reforça que o Corinthians é um time que não deve nada aos argentinos.

"Boca sempre é Boca, com sua tradição, força, estilo e grandeza da Bombonera, com todo respeito. Mas o Corinthians também chegou com merecimento e chegaram à final as duas equipes mais fortes. Esse time está quase há dois anos junto, aprendendo no erro e chegando forte", destacou o treinador, que está no Corinthians desde o segundo semestre de 2010.

Ao falar da fama de retranqueiro que tem o seu time, Tite lembrou que a equipe também marca gols. São 19 até aqui na Libertadores, contra três sofridos em 12 jogos. O Boca marcou um gol a menos, mas sofreu quatro a mais.

"Quem é o melhor saldo? Isso mostra uma equipe equilibrada. Não importa os poucos gols que ela faz, importa o equilibro com saldo de gols. O setor defensivo também participação. Para construir um gol precisa de 20 pernas e duas mãos", explicou Tite.

Com relação à Bombonera, forte arma do Boca na decisão, Tite pregou cautela, mas comparou o local à Vila Belmiro, de onde o Corinthians voltou com uma vitória na semifinal. "O estádio tem uma mística especial, ecoa, fica próximo do torcedor, mas a essência é ficar focado no jogo, no passe, no domínio. Lá no Pacaembu é assim também, na Vila Belmiro assim", destacou o técnico corintiano.

A "invasão" corintiana a Buenos Aires já começou, com promessa mais de cinco mil torcedores na cidade. E o sofrimento na busca por um ingresso também. Cerca de 20 torcedores da Gaviões da Fiel estão na porta do hotel onde o Corinthians está hospedado na esperança de conseguir uma entrada para a partida desta quarta-feira, diante do Boca Juniors.

Eles chegaram à capital argentina na segunda-feira e dormiram no aeroporto de Ezeiza. Vieram com o intuito de achar entradas com a direção do clube e agora partirão para o plano B, atrás de ingressos destinados à torcida boquense.

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"Vamos procurar uma agência, alguém que tenha, não podemos perder esse jogo. Vamos mostrar nossa força aqui na Argentina", bradava um deles, sem querer se identificar. Taxistas estão fazendo a intermediação entre cambistas e com torcedores e promete trazer o sonhado bilhete à tarde, sem informar o preço.

Se uns se escondem, outros não viram problema em dizer o nome e revelar o que acontecerá entre esta tarde a quarta-feira. "Vão vir cinco mil corintianos para cá, mesmo com o Boca nos dando apenas 2.450. Estamos todos pegando ingressos do Boca, nem aí, vamos ver de casaco e com a camisa do clube por baixo", afirmou Marcelo Gilberto paixão, de 37 anos, que desembolsou cerca de R$ 500 pela internet e já está "garantido" em La Bombonera.

Por isso, até exagera ao falar do jogo. "Vai ser a terceira invasão do Corinthians, como em 1976 (semifinal do Brasileiro, no Maracanã) e 2000 (decisão do Mundial, também no Rio).

Ficar no aeroporto foi a maneira encontrada para economizar dinheiro da estadia e poder "investir" com cambistas, casos de Everton Carvalho, Rafael e Eduardo Sanchez, Jefferson Motta e Daniel Pereira.

A caravana da Gaviões da Fiel deixou São Paulo na segunda-feira à noite com vários aventureiros que buscarão sua entrada em Buenos Aires.

Terminam hoje as quartas de final da Copa Libertadores da América sub-20 e os dois brasileiros que disputam a competição estarão em campo na noite desta terça-feira (26). O Corinthians enfrenta o Cerro Porteño e o América/MG encara o River Plate. O cruzamento das chaves prevê o encontro de Timão e Coelho nas semifinais se ambos ganharem os confrontos.

A outra semifinal já está definida. A Unión Española, do Chile, eliminou o Alianza Lima, do Peru, e vai encontrar o Defensor Sporting, do Uruguai, que passou pelo Universitario, do Peru. Ambas as partidas foram decididas nos pênaltis.

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Histórico

A competição foi disputada pela primeira vez no ano passado, com 12 equipes, de onze países diferentes. O Peru, que foi o país-sede, teve direito a dois clubes, enquanto os demais países tiveram apenas um representante. O Flamengo, então campeão da Copa São Paulo, foi o representante brasileiro.

Em 2012, o Brasil tem dois representantes. O Corinthians conquistou a vaga por ter sido campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, enquanto o América/MG está na competição, pois foi campeão do Campeonato Brasileiro da categoria, disputado em dezembro do ano passado.

O atacante Romarinho tem motivos de sobra para comemorar sua estreia como titular com a camisa do Corinthians. Com dois golaços, ele foi o grande responsável pela vitória deste domingo, por 2 a 1, no clássico contra o Palmeiras, de virada, no Estádio do Pacaembu, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.

Após o duelo, ele comemorou especialmente o primeiro gol da partida, quando marcou de letra. "Foi o mais bonito da minha carreira", afirmou. "Fico feliz com minha estreia como titular, essa é a minha cara", comentou o jovem jogador, que foi contratado depois de disputar um bom Campeonato Paulista pelo Bragantino.

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Outro com motivos para festejar neste domingo foi o zagueiro Paulo André, que retornou aos gramados. Desde janeiro sem jogar com a camisa do Corinthians por causa de uma cirurgia no joelho direito, ele voltou à equipe e foi um dos melhores em campo. "Foi um bom duelo. Estou bem, consegui ajudar a equipe e agora só falta pegar ritmo de jogo", avaliou.

De acordo com o zagueiro, a vitória no clássico vai trazer mais motivação para o Corinthians na partida da próxima quarta-feira, quando a equipe fará a primeira final da Copa Libertadores, contra o Boca Juniors, em Buenos Aires. "A virada dá mais moral e confiança para o jogo na Argentina. Principalmente para o pessoal que está no banco, que, se precisar, sabe que vai conseguir ajudar", destacou.

O meia Douglas concordou com o companheiro de elenco e também destacou a importância do resultado. "Essa vitória representa muita coisa. Dá motivação para todos do grupo, ainda mais em um clássico e contra o maior rival", afirmou, lembrando que da dificuldade para a equipe reserva do Corinthians sem uma sequência de jogos. "É difícil atuar sem entrosamento, mas hoje (domingo) nos superamos. Estão todos de parabéns", disse.

O Corinthians conseguiu sua primeira vitória na Série A do Campeonato Brasileiro. E o triunfo teve um sabor especial, já que foi em cima do rival Palmeiras. O Timão venceu por 2x1, de virada. O herói do jogo foi Romarinho, autor de dois gols. Mazinho tinha aberto o placar para os palmeirenses. O Corinthians chegou aos quatro pontos, mas ainda está na zona de rebaixamento, assim como Palmeiras, que tem apenas dois pontos.

Já o Grêmio bateu o Flamengo por 2x0, no Olímipico, gols de Marcelo Moreno e Werley. Os gremistas chegaram aos 12 pontos, enquanto o Flamengo tem apenas nove. Figueirense e Bahia ficaram no 1x1. Os catarinenses têm sete pontos, um a mais do que os baianos.

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O Corinthians venceu o Palmeiras por 2 a 1, de virada, neste domingo, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Com dois lindos gols do jovem atacante Romarinho, a equipe reserva alvinegra conseguiu sair da lanterna da competição e alcançou seu primeiro triunfo nesta edição da competição justamente contra seu arquirrival histórico. O time palmeirense, que saiu na frente do marcador com o atacante Mazinho, continua sem vencer no campeonato. Ambas as equipes continuam, porém, na zona de rebaixamento, o Corinthians com quatro pontos e o alviverde com dois.

O clássico mais tradicional e de maior rivalidade do futebol paulista era forte candidato a ficar em segundo plano, já que ambas as equipes estão preocupadas com suas respectivas decisões da Copa Libertadores da América e com a Copa do Brasil. O Corinthians, que joga a primeira partida da final do torneio continental contra o Boca Juniors, na próxima quarta-feira, entrou em campo com sua equipe reserva. Romarinho, por sinal, havia dito durante a semana que uma boa atuação contra o arquirrival poderia fazer, no mínimo, que ele tivesse presença garantida na delegação corintiana para Buenos Aires.

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O Palmeiras, que está na final da competição nacional com o Coritiba, ameaçou entrar com uma equipe mista, mas o técnico Luiz Felipe Scolari surpreendeu, escalando boa parte dos jogadores que eliminaram o Grêmio na quinta-feira passada. A assessoria de imprensa do alviverde havia informado, por exemplo, que o centroavante Barcos e o lateral-direito Cicinho não estavam relacionados para o clássico, mas ambos entraram em campo.

Os desfalques mais importantes do alviverde foram o zagueiro Thiago Heleno e o volante Marcos Assunção, substituídos, respectivamente, por Leandro Amaro e Márcio Araújo. O meia chileno Valdivia, decisivo na semifinal da Copa do Brasil, começou a partida no banco.

O JOGO - O primeiro tempo teve poucos lances agudos de ataque, mas foi bastante movimentado, apesar da expectativa de uma partida morna. Logo no primeiro lance de ataque do Palmeiras, a equipe abriu o placar. Aos 3 minutos de jogo, Cicinho entrou pela direita e cruzou a bola em cima do centroavante Barcos. Ela sobrou na entrada da entrada da grande área para o volante João Vítor, que chutou torto para o gol. Bem colocado na pequena área, o atacante Mazinho não desperdiçou e mandou a bola para o fundo das redes: 1 a 0.

Em vez de trazer nervosismo para a equipe corintiana, o gol alviverde fez com que os jogadores do time do Parque São Jorge pressionassem constantemente, com bolas que eram rebatidas pela defesa rival.

Aos 15 minutos, depois de a defesa do Palmeiras afastar o perigo, a bola sobrou para o atacante Liedson, praticamente sem marcação. Após ele emendar uma linda bicicleta, a bola acertou a trave e caprichosamente atravessou a linha do gol, para alívio da torcida palmeirense.

A pressão corintiana era grande e, aos 22, o goleiro Bruno fez uma importante defesa. Ele rebateu para a linha de fundo um chute forte do lateral Weldinho que tinha como certa a direção do gol.

O Palmeiras tentou equilibrar as ações, mas o Corinthians empatou a partida em uma bela jogada, aos 33. Willian tocou a bola pela direita para Liedson, que cruzou rasteiro para a pequena área. A bola encontrou Romarinho, que tocou de letra e mandou para o fundo das redes.

O primeiro tempo seguiu movimentado, mas sem outros lances perigosos de gol. Antes mesmo do término da etapa, Luiz Felipe Scolari já havia colocado o meia Valdivia para aquecer. Na volta para o segundo tempo, ele não só colocou o chileno no lugar de Daniel Carvalho, como tirou o zagueiro Leandro Amaro para a entrada do atacante Maikon Leite.

Mesmo com a ousadia de Felipão, o Corinthians continuou mais agressivo nos primeiros minutos da segunda etapa. Aos 10 minutos, novamente Romarinho levou a torcida alvinegra ao delírio com mais um golaço. Ele pegou a bola na grande área, deu um drible desconcertante em cima do lateral Cicinho e mandou um belo chute ao gol, sem chances para o goleiro Bruno, virando o placar para 2 a 1.

Depois do gol de desempate e com as mudanças promovidas pelo técnico, o Palmeiras começou a tentar modificar o cenário da partida com maior domínio de bola e jogadas de ataque esporádicas. Aos 23 minutos, o centroavante argentino Barcos arriscou um chute forte, que levou perigo ao gol de Júlio César, mas tocou no lado de fora das redes. Aos 26, o goleiro corintiano foi obrigado a praticar difícil defesa, depois de um outro chute forte, desta vez de Maikon Leite.

Aos 33, o Corinthians quase ampliou o placar depois de um lance rápido do centroavante Liedson. Ele arrancou pelo lado esquerdo do campo e disparou para o gol, obrigando o goleiro Bruno a espalmar para fora.

O jogo continuou movimentado, mas com poucas oportunidades claras de gol. O Palmeiras não mostrava o mesmo ímpeto dos jogos da Copa do Brasil. Aos 44, ainda teve uma boa oportunidade com Maikon Leite para empatar. Ele disparou pela direita e obrigou Júlio César a se esticar todo, desviando a bola pela linha de fundo. Aos 48, o Corinthians quase fez o terceiro, depois de um bom chute de William Arão, com a bola sendo afastada por Bruno.

Enquanto o Corinthians faz o primeiro jogo da final da Libertadores contra o Boca na próxima quarta-feira, em Buenos Aires, o Palmeiras voltará a campo apenas no próximo domingo, contra o Figueirense, em Barueri, pela sétima rodada do Brasileirão.

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 2 X 1 PALMEIRAS

CORINTHIANS - Julio Cesar, Weldinho, Paulo André, Wallace e Ramon (Felipe); Marquinhos, Willian Arão e Douglas; Romarinho (Adilson), Liedson e Willian (Gilsinho). Técnico: Tite.

PALMEIRAS - Bruno, Cicinho, Maurício Ramos, Leandro Amaro (Maikon Leite) e Juninho (Fernandinho); Henrique, Márcio Araújo, João Vitor e Daniel Carvalho (Valdivia); Mazinho e Barcos. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

GOLS - Mazinho, aos 3 minutos, e Romarinho, aos 33 do primeiro tempo e aos 10 do segundo.

ÁRBITRO - Luiz Flávio de Oliveira.

CARTÕES AMARELOS - João Vítor, Valdivia, Cicinho, Douglas, Liedson e Márcio Araújo.

RENDA E PÚBLICO: Não disponíveis.

LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP).

A diretoria do Corinthians faz um apelo para que seu torcedor não vá a Buenos Aires sem ingresso para a decisão da Copa Libertadores com o Boca Juniors. O clube soltou um comunicado na manhã deste domingo informando seus torcedores que não haverá a venda de bilhetes na Argentina para o jogo da quarta-feira, às 21h50.

Muitos corintianos estavam adquirindo passagens à cidade vizinha confiantes de que conseguiriam adquirir um entrada do jogo de quarta-feira por lá, o que não será possível. O clube só conseguiu obter 2.450 ingressos para os brasileiros.

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Trata-se da mesma quantidade que o Corinthians vai liberar para os argentinos no jogo de volta (capacidade do setor de visitantes no Pacaembu), já que a Polícia Militar não aceitou abrir uma parte do tobogã, por segurança, aos argentinos. Por consequência, o Boca, mesmo com maior capacidade para visitantes, liberou a mesma quantidade para o confronto da ida.

A direção corintiana até tentou ocupar os 4,5 mil lugares destinados aos visitantes em La Bombonera, mas os dirigentes do Boa Juniors só aceitariam ceder todos esses bilhetes se recebessem o mesmo no Pacaembu.

Quem quiser acompanhar o time terá de comprar um pacote pela agência de turismo oficial do clube, a Vai Corinthians, que está com fila de espera de mais de 11 mil pessoas, ou com as caravanas das torcidas organizadas.

De um lado, o Corinthians com a cabeça na final da Libertadores. Do outro, o Palmeiras pensando na decisão da Copa do Brasil. O clássico de maior rivalidade do futebol paulista, que já teve batalhas épicas, disputas de títulos e até episódios quentes, estará esvaziado neste domingo, a partir das 16 horas, no Pacaembu, porque os dois times deixam o Brasileirão em segundo plano neste momento.

Os eternos rivais entram na sexta rodada do Brasileirão ocupando a zona de rebaixamento e ainda em busca da primeira vitória. O Corinthians é o lanterna com apenas um ponto, enquanto o Palmeiras soma dois. Mesmo assim, ambos vão poupar titulares neste domingo, já que estão mais preocupados com as decisões que terão pela frente nos próximos dias, seja na Libertadores ou seja na Copa do Brasil.

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Novamente com a sua escalação reserva, já acostumada a perder neste Brasileirão, mas reforçada pela volta de Paulo André na defesa e Liedson ao ataque, o técnico Tite espera conseguir a recuperação neste domingo. "Vamos brigar para colocar o Corinthians onde ele merece, que é na parte de cima da tabela. Confio nessa equipe e está na hora de vencermos", afirmou o comandante corintiano.

A escalação dos reservas tem total apoio da direção, o que tranquiliza Tite em caso de nova derrota. "Se eles disserem que é para pôr força máxima, todos jogam", chegou a brincar o treinador, sobre a rivalidade histórica entre os clubes, que desta vez será deixada de lado por metas maiores. Assim, o Corinthians não terá um único titular em campo no clássico deste domingo no Pacaembu.

O Palmeiras, por sua vez, deve poupar apenas alguns titulares no clássico, como o atacante Barcos, que sequer foi relacionado por Felipão e será poupado por causa do cansaço provocado pela sequência de jogos que vem disputando. O treinador explica que têm jogadores muito desgastados no elenco, como Thiago Heleno e Marcos Assunção. Mas também pode escalar outra peças importantes da equipe, como Henrique e Mazinho, já que a final da Copa do Brasil, contra o Coritiba, só vai começar no dia 5 de julho - na Libertadores, a decisão inicia na quarta-feira.

Mas, independentemente do resultado do clássico deste domingo, Felipão já está satisfeito com seus jogadores por terem chegado à final da Copa do Brasil. "Quando eu vim em 2010, a intenção era melhorar o time e disputar títulos. E só consegui isso agora. O resto não andava como eu esperava. Alguma melhora vem acontecendo no nosso time e temos que parabenizar os jogadores", afirmou o treinador.

A final da Libertadores será entre Corinthians e Boca Juniors, da Argentina, que possui 6 títulos do campeonato. O time brasileiro disputa pela primeira vez uma final, por esse motivo, o diário esportivo argentino Olé resolveu questionar em sua edição "O que é o Corinthians?"

A publicação argentina tratou de apresentar aos torcedores do Boca a equipe de São Paulo. O Corinthians foi descrito como o "único time que não perdeu um só jogo dos 12 disputados e apenas sofreu um gol como mandante". Além disso, o jornal destacou a péssima campanha corintiana no Campeonato Brasileiro, em que marcaram apenas um ponto em 5 jogos.

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A edição lembrou ainda a única partida entre o Boca e o Corinthians pela Libertadores. Em 1991, o time argentino eliminou o Timão nas oitavas de final do torneio, após uma vitória por 3 a 1 em La Bombonera e um empate por 1 a 1 no Morumbi.

Pela Copa Mercosul de 2000, nova classificação do Boca, que fez 3 a 0 em casa e segurou um 2 a 2 no Pacaembu. Depois de lembrar o histórico do confronto, a reportagem terminou com uma pergunta provocadora: "Que resultado você imagina agora?”.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta sexta-feira (22) que a partida entre Sport e Corinthians, válida pela 8ª rodada do Brasileirão 2012, terá sua data modificada. Isso porque o Timão disputa a final da Copa Libertadores da América e, por isso, solicitou que a entidade adiasse o confronto, alegando cansaço devido a sequência dos jogos. A partida estava prevista para acontecer no dia 8 de julho.

Além de Sport x Corinthians, a CBF modificou também a data do duelo entre Corinthians e Botafogo, que aconteceria no dia 30 de junho. Agora, a 7ª rodada para os dois times será realizada apenas no dia 11 de julho. Já a partida entre o Leão e o Timão ainda não teve nova data definida.

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A informação partiu do próprio presidente da CBF, José Maria Marin, durante visita ao Centro de Treinamento Joaquim Grava. “O Corinthians hoje representa o Brasil, eu acho que é obrigação da CBF dar todo o apoio a essa agremiação brasileira, se no passado já houve esse precedente, eu não vou mudar. Temos que atender o interesse do futebol brasileiro”, explicou o dirigente.

O Boca Juniors será o adversário do Corinthians na final da Copa Libertadores 2012. Nesta quinta-feira, o time argentino visitou a Universidad de Chile em Santiago, empatou em 0 a 0, e avançou à sua décima decisão continental. No jogo de ida, em Buenos Aires, os donos da casa haviam vencido por 2 a 0.

Contra o Corinthians, o Boca vai tentar realizar um sonho antigo: se igualar ao Independente como maior campeão da história da Libertadores. O time de Riquelme tem seis conquistas, a última delas em 2007. Destas, quatro foram em finais contra brasileiros: Cruzeiro (1977), Palmeiras (2000), Santos (2003) e Grêmio (2007).

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Assim, o primeiro jogo da decisão da Libertadores será na próxima quarta-feira, na temida La Bombonera. A volta acontece uma semana depois, no Pacaembu. Por conta do regulamento, não há o critério de "gol fora" na decisão. Dois empates, por exemplo, independente por quais placares, levam o segundo jogo para a prorrogação.

O JOGO - Como o Boca Juniors não tinha medo de atacar e a Universidad de Chile precisava fazer pelo menos dois gols, a partida foi aberta em Santiago. No primeiro tempo, os argentinos foram mais perigosos e quase abriram o placar em dois lances.

Aos 7 minutos, Riquelme chutou de longe e acertou o travessão chileno. Aos 27, Mouche saiu na cara do goleiro Jhonny Herrera (ex-Corinthians), teve tempo de escolher o canto, mas chutou em cima do rival.

Na segunda etapa, o jogo ficou ainda melhor, com diversas chances para os dois lados. Os chilenos acertaram duas bolas na trave. Uma delas aos 16, com Díaz, outra aos 35, com Ruidíaz. Nos acréscimos, Cvitanich perdeu ótima chance de fazer o gol da vitória argentina.

Apenas cinco times foram campeões invictos da Copa Libertadores da América. Destes cinco, um conseguiu este feito por duas vezes. Trata-se do Estudiantes/ARG, que conquistou esta invencibilidade no bicampeonato de 1969/70. Antes dele, o Peñarol/URU também foi campeão invicto, no ano de 1960, e o Independiente/PAR em 1964. O último clube que conseguiu foi o Boca Juniors/ARG, em 1978. O único brasileiro que integra este hall, por enquanto, é o Santos de 1963.

O Corinthians pode ser o sexto clube a conseguir o título continental de maneira invicta, caso não perca na final, já que é a única equipe que permanece sem uma única derrota até agora na Libertadores 2012. Um fato valoriza mais a conquista corintiana, caso ela se concretize. Neste ano, o Timão terá disputado 14 jogos até o fim da competição, jogando mais partidas do que as outras equipes, que foram campeãs invictas no passado.

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O Estudiantes/ARG, por exemplo, nos dois anos em que conquistou o título de maneira invicta, só jogou oito vezes, sendo quatro partidas em cada ano. É bom lembrar que, naquela época, o campeão da Libertadores já entrava na semifinal da competição no ano seguinte. Por isto que o clube era campeão disputando apenas quatro partidas.

O Santos de 1963 também foi campeão jogando apenas quatro vezes. O Boca disputou seis partidas em 78, o Peñarol jogou sete vezes em 60 e o Independiente disputou oito partidas em 64.

Até a semifinal, na qual derrotou o Santos, na última quarta-feira (20), o Corinthians já fez 12 partidas, venceu sete e empatou as outras cinco. Para a decisão, o Timão aguarda o vencedor o duelo entre Boca Juniors e Universidad de Chile, que sairá na noite desta quinta-feira (21).

A direção do Corinthians não quer mais saber de perder pontos no Campeonato Brasileiro por causa da escalação da equipe reserva e entraria na manhã desta quinta-feira (21), na CBF, com um pedido formal para que os jogos contra Botafogo (dia 30, no Pacaembu, entre as duas decisões da Libertadores) e Sport (8 de julho, na Ilha do Retiro, logo após o confronto de volta) sejam adiados.

Os dirigentes também vão sugerir que o clássico deste domingo (24), diante do Palmeiras, siga o mesmo rumo, apesar de não acreditarem em mudança já que são necessários dez dias para a formalização de um pedido de adiamento. Ano passado, envolvido na fase decisiva da Libertadores, o Santos conseguiu o adiamento de quatro jogos, um deles contra o próprio Corinthians.

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"Tenham bom senso e transfiram os jogos. O Palmeiras vai jogar quinta (esta noite), menos de 72 horas para o clássico. Não dá nem tempo de recuperação. Não sei o resultado, mas vai que vá à final. Tem cara que tá demolido aqui. São duas equipes que estão chegando. Nós já na final. Por favor, comando do futebol", apelou o técnico Tite. "Depois um jogador estourar o joelho e claro que não dá tempo de recuperação".

E, se os dirigentes já acham complicado o adiamento do clássico por causa dos trâmites burocráticos e a legislação, Tite confia que isso possa ser resolvido. O Corinthians estuda até fazer a sugestão ao Palmeiras.

"Mais do que termos legais, tem de ter bom senso. Isso está acima do legal. Estamos chegando em final, torcedor vai compreender. Que possa ter encaminhamento", comentou. O Corinthians já fez três jogos no Nacional com seus reservas e perdeu todos: 1 a 0 para Fluminense e Ponte Preta e 2 a 0 para o Grêmio.

O Corinthians conquistou um resultado histórico nesta quarta-feira ao chegar a sua primeira final da Copa Libertadores. Ao fim do empate com o Santos, por 1 a 1, os jogadores corintianos não deixaram de comemorar o feito que deixarão seus nomes registrados na história do clube.

"Acho que a gente pode falar que colocou o nome de cada um na história do Corinthians. Chegamos pela primeira vez na final, mas a gente quer mais", avisou o zagueiro, que já pensa na decisão. "Quem vier pela frente, vamos jogar para conseguir essa vitória. Não podemos escolher".

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O goleiro Cássio e o meia Danilo, autor do gol que garantiu a classificação, fizeram coro com Castán. "Temos que marcar o nosso nome [na história]. Quanto ao adversário, a gente não tem que escolher", disse Danilo. "A gente não pode escolher o adversário. Quem vier, temos que tentar vencer", reforçou Cássio.

O meia Alex, por sua vez, destacou a evolução do time nesta Libertadores. "Este é o momento que todo mundo esperava. Vivemos tudo até chegar aqui com esta expectativa. A gente está cada vez mais pronto para uma decisão como essa. Fomos superando as etapas, enfrentando adversários cada vez mais difíceis. Esse filme tem cara de Libertadores".

Já Paulinho preferiu exaltar o grupo corintiano, deixando no ar uma alfinetada ao rival santista, que apostou suas fichas no talento de Neymar. "Não temos um craque. Temos um grupo forte".

O volante, porém, admitiu a necessidade de corrigir os erros do time antes da decisão. "Tem que ser diferente. No primeiro tempo, esperamos muito a equipe do Santos. Para a final, sabemos que temos que corrigir algumas coisas", afirmou, sem deixar de mostrar otimismo. "É importante decidir em casa, diante do torcedor. Mas vamos tentar fazer um bom resultado fora de casa".

O adversário do Corinthians na decisão sairá nesta quinta-feira. Boca Juniors e Universidad de Chile farão o segundo jogo do confronto, em Santiago. O tradicional time argentino entrará em campo em vantagem por ter vencido a partida de ida por 2 a 0, em Buenos Aires.

O Corinthians está na final da Libertadores pela primeira vez na história. Com o empate por 1 a 1 com o Santos, na noite desta quarta-feira, no Pacaembu lotado, os corintianos vão poder disputar a tão sonhada decisão da competição continental. O adversário será conhecido apenas nesta quinta, com a definição da outra semifinal, na partida entre Universidad de Chile e Boca Juniors, em Santiago.

No clássico paulista, o Corinthians administrou a boa vantagem conseguida no primeiro jogo do confronto, quando venceu por 1 a 0, semana passada, na Vila Belmiro. Assim, conseguiu segurar o astro Neymar e eliminou o atual campeão da Libertadores. E, ainda invicto, garantiu vaga inédita na final da competição - sua melhor campanha até então era a semifinal na edição de 2000.

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Apostando na força da sua defesa e contando com a vantagem construída na Vila Belmiro, o Corinthians adotou uma postura bastante defensiva no começo do jogo. Preferiu ficar apenas marcando e esperando o contra-ataque. Mas, mesmo com maior posse de bola, o Santos teve dificuldades para encontrar espaços no ataque. O resultado foi um confronto sem grandes emoções no primeiro tempo.

Apesar da postura defensiva, o Corinthians teve boa chance aos 20 minutos, quando Rafael fez uma linda defesa na cobrança de falta de Alex. Aos 30, o Santos também chegou com perigo, no chute de Juan que desviou em Jorge Henrique, mas Cássio conseguiu segurar a bola. Com tanta marcação e pouco espaço para jogar, o primeiro tempo caminhava para terminar 0 a 0. Aí, brilhou a estrela de Neymar.

Assim como aconteceu no primeiro jogo do confronto, o grande astro santista vinha tendo uma noite apagada, sem inspiração. Mas bastou uma jogada para ser decisivo. Aos 35 minutos, ele imprimiu velocidade no ataque e acionou Alan Kardec, que cruzou para a área. Borges, então, se antecipou à marcação e chutou para o gol, mandando na trave. Na sobra, Neymar apareceu e rolou para o gol: 1 a 0.

Depois do gol sofrido, o Corinthians resolveu se arriscar um pouco mais no ataque. Empurrado por sua torcida, que manteve o apoio incessante mesmo com a vantagem santista no placar, o time quase empatou aos 45 minutos. No cruzamento para a área, Jorge Henrique foi mais rápido que a defesa santista e cabeceou, exigindo uma difícil defesa de Rafael. Assim, o Santos manteve a vitória parcial.

No segundo tempo, o Corinthians voltou com uma mudança no ataque: Liedson no lugar de Willian. E conseguiu o empate logo aos dois minutos. Em cobrança de falta, a bola sobrou dentro da área para Danilo, que, sozinho, tirou do alcance de Rafael e marcou o gol. Depois disso, o jogo ficou ainda mais nervoso - Adriano chegou a empurrar um gandula que demorava para repor a bola na cobrança de lateral.

Com a defesa corintiana sempre muito fechada, o Santos enfrentou dificuldade para atacar. Para piorar a situação santista, Neymar errou a maioria das jogadas que tentou. Diante disso, o técnico Muricy Ramalho fez duas mudanças simultâneas, colocando Léo e Elano nos lugares de Juan e Adriano. Mas foi o Corinthians quem teve uma boa chance: aos 30 minutos, Alex chutou forte e Rafael defendeu.

Muricy ainda trocou Borges por Dimba, mas não mudou a situação santista. Neymar não conseguiu desequilibrar, Ganso ficou preso na marcação e ninguém apareceu para salvar o Santos. Bem postado na defesa, o Corinthians soube evitar a pressão adversária e controlou as ações até o apito final, provocando o delírio da torcida que lotou o Pacaembu e finalmente estará numa decisão de Libertadores.

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 1 x 1 SANTOS

CORINTHIANS - Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Alex e Danilo; Willian (Liedson) e Jorge Henrique. Técnico: Tite.

SANTOS - Rafael; Henrique, Edu Dracena, Durval e Juan (Léo); Adriano (Elano), Arouca e Paulo Henrique Ganso; Alan Kardec, Neymar e Borges (Dimba). Técnico: Muricy Ramalho.

GOLS - Neymar, aos 35 minutos do primeiro tempo; Danilo, aos 2 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Leandro Pedro Vuaden (Fifa/RS).

RENDA - R$ 2.599.702,50.

PÚBLICO - 37.978 pessoas.

LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP).

A serenidade do ambiente no centro de treinamento do Corinthians, nesta segunda-feira, sofreu um abalo de alguns minutos durante a tarde. Foi quando Chicão, já nos instantes finais da atividade de quase uma hora, torceu o tornozelo direito. O zagueiro caiu imediatamente no chão, gritando de dor, e foi cercado pelo colegas.

Depois do primeiro atendimento dos médicos, Chicão saiu de campo andando, ainda que com dificuldade. Mas segundo o médico Ricardo Galotti, a entorse na articulação foi mais um susto do que um problema. "Estamos otimistas. Vamos fazer o tratamento, mas a princípio ele deverá estar disponível para jogar normalmente contra o Santos".

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Tite afirmou não estar preocupado, mas que no momento em que viu Chicão no chão, temeu que pudesse ser algo mais grave. "Fiquei preocupado na hora, mas parece que está tudo bem. Se bem que, de minha parte, é mais torcida do que certeza", brincou o técnico.

Outro jogador que foi para o departamento médico, mas que deve ser liberado para jogar é Fábio Santos. O lateral-esquerdo foi poupado do treino desta segunda, pois ainda sente dores na coxa direita, resultado de uma pancada que levou no primeiro jogo da semifinal, na Vila Belmiro. Ele ficou na sala de recuperação, em tratamento. "Estamos tratando o Fábio e ele deve ser liberado para jogar", disse Galotti.

Nada de treinos secretos, substituições misteriosas, respostas evasivas ou dúvidas no ar. Ao contrário do que costuma ser a conduta básica da maioria dos treinadores antes de jogos importantes para seu time, Tite resolveu jogar às claras. Sem pestanejar, o técnico do Corinthians não teve receio de comandar um coletivo - que é a atividade mais próxima de um jogo durante os treinos, separou o elenco em reservas e titulares e, depois de quase uma hora comandando a movimentação, confirmou o time que pega o Santos, nesta quarta, na partida classificada pelo próprio treinador como a mais importante da história centenária do clube.

"Está confirmado. Vai jogar o Willian", disse assim, sem rodeios, o técnico, que chegou a testar Liedson na posição, aberta pela ausência de Emerson, suspenso pela expulsão na Vila Belmiro. Mas nem essa dúvida Tite deixou no ar: "O Liedson é opção, mas mais para durante o jogo".

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A falta de temor de escancarar o time quando seus colegas costumam adotar atitude exatamente contrária pegou todos de surpresa. Mas para Tite, uma ação normal, uma questão até de preservação de seu elenco. "Não gosto de fazer atleta ansioso. Se treinou no dia a dia, tem que preparar para ir à partida. E eu também não vou ficar escondendo o jogo. Procuro ter esse limite de respeito, inclusive com o atleta. Se ele vai jogar tem que saber. E aí, tu confia".

E a julgar pelo treino e pelas palavras de Tite, o Corinthians que tenta ir à final da Libertadores será o mesmo que arrancou o 1 a 0 na primeira partida, na Vila Belmiro - salvo a entrada de Willian. O técnico treinou o time titular o tempo todo sem fazer experimentos táticos, com o setor ofensivo formado por Danilo, Alex, Jorge Henrique e Willian.

O treinador também não se preocupou em armar qualquer esquema especial de marcação em cima de Neymar. Embora ressalte a qualidade do atacante santista, Tite diz que prefere que seus jogadores estejam preparados para enfrentar de tudo e não apenas para brecar os dribles do camisa 11 santista. "A gente tem que estar precavido em todas as situações. Tem que imaginar Alan Kardec, Elano, Neymar no centro, na direita, na esquerda... Mas o que é mais importante para é repetirmos nosso padrão de atuação".

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