Serão 180 minutos para definir o novo dono das Américas. Uma noite em Buenos Aires, na mítica La Bombonera, e a decisão em São Paulo, no estádio Pacaembu. Entretanto, antes disso, Boca Juniors e Corinthians traçaram um longo caminho até chegarem à final da Libertadores 2012.
OS CAMINHOS
##RECOMENDA##Os Xeneizes conseguiram a vaga com o título do Campeonato Argentino do ano passado. Na fase inicial um grupo tranquilo. A disputa era apenas pela liderança, contra o Fluminense. O time carioca levou a melhor, ficando em primeiro e vencendo por 2x1 em plena Bombonera. Porém, mesmo que emblemática, a resposta hermana foi bem maior. Vitória do Boca por 2x0 no Engenhão e um recado: o “gigante acordou”.
Foi assim nas oitavas, quando venceu os dois confrontos contra o Unión Española (2x1 e 3x2), e também quando reencontrou o Fluminense. Capitaneado pelo craque Juan Román Riquelme e com o gol salvador do uruguaio Santiago Silva, empatou por 1x1 no Rio de Janeiro após vencer por 1x0 em Buenos Aires, e carimbou a passagem para a semifinal.
O espírito argentino estava mais vivo que nunca. E, mais que isso, o estilo copeiro entrava em campo. O confronto com a sensação da América, o Universidad de Chile foi sacramentada ainda na Bombonera: 2x0. Na volta, a catimba dominou. Mais um empate, dessa vez por 0x0, e vaga na decisão.
Já o Timão chegou à Libertadores 2012 após conquistar o Brasileirão. O grupo do “Bando de Loucos” era um pouco mais equilibrado, mas a equipe comandada por Tite não sentiu dificuldades. Liderança, invencibilidade, melhor defesa e melhor ataque da primeira fase. Ou seja, a vantagem de jogar até a final dentro de casa estava construída. Os adversários foram Cruz Azul, Nacional e Deportivo Táchira.
E essa vantagem foi decisiva na reta final. Nas oitavas, o Corinthians empatou em 0x0 com o Emelec fora e passeou no Pacaembu: 3x0. No encontro com o Vasco, pelas quartas de final, novo 0x0 no Rio de Janeiro e vitória simples em São Paulo. Chegava assim pela primeira vez em na história à semifinal da Libertadores.
No caminho, o atual campeão da América e um dos maiores rivais. O Santos de Neymar também esbarrou no Corinthians. E, dessa vez, com autoridade também longe dos domínios. 1x0 na Vila Belmiro e 1x1 no Pacaembu. Segue vivo o sonho de um time com perfil de campeão. Porém, com um adversário com história de campeão.
NÚMEROS
Boca Juniors
Títulos: 6 (1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007)
Corinthians
Títulos: 0
DESTAQUE
Boca Juniors
Grupo forte, mas com brilho individual. Aposta no estilo copeiro e na força da La Bambonera para abrir vantagem na primeira partida e colocar em prática a catimba argentina na decisão no Pacaembu. Tem no meia Juan Román Riquelme, tricampeão da Libertadores, a principal esperança.
Corinthians
Melhor defesa da história da Libertadores. Apenas três gols sofridos até o momento e um sistema sólido. O volante Paulinho, o meia Danilo e o atacante Emerson assumiram o papel (e a responsabilidade) para definir as partidas. Tem mais elenco, menos brilhantismo individual. O fanatismo da torcida também impressiona e decidir no Pacaembu pode fazer a diferença.
Ficha do jogo
Estádio La Bombonera, em Buenos Aires - Argentina
BOCA JUNIORS: Orion; Roncaglia, Caruzzo, Schiavi e Clemente Rodríguez; Ledesma, Somoza, Erviti e Riquelme; Pablo Mouche e Santiago Silva
Técnico: Julio César Falcioni
CORINTHIANS: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Paulinho, Ralf e Alex; Jorge Henrique, Emerson e Danilo
Técnico: Tite
Horário: 21h50
Árbitro: Enrique Osses (CHI)
Assistentes: Francisco Mondria (CHI) e Carlos Astroza (CHI)