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Um jovem de 16 anos está desaparecido desde a tarde desse domingo (15), quando foi tomar banho de mar na Praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Gleidson Lins da Silva saiu de casa para jogar futebol com mais três amigos na praia. Após terminar a partida, o grupo resolveu dar um mergulho no mar e quando Gleidson da Silva foi puxado por uma correnteza. Um dos amigos contou à família que ainda tentou puxar o jovem e chegou a segurá-lo por algum tempo, mas o garoto acabou sendo levado.
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O Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco iniciou as buscas ainda ontem (15), assim que recebeu a chamada, mas o corpo não foi encontrado e a ação foi retomada na manhã de segunda-feira (16).
O Tenente Marinho, do Corpo de Bombeiros de Pernambuco, responsável pelas operações de busca, informou que a corporação disponibilizou uma equipe embarcada em Flex Boat, outra equipe em Jet Ski, um helicóptero que sobrevoa o local, além de mergulhadores, que estão disponíveis para entrar a qualquer momento no mar.
Segundo Marinho, as buscas ocorrem do Epicentro, local onde aconteceu o acidente, e é ampliado 500m para a direita e 500m para esquerda, podendo aumentar se nada for encontrado. “De acordo com a necessidade, vamos aumentando mais 100m, passando para 600m e assim por diante”, disse.
Quanto à possibilidade de o garoto ser encontrado com vida, Marinho afirmou que é praticamente nula. Já, sobre a possibilidade de um ataque de tubarão o Tenente diz que nenhuma possibilidade é descartada, mas pelo que foi dito pelos que estavam no local no momento do acidente, provavelmente o garoto se afogou.
A mãe do menino, a dona de casa Daniele Maria de Lins, 37, que está acompanhar as buscas, contou que está muito abalada. “Desde ontem estou em estado de choque, tive que tomar muitos calmantes, mas quis vir até aqui hoje até que achem o corpo dele”, relatou. Daniele Maria, que tem mais dois filhos de 14 e nove anos, conta que Silva era um ótimo garoto. “Ele era estudioso, obediente, respeitava o pai e a mãe e todos gostavam dele”, falou.
Familiares, que acompanhavam a operação, dizem que os bombeiros não estão fazendo muita coisa. “Até agora, ninguém mergulhou, se fosse filho de rico já tinham achado, mas filho de pobre ninguém faz nada, falaram que só vão mergulhar depois de 24h, quando já não adianta mais nada”, indignou-se a dona de casa Janicleide Firmino, 19, prima da família.
O pai de Gleidson Silva (camisa branca na foto), o auxiliar de serviços gerais Carlos Ferreira, 43, disse não ter esperança mais que seu filho seja encontrado com vida, mas espera pelo menos o corpo. “Não acho que ele vai ser encontrado com vida, mas queremos pelo menos poder fazer o enterro. Está tudo pesado, muito horrível tudo isso”, conta.
Uma obra de engorda que está sendo feita nas margens da praia, também foi apontada como sendo um problema. “Está área, onde está sendo realizada a obra, deveria ter placa e ser apontada como área de risco. Precisa de cuidado com a vida das pessoas”, falou.
Em relação ao grupo de mergulhadores ainda não terem entrado no mar, o tenente Marinho esclareceu. “Não adianta o grupo de mergulhadores pular no mar, contrariando inclusive uma orientação nossa, já que essa é uma área de possíveis ataques de tubarão. Nesse momento, as chances de encontrarmos o garoto com vida são mínimas e estaríamos colocando em risco a vida dos bombeiros”, conta.