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O Ciclo “Políticas da Arte – Artes da Política”, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC) da UNAMA - Universidade da Amazônia, promove na próxima terça-feira (22), às 18h30, um encontro on-line intitulado "Arte Contemporânea no Planalto Central”, com a participação de Paulo Henrique Silva, curador de "Conversas - Resistência e Convergência", mostra que está em cartaz no Museu Casa da Onze Janelas. O evento será transmitido pelo canal do grupo de pesquisa Arte, Imagem e Cultura no Youtube. 

O grupo reúne professores, pesquisadores, artistas, museólogos, curadores e educadores. A conversa faz parte da programação de encontros mensais dos acadêmicos.

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Paulo Henrique Silva é formado em Artes Visuais pela Universidade Federal de Goiás - UFG. Dedica-se ao estudo da produção contemporânea da Região Centro-Oeste e à formação de acervos. É responsável pela Curadoria de Artes Visuais da Secretaria de Cultura de Anápolis – GO, pela produção e curadoria do Salão Anapolino de Arte, um dos mais importantes salões de arte do país.

 O curador vai apresentar sua experiência na formação de acervos, assim como falar da produção e curadoria de diversos projetos na região em que atua. A conversa incluirá também sua abordagem curatorial na realização da exposição "Conversas - Resistência e Convergência", em cartaz na Casa da Onze Janelas.

Como mediadores participarão os professores Jorge Eiró e Mariano Klautau Filho, coordenadores do grupo, e a professora Susanne Pinheiro, pesquisadora em arte e moda com foco em acervos paraenses.

O Grupo Arte, Imagem e Cultura, formado em 2018, é coordenado pelos professores Mariano Klautau Filho e Jorge Eiró e constituído por alunos pesquisadores e orientandos do programa  de pós-gradauação da UNAMA, com participação aberta de convidados egressos, assim como de alunos externos. O grupo promove encontros, debates e leituras sistemáticas sobre imagem em todo seu alcance cultural e manifestação artística, realiza seminários internos das pesquisas em processo de orientação e encontros com artistas e pesquisadores em arte, assim como promove encontros-visita às exposições de artes e mostras de acervos.

Dentre as pesquisas que o grupo desenvolve destaca-se “Arte Contemporânea nos Acervos e Museus Paraenses”, com foco em acervos, artistas ou obras artísticas, possibilitando um levantamento dos principais acervos museológicos de arte contemporânea na cidade de Belém, nas décadas de 1980 a 2010, observando em especial o Museu Casa das Onze Janelas, Museu da Universidade Federal do Pará - MUFPA e Museu de Arte da UNAMA e o circuito de arte dinamizado por essas instituições.

Serviço

Conversa "Arte Contemporânea no Planalto Central”. Com Paulo Henrique Silva, curador de Artes Visuais da Secretaria de Cultura de Anápolis – GO e da mostra "Conversas - Resistência e Convergência" na Casa da Onze Janelas.

Mediação: Profs. Mariano Klautau Filho, Jorge Eiró e Susanne Pinheiro.

Data: Nesta terça, 22, às 18h30 (Canal do Youtube  Arte, Imagem, Cultura)

Realização: Grupo de Pesquisa Arte, Imagem, Cultura /UNAMA - PPGCLC

Da Redação do LeiaJá (com informações do PPGCLC).

Estão abertas, até o dia 5 de janeiro, as inscrições para o curso gratuito ‘Curadoria nas Artes para Corpos Dissidentes’. A capacitação oferece 40 vagas, destinadas a pessoas do grupo LGBTQIA+, pessoas negras, mulheres e pessoas com deficiência (PCD). Interessados devem realizar as candidaturas por meio do formulário on-line.

Conforme o informações divulgadas pelo grupo organizador, a qualificação tem como principal objetivo “problematizar e ampliar o debate sobre a ausência de corpos dissidentes - notadamente corpos LGBTQIA+, negros, mulheres, pessoas com deficiência, etc - nos espaços de decisão e de produção de pensamento sobre as artes e, por consequência, os exíguos espaços de difusão dos artistas dissidentes”.

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A iniciativa reserva 70% das vagas do curso para pessoas trans, travestis, pessoas negras e PCDs. Após a seleção, os candidatos participarão de oito encontros on-line e ao vivo, que serão realizados entre os dias 12 de janeiro até o dia 5 de fevereiro de 2021, com duas horas de duração em cada aula. Os participantes serão certificados, desde que tenham participado de pelo menos 75% dos encontros.

As aulas serão ministradas por artistas e pesquisadores ligados à área. São elas: Corpos políticos e crise das narrativas, com Fabiano de Freitas; Políticas de linguagem, pedagogias e saberes sobre a dissidência, com a Renata Pimentel; Deslocamentos do olhar e a cena dissidente nas artes, com o pesquisador Miro Spinelli; Corpodissidência e olhares decoloniais sobre a arte e o mundo, com Helena Vieira; além do tema Ficções, ausências e repetições nas narrativas dissidentes, com a curadora e pesquisadora Anti Ribeiro; e o Mercado de arte, gestão e curadoria sobre arte em dissidência, por Paulo Mattos.

Para mais detalhes, basta acessar o email curadoriadissidente@gmail.com e sanar as dúvidas.

A plataforma de educação a distância Udemy lança curadoria com 708 cursos gratuitos. A iniciativa é uma forma de oferecer aprendizado em meio a crise do novo coronavírus. A curadoria irá ajudar na escolha de aprendizado para cada pessoa. A plataforma dividiu os cursos em temas, como bem-estar e crescimento pessoal, produtividade e habilidades profissionais e habilidades técnicas essenciais.

Por serem cursos gratuitos, a Udemy não fornece certificado de conclusão e comunicação com o instrutor. Os interessados podem conferir a seleção dos cursos gratuitos através do site da empresa. Dos conteúdos selecionados para a ação, 142 são em português, outros são de cursos em inglês e espanhol. 

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Os ensinamentos abrangem diversas áreas, desde desenvolvimento Android e programação até finanças e empreendedorismo. Mais detalhes das capacitações podem ser conferidas no site da Udemy.

 

Na próxima quarta-feira (8), o Museu Murilo La Greca apresenta a mostra ‘Um Artista de Outro Tempo’. A curadoria tem como objetivo proporcionar aos visitantes a experiência de um contato mais íntimo com o patrono do espaço, o pintor e professor Murillo La Greca. 

A exposição retrata a trajetória artística de Murillo, dando ênfase aos acontecimentos mais marcantes desse percurso. O espaço vai reunir trabalhos apresentados cronologicamente. O projeto expográfico foi pensado de forma a tornar mais próxima essa relação expectador e o artista.

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Serviço

Abertura da exposição Um Artista de Outro Tempo, curadoria do Museu Murillo La Greca.

Quarta-feira (8) | 18h

Museu Murillo La Greca (Rua Leonardo Bezerra Cavalcanti, 366, Parnamirim)

Horário de visitação: Terça a sexta-feira, das 09 às 12h e das 14 às 17h

Sábados 14 às 18h

Agendamento de visitas pelo e-mail: educativommlg@gmail.com

Informações: (81) 3355.3126

O Pará ganhou destaque nacional  no meio artístico neste ano, segundo a retrospectiva “30 exposições que marcaram 2016”, do site Brasileiros. A professora Marisa Mokarzel, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura da Universidade da Amazônia (Unama), está entre as curadoras mais importantes do Brasil.

Segundo a análise, mesmo diante da crise econômica e política, as instituições culturais conseguiram se organizar e montar exposições relevantes, que trouxeram à tona questões sociais, de gênero, étnicas e do próprio fazer artístico. O site Brasileiros selecionou 30 mostras, realizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Fortaleza, dentre outras cidades.

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Marisa Mokarzel atuou na curadoria da exposição Vértice, realizada a partir de um projeto referente a colecionadores brasileiros, da 4ART Produções, coordenado por Daiana Castilho Dias. Além dela participaram as curadoras Marilia Panitz, de Brasília, e Polyanna Morgana, do Paraná. O projeto começa com o acervo do colecionador de Brasília Sérgio Carvalho, que possui mais de 1.500 obras.

A exposição foi apresentada no Espaço Cultural dos Correios, pela primeira vez, em Brasília. Depois seguiu para o Rio de Janeiro e, por último, São Paulo. “Considero que a importância maior foi tornar público um grande acervo de uma coleção particular que em geral fica restrita às  pessoas do relacionamento do colecionador. Trata-se de uma grande coleção nacional da qual fazem parte artistas da Amazônia, como Berna Reale, Emmanuel Nassar, Marcone Moreira, Cláudia Leão e Rodrigo Braga”, disse Marisa Mokarzel.

O processo de trabalho das três curadoras envolveu visita ao acervo em Brasília e encontros também virtuais por Skype. Além de encontros para montagem e palestras nas três cidades em que houve a exposição.

Professora da Unama, instituição de ensino superior do grupo Ser Educacional, em Belém, Marisa Mokarzel possui doutorado em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (2005) e mestrado em História da Arte pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998). Foi pesquisadora do Sistema Integrado de Museus e Memoriais-SIM/SECULT/PA e diretora do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, da Secretaria de Cultura do Pará. Exerceu a coordenadoria adjunta do Mestrado em Comunicação, Linguagens e Cultura da Universidade da Amazônia - Unama. Tem experiência na área de Artes Visuais, com ênfase em História da Arte, atuando principalmente nos seguintes temas: circuito de arte, exposição e curadoria.

 

Diretor dos premiados longas O Som ao Redor e Aquarius, Kléber Mendonça Filho foi anunciado nesta segunda-feira (5) como novo curador de cinema do Instituto Moreira Salles (IMS), no Rio de Janeiro e agora em São Paulo também. O anúncio foi feito durante a apresentação do projeto da nova sede, que ficará localizada na Avenida Paulista, e será inaugurada até julho de 2017. O cineasta pernambucano assume o posto de José Carlos Avellar, falecido em março deste ano.

Por meio da sua página no Facebook, Kléber se disse honrado ao receber a oportunidade de cuidar da curadoria do instituto. “O IMS é uma instituição que sempre admirei impressionado e agora poder trabalhar com eles é uma honra grande, em especial num novo espaço 'state of the art', na cidade de São Paulo. Mostrar, trazer, compartilhar filmes de todos os tipos e formatos e surpreender o publico da melhor forma possível, numa experiência coletiva de sala de cinema, é algo que adoro fazer tanto quanto filmar. E há outras ideias para além da sala escura”, escreveu em agradecimento.

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Até outubro deste ano, o cineasta fazia a curadoria do cinema da Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, o qual pediu exoneração após 18 anos colocando como motivo a dificuldade de conciliar as atividades na instituição com as suas produções cinematográficas. A demissão aconteceu em meio à polêmica envolvendo o protesto da equipe de 'Aquarius' em Cannes e a reação do governo.

Ainda em sua página, Kleber declarou que acredita que o novo trabalho será um prosseguimento do que já vinha fazendo em Pernambuco. “Vejo aqui uma continuidade diferente do trabalho que fiz com muito amor por 18 anos na Fundação Joaquim Nabuco, no Cinema da Fundação, algo que, acredito, deixou alguma marca na cultura da minha cidade”, complementou.

Kléber ainda coordenará o lançamento da coleção de DVDs do IMS. Segundo o superintendente da instituição, Flávio Pinheiro, a experiência cinematográfica do pernambucano contribuirá muito para a curadoria. “O Kleber vai trazer sua expertise como programador no Recife. Contratamos não o cineasta, mas o cinéfilo”, declarou durante a coletiva.

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Os crimes nazistas na Europa e as mudanças na China atual serão os principais temas abordados pelos filmes exibidos no Festival de Cinema de Berlim, que começa em 6 de fevereiro, anunciou a organização do evento nesta terça-feira (28). Cerca de 400 obras - grandes produções hollywoodianas, filmes independentes ou documentários - serão divulgados na 64ª edição da Berlinale.

O diretor do festival, Dieter Kosslick, explicou que os temas dominantes surgiram naturalmente. "Nossa programação lança um olhar sobre a história alemã dos anos 1930 e 1940 e sobre o Holocausto", disse Kosslick durante coletiva de imprensa de lançamento do primeiro grande encontro cinematográfico europeu de 2014, que vai até 16 de fevereiro. "Não foi uma escolha consciente, mas há muitos bons filmes sobre o assunto", justificou.

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George Clooney deve ir à capital alemã para apresentar o filme "The Monuments Men", que narra a história de uma equipe de especialistas em arte americanos, britânicos e franceses que tentam salvar o patrimônio artístico europeu das garras nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. A abertura do festival ficará a cargo de "The Grand Budapest Hotel", do diretor Wes Anderson e com Ralph Fiennes no elenco. O filme é uma narrativa histórica baseada parcialmente nos relatos do escritor austríaco Stefan Zweig sobre a destruição da Europa pela guerra.

O filme "começa em 1914 e compreende o período até a chegada dos nazistas no poder, em 1933", explicou Kosslick. "Apenas doze anos depois, a Europa tinha virado cinzas e pó". O diretor alemão Volker Schlöndorff - vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1979, com "O Tambor", que tem como plano de fundo o Terceiro Reich - exibe em pré-estreia mundial "Diplomatie", um filme sobre as razões pelas quais os nazistas optaram por não destruir Paris.

Um documentário chamado "The Decent One" mostrará a descoberta, em Israel, de centenas de cartas, escritos e fotos pessoais do braço direito de Hitler, Heinrich Himmler. Também será exibido "Memory of the Camps", um filme produzido recentemente pelo museu britânico Imperial War Museum (Museu Imperial da Guerra, situado em Londres) a partir de imagens feitas da liberação do campo de concentração de Bergen-Belsen.

Alfred Hitchcock participou como conselheiro desse projeto, que tinha como objetivo levar os alemães a encararem a sua responsabilidade, mas que acabou engavetado. Os espectadores também poderão ver um documentário sobre a história dessas imagens, "Night Will Fall".

Uma nova China

O diretor do festival também ressaltou que três dos 20 filmes na disputa pelo Urso de Ouro são chineses. Mas nenhum deles se parece com "The Grandmaster", a epopeia kung-fu de Wong Kar-wai que abriu a Berlinale de 2013.

As três produções chinesas são de baixo orçamento. De acordo com Kosslick, "são histórias que se amparam no cinema de gênero e foram feitas por uma nova geração de cineastas". "Black Coal, Thin Ice", de Dao Yinan, é um filme noir sobre um policial que vasculha os pertences de um serial killer cujas vítimas têm relação com uma mesma mulher.

"Blind Message", de lou Ye, é a adaptação cinematográfica de um livro que conta a história de um fisioterapeuta cego, e "No Man's Land", de Ning Hao, é um mergulho na vida de marginais chineses, que vivem numa "terra de ninguém".

Disputa pelo Urso

A seleção oficial conta com 23 títulos, e vinte deles concorrerão pelo Urso de Ouro - premiação máxima da Berlinale. Serão 18 pré-estreias mundiais e três primeiras projeções. O produtor americano James Schamus, dos aclamados "O Tigre e o Dragão e "O Segredo de Brokeback Mountain", vai presidir o júri responsável pela entrega da premiação - que acontecerá em 15 de fevereiro. O último dia do festival será consagrado à reexibição dos melhores filmes.

O filme "Praia do Futuro", co-produção entre Brasil e Alemanha do cineasta brasileiro Karim Aïnouz, está na seleção oficial. A seleção Berlinale Special reúne filmes que terão projeções de gala, mas não estão na seleção oficial. Abaixo, segue a lista completa dos filmes da Seleção Oficial, com o nome do diretor e os países de produção.

SELEÇÃO OFICIAL :

"'71", Yann Demange, Grã-Bretanha

"Aimer, boire et chanter", Alain Resnais, França

"Aloft", Claudia Llosa, Espanha/Canadá/França

"Bai Ri Yan Huo" (Black Coal, Thin Ice), Diao Yinan, China

"Boyhood", Richard Linklater, Estados Unidos

"Chiisai Ouchi" (The Little House), Yoji Yamada, Japão

"Die geliebten Schwestern" (Beloved Sisters), Dominik Graf, Alemanha

"Historia del miedo" (History of Fear), Benjamin Naishtat, Argentina/Uruguai/Alemanha/França

"Jack", Edward Berger, Alemanha

"Kraftidioten" (In Order of Disappearance), Hans Petter Moland, Noruega

"Kreuzweg" (Stations of the Cross), Dietrich Brüggemann, Alemanha

"La belle et la bête", Christophe Gans, França/Alemanha (fora da competição)

"La tercera orilla", Celina Murga, Argentina/Alemanha/Países Baixos

"La voie de l'ennemi", Rachid Bouchareb, França/Argélia/Estados Unidos/Bélgica

"Macondo", Sudabeh Mortezai, Áustria

"Ninfomaníaca, Volume 1 (versão do diretor)", Lars von Trier, Dinamarca/França/Bélgica/Suécia (fora de competição)

"Praia do futuro", Karim Aïnouz, Brasil/Alemanha

"Stratos", Yannis Economides, Grécia/Alemanha/Chipre

"The Grand Budapest Hotel", Wes Anderson, Grã-Bretanha/Alemanha (abertura do festival)

"The Monuments Men", George Clooney, Alemanha/Estados Unidos (fora da competição)

"Tui Na" (Blind Massage),Lou Ye, China/França

"Wu Ren Qu" (No Man’s Land), Hao Ning, China

"Zwischen Welten" (Inbetween Worlds) Feo Aladag, Alemanha

A Galeria Amparo 60 recebe, a partir do dia 28 de novembro, uma faceta pouco conhecida do pernambucano Paulo Bruscky. O artista vai expor 150 obras fotográficas, a maioria inédita. A pluralidade é uma das características de Bruscky, que está com uma exposição retrospectiva em cartaz no Museu do Bronx, em Nova York. A exposição no Recife ficará em cartaz até janeiro e tem curadoria da professora da USP e curadora Dária Jaremtchuk.

Segundo a curadora, na década de 1970, o termo fotolinguagem tornou-se frequente no meio brasileiro para designar uma produção que se diferenciava da tradição da 'fotografia de arte' e do 'fotojornalismo'. Elaborada por artistas, os trabalhos eram destituídos de preocupações estéticas ou de sofisticação formal. "Paulo Bruscky pertence a este grupo", destaca Dária.

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As imagens fotográficas pertencentes à exposição não foram muito analisadas. A mostra reúne trabalhos de toda a trajetória do artista, seja do início na década de 1970, ou mesmo de fotografias realizadas em 2013. “Como era de se esperar, tratando-se de Paulo Bruscky, não há nelas um tema uníssono por permanecer ele o 'colecionador' que carrega para o seu arquivo imagens de suas incursões poético-urbanas que fundem fragmentos visuais e textuais com aguda ironia e gosto pelo comum da vida”, detalha Jaremtchuk.

*Com informações da assessoria

Serviço

Paulo Bruscky - Foto/Linguagens

Abertura 28 de novembro | 20h

Visitação 29 de novembro a 18 de janeiro

Terças as sextas | 10 às 13h e 14 às 19h, sábados das 10 às 14h

Galeria Amparo 60 (Av. Domingos Ferreira, 92 A - Boa Viagem)

Gratuito

(81) 3033 6060

No domingo (29), o Festival Internacional de Animação de Pernambuco - Animage encerrou as atividades deste ano com o Prêmio Animage no Cinema São Luiz, contemplando os melhores entre os 76 curtas-metragens de suas Mostra Competitiva e Mostra Competitiva Infantil, segundo a escolha do júri e do público.

A quinta edição do festival alcançou um público de 6 mil pessoas, com atividades espalhadas por Recife e Olinda, entre exibições, mostras especiais workshops, palestras e exposição. O evento expandiu não só em relação à presença do público, mas também no que diz respeito à propagação de conhecimento na área de animação." A gente vem conseguindo conquistar e formar um público interessado no festival", conta Nara Normande, curadora e diretora artística do festival.

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Com incentivo Funcultura Audiovisual e patrocínio da Caixa e do Governo Federal, o festival, realizado pela Rec-Beat Produções, ocupou oito espaços entre Recife e Olinda com programação totalmente gratuita: Caixa Cultural Recife, Cinema da Fundação, Cine São Luiz, hospitais Barão de Lucena e IMIP , Parque Dona Lindu, Praça do Carmo e Aeso – Faculdades Integradas Barros Melo, ambos em Olinda.

Prêmio ANIMAGE

Nesta edição, o júri foi formado pelo cineasta britânico Phil Mulloy, o curador romeno Mihai Mitrica, e o cineasta brasileiro Rodrigo John. O prêmio Melhor Curta Metragem – Escolha do Público foi selecionado pelo público que assistiu à Mostra Competitiva e à Mostra Competitiva Infantil. Neste ano, houve também o novo Prêmio da Federação Pernambucana de Cineclubes, selecionado por um painel de três jurados, formados por Pietro Félix, Amanda Ramos e João Tavares.

Os premiados recebram troféus e as quatro primeiras categorias foram contemplados com prêmios em dinheiro: Melhor Curta Metragem (R$ 4 mil), Melhor Curta-Metragem Infantil (R$ 3 mil), Melhor Curta-Metragem Brasileiro (R$ 3 mil) e Melhor Curta-Metragem - Prêmio do Público (R$ 3 mil). "Os prêmios surpreenderam de certa forma por os filmes serem bem ousados e a escolha do juri também. Em relação à edição de 2012, o festival cresceu em todos os aspectos, e procuramos sempre fazer o melhor", explicou Nara.

Confira a lista de premiados, com a justificativa dos membros do júri:

MELHOR CURTA-METRAGEM

Drifters – Ethan Clarke (Estados Unidos, 2012, 8’)

“Pela força da arte e a inventividade da decupagem, em um filme a um só tempo misterioso e chocante, o prêmio de melhor filme vai para Drifters, de Ethan Clark.”

MELHOR CURTA-METRAGEM INFANTIL

Moya Mama Samolet – Julia Aronova (Rússia, 2012, 6’47”)

“Pela absurda e tocante fábula, que lança um olhar lúdico e emotivo sobre o universo imaginativo de uma criança, o prêmio de melhor filme infantil vai para Moya Mama Samolet, da diretora Julia Aronova.”

MELHOR CURTA-METRAGEM BRASILEIRO

Faroeste, Um Autêntico Western – Wesley Rodrigues (Brasil, 2013, 18’25”)

“Pelo cruzamento de referências diversas, costuradas de forma inventiva e livre na criação de um universo fantástico pleno de cor e movimento, o prêmio de melhor filme brasileiro vai para Faroeste - um autêntico western, de Wesley Rodrigues.”

MELHOR CURTA-METRAGEM – PRÊMIO DO PÚBLICO

Nyuszy És Õz – Peter Vácz (Hungria, 2013, 16’15’’)

MELHOR DIREÇÃO

Plug and Play – Michael Frei (Suíça, 2013, 6’)

“Pela simplicidade e força do desenho, em situações que, além do humor, evocam evoca sensações e reflexões, o prêmio de melhor direção vai para Plug and Play, de Michael Frei.”

MELHOR ROTEIRO

Sangre de Unicornio – Alberto Vazquez (Espanha, 2013, 9’)

“Pelo humor cáustico e a inteligência crítica, o prêmio de melhor roteiro vai para Sangre de Unicornio, de Alberto Vazquez.”

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE

Autour du Lac – Carlos Roosens (Bélgica, 2013, 5’5’’)

“Pelo frescor e densidade da arte, que propõe a fruição de uma absurda e hipnótica viagem pela música e a animação, o prêmio de melhor arte vai para Autour du Lac, de Carlos Roosens.

MELHOR TÉCNICA

Astigmatismo – Nicolai Troshinsky (Espanha, 2013, 4’)

“Pela elaboração de um processo técnico inventivo e impactante que viabiliza uma representação fortemente subjetiva, o prêmio de melhor técnica vai para Astigmatismo, de Nicolai Troshinsky.”

MELHOR SOM

Fight – Steven Subtonick (Estados Unidos, 2012, 4’)

“Pela construção perspicaz e criativa do desenho de som, que ajuda a estruturar uma montagem criativa e surpreendente, onde o próprio movimento é colocado no centro da representação, o prêmio de melhor som vai para Fight, de Steven Subtonick.”

PRÊMIO DA FEDERAÇÃO PERNAMBUCANA DE CINECLUBES

Pandy – Matus Vizar (Eslováquia, 2013, 12’)

MENÇÃO HONROSA

Liebling – Izabela Plucinska (Alemanha, 2013, 7’)

“Pela sensibilidade na representação de uma história carregada de emoção e pelo uso inventivo da técnica de animação de massinhas, o júri decidiu criar uma menção especial para o filme Liebling, de Izabela Plucinska.”

Choir Tour – Edmund Jansons (Letônia, 2012, 5’)

"Pelo humor e pela simplicidade do desenho, que criam uma experiência vibrante e revigorante, o júri decidiu criar uma segunda menção especial para o filme Choir Tour, de Edmund Jansons".

Durante os dias 22 e 23 de maio acontece no Recife à segunda edição do Seminário Panorama do Pensamento Emergente. O evento é idealizado pela crítica de arte, curadora independente e jornalista Cristiana Tejo e é aberto ao público. Para participar é necessário efetuar a inscrição durante os dias 08 e 15 de maio.

Participam dez curadores brasileiros, incluindo Felipe Scovino e Thereza Farkas. Dentre os temas abordados nas discussões estão a formação da figura do curador e questões que movimentam os interesses curatoriais. Para poder se inscrever é necessário enviar um email para o endereço pensamento.emergente@gmail.com. Existem cem vagas disponíveis.

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Serviço

II Seminário Panorama do Pensamento Emergente

Espaço Fonte (avenida Dantas Barreto, 324, ed. Pernambuco, 4o andar, Recife-PE)

22 e 23/5 (9h30 às 18h)

Inscrições 

8 a 15/5

pensamento.emergente@gmail.com

Curador, substantivo masculino com origem na palavra latina curator, aquele que cuida de algo, um guardião. No mundo das artes, esta palavra designa muito além de um simples cuidador. Ele é uma figura-chave na criação do conceito, montagem e todo o resultado final de uma exposição, por exemplo. Mas você sabe o que é e qual é a real função de um curador?

O estudante Taffarel Bandeira é enfático: "Já ouvi muito esse nome em eventos como exposições de arte, mas não sei se ele é quem organiza, se é responsável pela manutenção do patrimônio, não sei o que ele faz ao certo". Taffarel não é o único a integrar o time dos que não possuem total certeza quanto ao trabalho desta famosa figura de vernissages e mostras artísticas. Isadora Cabral, também estudante, conhece a função, mas mesmo assim tem dúvidas: "Sei que são responsáveis pela organização de exposições de arte. Não sei se é todo tipo de arte", afirma.

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Por outro lado, a arquiteta Orcina Fernandes conhece bem as funções de um curador. Ela, que já participou da organização de um festival alternativo de arte - Avalanche - que ocorre em Vitória (ES) durante os dias 19, 20 e 21 de julho deste ano, explica um pouco o que representa essa figura: "Quando eu penso em curador eu penso em arte... então é alguém que agrupa e administra obras ou bens. Entendo que o trabalho do curador na prática seja isso: garimpar, selecionar e agrupar obras de arte e/ou bens com o fim de expor".

Mas esse garimpador de obras teria uma formação específica? Como ele conseguiu chegar a este posto? O administrador Eduardo Bione acredita que, para chegar até esta função, o profissional precise ter um profundo conhecimento e apreço pelo campo artístico. "Eu imagino que ele seja um profissional da área das artes, ou até mesmo de história da arte. Alguém com bagagem para ocupar o lugar", diz ele. E é justamente deste modo que se começa a formar a figura curatorial, através do acúmulo de conhecimento e pesquisas na área.

Foi assim com o Ph.D. em economia Moacir dos Anjos, que já ocupou o posto de curador da 29ª Bienal de São Paulo, foi co-curador da Bienal do Mercosul, coordenador curatorial do Itaú Cultural Artes Visuais (entre 2001 e 2003) e diretor geral do Museu de Arte Moderna Aluísio Magalhães - MAMAM no Recife. Tudo começou quando ele, que já trabalhava na Fundação Joaquim Nabuco, recebeu um convite para organizar exposições no final dos anos noventa.

“Com a ampliação das atividades da fundação nesse campo da arte contemporânea, eu fui convidado para assumir um cargo numa estrutura mais alargada e resolvi completar essa transição. Foi quando eu comecei a fazer trabalhos não só de pesquisa, mas também de organizar exposições, cursos, e nesse momento foi que me dei conta que eu estava fazendo curadoria. Não tive formação nem intenção de me tornar curador”, conta. E completa: “Eu me tornei curador como uma decorrência natural do meu trabalho de pesquisa e, ainda hoje, é como eu vejo um pouco a minha atividade. A curadoria como um dos desdobramentos possíveis da atividade de pesquisador”.

Para Moacir, o que mais interessa na arte é a capacidade de desafiar convenções e consensos. Consensos que, ainda segundo ele, usamos para organizar nossas vidas e tecer relações que nos ajudam a entender o que está ao nosso redor.  “A arte tem essa potência de abrir fissuras nesses entendimentos muitas vezes enrijecidos”, explica o curador.

Questionado sobre a real importância do curador para a arte, ele responde: “Hoje em dia o curador está presente em tudo que envolve escolhas, seleções. Ele aproxima essas escolhas e, deste modo, as faz significar alguma coisa em um determinado momento. A curadoria está ligada também a essa ação, que articula e integra coisas dispersas no mundo, dando-as significados específicos”.

Ainda segundo ele, as escolhas são feitas de acordo com a agenda do próprio profissional. É através dela que surgem as questões e inquietações que levam à observação e elaboração de um planejamento para dispor visualmente e conceitualmente aquilo que ele deseja mostrar. “(O curador) é responsável pela forma como as obras são exibidas em um determinado espaço, se são exibidas próximas ou distantes uma das outras, se são bem ou mal iluminadas, se são exibidas com, sem ou nenhuma informação suplementar. Tudo isto é papel do curador”, explica Moacir.

E vai além: “Ele é responsável por vários procedimentos, vários protocolos que vão desde a seleção, acondicionamento, transporte, exibição e também o cuidado material e simbólico com as obras com as quais ele trabalha”. Agora que você já conhece um pouco mais sobre a figura do curador, por que não aproveita para ir a um museu ou galeria de arte este final de semana?

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