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A empresa alemã de biotecnologia Curevac anunciou nesta terça-feira (12) que desistiu da versão inicial da vacina contra a Covid-19 CVnCoV e que focará esforços em uma "segunda geração" de imunizantes, que estão sendo desenvolvidos com o laboratório GlaxoSmithKline (GSK).

Após o anúncio, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) confirmou que a empresa solicitou a interrupção na revisão de dados da fórmula para "se concentrar em um programa diferente de desenvolvimento".

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Segundo a nota da EMA, durante a revisão dos dados fornecidos pela Curevac, o imunizante não apresentou resultados satisfatórios na qualidade e apenas uma modesta eficácia nos adultos.

No início de julho, a própria empresa divulgou que sua vacina de mRNA apresentou apenas 48% de eficácia contra a Covid-19, abaixo do índice mínimo de 50% exigido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O estudo foi realizado com 40 mil voluntários e frustrou a União Europeia, que já havia encomendado 225 milhões de doses da fórmula, com a possibilidade de comprar mais 180 milhões.

Os resultados ruins ainda derrubaram o valor de mercado da Curevac, que viu suas ações caírem para a metade do valor desde o início do ano, quando os rumores apontavam que o imunizante não tinha bons resultados.

O comissário europeu para a Saúde, Stefan De Keersmaecker, afirmou que o fracasso da empresa alemã "mostra exatamente que a abordagem da estratégia vacinal da União Europeia funciona e que a avaliação aprofundada da EMA é a pedra angular".

Conforme o representante, "sempre foi claro" que os contratos assinados antes das fórmulas ficarem prontas poderiam não ser concretizados.

"Por isso, investimos na criação de um amplo portfólio diversificado de vacinas, desenvolvidas por várias empresas, usando tecnologias diferentes. Essa abordagem nos rendeu quatro frutos: as quatro vacinas que estão autorizadas na UE. Hoje recebemos mais de 800 milhões de doses para o Estados-membros e outras 900 milhões de doses foram exportadas", acrescentou De Keersmaecker.

Ao todo, o bloco europeu fechou sete contratos de compra de imunizantes e os quatro citados pelo comissário referem-se às vacinas da Pfizer/BioNTech, Moderna, Universidade de Oxford/AstraZeneca e Janssen (braço belga da Johnson & Johnson).

Da Ansa

Deveria ser a próxima vacina anticovid aprovada na Europa, com milhões de doses pré-encomendadas por Bruxelas: sem eficácia suficiente, segundo dados provisórios, o futuro do imunizante desenvolvido pelo laboratório alemão CureVac agora parece incerto.

Os primeiros resultados tão esperados têm um gosto amargo por esta empresa reconhecida como uma das pioneiras na tecnologia do RNA mensageiro.

A CureVac anunciou na quarta-feira (16) à noite que sua principal vacina candidata contra a Covid-19 mostrou uma eficácia de apenas 47%, de acordo com a análise provisória de um ensaio clínico em grande escala, e não atendia aos critérios de desempenho exigidos nesta fase.

"A eficácia final ainda pode mudar", alerta o CEO do laboratório, Franz-Werner Haas, citado em nota à imprensa, que questiona principalmente as dificuldades enfrentadas pelo surgimento de variantes do coronavírus.

"Esperávamos resultados mais robustos na análise provisória, mas constatamos que é difícil alcançar alta eficácia com esta gama de variantes sem precedentes", acrescenta.

- "Vamos continuar" -

A empresa foi uma das primeiras a entrar na corrida da vacina e esperava lançar um imunizante de alto desempenho no mercado em maio ou junho deste ano, no máximo.

"Vamos continuar com esta vacina, até termos uma avaliação final", disse Haas ao Handelsblatt esta manhã.

O CEO deve responder a perguntas de repórteres e analistas na parte da tarde.

Se a eficácia final do produto não melhorar visivelmente, sua comercialização parece improvável, de acordo com especialistas.

Os laboratórios BioNTech/Pfizer e Moderna, que foram os primeiros a obter o sinal verde de várias entidades reguladoras para a sua vacina, também baseada no princípio do RNA mensageiro, têm demonstrado uma eficácia da ordem dos 95%.

A eficácia das vacinas AstraZeneca e Johnson e Johnson está entre 60% e 70%.

A CureVac vem coletando dados nos últimos seis meses como parte da fase final de seus testes clínicos, com cerca de 40.000 voluntários na Europa e América Latina.

A eficácia foi avaliada em 134 casos de pacientes que contraíram covid e mais 80 casos ainda precisam ser analisados, com resultados completos esperados em duas a três semanas.

Dos 124 casos sequenciados, apenas um era da cepa original do SARS-CoV-2, enquanto "mais da metade dos casos (57%)" foram causados por variantes consideradas preocupantes pela Organização Mundial da Saúde (OMS), informou CureVac.

- Apoio público -

A Comissão Europeia assinou um contrato com a empresa de biotecnologia Tübingen (sul da Alemanha) sobre a compra de 405 milhões de doses. Um procedimento de revisão contínua, à medida que os resultados são publicados, está em andamento com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

"Com a esperada baixa eficácia, mesmo que melhore um pouco na avaliação final, a vacina Curevac não será utilizável na Alemanha", declarou nesta quinta-feira Karl Lauterbach, especialista em questões de saúde do Partido Social Democrata, entrevistado pelo jornal Rheinische Post.

O contratempo do laboratório "não tem impacto no ritmo de nossa campanha de vacinação", comentou o ministério da Saúde alemão.

O efeito, porém, foi pesado sobre o preço da empresa, listada em Nova York, com perda de mais de 43% nesta quinta-feira na plataforma de negociação alternativa Tradegate.

Fundada em 2000, o principal acionista da CureVac é o bilionário alemão Dietmar Hopp, cofundador da gigante de software SAP e patrono do clube de futebol Hoffenheim.

Em junho de 2020, o governo alemão foi levado a assumir uma participação de 300 milhões de euros para adquirir 23% das ações do laboratório, após uma tentativa das autoridades americanas de obter direitos exclusivos para os Estados Unidos sobre uma potencial vacina.

O laboratório juntou forças com as gigantes farmacêuticas suíça Novartis e alemã Bayer para as fases de produção.

Ao mesmo tempo, está desenvolvendo as chamadas vacinas de segunda geração, levando em consideração as variantes, mas cujo desenvolvimento está menos avançado.

A CureVac informou nesta terça-feira (23) em nota divulgada em seu site, que a sua vacina experimental contra a Covid-19 protege contra casos graves da cepa sul-africana do novo coronavírus, segundo testes feitos em ratos de laboratório. Apesar de a reação imunológica ter sido afetada pela variante, todos os animais vacinados com a CVnCoV, nome oficial do imunizante, ficaram protegidos de infecções letais, de acordo com a empresa.

A CureVac disse que as cobaias receberam duas doses da vacina dentro de um intervalo de 28 dias. Além de proteger contra casos graves da variante mais contagiosa, o produto teve eficácia de 100% contra infecções letais da cepa original do vírus.

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"O surgimento de novas cepas de sars-cov-2, que apresentam o potencial de ser imunes às vacinas, representam um risco crescente para o progresso dos esforços atuais de imunização global", disse o cientista chefe da CureVac, Igor Splawski, ressaltando que, dentre testes feitos no modelo utilizado, o estudo da farmacêutica alemã é o primeiro que mostrou eficácia contra casos graves da cepa sul-africana do coronavírus.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou, nesta sexta-feira (12), o início de uma "revisão contínua" da vacina alemã CureVac contra a Covid-19, primeiro passo para um pedido de autorização formal de comercialização na União Europeia (UE).

Esta decisão "se baseia nos resultados preliminares de estudos de laboratório (dados não clínicos) e ensaios clínicos precoces em adultos", declarou a agência com sede em Amsterdã em um comunicado.

"A revisão continuará até que haja provas suficientes para um pedido oficial de autorização de comercialização", acrescentou o regulador europeu, que avaliará os dados de outros ensaios clínicos "assim que estiverem disponíveis".

A EMA enfrenta uma maior pressão para autorizar novas vacinas o mais rápido possível, em um momento em que os 27 Estados-membros lidam com atrasos nas entregas e dificuldades de abastecimento das três primeiras vacinas autorizadas na União Europeia.

Desenvolvida pela empresa alemã de biotecnologia de mesmo nome, a vacina CureVac, que o gigante da farmácia Bayer se comprometeu a produzir, está atualmente na fase 3 dos ensaios clínicos.

Peter Kremsner, professor do Instituto de Medicina Tropical de Tubinga, que supervisiona o estudo clínico em andamento, estimou em uma televisão alemã nesta sexta-feira que "a autorização (da EMA) poderia ser produzida em abril se tudo correr bem".

Por sua vez, a agência destacou que "não pode prever um calendário geral", embora a avaliação de um possível pedido seja facilitada pelo processo de "revisão contínua".

Este procedimento permite à EMA analisar os dados de segurança e eficácia das vacinas à medida em que aparecem, inclusive antes que o fabricante apresente uma solicitação formal de autorização.

Seu objetivo é acelerar a avaliação de um pedido de autorização de comercialização assim que for formulado.

Outras duas vacinas estão sendo submetidas atualmente a uma "análise contínua": as desenvolvidas pelas empresas americanas Johnson & Johnson e Novavax.

Até o momento, a EMA autorizou a comercialização condicional na UE de três vacinas: Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca/Oxford.

O grupo farmacêutico Bayer anunciou nesta segunda-feira (1°) que produzirá, a partir de 2022, a vacina contra o coronavírus que está sendo desenvolvida pela empresa alemã CureVac.

"Estou feliz de anunciar que temos a capacidade necessária para produzir a vacina da CureVac baseada no RNAm", afirmou o diretor do setor farmacêutico da Bayer, Stefan Oelrich.

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O executivo informou que o objetivo da empresa é produzir 160 milhões de doses nos primeiros 12 meses. "Ainda é necessário aumentar a disponibilidade das vacinas", acrescentou Oelrich.

Essas capacidades vão-se somar à produção na rede já existente da CureVac de 300 milhões de doses este ano, e 1 bilhão, em 2022, afirmou o CEO da CureVac, Franz-Werner Haas, cujo projeto de vacina se encontra na fase 3 de testes clínicos.

Atualmente, está "em processo de certificação", disse o ministro da Saúde, Jens Spahn, na mesma entrevista coletiva.

Segundo o ministro, garantir a produção da vacina no longo prazo é importante, diante de possíveis mudanças, ou da necessidade de uma segunda vacinação dentro de um ano, ou mais.

Bayer e o laboratório da CureVac, com sede em Tübingen, anunciaram em janeiro deste ano uma parceria para acelerar o desenvolvimento de vacinas.

A empresa farmacêutica alemã CureVac começou a selecionar cerca de 10.000 voluntários no Peru para iniciar a terceira e última fase dos testes clínicos de seu protótipo de vacina contra covid-19, informou neste sábado (9) a principal pesquisadora do teste no país sul-americano.

"Estamos nos preparando para iniciar os testes de fase 3 no Peru, estamos na fase de pré-inscrição selecionando os participantes", disse a pesquisadora Theresa Ochoa à agência de notícias estatal Andina.

O estudo envolveria entre 8.000 e 10.000 pessoas no Peru, embora globalmente o laboratório alemão teste um total de 36.000 pessoas, acrescentou.

A vacina alemã é composta por duas doses e tecnologia de RNA mensageiro, como as vacinas Pfizer/BioNtech e Moderna.

Ochoa é a principal pesquisadora do estudo no Peru e dirige o Instituto Alexander von Humboldt de Medicina Tropical da Universidade Cayetano Heredia.

Os testes do seu protótipo serão realizados em pessoas com mais de 18 anos de idade, com boa saúde e que não tenham resultado positivo para covid-19.

O Peru será mais uma vez o laboratório de testes de uma vacina candidata, depois de ter ajudado no desenvolvimento das vacinas das empresas chinesa Sinopharm e britânica AstraZeneca.

A CureVac espera lançar sua vacina contra covid-19 ainda neste ano. Espera-se que o imunizante possa ser armazenado por três meses em temperatura de geladeira, ao contrário da vacina Pfizer/BioNTech (-80º C) e Moderna (-20º C), explicou Ochoa.

A farmacêutica alemã anunciou em dezembro o início da terceira e última fase dos ensaios clínicos. A gigante química e farmacêutica Bayer anunciou em Berlim na quinta-feira que apoiaria a Curevac no desenvolvimento de sua vacina.

A Comissão Europeia já fechou contrato com esta empresa para a compra de 405 milhões de doses.

A gigante do setor químico e farmacêutico Bayer anunciou, nesta quinta-feira (7), sua colaboração com o laboratório alemão Curevac para apoiá-lo no desenvolvimento de sua vacina contra a Covid-19, atualmente na fase final dos testes clínicos.

As duas empresas "celebram um acordo de colaboração e serviços (...) para apoiar a CureVac em muitas áreas", incluindo a produção e a comercialização de uma vacina de RNA mensageiro "para facilitar o fornecimento de várias centenas de milhões de doses", afirmou a Bayer em um comunicado.

Com sede em Tübingen, no oeste da Alemanha, a CureVac espera trazer a vacina contra a Covid-19 ao mercado ainda este ano. Em dezembro, a empresa anunciou o lançamento da terceira e última fase de ensaios clínicos.

A Comissão Europeia já assinou um contrato com esta empresa especializada em RNA mensageiro para a compra de 405 milhões de doses.

"A Bayer trará sua experiência e sua infraestrutura estabelecida em áreas como operações clínicas, questões regulatórias, farmacovigilância, informação médica, desempenho da cadeia de abastecimento", disseram as duas empresas no comunicado.

A vacina candidata do CureVac pode permanecer estável por pelo menos três meses na temperatura da geladeira, de acordo com o presidente da empresa, Franz-Werner Haas, enquanto a da Pfizer/BioNTech deve ser armazenada a -70ºC, e a Moderna, a -20ºC.

O Instituto Paul Erhlich (Pei) emitiu nesta quarta-feira (17) uma autorização para a empresa biofarmacêutica alemã CureVac iniciar os testes de uma vacina experimental contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) em humanos.

A vacina, que será testada pela empresa da cidade de Tübingen, na Alemanha, é a segunda aprovada pelo instituto. Em abril, um teste da BioNTech já havia sido autorizado pela agência reguladora.

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há 11 vacinas experimentais contra a doença sendo testadas em pessoas no momento.

Em um comunicado divulgado hoje, a CureVac revelou que quase 170 pessoas vão ser testadas com a nova injeção.

O Ministério da Economia da Alemanha anunciou nesta segunda-feira (15) ter assegurado uma participação na CureVac. O governo do país fez um investimento de 300 milhões de euros para ter 23% do laboratório alemão, que tem sua tecnologia baseada em moléculas chamadas "RNAs mensageiros".

O anúncio aconteceu pouco tempo depois de ter surgido rumores de que os Estados Unidos estariam interessados em comprar a empresa.

Segundo dados da universidade norte-americana Johns Hopkins, a Alemanha possui 188.466 casos confirmados do novo coronavírus. O país também contabiliza 8.843 mortes pela doença.

Da Ansa

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