Tópicos | Djalma Guimarães

Com juros astronômicos e crescentes (conforme tabela a seguir), contrair dívidas junto ao sistema financeiro brasileiro é extremamente desaconselhável. Pagar 463,03% a.a. de taxa de juros no cartão de crédito é algo surreal. Logo, economizar para comprar à vista ou pagar uma boa entrada é uma forma a minimizar as despesas com juros.

                        

No entanto, em algumas situações o consumidor se sente impelido a buscar o sistema financeiro. Quais seriam as situações que justificam contrair uma dívida tendo em vista o nível de juros de nosso mercado?

·       Dívida fora de controle – Quando o consumidor tem uma dívida extremamente cara e fora de controle (dívida que o consumidor não está conseguindo pagar) tal consumidor deve buscar uma dívida menos cara, ou seja, trocar 463,03% a.a. do cartão de crédito por um empréstimo pessoal em um banco 73,52% a.a.

·       Trocar o mesmo tipo de empréstimo – O consumidor pode fazer uma portabilidade de financiamento de um banco para outro banco a fim de conseguir uma taxa de juros mais vantajosa.

·       Financiamento educacional – Educação e qualificação profissional não devem ser considerados custos pelo consumidor e sim um investimento. Desta forma, o consumidor pode pesquisar as modalidades de crédito mais vantajosas a fim de financiar a sua educação.

·       Financiamento habitacional – Depois de muita pesquisa e verificação de condições e imóveis mais apropriados para o orçamento, pode ser considerada a aquisição da casa própria. No entanto, tal projeto pode ser adiado pois existe uma tendência de queda nos juros no médio prazo.

·       Financiamento de bem de capital – Se o consumidor pretende adquirir um bem de capital, bem destinado a abertura ou melhoramento de um negócio próprio, tal gasto representa um investimento e pode ser adequado, desde que considerado com muita pesquisa e cautela.

O consumidor também deve levar em consideração a busca de opções de crédito “menos caras”, a exemplo de: crédito consignado, refinanciamento de imóvel, antecipação de restituição de IR, antecipação de 13° salário e crédito pessoal de bancos menores. Bem como desenvolver um orçamento e cumpri-lo e fazer um plano para eliminação de dívidas.

Todos os anos os trabalhadores brasileiros contam com uma gratificação salarial paga ao empregado pela entidade patronal denominada 13ª salário. Geralmente esse valor é o mesmo do salário mensal e pode ser pago em até duas parcelas, quitadas nos meses de novembro e dezembro. Apesar de ser dinheiro a mais no bolso, o gasto dele deve ser bem planejado para fazê-lo render. 

O economista Djalma Guimarães dá dicas de como melhor administrar essa renda. “A principal recomendação é de que se uma pessoa tem alguma dívida, que ela seja paga inteira ou parcialmente com o 13ª salário. Se está usando o crédito rotativo, empréstimo ou algum tipo de serviço como esse, é ideal se livrar dessa dívida”, indica. 

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O profissional ainda explica que quem deseja fazer alguma compra deve realizá-la à vista, utilizando a gordura do 13° terceiro para evitar parcelas. Outra opção é juntar essa quantia para em outro momento adquirir o produto pagando em sua totalidade. 

O valor também pode ser útil para as despesas do próximo ano e, por isso, o especialista alerta para a economia desse dinheiro extra. “Vale a pena lembrar que no início do ano sempre há gasto com vários tributos, além de ser um período para a compra de material escolar e matrícula, portanto, é importante juntar uma quantia para essas despesas, assim como juntar para possíveis necessidades no próximo ano”, atenta. 

O professor e também economista Benoni Cavalcanti também esclarece que as dívidas acumuladoras de juros devem ser as primeiras pendências a serem pagas. Já em segundo lugar, o dinheiro deve também ser destinado ao pagamento de taxas cobradas no início dos anos, como IPTU e IPVA, matrículas e materiais escolares. Ele esclarece que caso o planejamento desses pagamentos seja bem feito, o 13ª poderá ser utilizado para deixar o final do ano mais tranquilo, como por exemplo, aproveitado para momentos de lazer. 

Valor do 13ª a ser pago

O valor a ser pago pelo empregador ao trabalhador corresponde à porção de um doze avos da remuneração para cada mês trabalhado e pagamento deve ser feito como referência ao mês de dezembro. 

O seu valor varia de acordo com o salário base de cada trabalhador, mas é geralmente aproximado ao de um salário mensal. Ele pode ser pago em até duas parcelas, de acordo com a legislação trabalhista. A empresa deve realizar a quitação da primeira parcela até o dia 30 de novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro. 

A quitação dessa gratificação é uma obrigação do empregador e um direito do trabalhador; por conta disso, a empresa já se compromete a executar esse pagamento no momento da contratação do funcionário.

A nova taxa Selic, divulgada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), entra em vigor, mas como consequência disso, a população deve colocar um freio na sua movimentação financeira. Vendas, empréstimos e uso de cartões de crédito podem sofrer redução por medo de maior endividamento. 

Com a finalidade de controlar a inflação, a Selic foi reajustada em 0,5 pontos, alcançando os 13,75%, mesmo número alcançado há seis anos. Por conta desse aumento os consumidores sofrem um impacto diretamente, afinal, as taxas de juros também sofrem alteração para mais. 

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De acordo com o economista, Djalma Guimarães, como as alíquotas dos cartões de crédito, cheque especial, empréstimos pessoal e consignado, compras à vista e a prazo passam a ser maiores. Com isso, o custo fica ainda maior para os consumidores, o que pode levá-los a consumirem menos, consequentemente, a pouca circulação da moeda. “O aumento da Selic é uma faca de dois gumes, pois o governo faz frente lançando títulos públicos, no entanto, aumenta o endividamento da população”, explica.

Guimarães também explica que somente nos primeiros quatro meses de 2015 a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) já chegou a 4,52%, superando, a taxa central de 4,5% desejável para o ano, cabendo uma margem de tolerância de 2 pontos para cima ou para baixo.   

O economista também lembra que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), estabelecido pelo governo federal para fechar este ano é de 8,26%, porém, no primeiro quadrimestre e 2015 este número já alcançou os 8%, porcentagem acima da esperada.

Quem nunca pensou em dias melhores, sonhos realizados e ascensão financeira? No diagnóstico colhido pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IMPN) foi observado que muitos recifenses pensam em prosperidade financeira. Além de refletirem o assunto, a mostra expõe ainda que esse desejo torna-se cada vez mais amplo numa perspectiva de vida presente, futura e também numa análise para o país. 

Entre os dias 1 de 2 de abril, o IPMN saiu em campo na capital pernambucana com a pesquisa encomendada pelo Portal LeiaJá e intitulada Bem estar econômico, futuro epolíticas sociais. Durante os dois dias, 816 pessoas responderam a indagações referentes ao ‘bem estar econômico, futuro e políticas sociais’. A mostra colheu respostas de participantes a partir dos 16 anos, e tem uma margem de erro estimada de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

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Os resultados da avaliação apontam que 65% das pessoas entrevistadas, disseram que em relação ao passado, sua vida financeira melhorou. Desse total, 26% disseram que melhorou muito e 39% afirmaram que melhorou pouco. Ainda considerando o mesmo questionamento, 29% das pessoas acham que a vida financeira permanece a mesma e apenas 4% acreditam que piorou, sendo 3% os que consideram ter piorado um pouco e 1% afirmaram ter piorado muito.

A pesquisa demonstra também que a esperança dos recifenses em relação ao futuro financeiro é grande. Neste aspecto, foi perguntado as pessoas se elas tinham expectativa de que a vida delas irá melhorar no futuro. A resposta positiva atingiu 80% dos entrevistados somando os que afirmaram que ‘sim, muito’ com 54% e os que disseram ‘sim, mas pouco’ com 26%. Apesar dos dados relevantes, ainda existem participantes que acham que a vida permanecerá a mesma. Para este grupo, os resultados alcançaram 15%.

Além das expectativas de vida atual e futura dos indivíduos, o IPMN analisou a opinião dos recifenses em relação ao futuro do Brasil. As mais de 800 pessoas entrevistadas foram questionadas se teriam expectativa de que a vida no Brasil irá melhorar. Neste quesito, as respostas positivas foram semelhantes à pergunta anterior e atingiram 80%, sendo 54% o total das pessoas que disseram ‘sim, muito’ e 26% das que falaram ‘sim, pouco’.

Numa análise dos grupos que participaram da avaliação, os recifenses que possuem entre 25 a 34 anos são os mais esperançosos em relação ao futuro do Brasil alcançando 64%. Já os que acreditam que o país permanecerá a mesma coisa, o patamar mais alto foi das pessoas com 60 anos ou mais que atingiu 26% das respostas. Ainda referente à nação brasileira, 5% do total de entrevistados não souberam ou não responderam.

Segundo o economista Djalma Guimarães, os resultados positivos que expressam as expectativas dos recifenses estão ligados à mudança da economia do país. “Nos últimos anos houve uma ação de transformação na economia brasileira com uma melhor distribuição de renda e isso tem combatido os elevados níveis de desemprego. Assim, a percepção das pessoas é bem mais positiva do que anos atrás quando o Brasil tinha muito desemprego”, avalia.

O especialista em economia também comentou alguns fatores importantes que podem ter contribuído para as respostas dos entrevistados. “Hoje existem programas como o Prouni e o Fies que permitem que camadas da população alcancem o que antes era inacessível - o ensino superior. Essas transformações levam a um melhor bem estar financeiro e faz com que o salário aumente de acordo com o nível de escolaridade”, explica.

Já sobre a esperança de um futuro financeiro melhor para o Brasil, Guimarães relembra a situação que o país viveu anos atrás. “O Brasil passou algumas décadas com inexpressíveis investimentos econômicos e nós temos conseguindo de 2000 para cá, um nível maior. Esse tipo de crescimento tem ocorrido na vida das pessoas que têm um maior acesso ao consumo. E isso, faz com que se tenha uma perspectiva de futuro. Somos um povo muito otimista e tudo é devido a essas transformações”, argumenta o economista.

Um recente levantamento realizado pelo Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações identificou um aumento no número de empresas que decretaram falência em janeiro deste ano, no Brasil. O acréscimo foi de 42,4%, se comparado aos dados do mesmo mês no ano passado.

Conforme a pesquisa, no primeiro mês de 2013 foram registrados um total de 47 processos, sendo 34 de micro e pequenas empresas, 12 de médias e um de grande empresa, o maior número dos últimos dois anos. Em janeiro do ano passado, 33 empresas quebraram, enquanto no mesmo mês de 2011, foram 41 falências.

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De acordo economista Djalma Guimarães, alguns setores industriais realmente passam por uma crise no primeiro trimestre do ano, enquanto outros tendem a faturar mais em janeiro. “O setor de comércio dá uma desaquecida e o setor de turismo tem uma alta neste período”, explicou.

Para ele, o quadro atual enfrentado pelos empreendimentos pode ser atribuído a falta de planejamento por parte das próprias empresas. “Quando você se planeja fica mais fácil enfrentar os problemas. É preciso calcular e se planejar para o ano inteiro. Quando isso não acontece às coisas terminam mal”, afirmou.

Questionado sobre o impacto desses números em Pernambuco, o economista explica que é um pouco complicado trazer esses dados para o Estado. “Fica difícil fazer esse cálculo porque enquanto o Brasil registrou um pequeno crescimento econômico, Pernambuco cresceu um pouco mais. Por isso pode ser que Pernambuco não tenha acompanhado esse aumento de falências”, concluiu. 

Nesse carnaval o folião recifense ganhou de presente a diminuição nos valores dos produtos mais consumidos durante essa época. É o que aponta a pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) em 39 supermercados de 25 bairros do Recife. No levantamento, foi verificada a redução de 7% dos produtos, em relação ao mesmo período do ano passado. Os produtos variaram de supermercado para supermercado, podendo chegar a 11%.

Os oito itens pesquisados, este ano, estão entre os mais consumidos e cobiçados por quem participa da folia de Momo, são eles: cerveja, cachaça, protetor solar, vodka, energético, água de coco e refrigerante e água mineral. A diferença do consumo em relação ao preço médio de cada item citado ficou em janeiro R$ 44,09, e no mês de fevereiro os produtos desta mesma lista custaram R$ 41,04. A redução mais significativa foi a vodka , a sua queda chegou a R$ 2,89. Outras quedas significativas foram verificadas em: energético (R$ -0,08), e na água mineral (R$-0,06). As únicas elevações de preços ocorreram na vodka (R$0,04) e na água de coco (R$0,03).

Mas apesar da queda no valor dos produtos, o folião deve ficar atento, segundo o economista do IPMN, Djalma Guimarães, o consumidor só será privilegiado com o abatimento dos preços, se adquirir os produtos em supermercados e antes dos dias de festa.

“Nos dias de carnaval a maior parte dos produtos vai ser vendida por ambulantes, geralmente o preço desse tipo de mercadorias é elevado. Para o folião é interessante comprar no supermercado, porque vai obter uma condição mais favorável do que quem for comprar diretamente na festa, que possivelmente não vai usufruir dessa redução”, aconselha Djalma.

A dica para você curtir esses benefícios no carnaval, é se preparar antes, fazer suas compras em supermercados mais próximos. Se for para consumir no dia da festa, o melhor caminho é tentar pesquisar o lugar onde você poderá encontrar essas vantagens, segundo outras dicas dadas pelo economista.

Confira a tabela de preços da pesquisa do IPMN:



Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) nos dias 06 e 07 de fevereiro deste ano, revelou as preferências da população recifense quanto ao carnaval de 2012. Nesse período, foram entrevistadas 624 pessoas em várias áreas do município, com faixa etária de idade a cima de 16 anos e de ambos os sexos. Desse montante, a pesquisa pontuou que 55,8% dos entrevistados pretendem participar das festas carnavalescas deste ano, no entanto, 42,6% não possuem interesse em participar dos festejos e outros 1,6% não souberam responder.

Entre os destinos preferidos pelos foliões da capital do Estado, 55,5% deles disseram que irão permanecer na cidade, enquanto, 27,9% revelaram que pretendem brincar no Município de Olinda. Na terceira opção apareceu o carnaval da cidade da Ilha de Itamaracá, também no Grande Recife, com 5,7% Das preferências. Em seguida, aparecem o carnaval de Bezerros, na Mata Sul de Pernambuco, e o de Salvador no estado da Bahia, com 3,2% e 0,9%, respectivamente. Sendo assim, os principais focos de folia no Estado pernambucano representam aproximadamente 84% do total de destinos preferidos. 

De acordo com Djalma Guimarães, Economista do IPMN, esse percentual representa um quantitativo significante de foliões na capital do Estado. “Se levarmos em consideração o contingente populacional que existe no Recife é um número muito grande de pessoas dispondo de alguns recursos durante os festejos. Isso porque, nesse período, há um aumento no comércio informal com vendas de bebidas e comidas”, afirmou. Ainda segundo Djalma, esse efeito é visto como ponto positivo já que aquece o setor da economia da cidade.

Consumo - Já em termos de consumo, a cerveja teve destaque entre os entrevistados. A bebida ficou em primeiro lugar com 21,5%, ultrapassando a água mineral que teve 18,9% na expectativa de consumo neste período. O popular espetinho apareceu em quarto lugar na pesquisa com 11,0%, seguido pelo cachorro-quente, que ocupou a sexta posição.

Um dos pontos importantes registrados na pesquisa foi a média de gastos dos recifenses no período de Carnaval. Aproximadamente 15,4% dos entrevistados almejam ter despesas de R$ 200,00 nos dias de festejos. Um valor considerável, levando em conta que a maioria dos cidadãos do Recife são assalariados. “Mais da metade da população recifense recebe de um a dois salários mínimos por mês e gastar uma quantia de R$ 200 para brincar nos dias de carnaval é um fator significativo. Agora, é bom advertir o folião que tenha cuidado com os gastos para não se endividar e se complicar com as contas no período pós-carnaval”, ressaltou o economista.

O desfile do Galo da Madrugada, que arrasta multidões no sábado de Zé Pereira, foi apontado como o bloco preferido por cerca de 1/3 dos entrevistados que pretendem seguir blocos de carnaval, ou seja, 32,1%. Ao todo, 82% manifestaram o desejo de acompanhar os blocos carnavalescos, enquanto, 17,5% dos questionados disseram que não irão seguir nenhum bloco.

Ritmos - Já entre os gêneros musicais do recifense para o carnaval 2012, a preferência pelo ritmo do frevo teve a maior pontuação dentre as escolhas, alcançando 36,1%. Seguido do Axé com 15,6%, dos que não tem preferência musical, marcando 11,6% e do Brega que apresentou 9,8%. As músicas tradicionais de carnaval foram lembradas na sexta posição com 5,5%.

Segundo a estudante de Enfermagem, Rafaella Farias, 27 anos, que pretende ir ao bloco do Galo da madrugada no próximo sábado (18) um dos ritmos que não pode faltar no desfile é Frevo e o Axé. “São os ritmos que marcam o carnaval do Recife e principalmente o Galo da Madrugada. É tradição”, pontuou. Ela revela ainda espera gastar uma média de R$ 60 nos dias de folia.

A pesquisa foi definida com base nas fontes oficiais de dados do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O número de entrevistas foi estabelecido com base em uma amostragem aleatória simples com um nível estimado de 95% de confiança e uma margem de erro estimada de 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos.   

O mercado imobiliário dos próximos anos deverá ser movimentado, principalmente, pela classe média popular. É o que sugere um recente levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), referente ao Mercado de Imóveis do Recife em 2012. A demanda do setor tende a ser atendida, sobretudo, por casais da classe C, e a população com renda mensal de acima de um e até dois salários mínimos. O estudo identificou que esse é o público mais interessado em adquirir uma residência ao logo dos próximos meses.

Segundo a pesquisa, 37% dos recifenses ainda pretendem comprar um imóvel. No mesmo levantamento, realizado em janeiro de 2011, tal percentual era de 27%. O comparativo aponta que a demanda tende a permanecer elevada tanto quanto a expansão do setor imobiliário. Para o economista Djalma Guimarães, um dos responsáveis pelo levantamento, Recife ainda possui um déficit habitacional considerável. “Existe um grande contingente de pessoas que têm o potencial de adquirir uma casa na capital pernambucana, mas em uma demanda a longo prazo”, pontuou.

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As preferências são por casas usadas, com três quartos, dois banheiros e uma vaga na garagem. Mas o economista observa que o imóvel dos sonhos identificado pela pesquisa foge do padrão dos mais populares e oferecidos pelo mercado. Atualmente, a maioria das residências disponibilizadas pelo setor são os apartamentos para a o novo modelo de família brasileira - com imóveis geralmente novos ou na planta, com dois quartos, um banheiro e uma vaga na garagem.

Para Guimarães, a preferência por casas pode ser explicada pela renda bruta da classe “C”, maioria das pessoas que desejam adquirir um imóvel. “Casa pode ser muito mais cara em bairros de classe média e classe mais alta, mas na região da periferia, você encontra casas mais baratas”, justificou. De acordo com Djalma, a prioridade por esse tipo de residência mudou em relação à pesquisa do ano passado, quando os recifenses preferiam comprar apartamentos novos.

Dentre os atrativos que o imóvel deve possuir, os entrevistados priorizaram churrasqueira, antena coletiva e internet WiFi. Itens como piscina, academia, playground e salão de festas ficaram em segundo plano. “As pessoas atualmente priorizam o espaço construído, por isso alguns atrativos e áreas comuns estão sendo dispensadas”, explicou Guimarães.

No âmbito das localidades mais preferidas para a aquisição de imóveis, estão Boa Viagem e Casa Amarela - permanecendo entre as principais regiões demandadas, assim como em 2011. A novidade nesta pesquisa é a região da Avenida Recife ocupar a terceira posição do ranking, quando no último levantamento, tal área nem foi lembrada. No último índice, o posto foi ocupado pelo bairro de Casa Forte, que este ano acabou saindo da lista.

Segundo o levantamento do IPMN, a forma de pagamento mais pretendida para ser utilizada pela população é o financiamento pela Caixa Econômica Federal, liderando a pesquisa com 40,3%. De acordo com Fernanda Cavalcante, escriturária da Caixa e atendente na área de habitação, o banco oferece financiamento habitacional com parcelas decrescentes e com o pagamento da prestação de até 30% da renda familiar. Por exemplo, se a renda mensal de uma família que não possui imóvel próprio for de R$ 1,2 mil, a prestação máxima será de R$ 360,00.

Fernanda pontua ainda que para adquirir o serviço do banco basta ser brasileiro ou naturalizado, ter capacidade civil e de pagamento e possuir toda a documentação exigida em regularidade. O cliente também precisa estar enquadrado na linha de financiamento, em função da renda e do preço do imóvel. No programa Minha Casa Minha Vida, por exemplo, a renda bruta máxima permitida é de R$ 5 mil. Já o valor da casa ou apartamento pode chegar a R$ 150 mil, caso esteja localizado no Recife. Na Região Metropolitana, o limite é de R$ 130 mil.

Para João Carlos Leite, superintendente regional da Caixa em exercício, a preferência pelo financiamento do banco também pode ser explicada pela tradição e comprometimento da instituição financeira com seus clientes. “Ao procurar a Caixa para financiar o seu imóvel, o cliente sabe que terá assegurado todo o trâmite legal da contratação e registro no cartorário. O atendimento especializado dos funcionários também representa um diferencial, uma vez que os outros bancos têm uma experiência mais recente junto ao segmento imobiliário”, justificou.


O técnico industrial, Carlos Vinícius Serejo Esteves (foto), 27 anos, faz parte do grupo de pessoas que recorreu ao financiamento da Caixa na hora de realizar o sonho da casa própria. “Optei pela Caixa pela facilidade de pagamento e porque, dependendo da condição, não é preciso dar entrada. Procurei outros bancos, mas eu teria que desembolsar um valor inicial muito alto”, declarou.

Ao contrário da maioria dos entrevistados que afirmaram planejar bastante antes de adquirir um imóvel, Carlos Vinícius não teve muito tempo para escolher e comprar a nova residência. “Fui aprovado em um concurso e estou vindo morar no Recife. Devido à mudança, tive certa urgência em adquirir o meu apartamento”, revelou. Como estava fora da cidade, o técnico industrial tratou de todos os trâmites legais por correspondente através de uma imobiliária. “O processo foi bem tranquilo e não tive problemas. Estou muito satisfeito com a minha escolha”, comemorou.

O 13° salário é sempre muito aguardado pelas pessoas que trabalham com carteira assinada. A primeira parcela dele já foi paga aos trabalhadores (para quem não recebeu antecipação nas férias), a segunda será liquidada pelas empresas até o próximo dia 20. Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), o salário extra injetará cerca de R$ 118 bilhões na economia brasileira. O montante representa quase 2,9% do PIB do país.

Mas, o que fazer com o 13° salário? Há quem já tenha destino certo para a gratificação de Natal antes mesmo de chegar ao bolso. Um levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgado no último sábado (10) mostra de que maneira os recifenses pretendem usar o 13°. Dos entrevistados, 17% responderam que usariam o dinheiro para saldar suas dívidas, enquanto outros 12,1% pretendem comprar bens e 9% planejam uma viagem. Contudo, 21,1% não sabem o que fazer com o pagamento ou não responderam. 

Para os especialistas, é prudente que a remuneração seja usada para saldar dívidas. Mesmo que o valor não seja suficiente para quitar a dívida, deve ser usado para pagar uma parte dela. O economista do IPMN, Djalma Guimarães, explica que é indicado o consumidor negociar a dívida caso não tenha o dinheiro para pagar o valor total.  Quando é com uma administradora de cartão de crédito, Guimarães aconselha o consumidor tomar um empréstimo de menor custo, junto a um banco e quitar o pagamento integralmente. “Os juros cobrados pelos bancos são menores do que os praticados pelas administradoras dos cartões de crédito, observa o economista.

A pedagoga Edna Santos, 37 anos, é um dos consumidores endividados que usará o 13° para efetuar o pagamento de parte das dívidas, que segundo ela são muitas.  “Em 2008 contraí inúmeras dívidas com um empréstimo que fiz, com dois cartões de crédito e com a conta bancária que eu tinha”, conta. As dívidas da pedagoga se tornaram bolas de neve quando ela foi demitida do emprego. “Eu tinha um bom salário e perdi o emprego. Seis meses depois voltei a trabalhar, mas o meu salário atual não dá para quitar essas dívidas, que são altíssimas. Hoje, elas estão em torno de R$ 6 mil a R$ 8 mil. Já cheguei a fazer acordo com as empresas que devo, mas acabava não conseguindo sequer pagar as parcelas das negociações”, afirma. Edna ainda disse que espera em 2012 conseguir um novo emprego e finalmente renegociar e acabar de vez com as contas.

Metas

Assim como Edna, a pesquisa do IPMN também revelou que 32,9% dos recifenses planejam o ano que está para chegar. E mais. Que 70,1% deles cumprem os objetivos estabelecidos. Entre os desejos para 2012 está no topo da lista o sonho da casa própria com 14,6%, seguida do desejo de conseguir uma vaga no mercado de trabalho com 9,6% e na terceira colocação está a compra de um automóvel. 



“Sempre estabeleço metas e um período para cumpri-las”, garante a secretária Nayara Lopes, 20. Para 2012, a principal meta da secretária é o casamento. “Pretendo casar em agosto ou setembro do ano que vem. Em janeiro já começarei a procurar uma casa para comprar”, conta sorridente. Nayara também comenta que não costuma fazer dívidas muito altas ou dividir as compras em várias parcelas. “Eu planejo. Por exemplo, se vou comprar uma cama e uma geladeira, eu dou uma entrada e divido no cartão de crédito em até três vezes. Quando termino de pagar essa dívida é que planejo outra”, garantiu.

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Brasileiros chegam ao final do ano endividados. De acordo com um levantamento do Banco do Brasil (BC), o grau de endividamento das pessoas saltou de 25% em 2006 para 41% este ano. Os dados apontam ainda que as famílias brasileiras têm em média 4,5 contratos de crédito e até nove pendências financeiras. No Recife, o índice de endividamento também apresentou uma elevação de 3,9 pontos de outubro para novembro. Eles representam 41,7% dos consumidores, destes 7,6% estão em situação mais crítica, ou seja, em atraso com todos os seus compromissos financeiros. Esta elevação foi detectada pelo estudo sobre Endividamento e Inadimplência do Consumidor do município de Recife do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN).

Este panorama pode estar associado ao aumento das compras a crédito nos últimos dois meses do ano.  A tendência ao endividamento via cartão de crédito apresenta trajetória de crescimento, desde setembro, quando o percentual era de 61,20%. Em outubro subiu para 63,30% e no mês de novembro chegou a 66,40%. O aumento no número de cartões emitidos e as facilidades de pagamento, ajuda a entender tal crescimento.

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“O recifense não estava habituado a ter crédito com tanta facilidade. Isso aliado aos juros mais altos, praticados pelos agentes financeiros, faz as pessoas que têm renda de um ou dois salários míninos fazer compras parceladas em cartões de crédito e ainda pegar empréstimos consignados. A tendência é isso aumentar, especialmente por causa da cultural ocidental de gastar mais no final do ano”, avaliou o economista Djalma Guimarães do IPMN. 



As facilidades do cartão de crédito e empréstimos consignados são modalidades tanto atraentes quanto perigosas, como afirma e alerta o presidente do Procon-PE, José Rangel. “É perigoso se endividar com o cartão de crédito, pois é uma modalidade que cobra juros altos. A dívida vira uma bola de neve, pois são cobrados juros em cima de juros. O consumidor também deve ficar atento ao pedir um empréstimo, pois há financeiras que cobram juros abusivos. Elas chegam a cobrar de 8% a 10%”, observou. Segundo Rangel, os juros normais variam entre 2,5% e 3%.

O eletricista autônomo, Dídimo Bezerra, 55 anos, é uma das vítimas desse tipo de endividamento. “Minha filha comprou materiais de construção para reformar a casa e não pagou, foi embora morar em São Paulo. A dívida, há dois anos, era de pouco mais de R$ 700 e chegou a mais de R$ 2,5 mil. Eu não paguei porque não tinha esse dinheiro. Agora renegociei e vou ter condições de quitar”, garantiu.

Dicas para sair do endividamento:

Não contrair mais dívidas;
Negociar com a instituição financeira que está em débito;
No caso de precisar de empréstimo pra liquidar a dívida é importante procurar uma instituição financeira séria, que cobre juros entre 2,5% e 3%;
Evite "emprestar" seu nome para que terceiros façam dívidas. Eles provavelmente já estão com problemas de endividamento e não serão bons pagadores.

Planejamento Familiar

Para orientar os consumidores pernambucanos o Procon-PE promoverá a 1° Oficina Do Planejamento Financeiro Familiar. Serão duas edições do curso, a primeira em 28 de novembro e a segunda em dois de dezembro, nos turnos da manhã e tarde. As quatro turmas serão formadas por até 50 pessoas, cada. Caso o número de procura seja superior ao número de vagas, serão formadas novas turmas para o dia 29. A oficina é gratuita e será realizada na sede do Procon-PE, na rua Floriano Peixoto,141, bairro de São José, no Recife.

As inscrições podem ser feitas até o primeiro dia do curso pelos telefones 0800.2821512, 3181.7000 e 3181.7006.

Confira AQUI os endereços das unidades do Procon em Pernambuco

Os recifenses da classe C são os mais animados para abrir um negócio em 2012. É o que aponta a pesquisa de Mapeamento do Empreendedorismo do Recifense do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), que ouviu 623 pessoas, com idade entre 16 e 60 anos na capital pernambucana, nos dias 1 e 2 de setembro. A classe C 56% representa dos mais dispostos, enquanto que a classe B representa 41,7% e as classes A e D, juntas, incidem em apenas 2,3%.

Para o economista do IPMN, Djalma Guimarães, a melhor situação econômica da classe é um dos principais fatores da classe C ter pressa em começar um negócio. “A distribuição de renda nos últimos anos fez com as pessoas da classe C pudessem pensar em abrir seus próprios negócios. Há alguns anos atrás elas abriam um negócio para ter um emprego, mas hoje as pessoas dessa classe encaram um empreendimento como uma opção de acrescentar, elevar a sua renda”, avaliou Guimarães. 

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Porém o economista destacou que para um negócio dar certo é fundamental que haja planejamento. Isso porque apenas 13,8% disseram já ter participado de curso de capacitação. Enquanto que cerca de 50% das pessoas ouvidas pelo IPMN responderam que não sabiam o valor necessário para abrir um negócio.

O ex-bancário João Batista, dono de um restaurante e uma lanchonete que funcionam no mesmo endereço na rua Guilherme Pinto, no Bairro da Madalena, está entre os que não planejaram o negócio antes de começar. “Eu trabalhava em um banco e houve um incentivo para a aposentadoria, foi quando eu abri um restaurante em Olinda, depois desfiz a sociedade e vim montar o meu próprio restaurante. Não planejei nada, comecei e ao longo do tempo fui fazendo as adequações de acordo com o que ia dando certo e readequando dava errado”, disse o comerciante, que recebe diariamente cerca de 500 clientes.

A pesquisa ainda aponta que 54,2% dos entrevistados utilizaram capital próprio para a abertura do negócio. “Em empreendimentos menores é muito comum que as pessoas utilizem um dinheiro que tenha em conta bancária, que tenha juntado. Só em empreendimentos maiores é que as pessoas costumam fazer um financiamento”, garantiu Guimarães.

Outro ponto forte da pesquisa é confiança do recifense no estado de Pernambuco. Aproximadamente 65% disseram que este é um bom lugar para investir - em virtude do crescimento econômico. “As notícias sobre os investimentos na região refletem na confiança desses novos investidores. Nesse cenário ele passa enxergar maiores e melhores oportunidades de investimento. Podendo também estimular o comércio local, já que as pessoas têm uma renda melhor e estão mais dispostas a consumir”, considerou Guimarães. 

Como foi o primeiro semestre do governo Dilma? O Opinião Brasil do dia 25 de julho mostra um balanço dos primeiros seis meses do governo federal com Dilma na presidência. Nesse primeiro bloco você vai começar a acompanhar o debate com o cientista político Marcos Costa e o economista Djalma Guimarães. O programa Opinião Brasil é apresentado por Cristiano Ramos e Aldo Vilela e você pode acompanhar o programa na íntegra aqui, no LeiaJá.

O programa Opinião Brasil é produzido em parceria com o núcleo de comunicação social da Faculdade Maurício de Nassau.

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