Tópicos | fevereiro

A dívida líquida do setor público subiu para 35,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em fevereiro, atingindo a marca de R$ 1,593 trilhão. Em janeiro, estava em 35,2% do PIB. A desvalorização cambial contribuiu para esse crescimento, de acordo com o Banco Central (BC). Em dezembro, a dívida líquida do setor público estava em 35,2% da soma de todos os bens e serviços finais produzidos no Brasil. Os dados do BC mostram que a dívida bruta do governo fechou fevereiro em 59,1% do PIB, ante 59,2% de janeiro. Em fevereiro, a dívida bruta somou R$ 2,513 trilhões.

O setor público consolidado - governo federal, Estados, municípios e empresas estatais - gastou R$ 20,251 bilhões com juros em fevereiro. Houve uma baixa em relação ao dispêndio de R$ 22,649 bilhões registrado em janeiro e também em referência aos R$ 20,574 bilhões consumidos em fevereiro de 2012. A despesa do Governo Central (Tesouro Nacional, BC e Previdência Social) com juros foi de R$ 15,804 bilhões no mês passado. No primeiro bimestre de 2013, o desembolso com juros do setor público foi de R$ 42,9 bilhões (5,79% do PIB). Já nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, a despesa com esse pagamento foi de R$ 218,833 bilhões, ou o equivalente a 4,90 % do PIB.

##RECOMENDA##

Déficit nominal

O setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 23,282 bilhões em fevereiro. Em janeiro, essa conta havia ficado positiva em R$ 7,602 bilhões. Em fevereiro de 2012, o déficit assinalado foi de R$ 8,755 bilhões. Em fevereiro de 2013, o Governo Central anotou déficit nominal de R$ 22,947 bilhões. As empresas estatais também apontaram déficit no período, de R$ 327 milhões.

No primeiro bimestre do ano, o resultado do Governo Central segue negativo em R$ 15,680 bilhões, o que corresponde a 2,11% do PIB. Já nos 12 meses encerrados em fevereiro, o déficit nominal está em R$ 122,192 bilhões, o equivalente a 2,74% do PIB. Também neste período de 12 meses encerrado em fevereiro, o superávit primário acumula um saldo positivo de R$ 96,641 bilhões, o que corresponde a 2,16% do PIB.

Depois de registrar um surpreendente superávit de R$ 30,251 bilhões em janeiro, o setor público consolidado (Governo Central e regionais e empresas estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) registrou déficit primário de R$ 3,03 bilhões em fevereiro, segundo informou nesta quinta-feira o Banco Central (BC). O déficit primário é inédito para fevereiro na série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2001.

O dado ficou dentro do intervalo das estimativas colhidas pelo AE Projeções, que variavam de um déficit de R$ 5,5 bilhões a um superávit de R$ 5,7 bilhões. A mediana da amostragem era negativa em R$ 2,6 bilhões. De acordo com o banco, a maior parte do déficit de fevereiro foi causada pelo Governo Central, que encerrou o período com saldo negativo de R$ 7,144 bilhões.

##RECOMENDA##

Já os governos regionais contribuíram com um superávit de R$ 4,242 bilhões e as empresas estatais tiveram um déficit de R$ 130 milhões. A autoridade monetária informou também que no bimestre o superávit primário do setor público é de R$ 27,220 bilhões, o equivalente a 3,67% do Produto Interno Bruto (PIB). Em igual período de 2012, essa fatia estava em 5,25% do PIB. Em 2013, o compromisso da administração federal é de economizar R$ 155,9 bilhões para pagar os juros da dívida.

A indústria da construção mantém em fevereiro praticamente o mesmo nível de atividade verificado em janeiro deste ano, acumulando dez meses consecutivos de desaquecimento. O indicador do nível de atividade efetivo em relação ao usual ficou em 46,2 pontos em fevereiro, abaixo da marca de 50, o que reflete atividade desaquecida, queda no emprego e atividade abaixo do usual. Em janeiro, esse indicador foi de 46,4 pontos e em fevereiro do ano passado estava em 49,1 pontos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Sondagem Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

As empresas de pequeno porte tiveram o pior desempenho, com 40,9 pontos em fevereiro, ante 46,4 pontos em janeiro. As grandes empresas tiveram desempenho melhor, com 48,9 pontos. Em janeiro esse índice foi de 46,5 pontos. As médias empresas registraram o nível de atividade efetivo em relação ao usual em 44,8 pontos em fevereiro, ante 46,1 pontos em janeiro.

##RECOMENDA##

Empregados na construção

O indicador que mede o número de empregados teve leve alta, de 45,8 pontos em janeiro para 46,8 pontos em fevereiro, ainda abaixo do usual, o que revela retração pelo quarto mês consecutivo, aponta a pesquisa. A Utilização da Capacidade de Operação (UCO) do setor, que mede o volume de recursos, mão de obra e equipamentos usados pelas empresas, também subiu um pouco, de 68% em janeiro para 70% em fevereiro. O porcentual, no entanto, permanece abaixo do apurado em fevereiro de 2012, que foi de 71%.

Apesar de meses em baixa, os empresários da construção se revelaram otimistas em relação aos próximos seis meses, com todos os indicadores acima dos 50 pontos. Os empresários esperam crescimento para os quatro componentes do indicador: nível de atividade; novos empreendimentos e serviços; compras de insumos e matérias-primas e número de empregados.

A Sondagem Indústria da Construção foi realizada entre 1º e 13 de março com 439 empresas.

Embora a taxa de desemprego tenha atingido o menor patamar para fevereiro (5,6%), o mercado de trabalho mostra-se menos dinâmico neste início de ano do que no começo de 2012, segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentados na manhã desta quinta-feira. A população ocupada recuou 2% em fevereiro em relação a dezembro do ano anterior. Na comparação entre fevereiro de 2012 e dezembro de 2011, o número de ocupados teve queda de 0,5%.

De acordo com o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, a redução maior na população ocupada agora do que no ano anterior mostra que a capacidade do mercado de trabalho de reter trabalhadores temporários foi menor. "O mercado de trabalho reflete o que acontece no cenário econômico. Hoje o cenário econômico se mostra não tão aquecido fazendo com que gere menos postos de trabalho do que foi observado no ano passado", disse Azeredo. "Resumindo, você tem uma geração menor de postos de trabalho em função de você ter um cenário econômico que não está favorecendo isso", acrescentou.

##RECOMENDA##

A pesquisa também apontou um aumento menor no contingente de desocupados. Em fevereiro, a população desocupada foi 19,4% maior do que a verificada em dezembro de 2012. Na comparação entre fevereiro de 2012 e dezembro de 2011, o aumento no número de desocupados foi de 21,6%. Como resultado, houve crescimento no número de pessoas inativas, como estudantes e donas de casa, mas também pessoas que deixaram o mercado de trabalho e não têm expectativa de conseguir um novo emprego em uma época em que há tradicionalmente dispensa de trabalhadores.

"Essa população foi para a inatividade", explicou o coordenador do IBGE. "O mercado retém menos trabalhadores do que no ano passado, por outro lado, a população desocupada cresce menos. A gente já começa o ano com uma taxa de desocupação muito aderente à do ano passado. O mercado se mostra menos favorável a gerar postos de trabalho e, consequentemente, reduzir a desocupação."

O número de pessoas inativas aumentou 1,0% em fevereiro ante janeiro, o equivalente a 182 mil pessoas a mais na inatividade.

A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 5,6% em fevereiro. Em janeiro, a taxa foi de 5,4%. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (de 5,5% a 5,8%), com mediana de 5,7%. O rendimento médio real dos trabalhadores registrou variação de 1,2% em fevereiro ante janeiro e aumento de 2,4% na comparação com fevereiro de 2012.

A taxa foi a mais baixa para o mês desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego, que começou em março de 2002, segundo o IBGE. Em janeiro, a taxa de desemprego estava em 5,4% e, em fevereiro do ano passado, a taxa de desemprego tinha sido de 5,7%.

##RECOMENDA##

A massa de renda real habitual dos ocupados no País somou R$ 42,8 bilhões em fevereiro, mostrando estabilidade em relação a janeiro. Na comparação com fevereiro de 2012, a massa cresceu 4,2%. Já a massa de renda real efetiva dos ocupados totalizou R$ 42,6 bilhões em janeiro, o que representa um recuo de 21,9% em relação a dezembro de 2012. Na comparação com janeiro de 2012, houve aumento de 4,4% na massa de renda efetiva. O rendimento médio real dos trabalhadores em fevereiro foi de R$ 1.849,50, contra R$ 1.827,55 em janeiro.

Ainda sem o Orçamento deste ano, que aguarda sanção da presidente Dilma Rousseff, as contas do Governo Central (Tesouro Nacional, INSS e Banco Central) fecharam no vermelho em fevereiro e registraram um déficit primário de R$ 6,412 bilhões. É o pior resultado desde setembro de 2009, quando as contas do governo central apresentaram déficit de R$ 7,813 bilhões, e é também o pior resultado para meses de fevereiro da série do Tesouro, que começou em 1997. Em janeiro, houve superávit recorde de R$ 26,19 bilhões. Em fevereiro de 2012, o superávit do governo central foi de R$ 5,38 bilhões.

Assim, as contas do governo central apresentaram uma piora nos dois primeiros meses deste ano. No acumulado até fevereiro, o resultado foi inferior em R$ 6,4 bilhões ao verificado no mesmo período do ano passado e equivale a 2,67% do PIB, enquanto no mesmo período do ano passado foi de 3,87%.

##RECOMENDA##

Segundo dados do Tesouro, as receitas do Governo Central apresentaram um crescimento de 7,4% no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2013. Em relação a janeiro, as receitas de fevereiro do Governo Central registraram uma queda 34,9%.

Já as despesas apresentaram um crescimento de 13,9% no primeiro bimestre e uma queda em fevereiro de 18,4% em relação a janeiro. Enquanto as receitas totais somaram R$ 76,289 bilhões, as despesas alcançaram R$ 61,551 bilhões no bimestre.

PAC

As despesas com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) alcançaram R$ 7,6 bilhões até fevereiro. Os dados do Tesouro mostram um aumento de 73,5% em relação ao primeiro bimestre do ano passado. Essas despesas podem ser abatidas da meta fiscal. As despesas totais com investimentos somaram R$ 12,3 bilhões no primeiro bimestre, com alta de 28,7% sobre o mesmo período de 2012.

O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, minimizou a queda de 2,3% no Indicador do Nível de Atividade (INA), sem ajuste sazonal, em fevereiro. Na série com ajuste sazonal, a queda em fevereiro foi de 1,5%. Para ele, a queda, no entanto, foi consequência de o mês de janeiro ter sido muito positivo e o dado que merece destaque é o crescimento de 2,8% no acumulado do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.

"O ano de 2013 está sendo melhor na somatória dos meses que 2012. Janeiro foi um pouco excepcional no crescimento e parte da queda de fevereiro é na comparação com janeiro", explicou. "A melhor visão é juntar os dois meses. Daí vemos um saldo positivo, não muito forte, é verdade, mas para quem estava caindo em 2012 é sempre bom parar de cair", emendou.

##RECOMENDA##

Durante a apresentação dos dados do INA de fevereiro, a Fiesp revisou o valor do indicador relativo a janeiro para 2,5% na série com ajuste sazonal, ante os 2,1% divulgados anteriormente. Na série sem ajuste sazonal, o INA manteve-se em 3,7%.

Setores

Um dos destaques negativos citados por Francini foi a indústria química e farmacêutica, que registrou queda de 5,8% em fevereiro na comparação com janeiro, na série sem ajuste sazonal. Com ajuste, houve estabilidade.

"O setor sofre alguns impactos, dentre eles uma forte concorrência de produção de importados. É uma indústria que, se olharmos na sua evolução comparativa, não está em estabilidade, apesar de o número de fevereiro ser zero", afirmou.

Como destaque positivo, Francini citou o setor de máquinas e equipamentos que, na série com ajuste sazonal, cresceu 3,6% em fevereiro sobre janeiro. Na comparação anual, no entanto, houve queda de 16,3%. Mas, de acordo com Francini, o crescimento mensal simboliza uma parada no ritmo de queda do setor. "Não é um andar de grande vigor, mas mostra uma certa consistência. O setor ainda está sofrendo bastante com a penetração das máquinas importadas, mas já emitiu sinais positivos", disse.

Mesmo com o crescimento de 10% para 10,3% entre janeiro e fevereiro, a taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) ainda é a menor para o mês dos últimos 23 anos, segundo Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A menor taxa é a de 8,1%, de fevereiro de 1990. No ano passado, a taxa ficou em 10,4%. O destaque na RMSP em fevereiro foi o desemprego no ABC, de 9,5%, o menor desde que o indicador foi incluído na PED, em 1998.

Segundo o coordenador da PED da Fundação Seade, Alexandre Loloian, o crescimento na taxa de desemprego em fevereiro é natural. "Normalmente, não se contrata no início do ano, ao contrário, demite-se gente", explicou. Na avaliação dele, o setor de serviços, após os ajustes iniciados em novembro, pode voltar a crescer.

##RECOMENDA##

A indústria de transformação segue como a vilã na criação de empregos em termos anualizados, com uma redução de 72 mil postos, ou queda de 4,1% ante fevereiro de 2012. Foi o único setor com desempenho negativo. "Dos 67 mil postos fechados na indústria entre janeiro e fevereiro, 40 mil foram de postos na indústria metal-mecânica, queda de 6% no subsetor", ressaltou Loloian.

Se consideradas as sete regiões metropolitanas analisadas, a indústria de transformação também foi o único setor com desempenho negativo anualizado no nível de ocupação, com uma redução de 16 mil pessoas, ou 0,5%, queda puxada principalmente pelo desempenho ruim do setor na RMSP no ano passado.

O Seade e o Dieese informaram ainda que revisaram a base da População Economicamente Ativa (PEA) desde agosto de 2010, a partir do Censo daquele ano. Com isso, houve uma redução linear na PEA, para 10,813 milhões em fevereiro, uma queda de 200 mil pessoas se comparada ao número anterior.

A taxa de desemprego no conjunto das sete regiões metropolitanas onde a Fundação Seade e o Dieese realizam a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) cresceu em fevereiro em relação a janeiro e variou de 10% para 10,4% entre os períodos. A PED é realizada nas regiões metropolitanas do Distrito Federal, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo.

De acordo com a Seade e o Dieese, o nível de ocupação elevou-se apenas em Belo Horizonte (0,4%) e ficou praticamente estável na região metropolitana de Porto Alegre, com alta de 0,1%. O nível de ocupação apresentou recuos de 2,4% em Salvador, de 1,4% em Fortaleza, de 1,1% na Região Metropolitana e São Paulo, de 0,9% no Distrito Federal e de 0,4% na capital de Pernambuco.

##RECOMENDA##

No mês passado, houve redução no nível de ocupação em todos os setores: na indústria de transformação houve redução de 2,2%, ou 66 mil postos de trabalho, na construção de 2,3% (38 mil postos), no setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (0,5%, ou 20 mil postos) e no setor de serviços, em menor nível, de 0,6%, ou 68 mil postos de trabalho.

O total de desempregados nas sete regiões em fevereiro foi estimado em 2,311 milhões de pessoas, 82 mil a mais que em janeiro. A taxa de participação, ou a proporção de pessoas com idade a partir de 10 anos incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas, variou de 60,5% para 60,2%.

O rendimento médio real dos ocupados nas sete regiões caiu 1,8% em janeiro ante dezembro, para R$ 1.577. A renda média real dos assalariados caiu 1,5% na mesma base de comparação, para R$ 1.607.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou queda de 0,33% em fevereiro. No acumulado do ano, o indicador acumulou retração de 0,43%. No entanto, em 12 meses, o IPP ainda teve alta de 7,73%. O instituto revisou ainda a taxa do IPP de janeiro, que passou de uma queda de 0,04% para um recuo de 0,10%.

A queda de 2,56% nos preços dos alimentos na porta de fábrica puxou a deflação de 0,33% em fevereiro. A atividade teve um impacto de 0,51 ponto porcentual sobre a inflação da indústria de transformação no mês.

##RECOMENDA##

Outra contribuição relevante foi da atividade de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, com -0,05 ponto porcentual. Na direção oposta, contribuíram para reduzir a queda no IPP os ramos de refino de petróleo e produtos de álcool, com 0,17 ponto porcentual, e perfumaria, sabões e produtos de limpeza, com 0,04 ponto porcentual.

Em fevereiro, 13 das 23 atividades que compõem o índice apresentaram aumento de preços, segundo o IBGE. No mês anterior, 11 atividades tinham registrado crescimento nos preços. As maiores variações positivas foram nas atividades de perfumaria, sabões e produtos de limpeza (3,02%) e têxtil (1,82%), enquanto as maiores quedas foram verificadas em alimentos

De janeiro para fevereiro, a quantidades de novos inadimplentes na cidade de São Paulo caiu 2,4%, na série dessazonalizada, divulgou a Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), nesta terça-feira. A região de São Bernardo do Campo e a Região Metropolitana do ABC apresentaram respectivas quedas, na mesma base de comparação, de 1,1% e 1,4%. No mesmo período, a queda nacional da inadimplência foi maior, chegando a 4,4%.

Os dados fazem parte da primeira divulgação da Boa Vista com resultados de cidades e regiões metropolitanas. A instituição passa a divulgar este recorte regional de seus indicadores.

##RECOMENDA##

Na comparação de fevereiro contra o mesmo mês de 2012, o registro de inadimplentes caiu ainda mais, em todas as regiões. Foram recuos de 10,4% em São Paulo, de 8,8% em São Bernardo e de 10,8% na região administrativa metropolitana do ABC. No Brasil, a queda foi de 5,5%.

No acumulado dos dois primeiros meses do ano ante igual período de 2012, a queda no registro de inadimplentes chegou a 5,4% em São Paulo, a 4,7% em São Bernardo e a 5,9% na região do ABC. No Brasil, a queda foi menor do que nas cidades paulistas, de 0,5%.

Recuperação de crédito

O indicador de recuperação de crédito, resultado das exclusões dos registros de inadimplentes, subiu 7,0% em São Paulo na comparação mensal. Em São Bernardo do Campo e na região do ABC as altas foram, respectivamente, de 7,4% e 7,8%. No Brasil, a alta foi menor, de 2,7%.

Em fevereiro contra o mesmo mês de 2012, a recuperação de crédito em São Paulo subiu 0,4%, bem abaixo da alta de 4,6% registrada no País. Em São Bernardo do Campo e na região do ABC, foram registradas quedas no indicador de recuperação de crédito - de 3,2% e 2,1%, nesta ordem.

No acumulado de janeiro e fevereiro, a capital paulista apresentou alta de 1,4% ante os primeiros dois meses de 2012, também na exclusão dos registros de inadimplentes. O País aumentou ainda a recuperação de crédito (5,9%). Em São Bernardo e na região do ABC, foram registradas quedas de 1,6% e 0,8%, no indicador, na mesma base de comparação.

Depois de uma forte alta no final do ano passado, o Banco Central identificou um arrefecimento no saldo dos financiamentos do BNDES. Em fevereiro, esse saldo estava em R$ 450,2 bilhões, um crescimento de 0,4% sobre janeiro. Em 12 meses, no entanto, a alta é de 15,7%.

A desaceleração do crescimento do saldo reflete sobretudo a queda de 36,7% das concessões de janeiro para fevereiro, quando somaram R$ 8,611 bilhões. "Houve um crescimento de forma mais significativa no último trimestre de 2012, mas vimos um arrefecimento no primeiro bimestre deste ano", comparou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel. O técnico salientou que, pela sistemática de desembolso do banco estatal, há concentrações no final do ano.

##RECOMENDA##

Pela série histórica do BC, ao longo de 2012, é possível verificar que as concessões mensais do BNDES ficaram abaixo de R$ 9 bilhões ao longo do primeiro semestre e que na segunda metade do ano os desembolsos foram todos de dois dígitos, chegando ao máximo de R$ 29,357 bilhões. "O nível daqui para frente não conseguimos antecipar, mas certamente a concentração de liberações será no final do ano", disse Maciel.

As operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceram 2,0% em fevereiro ante janeiro, totalizando R$ 266,491 bilhões. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (26) pelo Banco Central. No acumulado de 12 meses, a expansão desse tipo de crédito está em 34,3%. Do valor total do crédito imobiliário, R$ 239,582 bilhões se referem a empréstimos concedidos com taxas reguladas pelo governo e R$ 26,909 bilhões a taxas de mercado.

O BC deixou de incorporar nesses dados as operações com crédito livre, alegando que elas são residuais. As operações com taxas de mercado apresentaram crescimento de 2,3% em fevereiro e de 34,1% em 12 meses. Já os financiamentos a taxas reguladas avançaram 1,9% no mês passado e 34,3% em 12 meses.

##RECOMENDA##

Veículos

Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física caiu 0,4% em fevereiro em relação ao mês anterior, recuando para R$ 192,770 bilhões no mês passado. No primeiro bimestre, houve retração de 0,2%. Em 12 meses, houve crescimento de 6,3%.

Já o saldo de operações de leasing para compra de veículos por pessoas físicas registrou redução de 6,1% ante janeiro. O saldo caiu para R$ 15,563 bilhões no fim de fevereiro. No bimestre, a queda é de 12,2%. Em 12 meses, o recuo foi de 50,7%.

As concessões acumuladas no mês de fevereiro para financiamento de veículos para pessoa física somaram R$ 5,997 bilhões, o que representa queda de 22,3% em relação ao mês anterior.

O Banco Central informou nesta terça-feira que a inadimplência média do crédito recuou de 5,7% em janeiro para 5,6% em fevereiro.

No caso de pessoa jurídica (PJ), houve estabilidade da taxa de um mês para o outro, em 3,7%. Trata-se do quarto mês em que não há mudança no patamar de calote de PJ.

##RECOMENDA##

Em relação à pessoa física, houve uma queda de 7,9%, para 7,7% no período. Desde dezembro de 2011, o BC não registrava uma taxa tão baixa para a inadimplência de pessoa física. Vale lembrar que esses dados fazem parte de uma nova metodologia para nota de crédito, apresentada pelo BC desde janeiro.

A inadimplência no crédito pessoal passou de 4,7% em janeiro para 4,6% no mês passado. A redução do calote no cheque especial foi ainda maior no período, saindo de 8,2% no primeiro mês de 2013 para 7,5% em fevereiro.

No caso de aquisição de veículos houve estabilidade da inadimplência pelo terceiro mês consecutivo, em 6,4%. Já na aquisição de outros bens houve uma redução pequena no período de 9,8% para 9,7%.

Pela nova metodologia, o BC passou a divulgar o calote no cartão de crédito. Pelo documento, a taxa saiu de 27,9% em janeiro para 26,3% em fevereiro.

O estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,7% em fevereiro ante janeiro, chegando a R$ 2,383 trilhões, informou nesta terça-feira o Banco Central. No trimestre encerrado em fevereiro, a carteira cresceu 3,2% e, em 12 meses, 16,8%.

De acordo com a autoridade monetária, o crédito para pessoas físicas subiu 0,5% em fevereiro e 16,2% no acumulado de 12 meses. Já para as pessoas jurídicas, a alta foi de 0,9% no mês passado e de 17,3% no acumulado de 12 meses.

##RECOMENDA##

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) ficou estável de janeiro para fevereiro em 53,4%.

De acordo com o BC, a taxa média de juros no crédito livre subiu de 26,2% ao ano em janeiro para 26,4% ao ano em fevereiro. Os números já consideram a nova metodologia aplicada desde o mês passado pela autoridade monetária para o crédito livre, que passa a considerar novas linhas de financiamento, como leasing, desconto em cheque, antecipação de fatura de cartão e cheque especial para pessoa jurídica.

Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre avançou de 34,6% ao ano em janeiro para 35,1% ao ano em fevereiro. Para a pessoa jurídica (PJ), a taxa média de juros se manteve em 18,9% ao ano.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa subiu de 138% ao ano para 138,5% ao ano em igual comparação. Para o crédito pessoal, subiu de 37,3% ao ano para 37,9% ao ano. Para veículos, os juros se mantiveram em 20,5% ao ano.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as operações direcionadas, subiu de 18,6% ao ano em janeiro para 18,7% ao ano em fevereiro. O juro médio do crédito direcionado caiu de 7,3% ao ano para 7,2% ao ano em igual comparação.

A Dívida Pública Federal (DPF) apresentou uma alta de 1,34% e atingiu R$ 1,951 trilhão em fevereiro. Segundo dados divulgados na tarde desta segunda-feira pelo Tesouro Nacional, o estoque da DPF subiu R$ 26 bilhões de janeiro para fevereiro. A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 15,793 bilhões.

A DPF inclui a dívida interna e externa. Enquanto a Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 1,43% e fechou o mês em R$ 1,864 trilhão, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 0,63% menor, em R$ 87,49 bilhões.

##RECOMENDA##

O custo médio da DPF nos últimos 12 meses até fevereiro subiu para 11,78% ao ano, ante 11,77% ao ano em janeiro. Já o custo médio da DPMFi em 12 meses caiu de 11,31% para 11,28% ao ano no mesmo período.

Investidores

A participação de investidores estrangeiros na Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) caiu de 14,41% do estoque em janeiro para 14,30% em fevereiro, totalizando R$ 266,61 bilhões, mostraram os dados do Tesouro Nacional. O grupo Previdência apresentou uma queda na participação do estoque da DPMFi, passando de 17,14% para 16,98% no período. As instituições financeiras, por outro lado, apresentaram alta na participação no estoque de 26,71% em janeiro para 27,38% em fevereiro.

A Itália teve superávit comercial com países fora da União Europeia em fevereiro, favorecida por preços mais baixos de energia.

Dados do instituto italiano de estatísticas, o Istat, mostram que o país apresentou um superávit comercial de 704 milhões de euros no mês passado, ante déficit de 1,49 bilhão de euros em fevereiro de 2012.

##RECOMENDA##

O resultado, no entanto, também reflete uma economia global mais fraca, visto que as exportações da Itália caíram 5,7% em fevereiro ante janeiro, enquanto as importações recuaram 3,4%, de acordo com o Istat.

Desconsiderando-se bens do setor de energia, o superávit comercial da Itália fora da UE foi de 5 bilhões de euros em fevereiro. As informações são da Dow Jones.

A conta de viagens internacionais registrou um déficit de US$ 1,236 bilhão em fevereiro, maior valor para esse mês da série histórica. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central, esse saldo negativo é resultado do volume de despesas pagas por brasileiros no exterior acima das receitas obtidas com turistas estrangeiros em passeio pelo Brasil.

O saldo negativo ficou um pouco maior do que o visto em fevereiro de 2012, recorde anterior para o segundo mês do ano, de US$ 1,129 bilhão, mas abaixo do US$ 1,598 bilhão verificado em janeiro de 2013. No acumulado do ano, o déficit da conta de viagens somou US$ 2,834 bilhões ante US$ 2,464 bilhões vistos em igual período de 2012.

##RECOMENDA##

Dívida externa

O BC informou que a sua estimativa para a dívida externa brasileira para 2013 ficou em US$ 316,295 bilhões em fevereiro. Em dezembro do ano passado, a dívida externa total estava em US$ 312,898 bilhões.

Segundo o BC, os principais fatores de variação da dívida entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano, estão as captações líquidas de empréstimos tomados pelo setor bancário e pelo governo de US$ 3 bilhões e US$ 1,3 bilhão, respectivamente.

As amortizações líquidas de títulos pelo setor bancário foram outro ponto citado pelo BC e somaram US$ 917 milhões. Já a variação por paridade de moedas foi responsável pela redução do estoque da dívida de longo prazo em US$ 142 milhões.

A arrecadação de impostos e contribuições federais, cobrados pela Receita Federal, atingiu R$ 76,052 bilhões em fevereiro. O resultado representa uma queda real (a preços corrigidos pelo IPCA) de 0,51% em relação a fevereiro do ano passado. Em relação a janeiro deste ano, a arrecadação apresentou queda real de 34,87%.

No primeiro bimestre do ano, a arrecadação atingiu R$ 192,118 bilhões, com uma alta real de 3,67% ante igual período do ano passado.

##RECOMENDA##

A arrecadação das receitas administradas pela Receita, em fevereiro, atingiu R$ 74,271 bilhões. E as receitas administradas por outros órgãos somaram R$ 1,782 bilhão.

O saldo líquido de empregos formais gerados em fevereiro foi de 123.446, o pior resultado para o mês desde 2009, quando houve geração líquida de 9.179 postos, pela série sem ajustes. O resultado, no entanto, superou a mediana das estimativas do mercado, de 100 mil - o intervalo variava de 60 mil a 135 mil. A abertura de vagas no mês passado caiu 18% em relação a fevereiro de 2012, quando somou 150.600. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho Emprego.

O resultado de fevereiro é fruto de admissões de 1.774.411 empregados com carteira assinada e 1.650.965 desligamentos. Considerando os dados com ajuste, a geração líquida de emprego em fevereiro deste ano foi menor que a de fevereiro de 2012 (200.379) em 38,4%.

##RECOMENDA##

No acumulado do ano até fevereiro houve a geração de 170.612 postos líquidos de trabalho, já considerando os ajustes feitos em janeiro. Isso porque o Ministério do Trabalho aumentou o dado de 28.900 para 47.166 novos postos em janeiro deste ano.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando