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O Produto Interno Bruto mensal calculado pelo Itaú Unibanco (Pibiu) ficou estável em fevereiro, ante março, com ajuste sazonal, e teve expansão de 1,4% na comparação com o mesmo mês de 2012. De acordo com o comunicado assinado pelo economista Aurélio Bicalho, o resultado deve-se a uma queda de produção na indústria de transformação e da extrativa mineral, que foi compensada por um avanço da produção agrícola e dos serviços.

A variação ficou abaixo da prévia (de 0,6% para a comparação mensal e 1,5% para a anual), divulgada com o resultado de janeiro. Na comparação trimestral, a taxa de crescimento encerrada em fevereiro, ante os três meses anteriores e livre de efeitos sazonais, foi de 1,0%. Já no acumulado de 12 meses, a expansão do PIB mensal calculado pelo Itaú Unibanco se manteve em 2,2%.

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A maior contribuição do PIB mensal de fevereiro veio da atividade agropecuária, com aumento de 5,5%, por causa do crescimento da safra e o início do impacto da soja nos dados. A indústria de transformação e a extrativa mineral, por outro lado, recuaram 2,7% e 3,2%, respectivamente. O levantamento destaca que há sinais de aceleração da atividade econômica para março, sobretudo na indústria. "Esses indicadores sugerem que a economia está se expandindo, mas num ritmo que, no primeiro trimestre, deve ter sido mais intenso do que o observado nos trimestres anteriores e do que esperamos para os seguintes", escreve Bicalho no relatório.

Indicadores preliminares

Índices preliminares para março indicam expansão da economia, com os dados disponíveis indicando uma alta de 1,5% na produção industrial. A prévia do PIB mensal Itaú Unibanco, com isso, aponta para uma alta, com ajuste sazonal, de 0,7% em março ante o mês imediatamente anterior. Comparado ao mesmo mês de 2012, os indicadores preliminares sinalizam crescimento de 2,2% em março de 2013. "Projetamos que a economia continuará em expansão nos próximos meses, mas em linha com uma trajetória de crescimento moderado, e compatível com um aumento do PIB de 3% este ano", conclui o parecer.

Os dois fatores que puxaram a queda do resultado do varejo em fevereiro foram o aumento dos preços em supermercados e a volta gradual do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca, avalia a economista do banco ABC Brasil Mariana Hauer. As vendas do comércio varejista caíram 0,4% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, informou na manhã desta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"A surpresa na variação mensal foi por conta dos preços de supermercados, que aumentaram no período, o que gerou queda na atividade. A queda em móveis e eletrodomésticos não surpreendeu, mas a variação veio bastante negativa por conta do IPI que começou a voltar para a linha branca", afirmou a economista.

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Em fevereiro ante janeiro, as vendas de supermercados caíram 1,0% e móveis e eletrodomésticos recuaram 0,2%. O resultado do setor de supermercados, de acordo com Mariana, está relacionado com a alta nos preços dos alimentos, que sofrem choque de preços por efeito sazonal no início do ano.

Para a economista, o comportamento do varejo neste ano deve desacelerar na comparação com o ano passado. "Mas isso não significa que vá ser fraco. O varejo tem se mantido aquecido, não acho que vá desacelerar tanto. O dado de fevereiro foi pontual e não é possível ver uma tendência ainda para os próximos meses, pois está muito volátil", disse a economista. De acordo com ela, a inflação ainda não afeta o consumo e isso só deve ocorrer caso gere uma queda na renda da população.

As vendas do comércio varejista caíram 0,4% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, informou na manhã desta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio fora do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam altas de 0,20% a 3,00%, com mediana de 1,60%.

Na comparação com fevereiro de 2012, as vendas do varejo tiveram baixa de 0,2% em fevereiro deste ano e também ficaram fora das estimativas. Nesse confronto, as projeções variavam de expansão de 1,30% a 6,50%, com mediana de 3,50%. Até fevereiro, as vendas do varejo restrito registram alta de 2,9% no ano e de 7,4% nos últimos 12 meses.

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Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,7% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde uma queda de 1,70% a uma alta de 1,00%, mas a queda foi maior que a mediana projetada, de -0,50%.

Na comparação com fevereiro de 2012, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 1,2% em fevereiro de 2013. Nesse confronto, as projeções variavam de uma expansão de 0,13% e 3,00%, com mediana positiva de 1,70%. No ano, as vendas do comércio varejista ampliado acumularam uma alta de 4,2%, e, em 12 meses, houve aumento de 7,8%.

A queda de 0,4% nas vendas do comércio varejista em fevereiro fez a média móvel trimestral do setor ficar em -0,1% no mês, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE. Para o trimestre encerrado em janeiro, a média móvel das vendas no varejo tinha sido de +0,1%.

O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores na indústria avançou 2,8% na passagem de janeiro para fevereiro, após recuar por dois meses consecutivos, período em que acumulou perda de 7,1%, revelou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As contribuições positivas partiram do setor extrativo (10,5%), por causa do pagamento de participação nos lucros e resultados por empresas, e da indústria de transformação (1,7%). Em comparação a fevereiro de 2012, o valor da folha de pagamento cresceu 2,5%.

Os resultados foram positivos em dez dos 14 locais investigados. As maiores influências positivas foram verificadas em São Paulo (1,7%), região Norte e Centro-Oeste (8,5%), Minas Gerais (4,6%), Rio de Janeiro (4,5%), Paraná (4,1%) e Santa Catarina (3,5%). As principais influências negativas vieram da região Nordeste (-2,3%) e da Bahia (-5,0%).

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Setorialmente, o valor da folha de pagamento real cresceu em 11 dos 18 setores investigados, com destaque para indústrias extrativas (8,2%), alimentos e bebidas (4,3%), papel e gráfica (6,9%), máquinas e equipamentos (2,7%), produtos químicos (3,7%), borracha e plástico (5,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (3,4%) e meios de transporte (0,8%). Os principais impactos negativos foram observados em metalurgia básica (-3,8%), vestuário (-5,1%) e têxtil (-3,3%). No ano, a folha de pagamento acumula alta de 1,6% e, em 12 meses, de 3,8%.

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria cresceu 0,1% de janeiro para fevereiro, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já em comparação a fevereiro do ano anterior, a taxa recuou 2,3%, o décimo oitavo resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e a queda mais intensa desde dezembro de 2012 (-2,6%). Na comparação anual, as taxas foram negativas em 12 das 14 regiões pesquisadas e em 12 dos 18 ramos.

As principais influências negativas partiram de vestuário (-7,6%), calçados e couro (-9,1%), têxtil (-6,8%), outros produtos da indústria de transformação (-5,3%), meios de transporte (-3,1%), máquinas e equipamentos (-2,6%), papel e gráfica (-2,8%) e madeira (-5,8%). Em contrapartida, o setor de borracha e plástico (1,4%) assinalou o principal resultado positivo no mês.

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Entre os locais, a região Nordeste (-6,6%) apresentou a principal influência negativa, sobretudo, nos setores de alimentos e bebidas (-8,6%), calçados e couro (-7,6%), refino de petróleo e produção de álcool (-19,6%), vestuário (-5,0%), minerais não-metálicos (-5,6%), indústrias extrativas (-10,0%) e outros produtos da indústria de transformação (-9,7%).

Também São Paulo foi destaque de queda (-2,2%), assim como o Rio Grande do Sul (-4,9%), Pernambuco (-10,7%) e Bahia (-7,2%). A única contribuição positiva partiu do Paraná (0,9%). No índice acumulado em 2013, o número de horas pagas na indústria recuou 1,8% e, em 12 meses, caiu 2,0%.

A produção industrial da Itália caiu mais do que o esperado em fevereiro, liderada por um declínio em bens de consumo e bens de capital, informou o instituto nacional de estatísticas nesta quarta-feira.

A produção industrial da terceira maior economia da zona do euro caiu 0,8% em fevereiro ante janeiro, de acordo com dados ajustados aos efeitos sazonais, disse o Istat. A queda foi maior do que o declínio de 0,4% previsto por economistas consultados pela Dow Jones.

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O resultado de janeiro foi revisado para uma alta de 1,0% ante dezembro, de um avanço de 0,8%.

Os bens de consumo caíram 1,0% em fevereiro, liderados por uma queda de 1,1% em bens não-duráveis. A produção de bens de capital caiu 2,3%, enquanto o setor de energia subiu 0,3%, segundo dados do Istat.

A produção industrial italiana caiu 3,8% em fevereiro em comparação com mesmo mês do ano anterior, em termos ajustados aos dias úteis, disse o Istat. Economistas consultados pela Dow Jones previam uma queda de 4,0%.

A taxa anual de janeiro foi revisada para uma queda de 3,4%, de um declínio anunciado anteriormente de 3,6%. As informações são da Dow Jones.

Embora São Paulo tenha registrado uma retração na indústria menor do que a da média nacional em fevereiro, a queda de 0,5% na produção do Estado ainda teve a segunda maior contribuição para o recuo de 2,5% registrado no País em relação a janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Muito do impacto negativo de São Paulo vem da importância do Estado na estrutura industrial do País. A queda abaixo da verificada no total nacional não impede que São Paulo tenha o segundo maior impacto para o recuo na indústria", explicou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. A maior influência sobre o total da indústria na passagem de janeiro para fevereiro foi de Minas Gerais, que recuou 11,1% no período.

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Macedo lembrou que a indústria paulista vinha de dois meses de resultados positivos, quando acumulou uma expansão de 2,3% na produção. Em fevereiro, as atividades que mais pressionaram a média nacional para baixo também prejudicaram a produção de São Paulo, com destaque para veículos automotores, setor farmacêutico, refino de petróleo, bebidas e alimentos.

"Por outro lado, os setores que estavam bem no total nacional ajudaram a tornar a queda mais moderada: máquinas, aparelhos e materiais elétricos; máquinas e equipamentos; e outros equipamentos de transporte, mais especificamente os aviões", citou Macedo.

Dentro da indústria paulista, a atividade de veículos automotores tem um peso de 12%; máquinas, aparelhos e materiais elétricos respondem por 5%; máquinas e equipamentos, por 9%; farmacêutica, por 8%; alimentos, por 9%; refino de petróleo, por 7%; bebidas, por 2%; e outros equipamentos de transporte, por 5%.

No acumulado de 2013, São Paulo ainda registra expansão de 2,2%, dessa vez o principal impacto positivo sobre o total nacional (1,1%). Houve destaque para a maior produção de aviões, refino de petróleo, caminhão-trator, caminhão, telefone celular, transmissores e bens de capital para os setores elétrico e industrial.

"São Paulo aparece com o principal avanço no ano, mas repare que o porcentual de produtos com crescimento fica abaixo da metade", notou o gerente do IBGE. Em 2013, apenas 48% dos produtos investigados pela pesquisa em São Paulo registraram aumento de produção.

As perdas da indústria de Minas Gerais puxaram o resultado negativo na produção nacional na passagem de janeiro para fevereiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A retração em Minas foi de 11,1% no período, enquanto a indústria nacional caiu 2,5%. No entanto, a queda não foi localizada. Houve predominância de resultados negativos entre as 14 regiões pesquisadas pelo instituto.

"O mês de fevereiro foi marcado por um menor ritmo da produção industrial no País. O comportamento regional ficou bem caracterizado, na medida em que 11 das 14 localidades tiveram queda. Esse movimento claro de predominância de resultados negativos não ocorria desde setembro do ano passado (quando a indústria tinha recuado 0,7%)", ressaltou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

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A última vez em que houve um número maior de regiões com queda na produção foi em dezembro de 2008, quando 12 dos 14 locais investigados registraram resultados negativos. "Isso bate com o resultado nacional, porque essa queda de 2,5% (na produção da indústria brasileira em fevereiro) foi a mais intensa desde dezembro de 2008. A indústria como um todo tinha recuado 12,2% naquele mês", lembrou Macedo.

Em Minas houve influência de perdas registradas em atividades que também impactaram o total da indústria nacional. Segundo o gerente do IBGE, houve redução na fabricação de automóveis, devido a paralisações por alguns dias e férias coletivas; a indústria extrativa registrou menor produção de minério de ferro, causada pela desaceleração do mercado interno e pela redução nas exportações; enquanto a metalurgia básica também aparece com comportamento de queda.

A indústria extrativa tem um peso de 15% sobre o total da indústria mineira, enquanto veículos automotores respondem por 17%, e a metalurgia básica corresponde a outros 16%. "Então apenas nesses três setores temos quase 50% da indústria mineira, todos claramente com comportamento negativo", disse Macedo.

Como resultado, a retração na produção industrial de Minas Gerais em fevereiro foi a mais intensa desde dezembro de 2008, quando havia recuado 16,4%.

O parque industrial mineiro disputa com o Rio de Janeiro o segundo lugar no ranking de maiores pesos sobre o total da indústria nacional. Em fevereiro, Minas pesava cerca de 10%, enquanto o Rio ficou com aproximadamente 9,5%. O principal parque industrial do País é São Paulo, com uma fatia de 40% da produção nacional.

O déficit comercial dos EUA apresentou uma queda inesperada em fevereiro, para US$ 42,96 bilhões, segundo divulgou nesta sexta-feira o Departamento do Comércio. Analistas consultados pela Dow Jones esperavam que o déficit aumentasse em relação ao mês anterior, para US$ 45 bilhões. O déficit de janeiro sofreu uma ligeira revisão, para US$ 44,46 bilhões, da leitura original de US$ 44,45 bilhões. Na comparação mensal, o déficit de fevereiro apresentou queda de 3,4%.

A redução do déficit se deveu basicamente ao setor de energia. As importações de petróleo dos EUA caíram cerca de 21% em fevereiro, enquanto as exportações de gasolina e outros derivados da commodity avançaram. Com o uso de energia ganhando eficiência nos EUA e a produção doméstica crescendo, especialistas preveem que o país deverá se tornar um exportador líquido de petróleo nos próximos anos.

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As importações de outros produtos, como alimentos, roupas e computadores, apresentaram alta em fevereiro, sinalizando maior confiança dos consumidores norte-americanos para fazer gastos. Por outro lado, as exportações de produtos farmacêuticos, aviões e soja recuaram naquele mês. As informações são da Dow Jones.

A produção industrial registrou queda em fevereiro ante janeiro em 11 dos 14 locais investigados na Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda mais acentuada ocorreu em Minas Gerais (-11,1%), após expansão de 1,5% no mês anterior.

Outros recuos foram verificados na Bahia (-3,7%), no Ceará (-3,2%), em Pernambuco (-3,2%), no Pará (-2,5%), Paraná (-2,2%), na Região Nordeste (-2,0%), no Espírito Santo (-1,8%), Rio de Janeiro (-1,5%) e Amazonas (-1,2%).

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Em São Paulo, maior parque industrial do País, houve queda de 0,5%. No mesmo período, no total nacional, a indústria registrou retração de 2,5%. Na direção oposta, houve aumento na produção em Goiás (5,0%), no Rio Grande do Sul (2,1%) e em Santa Catarina (0,4%).

Ao recuar 2,5% em fevereiro na comparação com janeiro, a produção industrial desfaz a tendência de recuperação da atividade no setor que começava a se desenhar em janeiro, avaliou a economista Mariana Hauer, do banco ABC Brasil.

Da análise que fez dos dados da produção industrial de fevereiro, divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mariana consegue ver apenas no segmento de bens de capital alguma tendência de recuperação.

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"Mas os outros dados vieram muito fracos e não foram só os de carros, não", observa a economista, ao se referir à queda de 9,1% da produção de veículos na passagem de janeiro para fevereiro, segundo o IBGE, e de 17,9%, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Além disso, ressalta Mariana, a produção de bens intermediários caiu 1,3% em fevereiro ante janeiro por causa da queda de 5,8% no refino de petróleo e produção de álcool. A indústria da extrativa mineral, de acordo com o IBGE, caiu 7% em janeiro e 1,9% agora em fevereiro.

Outro dado de produção que não agradou a economista do ABC Brasil foi a média móvel trimestral da produção industrial, que fechou estável em relação a janeiro. Para ela, do ponto de vista de impacto na formação do indicador de PIB no primeiro trimestre, esta é uma variável ruim.

Por enquanto, o Departamento Econômico do ABC Brasil trabalha com uma projeção de 1% de crescimento da economia de janeiro a março, mas esta previsão, de acordo com Mariana, poderá ser revisada para baixo. "Só estamos esperando o IBC-Br e os dados de vendas do varejo para ver se vamos manter ou não a nossa projeção", diz a economista.

A produção do setor de veículos automotores caiu 9,1% na passagem de janeiro para fevereiro, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, que eliminou a expansão de 6,2% registrado no mês anterior, puxou a queda de 2,5% na indústria brasileira no período.

Em fevereiro, 15 dos 27 ramos investigados na Pesquisa Industrial Mensal registraram retração na produção. Outras contribuições relevantes para o total da indústria nacional foram dos setores farmacêutico (-10,8%), refino de petróleo e produção de álcool (-5,8%), bebidas (-5,2%), alimentos (-1,3%), mobiliário (-9,9%), celulose, papel e produtos de papel (-2,0%) e indústrias extrativas (-1,9%).

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Na direção oposta, registraram impacto positivo as atividades de outros equipamentos de transportes (9,6%), máquinas e equipamentos (1,7%), fumo (36,2%), e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,6%).

O recuo de 2,5% da produção industrial em fevereiro ante janeiro foi o maior desde dezembro de 2008, quando houve queda de 12,2%, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Instituto revisou a produção industrial de janeiro ante dezembro de 2012, que passou de uma alta de 2,5% para 2,6%.

A taxa de dezembro ante novembro de 2012 também foi revisada, de +0,2% para +0,1%. Já o resultado de novembro ante outubro saiu de -1,3% para -1,4%, enquanto o de outubro ante setembro passou de 0,9% para 0,8%.

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A produção de bens de capital também sofreu revisão, saindo de uma taxa de 8,2% para 9,2% em janeiro ante dezembro de 2012. A taxa de dezembro ante novembro de 2012 passou de -0,1% para -1,9%. Já o resultado de novembro ante outubro saiu de -0,6% para -0,4%.

A produção industrial caiu 2,5% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou dentro do intervalo das expectativas dos analistas. Na comparação com fevereiro de 2012, a atividade da indústria caiu 3,2%. Nesta base de comparação, as estimativas iam desde um recuo de 3,30% a uma expansão de 0,70%, com mediana negativa de 2,4%.

Até fevereiro deste ano, a produção da indústria acumula alta de 1,1% no ano, mas queda de 1,9% nos últimos 12 meses. Os técnicos do IBGE concedem entrevista daqui a pouco para comentar os resultados.

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A produção de bens de capital registrou um aumento de 1,6% em fevereiro ante janeiro. Em relação a fevereiro de 2012, a alta foi de 9,1%. No ano, a produção de bens de capital acumula expansão de 13,3%, e, em 12 meses, há uma queda acumulada de 7,8%. Na passagem de janeiro para fevereiro, a produção de bens de consumo teve recuo de 4,2%.

Em relação a fevereiro de 2012, houve queda de 5,0%. No ano, a produção de bens de consumo cai 0,3%, e, em 12 meses, recua 0,4%. Já a produção de bens intermediários caiu 1,3% em fevereiro ante janeiro. Em relação a fevereiro de 2012, houve queda de 4,4%. Em 2013, a fabricação de bens intermediários teve redução de 0,3%, e, em 12 meses, houve recuo de 1,5%.

Média móvel

A queda da produção industrial em fevereiro fez o índice de média móvel trimestral ficar estável (0,0%) para o trimestre encerrado em fevereiro, segundo o IBGE. Em janeiro, a média móvel trimestral tinha ficado em 0,4%.

A taxa de desemprego da Itália desacelerou em fevereiro, para 11,6%, depois de atingir uma máxima histórica de 11,7% no mês anterior, segundo dados preliminares da Istat.

A taxa de desemprego do país, no entanto, foi 1,5 ponto porcentual maior em comparação com o mesmo mês do ano anterior.

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O número de desempregados na Itália caiu para 2,971 milhões em fevereiro, uma queda de 0,9% em comparação com janeiro, e a taxa de emprego subiu para 56,4%, de 56,3% no mês anterior.

Os trabalhadores mais velhos na terceira maior economia da zona do euro têm mantido seus empregos por mais tempo devido a regras mais rígidas de pensão, deixando os trabalhadores mais jovens em uma luta para encontrar trabalho.

A taxa de desemprego para pessoas entre 15 a 24 anos caiu para 37,8% em fevereiro, 0,8 ponto porcentual a menos do que em janeiro, mas 3,9 pontos a mais do que no ano anterior. As informações são da Dow Jones.

O número de pessoas sem trabalho na zona do euro atingiu um recorde em fevereiro, como resultado da crise fiscal e de dívida da região. Segundo dados da Eurostat, 19,071 milhões de pessoas estavam desempregadas no bloco em fevereiro, o número mais alto desde o início da série, em 1995.

Cerca de 33 mil pessoas perderam o emprego em fevereiro, o que manteve a taxa de desemprego estável na comparação com a taxa revisada para cima de janeiro, em 12,0% - também um recorde. No primeiro mês deste ano o número de desempregados havia aumentado 222 mil, segundo os dados revisados, o que marca o avanço mais acentuado em dez meses.

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Os dados continuam mostrando grandes divergências entre os países da zona do euro. Na Áustria a taxa de desemprego ficou em 4,8% e na Alemanha ficou em 5,4%, estáveis em relação a janeiro. No Chipre, a mais recente vítima da crise do bloco, a taxa de desemprego subiu para 14,0% em fevereiro, de 13,7% em janeiro. Na Espanha houve aumento de 26,2% para 26,3%. As informações são da Dow Jones.

Os acessos à internet por meio dos serviços de banda larga fixa e móvel no Brasil somaram 93,6 milhões em fevereiro, o que representou uma alta de 43% ante igual mês do ano passado, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira pela Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil). Apenas no primeiro bimestre deste ano, foram acrescidos 28 milhões de novos acessos à base em comparação ao final de 2012.

Os acessos móveis puxaram esse crescimento com um aumento de 54% em fevereiro sobre igual do ano passado, atingindo 72,7 milhões de acessos. Eles estão divididos entre 58,9 milhões de conexões via celulares 3G e 13,8 milhões por terminais de dados, como modems de acesso à internet e chips de conexão máquina a máquina (M2M).

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A cobertura de municípios com redes de 3G chegou a 3.315 em fevereiro, significando um acréscimo de 546 novas cidades em 12 meses. Assim, a cobertura 3G está presente em cidades que concentram 88% da população brasileira.

A banda larga fixa registrou um crescimento de 13,6% no período, atingindo 20,9 milhões de conexões.

A produção exclusiva de petróleo (óleo mais Líquido de Gás Natural - LGN) da Petrobras no Brasil, em fevereiro, foi de 1,920 milhão barris por dia (bpd), resultado 2,3% inferior ao alcançado em janeiro. Somado à parcela operada pela empresa para seus parceiros, no País, esse volume chega a 1,974 milhão bpd.

Segundo a estatal, a queda do volume produzido decorreu, principalmente, de paradas programadas em plataformas da Bacia de Campos - P-37 (Marlim), P-53 (Marlim Leste) e P-54 (Roncador), além de ter sido mantida a parada programada da P-33 (Marlim), iniciada em janeiro, cujo maior impacto na produção refletiu-se em fevereiro.

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"A queda da produção foi parcialmente compensada pela entrada em operação de três novas plataformas: o FPSO Cidade de São Paulo, em 5 de janeiro, que opera o projeto-piloto de Sapinhoá, na Bacia de Santos; o TLD de Sapinhoá Norte, nessa mesma bacia, em 12 de fevereiro; e o FPSO Cidade de Itajaí, instalado no pós-sal da porção sul da Bacia de Santos, em 16 de fevereiro", informa a empresa.

A produção total de petróleo e gás natural no Brasil atingiu, em fevereiro, a média de 2,316 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed). Incluída a parcela operada pela empresa para seus parceiros, o volume total produzido foi de 2,414 milhões boe/d, indicando um decréscimo de 1,7%, na comparação com janeiro.

O volume total produzido pela Petrobras no Brasil, somado à produção da empresa no exterior, atingiu a média de 2,557 milhões de boed, apresentando uma redução de 2,1% em relação ao mês anterior.

A produção de gás natural - sem liquefeito - dos campos da companhia no Brasil alcançou 62,860 milhões de metros cúbicos por dia. A produção total de gás no Brasil, incluída a parte operada pela empresa para seus parceiros, foi de 69,928 milhões de metros cúbicos por dia.

Produção no exterior

 

A produção total no exterior foi de 241.863 boed, correspondendo a uma redução de 0,6% em relação ao mês de janeiro. Desse total, foram produzidos 149.078 barris diários de petróleo, mantendo a produção praticamente estável, com uma diminuição de 0,1% na comparação com o mês anterior. A produção internacional de gás natural chegou a 15,764 milhões de metros cúbicos/dia, 1,4% abaixo do volume produzido em janeiro. A queda da produção decorreu da diminuição da demanda pelo gás boliviano.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel, elevou nesta quinta-feira de 33,2% para 34,1% do Produto Interno Bruto (PIB) a projeção de dívida líquida do setor público em 2013. Apesar de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter anunciado um abatimento de R$ 45 bilhões de meta fiscal deste ano, a previsão de dívida líquida do BC leva em consideração o cumprimento de meta cheia de superávit primário do setor público de 3,2% do PIB. Questionado sobre a projeção, Maciel respondeu que ainda não está definido o abatimento. "O decreto (de programação orçamentária) ainda não saiu", disse.

A projeção do BC para a dívida líquida leva em consideração ainda um crescimento do PIB de 3,1% em 2013, taxa de câmbio de 2 reais; Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,71%; Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de 4,87% e taxa Selic de 7,81%. Ele afirmou ainda que resultado primário de fevereiro ficou abaixo do esperado na projeção de dívida liquida que o BC havia feito para o mês. O BC projetava uma divida líquida de 35,3% em fevereiro, mas o resultado ficou em 35,7%.

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Selic

As mudanças das expectativas do mercado financeiro para uma alta da Selic ainda este ano já contaminaram também as projeções do BC para o déficit nominal do setor público e para as despesas com juros. Esta semana, a alteração de apostas para a taxa básica de juros já influenciou os custos de captação de recursos dos bancos e das taxas de retorno exigidas pelos investidores que aplicaram em títulos do Tesouro Nacional.

Com isso, Maciel fez uma série de novas previsões para os indicadores da dívida pública. Ele alterou a projeção para o déficit nominal de 2013, de 1% para 1,2% do PIB. No fim de 2012, essa relação estava em 2,47% do PIB. O chefe do Departamento Econômico do BC afirmou que, por conta da inflação mais alta, houve aumento das projeções para a Selic.

A nova previsão do BC para as despesas com juros é de encerramento em 4,5% do PIB no fim do ano. A estimativa anterior era de 4,2% do PIB e, no fechamento de 2012, estava em 4,85%. "O que determinou a mudança foram os juros. Antes, estavam em 4,2% do PIB e agora estão em 4,5%", comparou. "As expectativas de alta da Selic afetam a projeção do déficit nominal e das despesas com juros", resumiu. Para a dívida bruta de 2013, a revisão da estimativa foi de 56,1% do PIB, para 57,2%. No fechamento de 2012, essa variável estava em 58,6% do PIB.

Dívida líquida

A projeção do BC de dívida líquida do setor pública para março é de 35,3% do PIB. Segundo Maciel, o déficit nominal das contas do setor público em fevereiro, de R$ 23,282 bilhões, é o pior para o mês. No bimestre, o déficit nominal de 2,11% do PIB é o pior desde 2006. O chefe do Departamento Econômico informou ainda que o aumento de 13% dos gastos com juros no primeiro bimestre refletiu uma elevação do estoque da dívida pública. "A base maior de incidência determinou esse aumento dos juros", disse. Além disso,o IPCA subiu no primeiro bimestre.

Maciel também apresentou uma série de exercícios de elasticidade de impactos de variáveis sobre a dívida líquida do setor público. Conforme o chefe de departamento, uma variação de 1 ponto porcentual da Selic tem impacto na dívida de 0,27 pp no mesmo sentido. Já uma variação de 1% do câmbio tem reflexo na dívida de 0,14 pp em sentido oposto e que uma variação de 1pp da inflação tem impacto na dívida de 0,13pp no mesmo sentido. Em termos nominais, o impacto de variação dos juros é de R$ 11,108 bilhões em 12 meses; o da mudança de preços é de R$ 6,823 bilhões em 12 meses e a de câmbio, de R$ 6,518 bilhões. "A diferença é que câmbio impacta todo o estoque na hora", afirmou.

Estados e municípios

Depois de ter um desempenho ruim em 2012, os governos dos Estados e as prefeituras asseguraram um superávit de R$ 8,454 bilhões no primeiro bimestre do ano. Se não fosse esse resultado dos governos regionais, o superávit primário do setor público teria recuado ainda mais nos dois primeiros meses do ano. Maciel destacou que esse desempenho favorável se deve às receitas maiores com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por conta da retomada da atividade econômica. Também favoreceu o aumento das transferências do governo federal para os regionais.

Maciel disse que a principal mudança de parâmetro econômico responsável pela nova projeção para a dívida ao fim do ano é o câmbio. Ele informou que revisou de 33,2% do PIB para 34,1% do PIB a estimativa para a dívida líquida do setor público. "Será o menor fechamento de um ano, sem dúvida", declarou. Segundo ele, a projeção passada usava em conta um dólar cotado a R$ 2,07 e agora está em R$ 2,00.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel, afirmou nesta quinta-feira que o resultado fiscal de fevereiro, um déficit de R$ 3,03 bilhões, não é favorável "isoladamente". "É a primeira vez que registramos um déficit para mês de fevereiro", comparou. Maciel afirmou que nesta quarta-feira (27) o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse que o ideal para fazer a avaliação das contas públicas seria usar os dados acumulados no primeiro bimestre de 2013.

Em janeiro, o BC registrou um superávit recorde e surpreendente de mais de R$ 30 bilhões. "Como mencionado ontem pelo secretário, a melhor avaliação do fiscal deve ser feita no bimestre, tendo em vista que o resultado de janeiro veio em cima das expectativas e se deveu à antecipação de receitas de fevereiro. Isso influenciou o resultado", disse o chefe do Departamento Econômico do BC.

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Primário

Maciel disse que o resultado fiscal do primeiro bimestre do ano, um superávit de R$ 27,220 bilhões, ficou R$ 8 bilhões abaixo do saldo visto em igual período de 2012 (R$ 35,530 bilhões), mas é maior do que o observado nos dois primeiros meses de 2011, quando somou R$ 25,661 bilhões. "Dois mil e onze foi o ano fiscal em que fizemos superávit cheio", declarou. A meta do governo para este ano é de economizar R$ 155,9 bilhões para pagamento de juros.

Um dos motivos que levaram o resultado a ser superior no início de 2012 foi, de acordo com ele, um incremento das receita no valor de R$ 5 bilhões em função do pagamento de dividendos. Ajuda também a explicar a diferença, segundo Maciel, o crescimento das despesas este ano da ordem de R$ 3 bilhões.

Retomada

O chefe do Departamento Econômico explicou que a arrecadação de impostos e contribuições mostra reação na margem. "Isso, sem dúvida nenhuma, já está refletindo uma diferença do nível de atividade e tende a sensibilizar mais as receitas. A retomada da atividade desenha uma perspectiva favorável para o lado fiscal", previu.

Maciel prosseguiu afirmando que o superávit primário acumulado em 12 meses até fevereiro é o pior resultado desde novembro de 2012. O dado apresentado nesta quinta-feira BC ficou em 2,16% do Produto Interno Bruto (PIB) e o anterior havia sido de 1,93%. A conta de juros também é a pior para fevereiro, assim como o resultado acumulado no bimestre e em 12 meses. A relação com o PIB foi de 4,9% em fevereiro e o de novembro de 2012 ficou em 4,92%, conforme o chefe de departamento.

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