Tópicos | Fila de espera

A taxa de ocupação dos leitos de UTI na rede pública chegou a 74% em Pernambuco, segundo dados do painel que apresenta informações sobre leitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) no Estado. Das 581 vagas ofertadas para Srag, 430 estão ocupadas por pacientes com Covid-19 devido a nova alta da doença impulsionada pelas subvariantes BQ.1 e XBB do vírus. 

Além da alta taxa de ocupação, há 46 solicitações ativas para leitos públicos de UTI no Estado, ou seja, pacientes que estão na fila de espera. Dessa quantidade, 32 são pessoas adultas e 14 são crianças. 

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Ainda de acordo com o painel da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag-PE), a última vez que Pernambuco teve um número parecido de pacientes em fila de espera foi em julho deste ano. 

Nos leitos de enfermaria, dos 507 disponibilizados pela rede pública, Pernambuco tem 318 ocupados. Sendo assim, a taxa de ocupação está em 63% e também há 40 pessoas com sintomas do vírus na fila de espera por uma vaga na enfermaria. Destas pessoas, 36 são adultas e quatro crianças. 

A fila de espera nos leitos de UTIs e enfermarias da rede pública de Pernambuco pela Covid-19 se dá porque as vagas são destinadas para pessoas com síndrome respiratória aguda grave e apenas algumas delas são voltadas para pacientes com o vírus. 

Entre janeiro e agosto deste ano, Pernambuco registrou uma queda de 52,8% no número de transplantes de órgãos e tecidos em comparação com 2019. Foram 511 procedimentos realizados neste ano contra 1.082 no mesmo período no ano passado. O estado é considerado referência no Norte e Nordeste em transplantes.

De acordo com o Governo de Pernambuco, a queda está diretamente relacionada à pandemia da Covid-19. Durante os meses mais críticos da doenças, alguns programas de transplante passaram a fazer o procedimento apenas nos casos de urgência. Além disso, o contato com os familiares para autorização do ato ficou comprometido com a nova realidade do ambiente hospitalar.

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"Com a pandemia do novo coronavírus, as visitas aos pacientes e permanência dos acompanhantes nas unidades ficaram restritas, dificultando o contato das Organizações de Procura de Órgãos e das Comissões Intra-Hospitalares de Doação com os familiares. Estamos nos reinventando neste momento para fazer essa interlocução de forma remota, acolher e passar as informações necessárias para que o indivíduo tenha o direito de se tornar um doador garantido", afirma a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes. 

A CT-PE realizará uma transmissão ao vivo pelo Instagram da Secretaria de Saúde na próxima segunda-feira (21) às 20h. O objetivo é reforçar a importância da doação de órgãos e tecidos e tirar dúvidas da população. "Precisamos chamar a atenção da população para o tema constantemente, esclarecendo como funciona o processo da doação, autorização e, principalmente, combatendo as fake news e os mitos que rodeiam o tema", explica a coordenadora.

A doação de órgãos sólidos (coração, fígado, rim, pâncreas), além de tecidos (córnea), pode ser realizada quando há morte encefálica do potencial doador. O quadro de morte encefálica é irreversível e diagnóstico e comprovado por uma série de exames, de acordo com a norma do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Dados

Entre janeiro e agosto, Pernambuco realizou 208 transplantes de córnea (-58% em comparação com 2019), 129 de medula óssea (-22%), 101 de rim (-60%), 47 de fígado (-56%), 14 de coração (-60%) e um de rim/pâncreas (-83%), além de 11 de válvula cardíaca (-27%).

Os transplantes de fígado, coração e medula óssea foram mantidos mesmo com a pandemia. Já os de rim, em uma decisão colegiada dos centros transplantadores e o Estado, foram temporariamente suspensos, já que o paciente tem um tratamento substitutivo, a hemodiálise. Os transplantes de rim foram retomados na segunda quinzena de julho. Os de córnea seguem parados por decisão do Ministério da Saúde, exceto em casos de urgência.

A fila de espera conta com 1.455 pacientes, sendo 1.160 aguardando um rim, 130 fígado, 97 córnea, 39 medula óssea, 16 rim/pâncreas e 13 coração.

"Eu não tenho nada a ver com os filhos das outras mães." A recusa veemente de uma mulher em doar os órgãos da filha foi um dos momentos que mais marcaram os 21 anos de carreira de Edvaldo Leal de Moraes, vice-coordenador da Organização de Procura de Órgãos (OPO) do Hospital de Clínicas de São Paulo. Mesmo em um País em que a fila de espera por um órgão chega a cinco anos, o relato não é um caso isolado. Quase metade das famílias ainda rejeita a doação de órgãos no País.

Entre as 34.543 pessoas que esperavam um transplante no País em dezembro, 21.264 precisam de rim, 10.293 de córnea, 1.331 de fígado, 539 de pâncreas e rim, 282 de coração, 172 de pulmão e 31 de pâncreas. Em 2016, 2.013 pessoas que estavam na fila por um órgão, morreram. Dessas, 82 eram crianças. No ano passado, as centrais estaduais de transplantes identificaram 10.158 pessoas que tiveram morte encefálica e poderiam ser doadoras. De 5.939 famílias consultadas, 2.571 (ou 43%) não deram a autorização necessária.

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Os dados foram compilados pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), com base nas informações das centrais estaduais de transplantes, e divulgados anteontem pelo Ministério da Saúde. "O índice de recusa é bem alto. A Espanha é país líder em transplante e lá a recusa das famílias é de menos de 20%", afirma Roberto Manfro, presidente da ABTO. Houve pequeno aumento no número de doadores em relação a 2015 - de 2.854 para 2.981.

Nos Estados do Norte, estão os maiores índices de rejeição à doação. No Acre, chega a 81%; Rondônia registrou 76% e Tocantins, 75%. "O grande empecilho é a falta de conhecimento de saber que a morte encefálica é uma situação de irreversibilidade absoluta", afirma Manfro. Para atestar a morte encefálica, são necessários avaliação de especialista (neurologista ou neurocirurgião) e exame complementar que ateste que o cérebro não tem atividade elétrica (eletroencefalograma) ou que não há mais circulação de sangue no cérebro (angiotomografia, angiografia, angiorressonância e cintilografia do cérebro).

Nesta semana, a gerente médica da unidade cardiointensiva do Hospital CopaStar do Rio, Jaqueline Miranda, acompanhou um caso de negativa de uma família. "Era um homem grande, salvaria quatro ou cinco vidas. A gente entende a reação das famílias nesse momento de tanta dor. Não dá para colocar nelas a culpa", afirmou. "É impactante para o entrevistador ouvir isso (a recusa). A gente se sente impotente, incompetente", relata Moraes.

Ele estuda desde 2005 os motivos pelos quais ainda há tanta recusa na doação de órgãos em casos de morte encefálica e a resposta é complexa, pois envolve aspectos culturais e a falta de informação. "Ainda há muito a crença de que ocorrerá um ‘milagre’, mesmo em pessoas que até então não tinham manifestado nenhum tipo de ligação religiosa", comenta.

Segundo Moraes, mais do que familiares de pacientes, há muitos profissionais de saúde que também não compreendem ou não aceitam um diagnóstico de morte encefálica. É a mesma análise do coordenador médico do núcleo de captação de órgãos do Hospital Israelita Albert Einstein, José Eduardo Afonso Junior. Mais do que isso, Moraes afirma ter presenciado muitos casos de pessoas que rechaçavam a doação por desacreditar no Sistema Único de Saúde, chegando a cogitar a hipótese de que poderiam ter o tratamento adiado para que seus órgãos fossem retirados.

Campanhas

José Ottaiano, vice-presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, lembra que a adesão à doação de órgão é maior quando há campanhas nacionais, um caso de maior comoção, ou até quando o tema é abordado em filmes ou novelas. "A doação é uma coisa conjuntural.

A divulgação pela imprensa e em novelas realmente facilita", afirmou. Em 2014, na novela Em Família, da Rede Globo, o personagem Cadu, interpretado por Reynaldo Gianecchini, passou por transplante de coração. Em 2013, houve 271 transplantes do órgão. No ano da novela, o número subiu para 311.

Para Manfro, uma atitude eficiente para quem quer ser doador é avisar à família. "Ela geralmente respeitamesse desejo."

Capacitação

O coordenador médico do núcleo de captação de órgãos do Hospital Israelita Albert Einstein, José Eduardo Afonso Junior, observa que uma das possíveis explicações para a rejeição à doação de órgãos é uma falta de preparo profissional.

Para reverter isso, ele aponta investimentos em classificação, como as pós-graduações em Captação de Órgãos que o Ministério da Saúde realiza em parceria com alguns hospitais, como o Einstein. Durante as aulas, os profissionais participam de simulações de todo o processo, desde o diagnóstico até as conversas com a família e orientações sobre armazenamento dos órgãos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Permanecem acampadas as 50 pessoas no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, à espera de uma senha da Anatel na tarde desta quarta-feira (17).  A ocupação está sendo realizada para garantir "a vez" das emissoras de televisão de Pernambuco na fila para recadastramento de retransmissoras de TVs, que o Ministério das Comunicações fará a partir da próxima segunda (22) até o dia 24. De acordo com os integrantes, um representante da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife foi até o local hoje para solicitar a retirada das barracas na calçada. 

Segundo uma das representantes, que quis ser identificada apenas como Carol, caso o órgão chegue para fazer a desocupação, ninguém vai se recusar a sair. "Não vamos desobedecer a uma ordem da Prefeitura, lógico. Estamos aqui apenas para pegar uma senha e garantir uma renda, já que todos estão desempregados", afirmou.

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As emissoras de televisão vão realizar o pagamento ao grupo em troca das senhas apenas na segunda-feira (22), prazo de entrega. "Caso a gente saia, não sabemos como ficará. Mas por enquanto está sendo vantajoso, porque ganhamos dinheiro para comer, local para tomar banho e as barracas para dormir. Está valendo a pena sim", disse Carol. A Secretaria de Controle Urbano informou que o prazo para retirada dos ocupantes é até a noite desta quarta-feira (17).

O anúncio dos próximos modelos de iPhone só ocorrerá daqui a cinco dias, mas a espera não é problema para os grandes fã da Apple, que já começaram a formar fila na frente de uma loja da empresa em New York, nos EUA. A expectativa é que os celulares comecem a ser vendidos no dia 19 de setembro, então os acampantes esperarão mais de duas semanas para por suas mãos nos aparelhos.

Em uma entrevista ao site americano CNBC, os acampantes Brian Ceballo e Joseph Cruz comentaram que chegaram na fila no dia 31 de agosto, e seu objetivo é quebrar o recorde de mais tempo esperando, que é de 18 dias. Os dois eram os primeiros da fila até a chegada de Jason e Moon Ray, que pagaram US$ 2,500 a Brian e Joseph para ficarem no começo da fila. A expectativa é que a Apple anuncie dois modelos de iPhone, um de 4.7 e outro de 5.5 polegadas. Vídeos e fotos dos aparelhos já apareceram na internet.

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