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40 minutos. Esse foi o tempo que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) levaram para transportar um coração de helicóptero, do Hospital de Emergência e Traumas Senador Humberto Lucena, em João Pessoa/PB, até Recife/PE. O órgão, que foi captado de um paciente internado no hospital no sábado (13), deve bater agora no corpo de uma outra pessoa que aguardava pelo novo coração na fila de transplante. 

No início da tarde, as equipes da PRF e SAMU foram acionadas para realizar o transporte do órgão entre as capitais. Após a conclusão do procedimento de retirada do coração, o helicóptero saiu de João Pessoas às 16h24 e chegou ao campo do Derby às 17h04.

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De lá, o órgão e a equipe de captação seguiram de ambulância até o IMIP, no bairro dos Coelhos, na região central da capital. O coração chegou preservado para ser transplantado e dar vida nova ao paciente.

Da assessoria

Com quadro de vômitos e constipação, um menino de quatro anos se queixava de dores abdominais e foi levado a um hospital nos Estados Unidos. Os médicos suspeitaram de apendicite aguda e removeram o apêndice, mas depois foi descoberto que ele havia engolido uma pulseira. 

O erro foi observado pela persistência dos sintomas. Mesmo três dias após o procedimento, a criança continuava com dor no estômago e começou a vomitar bile.  

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O médico que o atendeu decidiu pedir um ultrassom da região, quando descobriu que as dores eram provocadas por uma pulseira feita com 18 contas magnéticas. O bracelete tinha obstruído seu intestino e aberto buracos na parede intestinal. 

Uma laparotomia de emergência foi realizada para remover o objeto. Os buracos no órgão causados pelo objeto também foram fechados na operação. Segundo o NY Post, o caso será publicado na edição de fevereiro do Journal Of Pediatric Surgery Case Reports. 

Em entrevista ao podcast 'How To Do It', um americano relatou que seu pênis encurtou após contrair a Covid-19. Os médicos que o atenderam indicaram que a infecção causou danos graves nos vasos sanguíneos do tecido erétil do paciente e que a condição pode ser permanente.

Diagnosticado em julho do ano passado, ele começou a sofrer de disfunção erétil após a alta hospitalar. Em seguida, percebeu a diminuição de um polegada e meia do comprimento do órgão, cerca de 3,81 centímetros.

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"Meu pênis encolheu. Antes de ficar doente, eu era acima da média, não enorme, mas definitivamente maior que o normal. Agora eu perdi cerca de uma polegada e meia e me tornei decididamente menor que a média", relatou o homem.

Ele teve a identidade preservada, mas afirmou que era hétero e que a situação impactou sua autoconfiança e habilidades na cama.

Seus médicos frisaram que a situação é permanente, mas outra corrente de profissionais insiste que práticas de reabilitação com medicamentos, alongamentos e procedimentos a vácuo podem restaurar o tamanho perdido.

A Universidade Miller de Medicina de Miami mostrou em estudo que a disfunção generalizada das células endoteliais por Covid-19 pode contribuir para a disfunção. O levantamento da Universidade de Londres com 3.400 homens identificou que a redução do pênis foi um dos sintomas raros entre 200 pacientes.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) divulgou uma nota na noite desta segunda-feira (13) informando que ocorreram novos ataques de hackers contra órgãos do governo. O GSI não divulgou quais serviços ou ministérios foram atacados, apenas que "ocorreram incidentes cibernéticos contra órgãos de Governo em ambiente de nuvem".

Segundo a nota, os provedores de serviços em nuvem estão cooperando com o governo para resolver o problema e que o governo está atuando "de forma coordenada para a retomada dos serviços, que estão sendo reativados à medida em que o tratamento ocorre".

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O GSI informou que diversas equipes estão sendo "orientadas sobre os procedimentos de preservação de evidências" e que as "orientações emitidas têm seguido rigorosamente as boas práticas de tratamento de incidentes". Segundo a nota, a colaboração entre os diversos órgãos envolvidos tem sido fundamental e efetiva.

O Vaticano instituiu um órgão interno que terá como foco o estudo do uso da inteligência artificial, após um pedido do presidente da Pontifícia Academia para a Vida, monsenhor Vincenzo Paglia.

    Segundo apurou a ANSA, o papa Francisco aceitou a sugestão do religioso e um documento sobre a criação foi firmado em 16 de abril pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin. A Fundação para Inteligência Artificial ficará sob o controle da Academia liderada por Paglia e já teve seu estatuto interno aprovado.

    Após a revelação da notícia, o religioso conversou com a ANSA e informou que a ideia de criar o órgão veio após a carta firmada em fevereiro de 2020, chamada de "Rome Call for AI Ethics", que visa ter uma "aproximação ética" sobre o uso da tecnologia.

    O texto foi assinado à época pelo presidente da Microsoft, Brad Smith, pelo vice-presidente da IBM, John Kelly III, pelo diretor-geral da agência da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO), Qu Dongyu, e pela representante do governo italiano, a então ministra para Inovação e Tecnologia, Paola Pisano.

    "A sua função será difundir essa carta por todo o mundo porque acreditamos que, perante à invasão dessa dimensão na vida de todos, seja importante reafirmar as perspectivas éticas, educativas e também jurídicas para a inteligência artificial. No momento da elaboração e da assinatura da 'Call', criamos o termo 'algorEtica' porque também os algoritmos têm necessidade de uma dimensão moral", pontuou Paglia.

    Segundo o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, há atualmente diversas questões sobre o uso indiscriminado dessa tecnologia, como no caso do "reconhecimento facial" usado por governos em vias e transportes públicos e que podem "bloquear a vida de qualquer um".

    "Precisamos evitar uma ditadura dessas novas tecnologias e que quem possui o 'big data' faça o que bem quiser. E não queremos que o desenvolvimento tecnológico saia da perspectiva humana", acrescentou ainda o religioso.

    Paglia afirmou que está sendo negociado um novo evento sobre o assunto, que provavelmente será realizado em outubro em Dubai, e que o documento não é de ninguém em particular "mas sim de todos que o assinam".

Da Ansa

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A Autoridade Antitruste da Itália multou o Facebook em 7 milhões de euros (cerca de R$ 45,3 milhões) nesta quarta-feira (17) por não ter cumprido as orientações para remover a prática incorreta no uso de dados dos usuários e por não ter publicado a declaração de retificação solicitada pelo órgão.

Sobre esta última, o Antitruste havia feito uma indicação formal para as alterações em novembro de 2018 e as punições foram para o Facebook Inc e para a sede da rede social na Irlanda.

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"A Autoridade tinha indicado que o Facebook induzia enganosamente os usuários a registrarem-se em sua plataforma não informando rapidamente e de maneira adequada - durante a ativação da conta - sobre a atividade de recolhimento, com intuito comercial, dos dados fornecidos e, de maneira geral, das finalidades remunerativas submetidas ao serviço, enfatizando a gratuidade vice-versa", diz o órgão em nota.

O comunicado ainda destaca que as informações dadas pela plataforma "eram genéricas e incompletas e não forneciam uma adequada distinção entre a utilização dos dados necessários para a personalização do serviço (com o objetivo de facilitar a socialização com outros usuários) e a utilização de dados para realizar campanhas publicitárias direcionadas".

O órgão ressalta que a rede social de Mark Zuckerberg deveria ter publicado um informativo sobre as alterações na política de dados e parar com esse tipo de recolhimento de informação, mas que isso também não foi feito até hoje. O Antitruste afirma que esses dados são necessários para que os clientes decidam se querem ou não ter o serviço publicitário.

Através de um porta-voz, o Facebook informou que foi notificado, "mas que permanecemos no aguardo da decisão do Conselho de Estado sobre a apelação que apresentamos a respeito da instrução inicial dada pela Autoridade".

"A tutela da privacidade para nós é extremamente importante e já fizemos uma série de mudanças, também nas nossas Condições de Uso, para esclarecer posteriormente como nós utilizamos os dados para fornecer os nossos serviços e a publicidade personalizada", concluiu.

Da Ansa

Entre janeiro e agosto deste ano, Pernambuco registrou uma queda de 52,8% no número de transplantes de órgãos e tecidos em comparação com 2019. Foram 511 procedimentos realizados neste ano contra 1.082 no mesmo período no ano passado. O estado é considerado referência no Norte e Nordeste em transplantes.

De acordo com o Governo de Pernambuco, a queda está diretamente relacionada à pandemia da Covid-19. Durante os meses mais críticos da doenças, alguns programas de transplante passaram a fazer o procedimento apenas nos casos de urgência. Além disso, o contato com os familiares para autorização do ato ficou comprometido com a nova realidade do ambiente hospitalar.

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"Com a pandemia do novo coronavírus, as visitas aos pacientes e permanência dos acompanhantes nas unidades ficaram restritas, dificultando o contato das Organizações de Procura de Órgãos e das Comissões Intra-Hospitalares de Doação com os familiares. Estamos nos reinventando neste momento para fazer essa interlocução de forma remota, acolher e passar as informações necessárias para que o indivíduo tenha o direito de se tornar um doador garantido", afirma a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes. 

A CT-PE realizará uma transmissão ao vivo pelo Instagram da Secretaria de Saúde na próxima segunda-feira (21) às 20h. O objetivo é reforçar a importância da doação de órgãos e tecidos e tirar dúvidas da população. "Precisamos chamar a atenção da população para o tema constantemente, esclarecendo como funciona o processo da doação, autorização e, principalmente, combatendo as fake news e os mitos que rodeiam o tema", explica a coordenadora.

A doação de órgãos sólidos (coração, fígado, rim, pâncreas), além de tecidos (córnea), pode ser realizada quando há morte encefálica do potencial doador. O quadro de morte encefálica é irreversível e diagnóstico e comprovado por uma série de exames, de acordo com a norma do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Dados

Entre janeiro e agosto, Pernambuco realizou 208 transplantes de córnea (-58% em comparação com 2019), 129 de medula óssea (-22%), 101 de rim (-60%), 47 de fígado (-56%), 14 de coração (-60%) e um de rim/pâncreas (-83%), além de 11 de válvula cardíaca (-27%).

Os transplantes de fígado, coração e medula óssea foram mantidos mesmo com a pandemia. Já os de rim, em uma decisão colegiada dos centros transplantadores e o Estado, foram temporariamente suspensos, já que o paciente tem um tratamento substitutivo, a hemodiálise. Os transplantes de rim foram retomados na segunda quinzena de julho. Os de córnea seguem parados por decisão do Ministério da Saúde, exceto em casos de urgência.

A fila de espera conta com 1.455 pacientes, sendo 1.160 aguardando um rim, 130 fígado, 97 córnea, 39 medula óssea, 16 rim/pâncreas e 13 coração.

Solidariedade. Esse é um gesto que vem sendo colocado em prática constantemente neste período da circulação do novo coronavírus. Diariamente, vê-se histórias de doação das mais diversas formas para auxiliar a população. Na área da saúde, pessoas físicas e jurídicas estão doando diversos insumos para ajudar as unidades hospitalares. Os doadores de sangue também estão sendo convocados constantemente para continuar com essa prática. E a doação de órgãos e tecidos?  

Assim como o sangue, os órgãos sólidos e tecidos (córnea e medula óssea) não podem ser fabricados, não estão disponíveis na prateleira de uma farmácia. Ou seja, precisam do ato de solidariedade para que o próximo possa ser beneficiado. Contudo, também sofreram o impacto do novo coronavírus. No último mês de março, as doações de órgãos e tecidos no Estado caíram 40%, comparando com o mesmo mês de 2019 (de 15 doações múltiplas para 9). Já a negativa familiar aumentou: foi de 46% em março de 2019 e subiu para 57% em março de 2020, uma ampliação na negativa de 24%, reflexo de mudança na dinâmica do acolhimento das famílias desses potenciais doadores. 

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“Para segurança de pacientes, familiares e profissionais de saúde, as visitas nas unidades hospitalares estão mais restritas, o que modifica a forma de abordagem das famílias dos potenciais doadores, sem o contato físico como era habitualmente. Essa mudança é necessária para diminuir o número de pessoas afetadas pela pandemia na comunidade. Contudo, precisamos continuar conscientizando o público sobre a importância da doação e contar com o apoio dos familiares dos potenciais doadores neste momento tão delicado para todos nós. Os pacientes em fila de espera continuam aguardando e necessitando desse ato de amor para ter uma melhora na qualidade de vida”, afirma a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes.  

Comparando os meses de março de 2019 e março de 2020, Pernambuco teve uma diminuição de 6,5% nos transplantes de córnea (de 46 para 43), 50% em coração (de 4 para 2), 54% de fígado (de 13 para 6) e 83% de rim (de 42 para 7). Os transplantes de medula se mantiveram em 21 em março de ambos os anos. Já transplante duplo de rim/pâncreas não foi realizado em março de 2020 (redução de 100% - foi feito 1 em março de 2019).  

 “As Organizações de Procura de Órgãos e Tecidos e as Comissões Intrahospitalares de Doação continuam à disposição das famílias, mesmo de forma remota, para tirar todas as dúvidas sobre o ato de doar. Vamos continuar apoiando os familiares neste momento de dor e dando o suporte necessário para que eles possam exercer seu direito de ajudar o próximo”, reforça Noemy Gomes.  

Atualmente, em Pernambuco, 1.166 pessoas aguardam um rim, 171 córnea, 129 fígado, 24 medula óssea, 19 rim/pâncreas e 14 coração, totalizando 1.523.  

Importante destacar que pacientes que foram a óbito por Covid-19 ou por suspeita não podem realizar a doação. 

BRASIL - De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a média de redução no número de transplantes de doador falecido a partir do dia 17 de março de 2020, até o final do último mês, foi expressiva: rim (51,7%), coração (86,7%), fígado (32,1%), pâncreas (66,7%), pâncreas rim (50%), pulmão (85,7%) e córnea (62%). Os dados foram comparados com o quantitativo de transplantes do mesmo período em 2019.  

De acordo com recomendação do MS, apenas os transplantes de córnea, considerados eletivos, estão suspensos neste momento de pandemia.

*Da assessoria de imprensa

A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei de conversão da Medida Provisória 869/18, que cria a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para fiscalizar os responsáveis pelo tratamento de dados nos setores público e privado. A votação manteve na lei de proteção de dados (13.709/18) a exigência de a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) editarem regulamentos específicos para o acesso a dados tratados pela União relacionados aos exames do Ensino Médio (Enem) e do ensino superior (Sinaes).

Neste mês, o presidente do Inep, Elmer Vicenzi, foi demitido após entrar em choque com integrantes da procuradoria, a área jurídica do órgão. O ex-presidente defendia a divulgação dos dados produzidos pelo Inep, como avaliações e indicadores educacionais. A procuradoria é a favor de uma política de sigilo dos dados, que envolvem informações de alunos e escolas.

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Com o fim da análise dos destaques, será enviado ao Senado o projeto de lei de conversão do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) para a MP, que cria a ANPD para fiscalizar os responsáveis pelo tratamento de dados nos setores público e privado.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, inaugurou hoje (3) o Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública Nacional (CIISPN), em Brasília. O órgão vai integrar e coordenar informações de segurança e operações com outros órgãos de inteligência nos estados. De acordo com o ministro, o centro é estratégico para o combate a organizações criminosas.

“A integração é tudo em matéria de segurança pública. Estamos insistindo muito nessa política e acredito que com isso nós conseguimos fazer mais com menos”, disse Moro. "As vezes a polícia de um estado não se comunica com a de outro estado ou com a Polícia Federal. E uma das principais ideias aqui é fortalecer essa troca de informações", acrescentou.

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A unidade de inteligência é composta por agentes das polícias civis e militares, órgãos federais e outras instituições especializadas no combate às organizações criminosas, como o Ministério Público e o Poder Judiciário.

Esse é o segundo centro de integrado de inteligência. O primeiro, voltado para a Região Nordeste, foi inaugurado no ano passado, em Fortaleza (CE), pelo então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Na próxima semana, Moro inaugura, em Curitiba (PR), o centro da Região Sul. A intenção do governo é que exista um centro em cada uma das regiões do país.

Entre os objetivos dos centros estão a integração entre os agentes de segurança pública para produção de conhecimentos estratégicos e o acesso integrado dos conteúdos das bases de dados das diversas instituições e órgãos que compõem a estrutura de segurança pública.

“Essa unidade não é só questão de espaço físico. Você convoca policiais de diferentes estados e do Distrito Federal e isso faz com que diferentes experiências estejam reunidas e vai construindo laços de confiança e integração”, disse o ministro.

Coaf

Questionado sobre a possibilidade de o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sair da Justiça e retornar para a Economia, o ministro disse que não há nenhum movimento dentro do governo para fazer a mudança.

“Não existe nenhuma área do governo defendendo o retorno, a posição do governo foi externada na Medida Provisória [870/19]. Foi o governo quem editou a MP transferindo o conselho da então Fazenda para o Ministério da Justiça e Segurança Pública”, disse o ministro. “Achamos que o Coaf fica melhor aqui e não tem nenhum movimento dentro do governo [para mudar]. Vocês podem perguntar o ministro Paulo Guedes que ele vai dizer que não tem nenhum interesse no conselho”.

Moro disse que a discussão em relação ao Coaf, travado no Congresso Nacional, resulta de incompreensão sobre a atuação do conselho na Justiça. “É importante o Coaf estar aqui na Justiça e Segurança Pública porque ele tem informações essenciais em matéria de lavagem de dinheiro e que nos serão extremamente úteis para combater principalmente as organizações criminosos. Se você não tem o rastro do dinheiro fica muito difícil combater essas grandes organizações criminosas”, disse.

O presidente Michel Temer sancionou nessa terça-feira, 14, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. Discutida nos últimos oito anos, a nova lei regulamenta como os dados pessoais de brasileiros poderão ser usados por empresas e órgãos do governo. Temer, no entanto, vetou a criação de um órgão fiscalizador para a área. O texto concede prazo de 18 meses para adequação às regras, que passarão a valer em fevereiro de 2020.

Com a nova lei, as empresas terão de ser mais transparentes sobre como utilizam os dados de cidadãos brasileiros. A partir de agora, o usuário poderá saber quais dados pessoais - nome, e-mail, CPF, idade e estado civil - são coletados e usados por empresas e pelo governo. As novas regras também abrangem informações de áreas específicas, como dados de saúde e de atividades em redes sociais.

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Temer, porém, modificou parte do texto aprovado pelo Congresso. Entre os principais vetos estão os artigos que criariam a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que ficaria responsável por fiscalizar e punir eventuais infrações. Segundo o presidente, a criação da ANPD teria um "vício constitucional" porque o Legislativo não pode criar órgãos que gerem despesas para o Executivo.

Especialistas, no entanto, defendem que o órgão é indispensável para a aplicação das regras. Segundo Carlos Affonso de Souza, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS-Rio), a lei perde força sem a agência reguladora. "A ANPD teria o papel importante de centralizar a aplicação, evitar a pulverização de fiscalização e propor orientações de interpretação."

Para acalmar os ânimos, na terça, Temer prometeu criar a instituição, por meio de um projeto de lei enviado pelo governo, mas sem determinar datas. Nos bastidores, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, garantiu a políticos e membros da sociedade civil que irá aprovar a criação da ANPD até o fim do ano, caso o Planalto envie a proposta para a Casa Legislativa nos próximos meses.

Outro item vetado pelo presidente se refere às sanções que poderão ser impostas a infratores. Haverá multas, mas Temer barrou a possibilidade de suspensão parcial ou total das atividades de empresas que tenham infringido a lei. "É possível que seja mais vantajoso para uma empresa pagar a multa do que cumprir as regras", diz o pesquisador Rafael Zanatta, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Avanço

Apesar dos vetos, a nova lei foi comemorada. Especialistas ouvidos pelo Estado consideram a legislação um marco para a proteção da privacidade. "O brasileiro vai retomar o controle perdido sobre dados que identificam quem ele é, o que ele faz e como ele vive", afirma Souza, do ITS-Rio.

A novidade também agradou empresas. Fábio Rua, diretor de relações governamentais da América Latina da IBM, diz que a lei é um marco para toda a indústria. "A lei nos traz um arcabouço que permite a manutenção de modelos de negócios, trazendo segurança jurídica", diz. (COLABORARAM BRUNO CAPELAS, DE SÃO PAULO, JULIA LINDNER E TÂNIA MONTEIRO, DE BRASÍLIA). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Através do Instagram, Selena Gomez revelou que passou por momentos delicados nos últimos meses, e por isso não andou promovendo muito suas músicas novas, algo que já havia sido notado pelos fãs. Na rede social, a cantora contou que precisou fazer um transplante de rim por conta da sua doença, o lúpus, que faz o sistema imunológico atacar os próprios tecidos no corpo.

“Era o que eu precisava fazer pela minha saúde. Eu estou ansiosa para compartilhar com vocês a minha jornada destes últimos meses, como eu sempre faço. Mas, até lá, quero agradecer publicamente agradecer a minha família e time de médicos por tudo que eles fizeram por mim antes e depois da cirurgia”, escreveu a artista. Além da explicação, Selena fez também um agradecimento para sua amiga Fancia Raisa, que lhe doou o órgão.

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“Lúpus continua a ser muito mal compreendida, mas há progresso sendo feito”, completou. A cantora revelou publicamente que tinha a doença autoimune em 2015. Seus efeitos podem prejudicar principalmente a pele, articulações, cérebro e rim, como no caso de Selena Gomez.

Confira a postagem:

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Através de servidores da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), o LeiaJá teve acesso, com exclusividade, a uma carta aberta do engenheiro de pesca, Assis Lins, enviada no último domingo (9) aos funcionários do órgão. Em uma espécie de depoimento, Lins, que trabalhou durante 19 anos na CPRH, relata os motivos de seu afastamento do cargo na Unidade de Gestão Costeira (UGC) e a sua devolução ao seu orgão de origem, segundo ele, sem nenhuma justificativa técnica. No documento, o engenheiro afirma que o seu afastamento foi motivado por uma repentina mudança de posição da CPRH em relação ao embargo da obra da "Arena Porto", projeto da empresa Luan Promoções e Eventos Ltda.

Detalhadamente, Assis explica como foram os procedimentos para o embargo da obra na praia de Porto de Galinhas, município de Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco. Ele conta que, no dia 7 de novembro de 2016, a presidente da CPRH, Simone de Souza convocou duas gerências para uma fiscalização “urgente, urgentíssima” no local da obra, que já vinha sendo acompanhada pela Prefeitura de Ipojuca, com quem a CPRH tem convênio de cooperação.

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Segundo Assis Lins, a Arena Porto chegou a ser notificada para que em 48 horas obtivesse a licença definitiva para a continuação da parte do aterro da obra. A orientação foi, segundo ele, prontamente aceita pelos responsáveis e a intervenção foi paralisada. Para a surpresa do engenheiro, na mesma tarde, no gabinete da presidência, o diretor de Gestão Territorial e Recursos Hídricos (DGTRH), Nelson Maricevish, recebia uma empresa de televisão reforçando a paralisação por 48 horas até a entrega da licença completa.

“Nesta mesma hora, recebo uma ligação do secretário de Meio Ambiente do município de Ipojuca, Francisco Uchôa, que me questionou o que estaria acontecendo. Informei ao secretário da paralisação temporária e que, assim que fosse emitida a licença completa, seria desembargada a obra”. A obra havia sido licenciada pela Prefeitura de Ipojuca, assim como em outros casos da mesma natureza.

Ainda no mesmo dia, de acordo com o relato de Assis Lins, um fato causou estranhamento. “No final da tarde, Ângelo Leite (outro técnico que tinha participado da vistoria) indagava a falta de uma reunião de toda a equipe e diretoria, para analisar e avaliar o caso. Falava que estava surpreso pelo fato de ter sido chamado para assinar outra versão de relatório de vistoria e que não identificava o meu nome na equipe”.

Lins explica na carta que um dia depois da vistoria, Nelson Maricevish anunciou que a analista ambiental e assessora especial da presidência, Cinthia Lima, havia encontrado resquícios de restinga (vegetação que protege a região litorânea) e que o embargo passou a ter prazo indeterminado. Cinthia também haveria estabelecido uma multa de R$ 600 mil reais pelo impacto ambiental. “Alertei que havia muita fragilidade nessa informação, e mostrei uma imagem aérea de 1974 do local, com a clara existência de grandes ilhas com plantio de coco, sem manguezal”, detalha. O estranho é que Cinthia, que faz parte da diretoria de Recursos Florestais e Biodiversidade (DRFB), não havia participado da fiscalização.

Assis finaliza o documento ressaltando que o Ministério Público já teria notado distorções no caso. O engenheiro florestal e superintendente do IBAMA, Francisco Barreto Campelo teria realizado outra vistoria no local acompanhado da promotora, Bianca Azevedo (responsável pelo processo que investigas as irregularidades no embargo a obra da Arena Porto), e confirmado não haver mata de restinga na área. “A justiça já entendeu as distorções e sentenciou para a empresa terminar a instalação do aterro”, afirma.

Termos de declarações

Por conta dessas irregularidades, denunciadas a época a justiça, o Ministério Público abriu inquérito para investigar o caso. O LeiaJá também teve acesso aos termos de declarações dos servidores da CPRH, Assis Lins, Fabíola de Lemos e  Ângelo Leite - responsáveis pela primeira vistoria - feitos para a 2ª Promotoria Cível de Ipojuca, na presença da promotora Bianca Barroso e o promotor André Felipe de Menezes, que confirmam o relato feito na carta aberta por Assis Lins.

Em depoimento, Fabíola e Ângelo também afirmaram que Cinthia não havia participado da vistoria, tida pelos três como "corriqueira". Porém, a pedido de Simone de Souza, contribuiu na redação do relatório de vistoria. Fabíola ainda disse que este tipo de pedido da presidente era "normal" entre os técnicos da CPRH. Além disso, Ângelo confirmou que não havia característica de restinga - como alegado no relatório editado sem a presença de Assis Lins - e que isso teria sido incluído um dia depois.

Contradição

No dia 2 de fevereiro, o professor de biologia, Ismael Teixeira havia denunciado um crime ambiental na praia de Muro Alto, também no município de Ipojuca. O professor registrou desmatamento numa área de restinga e enviou à CPRH. Na ocasião, o órgão de fiscalização fez vista grossa e afirmou que a responsabilidade seria da prefeitura - mesmo contendo uma placa da CPRH no local, alertando que ali seria uma área de preservação.

No caso da Arena Porto, todo o processo de autorizações e licenças ambientais foi realizado pela Prefeitura de Ipojuca. O que não ficou claro é porque a análise do poder público municipal foi ignorado neste caso.

Confira a carta do servidor na íntegra:

CARTA ABERTA I – AOS FUNCIONÁRIOS DA CPRH

Autor: Assis Lins de Lacerda Filho Engenheiro de Pesca – UFRPE  e Mestre em Oceanografia Biológica - UFPE

Assunto: Esclarecimentos de fatos, que possivelmente, motivaram a minha retirada da gerência e da própria UGC e devolução ao órgão de origem sem justificativa.

Antes de tudo, após duas semanas de férias, resolvi escrever sobre os fatos ocorridos, principalmente, por todos os funcionários dos quarenta anos de existência da Agência Estadual do Meio Ambiente – CPRH, em segundo lugar, pela sociedade pernambucana que pode estar sendo induzida a erros de interpretação de impactos ambientais ocorridos, por desinformação midiática e de redes sociais.

LINHA DO TEMPO:

Para melhor compreensão, iniciei na CPRH, dia 2 de fevereiro de 1998, vindo da FIAM e do mestrado de oceanografia biológica, o Governador Miguel Arrais e o Diretor presidente CPRH era Ricardo Braga e a Diretora da DHN era a Engenheira Civil Simone Souza. Para orientação, tempos da implantação, diagnóstico e zoneamento da APA de Guadalupe, que serviu de modelo para os ZEEC’s Sul e Norte.

Passamos os governos de Jarbas Vasconcelos, Eduardo Campos e hoje Paulo Câmara, para não alongar, relatamos os tempos mais próximos:

No primeiro mandato de Eduardo, ele atraiu para o governo o PV, através da figura do candidato do partido – Sérgio Xavier, criando a SEMAS 2011 e nomeando-o como Secretário.

Ainda no primeiro mandato de Eduardo Campos, 2010 e 2011, a Diretoria já nos colocavam desafios de assumir o licenciamento das dragagens de SUAPE, Rio Beberibe, Rio Capibaribe, Portos do Recife e Noronha, e principalmente para responder aos Ministérios Públicos Federais e Estaduais, todos os processos envolvendo a pesca artesanal, Comitê de Monitoramento dos Incidentes com Tubarões – CEMIT, e outros.

Em 2012, no início do seu 2º mandato, Eduardo Campos faz acordo nacional com o PV e com Marina Silva, no apoio da criação do partido da Rede, com isso, Sérgio Xavier assume a SEMAS e a Presidência da CPRH – no começo desse período, fui nomeado Assessor Especial da Diretoria, por indicação do Diretor Nelson Maricevich - DGTRH.

Já em 2013, Sérgio Xavier, deixa a CPRH e assume na presidência da CPRH o Engenheiro Agrônomo Carlos André Cavalcanti até o final de 2014, nesse período, fui deslocado da Assessoria Especial, para a Gerência da Unidade de Gestão Costeira (1.3.2014) inclusive, com apelos da Diretoria, em razão dos grandes problemas criados durante as últimas gestões, e que, meu perfil de conciliador e conhecedor da área costeira do Estado, poderia corrigir ou vários conflitos da Gerência.

Citamos, apenas alguns exemplos de problemas detectados na UGC, que comprometeram a CPRH e o Estado, sendo:

1 - Utilizavam da estratégia de assinatura coletiva, todos os membros da gerência da época assinavam todos os relatórios e principalmente, documentos para os Ministérios Públicos (Federal e Estadual), essa coletividade, atrapalhava as ações da Justiça e Ministérios, ficava mais difícil de identificar os responsáveis pelas decisões;

2 - Foram produzidos relatórios de monitoramentos, em áreas de importante projeto, com objetivo de subsidiar o Grupo de Trabalho do EIA/RIMA e a equipe da APA de Guadalupe na análise dos impactos previstos, o problema, é que o Relatório de Monitoramento (RTM SMAI/UGC nº 01/2013, 9/7/2013), ele alimentou os analistas e técnicos da Agência, com informações distorcidas dos ambientes que envolvem o projeto, alterou completamente o ZEEC Sul, e os ecossistemas foram mudados de estuário para rio e curso d’água, o que gerou uma confusão técnica e jurídica, e foi emitido o Indeferimento Ambiental nº 02.13.08.003/82-0, porque a margem de APP foi instituída erradamente, para seiscentos metros (600) inviabilizando o empreendimento; após várias investidas do grupo empresarial, a CPRH reconheceu o erro e provocou outro EIA/RIMA, outro projeto, mais não investigou a origem das distorções técnicas;

3 - Outro problema criado por encomenda externa, foi os autos de infração 767 e 768/2013, para SUAPE com multa de 2.500.000,00 (dois milhões e meio) e da obrigação de fazer grandes estudos ambientais, para informar, esses autos já foram cancelados na Justiça, na PGE, e na própria CPRH. A questão é que o Juiz Federal do Cabo, Dr. Rodrigo Vasconcelos Coêlho Araújo, apensou esse processo do mero, ao processo principal e mais antigo, que investiga os impactos de SUAPE a pesca artesanal (Autos nº 0005552-13.2011.4.05,8300 Classe: 1 – ACP MPF e réu a CPRH), fato esse, que induziu o Juiz Federal ao erro de avaliação técnica e jurídica, que na legislação consta como crime, induzir a Justiça ao erro. O Juiz proferiu sentença, SUAPE questionou e entrou com defesa, espera-se que a PGE se posicione e ajude a Justiça corrigir o erro;

Importante ressaltar, que como gerente da UGC, atendemos no segundo semestre de 2014, a engenheira civil e consultora Simone Souza, com esclarecimentos sobre intervenções no porto de SUAPE para instalar uma grande termoelétrica, a profissional ficou satisfeita e aliviada pelas orientações recebidas na UGC, tanto que, quando assumiu a Presidência da CPRH, nos manteve na função de gerente até o dia 7.2.2017, anunciando, a amigos, antes da posse.

Com a eleição de Paulo Câmara, o Carlos André é levado para a Secretaria Executiva da SEMAS e deixa na presidência da CPRH o Engenheiro Agrônomo Paulo Teixeira. Por influência das novas articulações políticas para as eleições municipais de 2016 e seus resultados, o PV reivindicou a indicação da Presidência da CPRH, quando indicam a Engenheira Civil, Simone Souza, iniciando em 1.4.2015.

QUANTO AOS FATOS DA ARENA PORTO:

Sempre com objetivo de informar aos funcionários da CPRH, com informações precisas e comprovadas, para uma avaliação mais ponderada, com respeito às intervenções da Agência Estadual, nas obras de instalação de um centro de convenções e pátio de eventos artísticos, atividade, que estava sendo licenciada pela Prefeitura do Município de Ipojuca, que tem um convênio de cooperação com a CPRH. Sendo assim o ocorrido:

1 – Pela minha função de Gerente da Unidade de Gestão Costeira, de 1 de março de 2014 ao dia 6 de fevereiro de 2017 (quando fui já exonerado do cargo de gerente), já tinha conhecimento da terraplanagem e aterro do espaço, tanto por imagens que amigos enviaram, quanto por passagem pela PE observando os movimentos. Na época ciente da instalação, me comuniquei com técnico da Prefeitura Municipal, que me confirmou estaria sendo licenciada pelo município e seria uma casa de show;

2 – 7.11.16 – dia da vistoria – Segunda, início da semana, chegando à CPRH, como de praxe, minha equipe “O diretor está a sua procura”, imediatamente, o Diretor da DGTRH Nelson Maricevish – o mesmo, por ordem da Diretora Presidente, arregimentou uma equipe, de sua diretoria, para uma fiscalização urgente, urgentíssima. Convocou duas Gerências – a arquiteta Fabíola Valença de Lemos da Unidade de Gestão de Uso do Solo – SGUS e o Engenheiro de Pesca e MSc em Oceanografia Biológica Assis Lins de Lacerda Filho da Unidade de Gestão Costeira – UGC, reforçando a equipe, convoca o Analista Ambiental Engenheiro Civil Ângelo Benean Alves Leite, também da SGUS;

Em campo, constatamos um aterro em curso, com uma base de barro e sendo instalada outra camada sobreposta de brita, atividade que não estava respaldada pela Autorização de Ambiental municipal nº 009/2016 e validade até 20.9.2017, a equipe se dividiu, ficando a Gerente Fabíola dialogando com o engenheiro responsável, e os outros membros circularam todo o aterro, em suas extremidades, executando o registro fotográfico da atividade, além de registro da área de entorno da obra.

No retorno ao canteiro de obras, nos reunimos com o engenheiro e justificamos a paralização cautelar de 48 horas, tempo suficiente para a Prefeitura emitir a licença em definitivo, justificativa prontamente aceita e executada com a paralização da obra;

3 – Quando do retorno do campo – na CPRH, ainda no dia 7.11.16, a paralização da obra já havia gerado repercussão midiática, na mesma tarde, no gabinete da Presidência, o Diretor Nelson, recebia uma empresa de televisão famosa e reforçando a paralisação por 48 horas até a entrega da licença completa. Nesta mesma hora, recebo uma ligação do Secretário de Meio Ambiente do município de Ipojuca, Sr. Francisco Uchôa, que me questionou o que estaria acontecendo, informei ao secretário da paralisação temporária e que, assim que fosse emitida a licença completa, seria desembargada a obra;

No final da tarde do dia 7.11.16, já se observava um movimento estranho, o Analista Ângelo indagava a falta de uma reunião de toda a equipe e diretoria, para analisar e avaliar o caso, e já nos falava que estava surpreso, pelo fato, de ter sido chamado para assinar outra versão de relatório de vistoria, e que já não identificava o meu nome na equipe;

4 – 8.11.17 – dia posterior a vistoria de campo, para minha surpresa, o próprio Diretor Nelson anunciou, que analista ambiental, de outra diretoria, havia encontrado resquícios de restinga, e que o embargo passou a ter prazo indeterminado e se estabeleceu uma multa de R$ 600.000,00 (Seiscentos mil reais) pelo impacto ambiental. Mesmo assim, alertei que havia muita fragilidade nessa informação, e lhe mostrei uma imagem aérea de 1974 do local, com a clara existência de grandes ilhas com plantio de coco, sem manguezal; A outra técnica envolvida foi a Assessora Especial da Presidência, a bióloga Cinthia Lima, que já atuou no setor florestal da CPRH, e que alegava não haver nenhuma possibilidade de instalação do empreendimento na área.

ANDAMENTO DO CASO: 

O próprio MP de Ipojuca, a Promotora Bianca Azevedo, já começou a desvendar as distorções, quando envolveu o IBAMA e seu Superintendente o Engenheiro Florestal Francisco Barreto Campelo, que fez vistoria na área acompanhando a promotora e atestou: Não existia mata de restinga na área. 

O MP de Ipojuca, através da Recomendação Ministerial 01/2017, já indica correções dos fatos, e a Justiça já entendeu as distorções e sentenciou para a empresa terminar a instalação do aterro. 

A todos os funcionários, o que escrevi está proporcional ao declarado no Termo de Declarações, quando convocado pelo MPPE de Ipojuca, junto com todos os analistas que participaram, ou não, da vistoria de campo. Atenciosamente:

Recife, 7 de abril de 2017

Assis Lins de Lacerda Filho

Eng. de Pesca e MSc em Oceanografia Biológica

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Diante da denúncia publicada pelo LeiaJa.com, que aponta indícios de que a presidente da Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH), Simone de Souza, estaria agindo de forma ilícita em processos em favor da Engea Consultoria Ambiental, o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e do Meio Ambiente do Estado de Pernambuco (Sintape) encaminhou, na última terça-feira (21), um documento ao governador Paulo Câmara pedindo o afastamento da gestora. 

Segundo o Sintape, a iniciativa tem como objetivo pedir a apuração da denúncia, buscando preservar a imagem do órgão e de seus servidores. No documento, o sindicato afirma que qualquer denúncia contra um agente público deve ser investigada e ressalta o quanto é necessário a transparência, lisura e impessoalidade nas ações da CPRH. “Fizemos o papel que tínhamos que fazer quanto sindicato”, afirmou o presidente do Sintepe, Manoel Marques. 

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Novas denúncias

Com a repercussão da denúncia publicada pelo LeiaJá - com base em revelações de uma fonte que preferiu não se identificar, por medo de represálias - outras pessoas entraram em contato com a nossa reportagem. Servidores do Estado fizeram novas denúncias, que além de confirmar o que a fonte havia dito, ampliam as suspeitas sobre a presidente Simone de Souza e familiares.

Um documento, entregue ao LeiaJá, lista uma série de irregularidades cometidas pela presidente e alguns de seus assessores mais próximos. Uma delas, diz respeito ao ex-diretor de recursos florestais e biodiversidade, Walber Allan de Santana - apontado como braço direito de Simone.

Segundo o documento, vários servidores estariam sendo vítimas de assédio moral por parte de Santana, que mesmo afastado do cargo, participa de reuniões no CPRH e estaria ameaçando funcionários para obter o que quer, sob pena de serem perseguidos e sofrerem processos administrativos, como advertências, suspensões e até demissões. Por este motivo, alguns trabalhadores teriam chegado a entrar em depressão e pedir licença médica.

Sem resposta

Antes mesmo do LeiaJá publicar a denúncia, no dia 3 de janeiro deste ano, o Sintape já havia se manifestado contra a conduta da atual diretoria. A categoria afirmou que abusos são recorrentes nesta gestão. 

A reportagem teve acesso ao documento enviado à presidência da CPRH, que repudia a postura da coordenadora jurídica, Renata Farias, com a servidora Patrícia Miron. Renata teria cometido atitudes de constrangimento e abuso de poder contra Patrícia, e o sindicato interveio, porém, de acordo com os servidores, nada foi feito em relação ao caso.

Esclarecimentos e contradições

Preocupada com a dimensão que a denúncia tomou, o secretário de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, a quem Simone Souza responde, solicitou esclarecimentos à presidente da CPRH. O LeiaJa.com teve acesso ao documento, que também foi encaminhado a diversos setores do Governo do Estado. Nele, a presidente do CPRH se diz vítima de uma "devassa na vida pessoal" e diz que é "inaceitável invocar a relação de parentesco inexistente com minha figura pública".

Sobre essa questão, o LeiaJá esclarece que não devassou a vida de nenhum servidor do Estado. No entanto, as relações de parentesco entre a presidente do órgão e as pessoas que hoje - em teoria - comandam a Engea Consultoria, não estão escondidas. O atual diretor da empresa, Waldir Aracaty é tido como "namorido", ou seja, tem uma relação estável com Simone Souza. O filho dele, Victor, foi chefe de gabinete da CPRH durante muito tempo. Além disso, a filha de Simone, Raquel Souza Ferreira, que segundo documento da Junta Comercial do Estado de Pernambuco (JUCEPE) mora no mesmo apartamento da gestora, é a sócia administradora da Engea. 

A denúncia de que Simone Souza estaria beneficiando a Engea - que teve 15 licenças ambientais aprovadas pela CPRH - foi informada aos citados, dando o pleno direito de resposta e contestação. No documento de esclarecimento enviado ao secretário Sérgio Xavier e também ao governador Paulo Câmara, a gestora alega que são inverídicas as acusações feitas pela nossa fonte. 

De fato, como a presidente justifica, ela não pode interferir nas decisões do corpo técnico da agência. Isso em teoria. Porém, segundo os servidores estaduais que procuraram o LeiaJá, os subordinados a Simone Souza é que exercem esse papel. Especialmente o já citado Walber Allan de Santana.

Um dos casos, ao que tudo indica, foi o de Assis Lins de Lacerda Filho. Ele já era gerente de unidade quando Simone Souza assumiu a presidência da CPRH. Após 19 anos de serviços prestados ao órgão, Assis foi afastado de suas funções de fiscal e recentemente - no dia 20 de março - foi devolvido ao seu órgão de origem. Ele teve todo o seu acesso ao sistema e às contas de email profissionais bloqueado de forma abrupta. "Fui supreendido pela decisão. Não tinha interesse em sair da CPRH. Esta remoção foi a revelia e sem nenhuma justificativa técnica", afirmou Assis, sem se alongar muito.

Fim do expediente

A nossa reportagem procurou a CPRH para ouvir o órgão sobre as novas informações. Por telefone, a assessoria afirmou que só responderia aos questionamentos na quarta (29), já que o expediente já havia se encerrado. A assessoria também informou que a presidente Simone Souza está de férias.

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Após denúncia publicada com exclusividade pelo LeiaJa.com, que apontava indícios muito fortes de que a presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Simone Nascimento de Souza estaria influenciando, de forma ilegal, processos em favor da Engea Consultoria Ambiental, o chefe de gabinete da CPRH, Victor Aracaty foi exonerado "a pedido" do cargo nesta quarta-feira (22).

Victor é filho de Waldir Aracaty, diretor da Engea - empresa que até 2015 teve Simone como acionista majoritária - apontado por fontes como o “namorido” da presidente do órgão.

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Antes mesmo da exoneração ser publicada, o LeiaJa.com havia recebido a informação e na tarde dessa terça (21) entrou em contato com a CPRH. Na ocasião, a assessoria informou que Victor Aracaty estaria de férias.

Após a oficialização no Diário Oficial do Estado Pernambuco, nossa reportagem voltou a contactar a assessoria. Desta vez, a CPRH disse que precisava de mais informações para responder sobre a exoneração do chefe de gabinete.

Além da exoneração, o perfil de Simone de Souza contido no site da Engea até a publicação da matéria do LeiaJá, foi apagado. 

Entenda - Segundo fontes que já tiveram acesso à presidente Simone Nascimento Souza, a gestora do orgão estaria intervindo ilegalmente em processos em favor de uma consultoria, com atuação em diversas obras em Pernambuco, inclusive, em obras do Minha Casa, Minha Vida.

A empresa favorecida seria a Engea Consultoria Ambiental, que até 2015 teve a atual presidente do CPRH como acionista majoritária. De acordo com as fontes ouvidas pelo LeiaJa.com, a empresa oferece serviços a clientes que tiveram processos não liberados pelo órgão e garante que tem caminhos que "facilitam" o trâmite.

Segundo informações recebidas por nossa equipe, a própria Simone Nascimento Souza chegou a convidar clientes para "conversas particulares", onde os advogados das empresas "não são necessários", conforme teria dito a presidente da CPRH. Este fato, recorrente, já teria provocado inclusive uma denúncia formal junto à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

CPRH procura outro veículo para contestar informação - Algumas horas após esta matéria ter sido publicada, a assessoria da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) procurou o NE10, parceiro do LeiaJa.com, para informar que o chefe de gabinete Victor Aracaty - filho do diretor da Engea e suposto enteado de Simone Souza - já havia pedido a exoneração no dia 8 de março, nove dias antes da publicação da denúncia. No entanto, a CPRH não contestou o motivo da exoneração e nem outro dado contido na nossa matéria, baseada em relatos de fontes que preferiram não se indentificar e em documentos que comprovam que a presidente Simone Souza ainda é sócia da Engea.

Com o intuito de estimular a doação de órgãos no estado de Pernambuco, uma ação social foi elaborada a fim de mostrar o panorama das doações e filas de espera em Pernambuco. O chamado “Termômetro de Transplante” foi instalado no Piso L4 do Shopping Plaza e segue exposto até o próximo dia 15. 

A ação, que é uma parceria com a Uninassau, é mantido com dados da Central de Transplantes de Órgãos de Pernambuco(CT-PE). De acordo com informações da instituição, cerca de 1.236 pernambucanos aguardam na fila de transplantes. Ainda tornando a situação ainda mais crítica, segundo os dados, entre janeiro e maio deste ano, o número de doadores caiu 10% em relação ao mesmo período em 2015. 

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Por conta disso, como forma de atentar a população para a necessidade constante de órgãos para transplantes, o aparelho foi instalado desde o dia 1 de julho no corredor do centro de compras. Em sua estrutura, um coração é situado no eixo central e ao ser uma mensagem gravada será emitida com informações sobre a importância da doação e pedindo que informe os familiares sobre o desejo de realizar a doação de órgãos.

Ainda de acordo com dados, um doador de órgãos e tecidos pode beneficiar até sete pessoas e a resistência familiar ainda é um entrave para que este tipo de doação seja ampliado entre as pessoas. 

Serviço:

Termômetro de Transplantes

Data: até 15 de julho

Local: Piso L4 do Plaza Shopping

Horário de funcionamento de mall

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou o primeiro transporte aéreo para a doação de um órgão na capital pernambucana.  O Segundo Esquadrão de Transporte Aéreo (ETA-2) foi acionado no Recife, seguiu para Salvador, na Bahia, com uma equipe de saúde e retornou a tempo de realizar o transplante no Real Hospital Português.

O transporte foi do órgão foi realizado após a publicação do Decreto Federal nº 8.783, de 6 de junho de 2016, da Presidência da República que determina à Força Aérea Brasileira a disponibilização de meios aéreos a fim de cumprir missões específicas do Ministério da Saúde, especialmente da Central Nacional de Transporte.

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Apesar do efetivo da Força Aérea no translado do órgão, a doação não pôde ser realizada. De acordo com a Secretaria de Saúde de Pernmabuco, a Central de Transplantes do estado esclareceu que a Bahia ofertou, na noite da última quinta-feira (9), um fígado para o Estado. Em nota, a secretaria informou que ao chegar no Recife, o fígado foi analisado pela equipe transplantadora. e verificou-se alterações que inviabilizariam o transplante, que não foi realizado para segurança do paciente.

Ainda de acordo com a Central de Transplantes estadual, as alterações encontradas no órgão não tiveram relação com o transporte da FAB, que foi feito de forma adequada, mas sim com as condições do fígado, que poderiam prejudicar o paciente em questão.

Após o Decreto do presidente em exercício Michel Temer, os voos em prol do sistema de saúde nacional ocorrem não mais por uma exclusiva responsabilidade do Comando da Aeronáutica, mas contando também com o apoio do Ministério da Saúde. 

O transporte não é uma novidade para a Aeronáutica. A FAB já realiza outras missões. Aviões e helicópteros transportam vacinas para comunidades isoladas, pacientes em estado grave, urnas eletrônicas para todos as localidades do país, auxiliam vítimas de acidentes naturais e apóiam órgãos públicos em regiões de fronteira.

O presidente em exercício, Michel Temer, anunciou nesta terça-feira (31) o em reunião com secretários de Segurança dos Estados e com o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, a criação de um órgão para coordenar os trabalhos de combate à violência contra a mulher.

O grupo de trabalho foi formado após o caso de estupro coletivo de uma jovem no Rio, que veio a tona na semana passada. Na ocasião, Temer foi bastante criticado nas redes sociais por demorar para se manifestar sobre o tema.

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"Estamos assistindo a uma onda crescente de violência contra a mulher. A competência não é da União, mas podemos ajudar no combate à violência contra a mulher. Neste sentido, estamos vendo como podemos incrementar o auxílio aos Estados no combate a este tipo de violência porque entendemos que a conjugação de esforços é fundamental", afirmou.

Em rápido discurso, Temer relembrou ainda a criação da Delegacia da Mulher e de Crimes raciais quando era secretário de Segurança de São Paulo, nos anos 1980. "O simbolismo nos anos 80 foi muito importante, porque vimos uma diminuição da violência. E eu acredito que esta reunião pode funcionar como símbolo de que o País todo está preocupado com a violência contra a mulher", disse.

O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, anunciou em seguida a criação de um núcleo de proteção à mulher lidado diretamente à pasta. Segundo Moraes, estão sendo discutidas várias medidas para modernizar e integrar os órgãos de combate à violência da União, Estados e municípios. O ministro disse a União pode firmar convênios específicos com Estados para o combate à violência em determinas regiões, incluindo o aporte de dinheiro por parte do governo federal. Segundo Moraes, o Ministério da Justiça está preparando propostas de alterações legislativas, com mudanças na lei de execuções penais e também penas mais rigorosas para quem divulga imagens íntimas de mulheres na internet.

Servidores da recém-extinta Controladoria-Geral da União (CGU) marcaram para segunda-feira uma assembleia para discutir uma paralisação contra as mudanças promovidas pelo governo interino de Michel Temer. O órgão foi retirado da estrutura da Presidência da República e agora passará a se chamar Ministério da Transparência, da Fiscalização e do Controle.

Nesta sexta-feira (13), os funcionários em alguns Estados, como Piauí, Maranhão e Paraná, já cruzavam os braços. Na segunda, a categoria decide sobre um movimento nacional para indicar a "insatisfação" com as alterações, consideradas enfraquecimento do órgão.

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No governo Dilma, a CGU já tinha status de ministério. Para os servidores, como a Presidência da República tem ascendência sobre os demais órgãos federais, a vinculação facilitava as fiscalizações. "Tínhamos mais condições de cobrar providências dos demais ministros quando detectávamos irregularidades. Eles agora estão no mesmo patamar hierárquico. O temor é que isso seja o primeiro passo para a futura fusão com algum órgão", justifica o presidente do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças de Controle (Unacon Sindical), Rudinei Marques.

A CGU era uma espécie de "xerife" do governo. Cabia a ela fazer auditoria nos demais órgãos da administração federal, fiscalizar o uso de verbas repassadas a empresas e outros entes federativos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Fazenda enviou à Casa Civil o projeto de reforma do PIS/Pasep. Em nota, o órgão explica que a maior mudança é a simplificação na apuração do tributo com a adoção do crédito ampliado, em que praticamente tudo que a empresa compra com PIS embutido poderá gerar crédito tributário. Dessa forma, esse crédito é abatido no tributo devido pelas empresas.

Até agora, só era deduzido o que efetivamente fosse usado como insumo na produção final da empresa. Quando a mudança for aprovada pelo Congresso Nacional, gerarão créditos gastos com conta de luz, material de escritório e outros. Os créditos que poderão ser deduzidos serão destacados na nota fiscal eletrônica, o que, de acordo com a Fazenda, facilitará o cálculo do imposto devido.

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"O novo PIS simplifica a vida do empresário, dá segurança jurídica às empresas e torna o processo de apuração do tributo mais transparente", afirmou a pasta, na nota.

Com a reforma, todos os setores estarão no regime não-cumulativo e terão acesso a uma base mais ampla de créditos. De acordo com a nota, serão criadas três alíquotas (modal, intermediária e reduzida) para garantir a neutralidade da carga fiscal em cada um dos setores. "A passagem para o novo sistema vai mitigar o risco de aumento de carga tributária para os diferentes setores, refletindo a realidade da indústria, de serviços ou da agricultura", explica o texto.

De acordo com Fazenda, os produtos atualmente com alíquota zero continuarão com o benefício e serão mantidos regimes diferenciados para medicamentos, agronegócio e a Zona Franca de Manaus. Também será mantida a simplificação proporcionada pela cobrança no regime de concentração tributária para produtos como combustíveis, veículos, autopeças, produtos farmacêuticos e cigarros.

O setor financeiro continuará tendo um regime de apuração simplificada, no qual despesas financeiras não geram crédito, mas cujos serviços prestados geram créditos para seus clientes pessoa jurídica.

Além disso, o PIS pago pelas pequenas empresas gerará crédito para os clientes pessoa jurídica independentemente do regime dessas empresas, que poderão continuar no Simples.

Contencioso

A Fazenda ressalta que a legislação atual da contribuição é complexa, com "excessivas limitações ao direito de apuração de créditos, a coexistência com a incidência cumulativa da contribuição, a assimetria concorrencial, a proliferação de desonerações casuísticas e uma enorme quantidade de regimes especiais de tributação".

Em consequência a essa complexidade, há uma grande disputa judicial em torno da contribuição. "Além de tornar a apuração do tributo mais simples para as empresas, a reforma deve reduzir o contencioso tributário por erros de cálculo ou de interpretação. Isso significa mais segurança jurídica para as empresas e menos processos no Judiciário", completa o texto.

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