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Opositor ferrenho do PT, o deputado federal Mendonça Filho (DEM) festejou a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República com um discurso inflamado contra a legenda petista. Ex-candidato ao Senado por Pernambuco e ex-ministro da Educação, ele disse que estava “muito feliz” por poder expor algo que estava “engasgado há muito tempo”.

"Naturalmente estou muito feliz de poder celebrar e gritar que o Brasil está, graças a Deus, livre do PT. Livre do PT! Aguentei muito, desde 2006, essa tropa do PT mandando no Brasil. Esse grito estava no peito, engasgado há muito tempo. Estou livre do PT, fora PT, fora PT, fora PT”, gritou, para uma plateia de centenas de eleitores de Bolsonaro, no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife.

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Mendonça afirmou também acreditar na “alternância de poder como um bem para a Democracia e confio que caminhamos para um futuro mais próspero, mais plural, diferente daquele ofertado pelo PT”.

“Após 13 anos no comando do Brasil, o Partido dos Trabalhadores deixou um saldo de má gestão, corrupção institucionalizada, imposição de um pensamento único por meio do aparelhamento nos diversos setores da sociedade. O nosso povo cansou e decidiu, democraticamente, votar pela mudança”, salientou o deputado federal.

O democrata já garantiu que pautará o fim do mandato na Câmara Federal em prol do próximo governo e afirmou que está "disposto a ajudar o Brasil", mas sobre estar cotado para assumir um ministério no novo governo pontuou que não é candidato a nada. Nos bastidores, comenta-se que Mendonça pode ser convidado para reassumir o comando da Educação.

Milhares de pernambucanos foram a Orla de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, neste domingo (15), pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Vestidos de verde e amarelo, os rostos pintados e com apitos, os manifestantes iniciaram a passeata por volta das 10h. De acordo com a Polícia Militar, a estimativa é de que entre 8 mil pessoas participaram do ato. 

Entre as principais ações dos que protestavam, a entonação do Hino Nacional foi o que marcou a participação popular. Além disso, os coros de “fora Dilma” e “fora PT” eram os mais ouvidos. Bem como vaias à petista. Conhecido como hino de oposição a Ditadura Militar, a música “Para não dizer que não te falei de flores”, de Geraldo Vandré, também esteve entre as mais cantadas.  

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Um dos movimentos que integravam a manifestação foi o Vem Pra Rua, iniciado em junho de 2013. Como forma de protesto pelos casos de corrupção na Petrobras, investigados pela Polícia Federal, eles levaram à rua um boneco gigante do juiz Sérgio Moro, responsável pelo caso. "Nosso protesto hoje é contra a corrupção e pela apuração dos crimes da Lava Jato, com punição dos culpados, independente de partido", afirmou um dos integrantes do movimento que preferiu não se identificar. 

Para captar recursos para os movimentos, os grupos vendiam camisas e adereços para os que participavam do ato. Uma delas dizia “Basta” e tinha uma mão com quatro dedos, em alusão o ex-presidente Lula (PT). 

Para o organizador da manifestação, o estudante de história Diego Lagedo, a adesão foi mais do que esperada. "Nos sentimos muito satisfeitos. O pessoal veio à rua mostrar que está insatisfeito com esse governo. O povo está mobilizado. E a gente só vai parar quando o Congresso colocar Dilma para fora", disparou. Questionado se eles também pregavam o retorno da intervenção militar, Lagedo negou. "Nós não concordamos, pois somos um movimento legalista e que acredita no Estado de Direito", alertou o organizador. 

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Apesar do apartidarismo, alguns parlamentares se fizeram presente no ato. O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) foi um deles. Para o peemedebista, a mobilização é o início do processo de impeachment da presidente Dilma que deve “vir de fora para dentro do Congresso”. “O impeachment dentro do Congresso vai ser um ato político. Collor saiu porque o impeachment veio da rua, a voz da rua, e eu vim apoiar, eu vim dar a minha manifestação de solidariedade”, alegou.  

O presidente do PSDB no Recife, André Régis; o deputado federal Raul Jungmann (PPS) e a presidente da Junta Comercial de Pernambuco, Terezinha Nunes (PSDB), também integraram a manifestação. 

Engajamento da juventude

Entre os que participavam da passeata podiam-se ver muitos jovens, alguns deles, inclusive, também foram às ruas em junho de 2013 pedir pela reforma política. “Naquele ano muitas pessoas não sabiam o que pedir. Hoje não, estamos aqui por uma única voz: corrupção está fora do normal. É só o começo, vamos seguir pedindo a saída da presidente e o fim da corrupção”, destrinchou o advogado Marconi Parci. 

Corroborando Parci, a estudante de engenharia Romina Rafaela, de 21 anos, destacou que os brasileiros não aguentam mais ser explorados. “Eu vim pedir um basta, de uma forma mais profunda do que em 2013. A gente não aguenta mais os brasileiros sendo tão explorados, tanta corrupção e todo o dinheiro dos impostos indo para os políticos”, observou a jovem. 

Muitos dos que manifestavam se diziam apartidários e inspirados em Olavo de Carvalho, considerado um dos articulistas de direita do Brasil em atividade. Para eles o “tempo do PT passou” e “Dilma precisa ser investigada”.

Novas manifestações

Além do ato deste domingo (15), outras mobilizações pró-impeachment de Dilma já estão sendo organizadas. A expectativa inicial é de que aconteçam nos dias 15 de maio e 15 de junho

De acordo com o organizador do evento no Recife, Diogo Lagedo, as datas serão definidas pela Mobilização Nacional. “Vamos voltar às ruas sim. Este foi só o primeiro ato. Vamos ver as datas que a Mobilização vai convocar. Quantas vezes eles convocarem, iremos às ruas", prometeu.

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