Tópicos | fragmento

O óleo que voltou a ser visto nas praias de Pernambuco há cerca de 15 dias não possui relação com o material que afetou a costa brasileira em 2019. Em comunicado emitido nessa sexta-feira (9), o Governo Federal afastou a ligação entre os materiais após análise laboratorial dos fragmentos. 

A nota do Ministério da Ciência e Tecnologia assinada em conjunto com Marinha, Ibama e universidades informou que os novos vestígios de óleo recolhidos no litoral do Nordeste provavelmente se trata de petróleo cru, "proveniente do descarte de água com óleo lançada ao mar após a lavagem de tanques de navio petroleiro, em alto-mar". 

##RECOMENDA##

Alguns desses fragmentos vieram acompanhados de cracas, uma espécie de crustáceo. Pelo tamanho dos animais, foi observado que o material ficou mais de duas semanas no oceano antes de ser levado às praias. 

"Os biomarcadores, ou indicadores de origem, sugerem tratar-se de petróleo produzido no Golfo do México. Tal origem foi estabelecida a partir da análise das amostras coletadas, especificamente, nas praias de Pernambuco (Boa Viagem, Paiva e Quartel) e Bahia (Ondina)”, acrescenta o informe. 

As análises foram feitas em três laboratórios, o de Compostos Orgânicos em Ecossistemas Costeiros e Marinhos (OrganoMAR), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); pelo Centro de Excelência em Geoquímica, Petróleo, Energia e Meio Ambiente (LEPETRO/IGEO), da Universidade Federal da Bahia (UFBA); e pelo Laboratório de Geoquímica Ambiental Forense (LGAF) do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), da Marinha. 

Os exames ainda indicaram que os vestígios que apareceram em Itacimirim e Itapuã, na Bahia, possuem relação com o óleo de 2019. Porém, um novo derramamento do mesmo material não foi confirmado. A explicação foi que esse óleo estava na areia das praias ou preso em rochas e recifes  e se desprenderam com a força dos ventos e das ressacas que ocorrem nessa época do ano.

Analisando o espectro de reflexão do asteroide Kamoʻoalewa, que gira em torno do Sol junto com a Terra, os cientistas concluíram que ele é composto do mesmo material que a Lua. Os pesquisadores sugerem que o asteroide é um satélite falho da Terra ou um fragmento que se separou da Lua.

O asteroide 469219 Kamoʻoalewa ("fragmento oscilante", em havaiano) foi descoberto em 27 de abril de 2016. Tem 40 metros de diâmetro e um período de rotação em torno do Sol de cerca de 366 dias. É o quase-satélite mais constante de nosso planeta.

##RECOMENDA##

Os cientistas dos EUA estudaram a luz refletida do asteroide com os telescópios LBT e LDT. Eles descobriram que o padrão de luz refletida, chamado espectro, é semelhante ao das rochas lunares recolhidas pelo Programa Apollo, sugerindo que o corpo se originou na Lua, conforme estudo publicado na revista Communications Earth & Environment.

Os pesquisadores ainda não sabem como o asteroide apareceu, em parte porque não há outros asteroides conhecidos com origem lunar. Ele poderia ser o resultado de uma colisão ou destruição pela força da gravidade de um maior corpo celeste ao passar perto da Terra e Lua.

"Eu estudei todos os espectros de asteroides perto da Terra a que tivemos acesso e não correspondeu a nada", disse o autor principal da pesquisa, Ben Sharkey.

A órbita do Kamoʻoalewa é mais uma pista para sua origem lunar. Sua órbita é similar à da Terra, mas tem uma inclinação muito pequena. Além disso, não é típica para os asteroides próximos da Terra.

"É muito improvável que um asteroide próximo da Terra se mova espontaneamente para uma órbita de quase-satélite como a do Kamoʻoalewa", afirmou a coautora do estudo Renu Malhotra.

Da Sputnik Brasil

Quase 200 pessoas estavam desaparecidas no norte da Índia neste domingo (7) depois que um enorme fragmento de uma geleira do Himalaia caiu em um rio, o que provocou uma forte torrente que inundou duas centrais elétricas e destruiu pontes e estradas.

Até o momento sete corpos foram encontrados e uma operação de emergência teve início para tentar resgatar 17 pessoas que estão retidas em um túnel, informou o chefe de polícia do estado de Uttarakhand.

A grande correnteza atravessou o vale do rio Dhauliganga, destruindo tudo o que encontrou em seu caminho, de acordo com vídeos feitos por moradores da região aterrorizados.

"Subia uma nuvem de poeira à medida que a água avançava. O chão sacudia como em um terremoto", afirmou Om Agarwal, morador da região, a um canal de televisão.

A maioria dos desaparecidos são funcionários de duas centrais de energia elétrica devastadas pela correnteza, provocada pela queda de um fragmento gigantesco de geleira da encosta de uma montanha, informou o chefe de polícia, Ashok Kumar.

"Havia 50 trabalhadores na central de Rishi Ganga e não temos nenhuma informação sobre eles. Outros 150 trabalhadores estavam em Tapovan", completou.

"Quase 20 estão retidos em um túnel. Estamos tentando chegar até eles", disse.

Com a estrada principal completamente arrasada, o túnel ficou tomado por lama e pedras, o que obrigou as equipes de emergência a descer por uma ladeira com cordas para ter acesso ao local.

Centenas de funcionários das equipes de resgate, com o apoio de helicópteros e aviões, foram enviados à região.

As autoridades foram obrigadas a esvaziar as represas para deter a inundação, cujas águas chegaram ao Ganges. Os moradores foram proibidos de se aproximar das margens do rio sagrado.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, informou que está monitorando a operação de resgate.

"A Índia apoia a população de Uttarakhand e a nação inteira reza pela segurança de todos nesta região", escreveu no no Twitter.

Quatorze geleiras estão sobre o rio no Parque Nacional Nanda Devi, objeto de estudos científicos por causa dos crescentes temores a respeito da mudança climática e do desmatamento.

"As avalanches são fenômenos comuns na bacia hidrográfica", afirmou à AFP M.P.S. Bisht, diretor do Uttarakhand Space Application Centre.

As inundações devastadoras provocadas pelas monções em Uttarakhand em 2013 deixaram mais de 6.000 mortos, o que provocou uma revisão dos planos de desenvolvimento no estado, em particular em áreas isoladas como as próximas à represa Rishi Ganga.

Uma Bharti, ex-ministra de Recursos Hídricos, afirmou que quando integrava o governo havia solicitado a paralisação dos projetos hidrelétricos em zonas "sensíveis" do Himalaia, como o Ganges e seus afluentes.

Vimlendhu Jha, fundador da ONG ecologista Swechha, afirmou que o desastre é uma "recordação sombria" dos efeitos da mudança climática e do "desenvolvimento aleatório de estradas, ferrovias e centrais elétricas em zonas ecologicamente sensíveis".

"Os ativistas e os habitantes são constantemente contrários aos grandes projetos no vale do rio", disse.

A Prefeitura de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), afirmou que não foram identificadas manchas de óleo reaparecendo no litoral. A nota do município foi enviada após a Ong Salve Maracaípe informar ter flagrado fragmentos nas praias de Muro Alto e Cupe, vizinhas à Porto de Galinhas.

De acordo com a prefeitura, não há manchas de óleo nas praias de Ipojuca. A gestão ressalta que, como as praias ficam próximas à zona portuária e neste final de semana chegaram muitos navios, pode ter ocorrido liberação de piche.

##RECOMENDA##

 Na nota, a prefeitura diz que qualquer anormalidade na orla será comunicada à população e salienta que realizada o monitoramento do litoral diariamente por meio da Secretaria de Meio Ambiente e da Agência Municipal de Meio Ambiente.

 Segundo a Ong Salve Maracaípe, os fragmentos foram avistados no domingo (21). A organização suspeita que o óleo tenha ficado enterrado devido à dinâmica sedimentar e voltou a aparecer por causa de grandes ondulações na costa do Nordeste.

O deputado federal João Campos (PSB), que é relator da CPI do Óleo, se posicionou nas redes sociais sobre a suspeita de óleo em Pernambuco e também em Gameleira, no litoral de Alagoas. O pré-candidato a prefeito do Recife afirmou que entrará com um requerimento para que o Ibama e a Marinha se pronunciem sobre os casos. "Há tempos, já deveria estar em prática uma ação coordenada em nível federal para que fosse feita uma avaliação técnica e precisa sobre os danos causados, inclusive, com sinal de alerta para cada caso de ressurgimento de óleo, como os que estamos vendo agora", assinalou.

Pelo menos um fragmento de projétil foi encontrado pelos peritos do Instituto Médico-Legal (IML) na cabeça da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), morta com quatro tiros na cabeça no dia 14 de março passado.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira (25) pela emissora de TV paga GloboNews. Segundo o canal, esse fragmento será comparado com outros pedaços de balas recolhidos na cena do crime e no carro onde Marielle estava quando foi morta. A polícia fez nesta semana uma nova perícia no automóvel.

##RECOMENDA##

A necropsia também constatou, segundo a GloboNews, que os quatro tiros que mataram Marielle entraram pelo lado direito do rosto dela, na região entre a sobrancelha e a orelha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando