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Quando decidiu deixar de lado o emprego de anos em uma multinacional na maior cidade do Brasil, a consultora de marketing Juliana Belmudes, de 42 anos, se viu diante de um dilema. Mudaria-se de São Paulo para Taubaté, cidade de pouco mais de 250 mil habitantes, para trabalhar como freelancer na sua área de especialização. Viu como alternativa se inscrever em uma plataforma voltada para pessoas como ela, que, por flexibilidade de horários ou pelo complemento de renda, buscavam contribuir com projetos independentes. 

Há quem pense que plataformas do tipo não funcionam, mas, para Juliana, a ideia de utilizar sites especializados em juntar freelancers com empresas como vitrine deu certo. Hoje, os trabalhos que conseguiu a partir de uma simples inscrição representam grande parte da renda dela e ainda permitem o investimento de tempo em um negócio próprio. “Isso não significa que eu trabalhe menos. Tenho uma carga diária de no mínimo 12 horas e é difícil descansar nos fim de semana. A rotina é bem intensa”, lembra. 

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A rotina intensa, porém, é compensada pelas vantagens de fazer o próprio horário. “Antes viajava muito, tinha hora para sair de casa, mas não tinha hora para chegar. Hoje consigo levar meu filho à escola, ao curso”, conta. O segredo, para ela, é se manter responsável e garantir uma boa administração do tempo além de tudo. “No começo tive medo de não conseguir pagar as contas, mas logo começaram a aparecer os projetos. Chegou o momento no qual eu falei ‘não é um bicho de sete cabeças.É possível.’ Acho que o grande segredo nessa área toda é ter responsabilidade”, diz. 

E para quem contrata? 

Uma das vantagens do cadastro em uma plataforma para freelancers é a retirada das barreiras geográficas para o seu portfólio. As formas de “entrevistas” variam de acordo com o site, mas a proposta de todos eles é oferecer uma forma simples de contato entre contratante e trabalhador. A Workana, plataforma de trabalho freelance com atuação em toda a América Latina, utilizou o próprio site para convocar 33% do seu efetivo baseando-se nessa facilidade. “Tivemos a necessidade de contratar pessoas para suporte ao cliente e estávamos com dificuldades de encontrar pessoas localmente na cidade. Pela workana encontramos pessoas legais, dispostas. Hoje o time tem dez pessoas e todas são 100% remotas”, afirma Guillermo Bracciaforte, cofundador da empresa. 

Separamos uma lista com algumas plataformas voltadas para freelancers e empresas que buscam contratá-los no Brasil. Confira!

99freelas 

Com mais de 430 mil cadastrados atualmente, a plataforma é dividida em áreas que vão desde escrita e tradução até engenharia e arquitetura, passando por design, fotografia e advocacia. O usuário cria um perfil, recebe sugestões de vagas consideradas como “compatíveis” para ele e entra em contato com o contratante em potencial, que pode selecioná-lo para uma entrevista via chat. 

Workana 

Um dos fatores mais interessantes do Workana é de que 33% do efetivo da empresa é composto por freelancers inscritos na plataforma, que trabalham nas áreas de  atendimento ao cliente, TI e marketing. Mais de 600 mil pessoas em toda a América Latina já se inscreveram e o site funciona de forma prática, com uma lista de vagas oferecidas e outra lista de freelancers disponíveis. 

MeuRedator

Voltado para comunicadores, o Meu Redator funciona como uma ponte entre pessoas que escrevem e empresas que precisam de conteúdos para seus sites. A submissão de portfólios é feita de forma gratuita.

Comunica Freelancer 

A Comunica é uma plataforma com público mais segmentado, voltada especificamente para programadores, designers e redatores. Com mais de 90 mil profissionais inscritos, ela apresenta uma pequena “desvantagem”: tem a versão gratuita limitada para poucos projetos por usuário. 

WeDoLogos

Classificado como um "site de concorrência criativa", o WeDoLogos é voltado especificamente para designers. Ele tem mais de 120 mil pessoas cadastradas e funciona de forma simples: o cliente envia a ideia da sua marca e os designers criam artes e disputam entre si para ver quais serão escolhidas. O cadastro na plataforma é gratuito e o pagamento é feito como forma de “prêmio”. 

GetNinjas

Classificada como "a maior plataforma de contratação de serviços do Brasil", a GetNinjas oferece uma gama mais variada de serviços ofertados ao público. Apresenta abas como reformas, eventos e até mesmo saúde. O contratante fala o que precisa e recebe três orçamentos diferentes para aquele serviço. O registro no site é gratuito, mas para a liberação dos contatos após o "match" entre empresa e profissional só ocorre com o pagamento de uma taxa (não especificada no site).

 

Uma análise realizada pelo ‘Freenlancer.com’, site especializado em oportunidades de trabalho, identificou as atividades autônomas que aumentaram suas demandas no segundo trimestre deste ano. Com mais de 500 mil ocupações observadas, o estudo chegou à conclusão de que os freelancers envolvidos com tecnologia lideram a relação dos mais procurados.

Atividades relacionadas ao Active Server Pages ficaram na primeira locação. Trata-se de uma tecnologia comum e tradicional para o desenvolvimento de sites dinâmicos e interativos. De acordo com a pesquisa, esse tipo de trabalho teve 1.838 empregos no segundo trimestre deste ano, enquanto que o trimestre anterior registrou 1.187. 

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Na parte de conteúdo, os trabalhos que envolvem escrita acadêmica apresentaram um aumento de 23,1%, somando 2.536 postos no segundo trimestre. As atividades de escrita jurídica registraram 1.860 empregos, devido ao fato de os escritórios de advocacia incluírem freelancers em suas rotinas. Veja a relação completa das atividades em alta.

Áreas com quedas

A análise também mostra as ocupações que perderam demanda. Segundo o estudo, atividades freelancer em produções de vídeos do YouTube caíram 23,1% na comparação com o trimestre anterior. Foram, ao todo, 973 empregos.

“Influenciadores e celebridades têm repetidamente escolhido o Instagram como seu aplicativo favorito devido à sua simplicidade e clima descontraído quando se trata de enviar vídeos, ofuscando as longas horas do YouTube, com necessidade de edição”, consta na análise do  ‘Freenlancer.com’.

As atividades realizadas nas redes sociais, a exemplo do Twitter, também apresentaram queda. O microblog teve 6,4% empregos a menos. “Um motivo é a Geração Z que está entrando no mercado de trabalho. Hoje, a Geração Z que começa a trabalhar tem, em média, 22 anos de idade. Plataformas como Twitter e Facebook terão que repensar suas estratégias para se manterem atualizadas com esta nova geração”, justifica a análise. 

Plataforma de trabalho freelance, a Workana realizou um estudo que aponta quais profissionais ocupam a maior quantidade de vagas na modalidade. O levantamento leva em consideração a América Latina e reúne dados do Relatório de Trabalho Independente e Empreendimento 2017, produzido pela própria empresa. 

De acordo com a pesquisa, profissionais de Comunicação Social e marketing lideram a lista de contratações. Juntas, as áreas somam quase 50% dos contratos realizados por meio da Workana. “Os freelancers oferecem às empresas a possibilidade de dar conta de demandas maiores sem precisar aumentar a equipe e a estrutura da empresa. Em geral, o que elas esperam é um excelente serviço dentro do prazo, e com valores acessíveis, fatores facilmente encontrados nesses profissionais”, comenta um dos fundadores da plataforma, Guillermo Bracciaforte, conforme informações da assessoria de imprensa.

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O estudo diz ainda que conteúdos para sites e blog estão entre os trabalhos mais contratados, no entanto, a área de marketing online também apresenta força. Por mês, empresas de atuação digital contratam cerca de 40 projetos. “Acreditamos que até o final do ano essa área alcance a demanda que conteúdo web recebe atualmente”, projeta Bracciaforte.     

Ainda segundo o levantamento, a atividade freelance apresentou crescimento superior a 180% em 2016. “Há cada vez mais PMEs e empreendedores contratando freelancers para cuidar da marca da sua empresa, seus seguidores e clientes em potencial na internet. Tudo isso está dando mais poder aos pequenos negócios, já que eles podem obter um serviço de qualidade a um preço justo e alcançar resultados excelentes, ampliando ainda mais sua atuação no mercado”, diz Bracciaforte, conforme a assessoria. 

A Workana tem quatro anos de atuação. Ao todo, a empresa conta com 250 mil projetos postados e soma 500 mil freelancers cadastrados. 

Pesquisa realizada pelo Portal Freelancer mostrou que o Brasil já ocupa a sexta colocação entre os países que possuem os maiores números de profissionais freelancers. De acordo com a empresa, mais de 384 mil brasileiros atuam de forma independente.

Segundo o portal, as principais áreas de atuação dos brasileiros são design gráfico, HTML, artigos, tradução, Photoshop, marketing digital, web design, entre outros segmentos. Já alguns dos países que mais contratam brasileiros, além do próprio Brasil, são Estados Unidos, Índia, Reino Unido, Austrália e Canadá.

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Ao todo, o Freelancer conta com 20 milhões de usuários distribuídos em mais de 240 países. A relação completa das nações que mais possuem profissionais independentes, bem como mais dados sobre esses trabalhadores, podem ser obtidos no endereço virtual da plataforma.  

Existem mais de 10 milhões de trabalhadores freelancers no Brasil. Cerca de 31% deles está em São Paulo, seguido por Minas Gerais, com 11%, e Alagoas e Rio de Janeiro, com 10% cada. Esses são alguns dos números de uma pesquisa realizada pela empresa mineira TraktoPro, criadora de um aplicativo que calcula valores de trabalhos e prepara orçamentos.

O estudo, intitulado "Freelando no Brasil", ouviu 9 mil profissionais freelancers. Destes, 31% são da área de design gráfico, 22% de cinema/televisão/vídeo, enquanto que desenvolvedores e programadores e publicitários estão empatados com 12%.

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Em relação a gêneros, os resultados são bem equilibrados, com 52% de homens e 48% de mulheres. O custo de vida médio desses profissionais, incluindo alimentação, moradia e transporte, é de R$ 3.610.

O foco do levantamento são profissões ditas "criativas" ou não-braçais, de áreas como moda, arquitetura e marketing.

Um estudo completo precisaria contemplar uma série de outras profissões, como motorista, pintor, cozinheira ou babá. O número de 10 milhões de freelancers, segundo a pesquisa, é baseado em indicadores de instituições como Firjam e Sebrae.

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