Professores, técnicos, estudantes, pesquisadores e diretórios acadêmicos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) fizeram um requerimento ao reitor da instituição, professor Alfredo Gomes, para que a Universidade negocie, junto às empresas que lhe prestam serviço, a liberação de funcionários terceirizados que seguem realizando atividades que não são indispensáveis, como a limpeza de espaços que estão fechados. O objetivo é que os trabalhadores terceirizados, assim como os servidores concursados, possam permanecer em suas casas para prevenção do contágio pelo novo coronavírus (SARS-COV-2).
O documento também requer que as empresas com as quais a UFPE tem contratos de terceirização determinem a permanência dos funcionários em casa e lhes dê orientações sobre a prevenção à Covid-19. Além disso, o texto solicita “que seja ajustada a manutenção de salários e benefícios recebidos por tais trabalhadores, na íntegra” para evitar enriquecimento indevido das empresas contratadas, uma vez que a UFPE continuará pagando o mesmo valor estipulado nos contratos de prestação de serviços.
##RECOMENDA##O fornecimento de máscaras, luvas, álcool gel e orientações sobre a lavagem das mãos adequada e frequentemente para os funcionários que permanecerem desempenhando atividades essenciais nas dependências do campus também está entre os pontos levantados pelo requerimento.
Um abaixo-assinado online e aberto ao público em geral, criado pela professora do curso de direito Liana Cirne, já reuniu mais de 1.250 assinaturas com o objetivo de pressionar o reitor a negociar a liberação dos funcionários junto às prestadoras de serviços. Atualmente, a UFPE mantém contratos com as empresas Preserve Liserve, Futura Portaria e Serviços, RPL - Engenharia e Serviços e com a CBL - Arquitetura e Engenharia.
O LeiaJá procurou a UFPE em busca de mais informações e de um posicionamento a respeito do requerimento feito pelos membros da comunidade acadêmica. Confira a nota da instituição:
A UFPE tem depositado esforços nas tratativas junto a empresas e contratos, mantendo diálogo com as prestadoras de serviço para medidas que visem a preservação da saúde e dos salários dos trabalhadores frente à situação de emergência sanitária, econômica e social do País. Desde o dia 16 de março, após a suspensão das atividades acadêmicas de forma conjunta pelo Consórcio PE Universitas, entre as primeiras medidas adotadas pela UFPE, encontra-se que gestores de contratos devem notificar as empresas quanto às recomendações adotadas pela Instituição, referenciando o quadro de risco aumentado e vulnerabilidades conforme recomendações das autoridades sanitárias. Questões como essa têm sido uma preocupação desde o início na expedição de comunicados junto às empresas prestadoras de serviço. A instituição está agindo nesse sentido.
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