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A vereadora Liana Cirne (PT-PE) protocolou, na última quarta-feira (10), uma Ação Popular contra 10 empresas de ônibus da Região Metropolitana do Recife, e que tem o intuito de barrar o aumento da passagem no início deste ano. A ação se baseia no descumprimento da Lei 16.787 de 2019, que obriga a substituição de todos os ônibus com mais de oito anos de uso, sendo 70% deles climatizados.

Entre os pedidos da Ação estão a recomposição imediata da frota, a proibição de qualquer aumento da passagem e a suspensão dos benefícios fiscais enquanto perdurar o descumprimento da lei. Além das empresas de ônibus, a ação, que está em tramitação na 2ª Vara da Fazenda Pública da Capital, também é direcionada ao Grande Recife e ao Governo do Estado.

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“Não podemos mais aceitar que as empresas que atendem a Região Metropolitana do Recife continuem tratando a população de maneira desumana. O serviço de transporte público deve seguir a determinação da lei, com renovação de frota e ônibus de qualidade. Enquanto os donos das empresas estão preocupados apenas com o lucro, os usuários sofrem com a superlotação, calor e todo desconforto nos ônibus”, afirma Liana, que também é professora de direito da UFPE.

Uma pesquisa apresentada pela parlamentar, mostra que entre os anos de 2018 e 2023 houve uma redução de cerca de 600 ônibus na frota (de 2.700 para 2.118) e que apenas 17% têm climatização (445 ônibus).

Confira todos os pedidos da Ação Popular:

- Recomposição imediata da frota, reconstituindo-se o total de 2.700 ônibus em circulação;

- Renovação de todos veículos com mais de oito anos de uso;

- Garantia de que, no mínimo, 70% dos novos veículos sejam climatizados;

- Implementação de veículos de maior capacidade, com refrigeração, para atender aos corredores com maior demanda em horário-pico;

- Suspensão dos benefícios fiscais, atualmente em vigor, concedidos às entidades permissionárias que compõem o Consórcio de Transporte Metropolitano, durante o período de não conformidade com a Lei;

- Suspensão qualquer aumento nas tarifas dos ônibus enquanto perdurar o descumprimento da lei por parte dos réus;

- Apresentação de dados atualizados e precisos, disponibilizados em sítio eletrônico aberto à consulta pública, sobre a frota, sua renovação e climatização;

- Subsidiariamente, em caso de permanência de descumprimento da Lei, solicita-se que seja determinado ao Estado de Pernambuco a extinção do contrato de concessão com qualquer dos operadores inadimplentes;

- Que o Governo do Estado de Pernambuco e o Consórcio de Transportes da Região Metropolitana do Recife abstenham-se de contestar o pedido para ocupar, ao lado da Autora, a posição de polo ativo da demanda, nos termos do §3º do art. 6º da Lei de Ação Popular.

 

A vereadora do Recife, Liana Cirne (PT), disparou críticas o ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Embratur, Gilson Machado (PL), logo após ele assumir a presidência do PL em Pernambuco e ter seu nome anunciado como pré-candidato à Prefeitura do Recife. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Cirne disse que Gilson é um dos maiores “bajuladores, conivente e cúmplice” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

A petista também afirmou que enquanto ministro, o pernambucano “cumpria um papel vergonhoso na garupa de Bolsonaro em suas motociatas”.  "Um dos maiores bajuladores, conivente e cúmplice de Bolsonaro, quer ser prefeito do Recife. A marca de Gilson, enquanto ministro, foi de garupeiro do inelegível. Nas poucas agendas em Pernambuco com seu chefe, ele cumpria um papel vergonhoso na garupa de Bolsonaro em suas motociatas antidemocráticas. Nossa cidade não merece ter um gestor que faz parte da cúpula suja, composta com o pior da política", disparou. 

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Posse como presidente do PL 

Gilson Machado foi empossado como presidente da sigla em uma cerimônia realizada nesta quarta-feira (6), em Brasília, no Distrito Federal. A cerimônia contou com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro, dos deputados Coronel Meira, Marco Feliciano e André Ferreira, o senador Magno Malta e outras lideranças locais e nacionais.

O advogado Walber Agra, que recentemente esteve à frente da ação que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível, foi um dos homenageados pela Câmara Municipal do Recife com a entrega da Medalha de Mérito do Judiciário Ministro Djaci Falcão. Agra foi indicado pela vereadora Liana Cirne (PT).  A homenagem foi promovida pela Câmara reconhece o trabalho desenvolvido pelos profissionais do judiciário, no exercício de sua função.  

Liana Cirne destacou a trajetória de Walber Agra e reforçou que o profissional está entre os juristas mais respeitados do país. “A homenagem que tive a honra de entregar a Walber Agra aqui na Câmara é um reconhecimento do seu brilhante trabalho desempenhado ao longo dos anos com tanta maestria. Tenho a felicidade de ser amiga de profissão deste querido jurista, que é uma referência nacional no mundo do direito. Foi uma noite realmente especial e merecida”, disse Liana Cirne. 

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Walber Agra afirmou que estava “agradecido” pela homenagem.  “Sinto-me lisonjeado pelo fato de que ‘santo’ pode fazer milagre em casa. Agradeço de forma incontida à amiga e vereadora Liana Cirne pela lembrança do nosso nome”, disse Walber Agra. 

Com graduação em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Walber tem mestrado pela Universidade Federal de Pernambuco, doutorado na UFPE/Università degli Studio di Firenze, na Itália, e pós-doutorado na Universidade Montesquieu Bordeaux IV. Atualmente é Procurador do Estado de Pernambuco, livre docente em Direito Econômico e Financeiro pela Universidade de São Paulo, membro da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais do Conselho Federal da OAB e professor da Faculdade de Direito do Recife.

*Da assessoria de imprensa

A vereadora do Recife, Liana Cirne (PT), informou, nesta segunda-feira (2), pelas redes sociais, que foi processada pela deputada federal Clarissa Tércio (PL-PE), por calúnia. Foi realizada uma audiência criminal de tentativa de conciliação com as parlamentares no Fórum Rodolfo Aureliano (TJPE), na Joana Bezerra, zona sul do Recife, devido a uma denúncia feita pela vereadora contra a deputada por seu apoio, registrado nas redes sociais, aos atos golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília. 

A petista havia formalizado uma denúncia no Superior Tribunal Federal (STF) contra a pelista. No dia da invasão à Praça dos Três Poderes, ela havia feito publicações dando apoio aos atos de vandalismo nos prédios, junto com seu marido, o deputado estadual Júnior Tércio. “Minha filha, acabamos de tomar o poder! Estamos dentro do congresso!”, gritavam no vídeo divulgado pela deputada. 

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Em publicação nas redes sociais, a vereadora expõe a situação. “Estou sendo processada criminalmente pela deputada bolsonarista Clarissa Tércio, que considera ser calúnia cumprir meu dever de denunciar o incentivo aos ataques realizados pelos vândalos e criminosos no dia 8 de janeiro na sede dos Três Poderes, em Brasília. Irônico ela querer se socorrer do mesmo Poder Judiciário que ela comemorou ser invadido. É uma total inversão de valores”, afirmou. 

Cirne ainda declarou que não foi a única pessoa a denunciar parlamentares ao STF, caso que está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Nós já tivemos a primeira leva de envolvidos naqueles ato do 8 de janeiro julgados e condenados, agora estamos esperando os demais: políticos, empresários que apoiaram, financiaram e incentivaram o golpe. Eu acho que essa ação pode ter começado aqui por ela, mas ela vai terminar mesmo no Supremo Tribunal Federal. Nos vemos nos tribunais, Clarissa”, disse a vereadora. 

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A vereadora do Recife Liana Cirne (PT) publicou, nesta segunda-feira (04), uma nota de repúdio contra a pré-candidatura da deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE) à prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, município da Região metropolitana do Recife. Ela é autora de uma notícia crime, enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), após a parlamentar incentivar nas redes os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. 

“A deputada bolsonarista Clarissa Tércio se lançou como pré-candidata à prefeita de Jaboatão dos Guararapes. Tramita no STF uma ação de minha autoria pela cassação da deputada pelo incentivo ao golpe do 8 de janeiro, em Brasília, suficiente para ter o mandato cassado. Naquele dia, radicais destruíram as sedes dos três poderes, em um ataque sem precedentes na história do Brasil”, apontou Cirne.  

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A vereadora chegou a ser processada pela deputada devido à denúncia no STF. “Pasmem que ela teve a audácia de me processar criminalmente por defender a democracia e a paz social, após os ataques realizados pelos vândalos e criminosos”, comentou. 

 

Uma representação criminal feita pela vereadora do Recife, Liana Cirne (PT), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por incitação ao terrorismo será analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento será feito pelo plenário de modo virtual entre os dias 1º e 11 de setembro.

Liana acionou o STF em julho de 2022, acusando Bolsonaro de incitar a violência generalizada entre seus apoiadores e colocar em risco a “paz social”, no período pré-eleitoral e eleitoral, fomentando a fake news de que as urnas não seriam confiáveis e que sua vitória somente seria garantida pela ação dos seus eleitores: “vocês sabem o que tem que fazer”.

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“No ano passado, após a live de 7 de julho, em que Bolsonaro disse aos apoiadores que eles 'sabiam o que deveriam fazer', uma onda de ataques terroristas assolou o país. Um deles culminou na morte de Marcelo Arruda, em sua própria festa de aniversário, três dias depois. O assassino sequer conhecia a vítima e o matou apenas porque o tema de sua festa era sobre Lula”, afirma Liana Cirne.

De acordo com a vereadora jurista, o fato se enquadra nas previsões da Lei n. 13.260/2016 e no art. 287 do Código Penal, que trata do crime de incitação e prática de atos preparatórios ao terrorismo e de apologia ao crime.

*Da assessoria de imprensa

A vereadora do Recife, Liana Cirne (PT), criticou em suas redes sociais as exonerações realizadas pela governadora Raquel Lyra (PSDB) na Secretaria da Estadual da Mulher. 

“Em 7 meses, continuamos presenciando um Governo sem rumo. Raquel Lyra, como primeira governadora eleita, deveria fortalecer as políticas públicas para as mulheres, mas infelizmente os índices de feminicídio se mantêm em Pernambuco”, escreveu Liana Cirne.  

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A vereadora aponta que a governadora não apresentou novos nomes para os cargos que ficaram vagos. 

“De forma irresponsável, a governadora deixou a pasta sem diretoras de Políticas para as Mulheres Metropolitanas, de Enfrentamento da Violência de Gênero; e gerente de Fortalecimento Sociopolítico das Mulheres e Ouvidoria da Mulher, além de várias terceirizadas”, destaca Liana Cirne, “O cenário preocupa, mas vamos continuar denunciando e acompanhando os absurdos da atual gestão”, finaliza Liana.

Os desligamentos apresentados no Diário Oficial desta quinta-feira se somam ao da ex-secretária Regina Célia Barbosa, na sexta-feira (28).

*Da assessoria de imprensa

Através de uma live, a vereadora do Recife e professora da UFPE, Liana Cirne (PT-PE), comentou ao lado de vários juristas, de forma simultânea, o julgamento de inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no Tribunal Superior Eleitoral. A parlamentar apontou fatos que podem contribuir com a inelegibilidade de Bolsonaro.  Liana iniciou a live sintetizando o pedido feito pelo PDT para que o ex-presidente perca o direito de concorrer às eleições por um prazo de 8 anos. 

“Ele vai ficar inelegível, inclusive porque o Ministério Público está endossando a teoria do PDT. Foi um caminho de muita segurança jurídica para todas as decisões, que são unipessoais do relator e foram submetidas ao plenário. Nenhuma das decisões do ministro Benedito Gonçalves, em relação aos pedidos iniciais da defesa de Bolsonaro, foram tomadas sozinhas. Ele (o relator) de ofício determinou a remessa dos autos ao plenário e pediu para que os ministros do TSE corroborassem suas decisões unipessoais”, explicou Liana Cirne. 

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 Além disso, a vereadora recifense parabenizou a sustentação oral feita pelo advogado do PDT, o pernambucano Walber Agra, autor da ação contra o ex-mandatário. “Quero fazer um elogio ao nosso colega professor da UFPE, Walber Agra, um amigo querido, que fez uma belíssima sustentação oral, citou José Saramago -Ensaio Sobre a Cegueira - indagando se vamos permanecer cegos a essa tentativa de institucionalização do caos”, disse. 

Sobre a tese apresentada pela defesa de Bolsonaro, através do advogado Tarcísio Vieira, Liana apontou que estaria descontextualizada. “Além da teoria do diálogo institucional, que não tem pertinência, o advogado de Bolsonaro defende a ideia da liberdade de expressão, afirmando que Bolsonaro, assim como outros parlamentares de direita e muitas pessoas da sociedade, seriam favoráveis ao voto impresso e que isso não configuraria nenhum tipo de ilícito. Porém não é essa a tese, ninguém está querendo cassar o direito de opinião de Bolsonaro ou dos parlamentares citados pela defesa. A discussão é se ele abusou do poder de presidente da República e se ele desviou a finalidade da TV Brasil e outros meios próprios de um presidente da República, para convocar uma reunião com embaixadores estrangeiros e disseminar ataques antidemocráticos, incitando seus eleitores a um ato golpista”, defende Liana. 

 “Isso é abuso de poder e desvio de finalidade associada a uma estratégia eleitoral. A questão não é a liberdade de expressão, mas se ele convoca uma reunião com embaixadores de países estrangeiros, utiliza a TV Brasil para propagar essa reunião, acusa o sistema eleitoral brasileiro de ser fraudulento, ele não está se expressando, ele está desviando finalidade institucional, está abusando do seu poder”, pontuou Liana Cirne.

O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, completa, neste sábado (10), 76 anos e neste mês será homenageado em uma reunião solene na Câmara Municipal do Recife. A sessão será realizada no dia 27 de junho, às 18h30, no Plenário da Câmara. O evento será aberto ao público.

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Eduardo Cunha/ Assessoria Liana Cirne

A proposta é da vereadora Liana Cirne (PT), que o parabenizou. “Parabéns Dom Fernando Saburido. Desejo muita saúde, graças divinas e que Deus continue concedendo-lhe sabedoria para a missão que entregou em suas mãos. Estamos muito felizes em lhe homenagear na Câmara do Recife”, disse a parlamentar.

O líder religioso foi nomeado oficialmente Arcebispo de Olinda e Recife em 2009. Como arcebispo, foi eleito, mais uma vez, membro do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), membro do Conselho Episcopal de Pastoral e Econômico do Regional NE2 e bispo de referência da Pastoral da Saúde. Além disso, integra a Comissão Episcopal Nacional do Movimento de Educação de Base (MEB), com sede em Brasília.

A vereadora Liana Cirne (PT) publicou um vídeo nesta segunda-feira (5) denunciando problemas que a população tem tido para realizar boletim de ocorrência (BO) de forma virtual no site da Secretaria de Defesa Social (SDS). O ponto defendido pela parlamentar é que a dificuldade está na gestão estadual.

Segundo Cirne, houve uma manobra do governo de Pernambuco para que não fossem contados os registros de ocorrência. Dessa forma, os índices de violência iriam diminuir.

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Um dos comentários lido no vídeo, um usuário diz: “Estou há mais de duas semanas querendo fazer um BO e não consigo! Delegacias lotadas, e sem falar na demora que vai ser isso”.

“Em mais uma manobra para esconder os reais dados do governo, Raquel Lyra dificulta o registro de boletins de ocorrência. A Polícia Civil retirou abruptamente a opção de registrar queixas pela internet, o que é um absurdo já que muitas delegacias são fechadas à noite e nos fins de semana. Sem aviso prévio, as queixas de roubos a transeuntes, roubo em residências e outros crimes são simplesmente descartadas”, compartilhou Liana Cirne em outra publicação, feita no último dia 26 na sua página do Instagram.

O debate sobre o projeto de lei nº 206/2020, do vereador Fred Ferreira (PSC), que dispõe sobre a vedação do uso de novas formas de flexão de gênero e de número das palavras da língua portuguesa no âmbito do Recife, aprovado nesta terça-feira (23), na Câmara Municipal do Recife, gerou muita polêmica não só pelo tema, mas também por sua validade. As vereadoras Aline Mariano (PP), Liana Cirne (PT) e Cida Pedrosa (PCdoB) destacaram que o projeto de lei seria inconstitucional.

De acordo com Aline Mariano– que declarou voto pela abstenção – a matéria seria inconstitucional, já que a prerrogativa de legislar sobre regras gramaticais é do Congresso Nacional. O uso de novas variedades de flexão de gênero e número no português são geralmente defendidas por apoiadores de uso da chamada linguagem neutra, que buscam introduzir no vocabulário palavras como “todes” como variação possível de “todos” e “todas”, para demarcar a neutralidade de gênero no português.

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O projeto de lei nº 206/2020 busca proibir a novidade em escolas públicas municipais e em escolas privadas do Recife, prevendo punições que vão da advertência à suspensão do alvará de funcionamento. Editais de concursos da administração municipal e os demais estabelecimentos públicos municipais provedores de ensino, informação e cultura também são alvos da proposta de proibição.

Em seu pronunciamento, Aline Mariano frisou a necessidade de as unidades de ensino seguirem a norma do Acordo Ortográfico de 1990, mas refletiu que isso não afeta a liberdade de expressão popular. “Só pode se ensinar nas escolas o que foi determinado. São o que chamamos de regras gramaticais. O popular e polêmico ‘todes’ pode ser considerado um neologismo linguístico”, disse.

“Todos nós sabemos que o verbo ‘sofrer’ sofreu variações que estão fora das regras gramaticais. A nossa saudosa Marília Mendonça adotou a ‘sofrência’. Oficialmente, ‘sofrência’ não existe na língua portuguesa, mas se admite na comunicação entre pessoas, porque se tornou uma expressão popular, que todos nós temos o direito de proferir. É a liberdade de expressão pura”.

Para a vereadora, não cabe à Câmara do Recife se debruçar sobre a questão. “Querer proibir o uso de ‘todes’ é querer cercear a liberdade de quem quer falar. Mas querer incluir ‘todes’ nas regras gramaticais é uma discussão que cabe ao MEC [Ministério da Educação], aos linguistas, aos professores de português, à comunidade LGBTQIA+ e, especialmente, ao Congresso Nacional. Entendemos que não temos competência para legislar sobre essa matéria”. Segundo Aline Mariano, a aprovação do projeto não significa que ela terá efeitos práticos.

“Vai sair amanhã nos jornais quem votou contra e a favor de algo que não existe, porque esse projeto já nasce morto. Ele já era para ter sido barrado na Comissão de Legislação e Justiça e não foi. É regimental. Passou o prazo”, disse. “Hoje, votamos uma matéria que nada adiantaria. Se votarmos pela proibição e o MEC, junto com o Congresso Nacional, decidirem pela mudança da língua, não adianta a gente barrar aqui. Isso não vai para a frente e a Câmara do Recife pode ser ridicularizada por algo que estamos votando e que não existe na prática”.

Quem também fez críticas ao projeto foi Liana Cirne. “Nós não temos competência legislativa para discutir diretrizes e bases da educação. Todo mundo aqui sabe disso. Essa competência é privativa da União. Então por que esse projeto foi proposto? Para debater ideologia de gênero. Eu respeito, vereador Fred, que o senhor queira debater ideologia de gênero, defender os seus ideais e dar voz ao pensamento dos seus eleitores. Porém, esse projeto de lei não faz isso. Esse projeto de lei quer se imiscuir em uma discussão sobre gramática da língua portuguesa e, para isso, existe o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa de 2009”.

Já Cida Pedrosa, destacou que além de inconstitucional, a matéria também seria um projeto de poder autoritário. “O que está em jogo aqui não é a defesa da língua portuguesa, mas sim um projeto de poder autoritário, que não respeita a inclusão e a diversidade. Um projeto que não quer aceitar que as pessoas sejam diferentes e falem como quiserem”, disse, na reunião plenária realizada pela Câmara Municipal do Recife, na manhã desta terça-feira (23).

Cida Pedrosa disse que, além de vereadora e advogada, também é poeta. “E quem vai falar aqui é a poeta. Tenho um livro cujo título é Solo para Vialejo, e que ganhou o Prêmio Jabuti de Melhor Livro do Ano e o de Melhor Livro de Poesia. Nele, eu crio várias palavras. A língua é um elemento vivo e se modifica a partir das construções sociais. O projeto de lei em discussão é inconstitucional. Cada um se expressa como quiser”, afirmou.

A vereadora frisou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já se posicionou contra uma lei como o mesmo teor da que estava sendo debatida, no estado de Rondônia. “O entendimento do Supremo é que só quem pode legislar sobre essa matéria é a União. Nós aqui não podemos discutir esse assunto”. Para a vereadora, a língua sempre foi utilizada como objeto de poder e de subjulgamento. “A língua não está apartada do poder da maioria. Ela sempre foi usada pelos mais fortes contra os que são enfraquecidos”.

Cida Pedrosa deu como exemplo a palavra mulata, que foi criada no século 17. “A mulher negra foi compara a uma mula”. Da mesma forma, ela disse que a palavra denegrir foi uma palavra “que queria dizer que aquilo que é ruim tem relação com o negro”. Nesse ponto, ela afirmou que o nome dessa tentativa de proibição da linguagem neutra “é um projeto de poder de subjulgamento. Quando queremos proibir o direito de as pessoas se tratarem como quiser é exercício de poder e de subjulgamento das pessoas”.

*Da Câmara do Recife 

Com 15 votos favoráveis, 13 contrários e três abstenções, a Câmara do Recife aprovou nesta terça-feira (23), em primeira discussão, o projeto de lei nº 206/2020, do vereador Fred Ferreira (PSC), que dispõe sobre a vedação do uso de novas formas de flexão de gênero e de número das palavras da língua portuguesa em escolas das redes privadas e pública municipal.

Durante o debate da proposta, a vereadora Liana Cirne (PT) ocupou a tribuna do plenário para fazer ponderações sobre a matéria. De acordo com ela, o projeto de lei é inconstitucional por tratar de um tema que não pode ser legislado pela Câmara Municipal.

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Ao buscar proibir novas formas de flexão de gênero e de número em escolas públicas municipais e em escolas privadas do Recife, o projeto de lei nº 206/2020 prevê punições que vão da advertência à suspensão do alvará de funcionamento. Editais de concursos da administração municipal e os demais estabelecimentos públicos municipais provedores de ensino, informação e cultura também são alvos da proposta de proibição.

De acordo com Cirne, a proposta não passará pelo crivo da Procuradoria Municipal, que analisa se há vícios nas matérias que serão submetidas à sanção do prefeito do Recife.  “A gente está votando um projeto de lei que tem a pretensão de regulamentar gramática. É tão absurdo que todas as pessoas que estão aqui neste momento e nos acompanhando em Casa podem ter a certeza absoluta de que todos os vereadores e todas as vereadoras sabem que esse projeto é inconstitucional”, disse a parlamentar. 

“A gente pode estar debatendo e defendendo a ideia, mas a gente sabe que a Procuradoria do Município não permite a sanção do projeto, porque é flagrante, notória a inconstitucionalidade. Não é nem que o STF [Supremo Tribunal Federal] vai julgar inconstitucional. Não chega nem no STF”.

O uso de novas variedades de flexão de gênero e número no português são geralmente defendidas por apoiadores de uso da linguagem neutra, que buscam introduzir no vocabulário palavras como “todes” como variação possível de “todos” e “todas”, para demarcar a neutralidade de gênero no português. Na discussão no plenário da Casa de José Mariano, alguns vereadores posicionaram o debate na crítica à “ideologia de gênero”, expressão utilizada por alguns para caracterizar discussões sobre identidade de gênero.

Para Liana Cirne, no entanto, o projeto não serve para discutir a crítica à “ideologia de gênero”. “Nós não temos competência legislativa para discutir diretrizes e bases da educação. Todo mundo aqui sabe disso. Essa competência é privativa da União. Então por que esse projeto foi proposto? Para debater ideologia de gênero. Eu respeito, vereador Fred, que o senhor queira debater ideologia de gênero, defender os seus ideais e dar voz ao pensamento dos seus eleitores. Porém, esse projeto de lei não faz isso. Esse projeto de lei quer se imiscuir em uma discussão sobre gramática da língua portuguesa e, para isso, existe o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa de 2009”.

A parlamentar afirmou que o Vocabulário Ortográfico não inclui palavras como “todes”, mas prevê variações linguísticas. Ela mencionou que, caso fossem implementados, projetos como o votado nesta terça-feira poderiam prejudicar o estudo de autores clássicos nacionais que se utilizam dessas variações para escrever, como o mineiro João Guimarães Rosa. 

“Vocês quiseram acertar na ideologia de gênero, com todo o respeito, mas acertaram em João Guimarães Rosa. Não existe língua portuguesa sem flexão. Outra coisa que precisa ser explicada aqui é que, sem esse projeto de lei, as crianças não serão obrigadas a aprender ‘todes’. O que ele quer é proibir uma coisa que nem existe. Vamos deixar a língua portuguesa ser dinâmica e viva, porque é isso que a gente ama nela, e o debate ideológico a gente trazem matérias diferentes”. 

Sobre a proposição - O projeto de lei número 206/2020 foi apresentado pelo vereador Fred Ferreira à Câmara do Recife, no dia 16 de dezembro de 2020. A proposição chegou à primeira votação no plenário, nesta terça-feira, sem o parecer das comissões temáticas permanentes da Casa, ou seja, não foi analisada pelas comissões. É que, conforme o artigo 31, parágrafo 19, da Lei Orgânica do Recife, um projeto de lei que passar dos 60 dias sem parecer dos colegiados, pode ser incluído pelo autor na pauta para votação, mesmo que não tenha sido analisado. 

 *Da Câmara do Recife 

A deputada federal eleita Clarissa Tércio (PP) pode perder a vaga na Câmara dos Deputados antes mesmo de assumir. A parlamentar foi citada em uma notícia-crime enviada pela vereadora do Recife, Liana Cirne (PT), ao Supremo Tribunal Federal (STF). A denúncia se baseia em um vídeo publicado pela bolsonarista em apoio à invasão do Congresso Nacional, nesse domingo (8). 

LeiaJá também: Deputados de PE seguem Bolsonaro e minimizam invasão ao DF

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No entendimento de Liana, a postagem de Tércio no dia da invasão se caracteriza como um incentivo aos extremistas que praticaram vandalismo. O documento encaminhado nessa segunda (9) também recomenda que ela seja incluída no inquérito que investiga os atos antidemocráticos e que uma investigação por terrorismo e atos preparatórios do terrorismo seja instaurada. 

A vereadora cobra que os magistrados adotem as seguintes medidas cautelares contra Clarissa Técio: suspensão da diplomação como deputada federal, proibição de entrar ao Congresso, e remoção do seu perfil no Instagram e do vídeo publicado.   

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O prefeito João Campos (PSB) sancionou, nesta sexta-feira (16), a lei que prevê a proibição do emprego de técnicas de arquitetura hostil no Recife. O texto é de autoria da vereadora Liana Cirne (PT) e recebeu o nome de Lei Padre Júlio Lancelotti, em homenagem ao religioso paulista com histórica atuação na defesa da população em situação de rua em São Paulo. 

“Com muita alegria a gente é a primeira capital do Brasil a ter uma lei desse tipo e que sirva de mais um exemplo do Recife para o Brasil de como se deve acolher e construir uma cidade que seja humanizada. Eu tive a oportunidade de conversar ao longo de todo o processo com a vereadora Liana Cirne e hoje de sancionar esta nova lei recifense, que mostra como o Recife é. Um Recife que é acolhedor, generoso e que tem a preocupação de cuidar das pessoas e de trazer a proteção jurídica para isso. Com essa lei a gente tem o compromisso da cidade. Mais que um compromisso, uma obrigação de fazer uma arquitetura adequada, humanista e que acolha as pessoas”, comemorou o prefeito João Campos.

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De acordo com a lei, considera-se técnica de arquitetura hostil a instalação de equipamento urbano com a finalidade de "impedir o uso de ruas, espaços ou equipamentos públicos como moradia para pessoas em situação de rua", além de dificultar a circulação de idosos, jovens ou outros segmentos da população. Ainda segundo a norma, são considerados equipamentos de arquitetura hostil instalações que contenham pedras pontiagudas ou ásperas; pavimentações irregulares; pinos metálicos pontiagudos; cilindros de concreto nas calçadas e bancos divididos.

Liana participou da assinatura da sanção da nova legislação recifense e destacou a importância desta norma para a cidade. “O Padre Júlio é um exemplo de luta contra aporofobia. No dia em que ele pegou uma marreta para quebrar aqueles paralelepípedos pontiagudos, me emocionei muito e emocionou o Brasil inteiro. É muito bom ter uma lei com o nome do Padre Júlio, que resgata a sua dedicação à população em situação de rua e que resgata sua luta contra o preconceito. Que esse seja só o primeiro passo para termos uma cidade e um país sem violência e mais humana”, disse.

Um projeto de lei foi aprovado pelo Congresso Nacional com o mesmo teor e também homageando o padre Júlio, porém o texto foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O veto está na pauta de análise dos parlamentares na sessão desta sexta-feira. Se for derrubado o veto presidencial, o texto passa a ser uma legislação nacional.

A decisão da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) em responsabilizar o soldado Lucas França por ter disparado spray de pimenta no rosto de Liana Cirne (PT) foi condenada pela vereadora. A agressão ocorreu no dia 29 de maio de 2021, entre os atos truculentos da Polícia Militar para reprimir um ato pacífico contra o presidente Jair Bolsonaro, no Centro do Recife.

A portaria emitida nessa quarta-feira (11) fixou a punição de 21 dias de detenção ao soldado da Radiopatrulha. A atuação da Polícia na manifestação foi criticada por excessos, que ficaram acentuados pelas balas de borracha que atingiram o rosto de dois homens. Eles sequer participavam da manifestação e ambos perderam a visão de um olho. Após o evento, o ex-comandante da PM, coronel Vanildo Maranhão, e o ex-secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, deixaram os cargos.
 

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SDS desonrou os preceitos da Polícia, considera a vereadora

Quase um ano após o caso repercutir nacionalmente com a imagem da vereadora caída na Ponte Princesa Isabel, Liana apontou vícios no processo e reforçou que já havia dito à investigação que o policial punido não é o verdadeiro agressor. "Essa decisão é uma desonra para todos os que seguem à risca a lei e a disciplina militar", resumiu.

"Desde que prestei depoimento à Corregedoria, afirmei que não reconheço o policial apontado como o responsável por disparar spray de pimenta. No entanto, tal fato foi ignorado, e o soldado que assumiu a culpa foi o "punido". Nunca fui sequer informada dos passos do procedimento. Agora e por ocasião da reconstituição da agressão, só tomei conhecimento dos fatos pela imprensa", afirmou a vereadora, que externou 'profunda indignação' com o resultado da apuração, considerado por ela como 'uma premiação ao abuso sofrido'.

Ela cobrou uma investigação autônoma da Polícia Civil e do Ministério Público para que o culpado seja, de fato, identificado e exonerado do cargo. "Espero firmemente que tal decisão seja revogada por parte do senhor Secretário de Defesa Social, a fim de que o correto autor do ato ilícito praticado contra mim seja exonerado e expelido da Polícia Militar", destacou em nota.   

Ataque foi classificado como infração média

Em seu boletim interno, a SDS classificou o ataque como "infração de natureza média" e verificou que "o grau de reprovabilidade da conduta do aconselhado, não teve força, nem repercussão suficiente para violar os preceitos da ética e os valores militares a ponto de justificar a sua exclusão a bem da disciplina”.

Outros policiais absolvidos

A pasta ainda absolveu dois oficiais denunciados por manifestantes. O 2º sargento Ronaldo Santos de Lima havia sido apontado por omissão de socorro a um dos feridos no ato.

"Durante a instrução processual, a vítima, acompanhada do seu advogado, afirmou que os policiais de fato não puderam lhe ajudar", explanou o documento, que acrescentou que o policial "estava realizando a condução de um suspeito para a Central de Plantões da Capital". 

O cabo Washington Barbosa Maciel havia sido apontado como suspeito de ter disparado gás de pimenta no rosto de uma mulher na Avenida Conde da Boa Vista. A acusação apresentou o vídeo de um policial cometendo o ato, mas, de acordo com a SDS, "não foi verificado provas cabais que levassem a identificar o autor do concernente disparo de espargidor de pimenta", e o militar foi absolvido por insuficiência de provas que confirmassem a autoria.

Depois da acusação de agressão física e psicológica contra o ex-Secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, feita pela ex-mulher, Maria Eduarda Marques de Carvalho, em entrevista a TV Globo, algumas mulheres da política pernambucana se posicionaram e prestaram solidariedade a vitima.

As vereadoras do Recife Dani Portela, do PSOL, e Liana Cirne, do PT, apontaram o fato de denúncias terem sido feitas por Maria e sem que nenhuma atitude fosse tomada. 

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“Mais uma mulher denuncia que teve a sua vida pautada pelo medo e por agressões. A denúncia contra o ex-secretário Pedro Eurico é séria e mostra que a violência contra a mulher é algo arraigado na sociedade. Exigimos apuração séria para que a impunidade não se dure mais 25 anos”, disse Dani Portela.

“Todo apoio a Maria Eduarda, vítima de violência física e psicológica nos 25 anos de relacionamento com o ex-secretário de justiça, Pedro Eurico. 10 BOs.Medida protetiva descumprida. Romper o silêncio é difícil. Você disse que só queria viver. Que tenha vida em abundância e seja feliz”, disse Liana Cirne.

Já a ex-candidata a prefeitura do Recife, Patrícia Domingos, e que vai concorrer ao Legislativo, como ela mesmo confirmou recentemente em evento com o Moro, pediu a prisão de Pedro Eurico: “Lugar de agressor de mulher é na cadeia! Que o caso seja apurado e a justiça se faça. Que a coragem da vítima motive tantas outras mulheres que ainda vivem em situação de violência e que a punição do agressor sirva para provar que a impunidade não é a regra!”.

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A vereadora Liana Cirne (PT), se reuniu com o governador Paulo Câmara (PSB) no Palácio do Campo das Princesas, na tarde desta segunda-feira (31), para tratar sobre as agressões sofridas pela parlamentar nas manifestações deste último sábado (29), no Centro do Recife.

Ela entregou uma cópia da representação disciplinar que está abrindo contra todos os policiais envolvidos nas agressões. "Pedi investigação sobre a inteligência, a coordenação e comando da ação policial violenta. Pedi que eu pudesse acompanhar todos os procedimentos instaurados", disse Liana.

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A vereadora aponta que o governador Paulo Câmara ordenou que todos os casos sejam investigados e todos os policiais envolvidos identificados serão afastados das suas funções. Liana Cirne também pretende entrar com uma ação de danos morais coletiva.

"Essa indenização deve reverter para a própria Polícia Militar. Sugeri que o governador invista em um curso preparatório para concursos de policiais, focado na legalidade, no cumprimento da lei e no respeito aos direitos humanos", pontuou.

 

 Imagens publicadas no Instagram da vereadora Liana Cirne Lins (PT) no início da tarde deste sábado (29), mostram o momento em que a parlamentar recebe um disparo de spray de pimenta no rosto, ao se aproximar de uma viatura e tentar dialogar com os policiais militares, na Ponte Buarque de Macedo, no Centro do Recife.

A área teve manhã de protestos a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido). Os atos eram pacíficos até o momento em que a mobilização chegou à Ponte Duarte Coelho, onde foi recebida pela batalhão de Choque com bombas de efeito moral e balas de borracha.

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Nas imagens é possível ver o momento em que Liana Cirne se aproxima da janela da viatura de número 190112, sendo recebida com disparo de spray diretamente em seu rosto. Em seguida, ela desaba no chão e é socorrida por assessores.

A vereadora passa bem e recebe atendimento médico, segundo informam suas redes sociais oficiais. Mais informações em breve.

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“Este não pode ser um debate politizado. Não pode ser um debate ideologizado. É um debate científico”, afirmou a vereadora Liana Cirne (PT) ao se posicionar contrária ao uso de medicamentos para tratamento precoce da Covid-19. Ela fez o pronunciamento durante a reunião Ordinária da Câmara do Recife, nesta terça-feira (16), em que o assunto foi abordado por vários parlamentares.

“Não se trata mais de dizer que a cloroquina e outros medicamentos não possuam eficácia comprovada, nós já ultrapassamos esta fase. Os institutos de pesquisas cientificas já comprovaram isso. Já comprovaram a ineficácia desse tipo de tratamento precoce”, ressaltou a vereadora.

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Liana Cirne disse, ainda, que “a  invermectina é bom acabar com vermes, mas não serve como tratamento precoce para a covid-19”.  Conforme destacou, tratamento precoce é o uso de  máscaras, o distanciamento social, a higiene das mãos e a vacinação em massa da população brasileira. “Não se trata de ideologias, mas de estudos científicos.”, afirmou.

Bolsonaro

Também teceu críticas ao presidente da República Jair Bolsonaro. “A gente não gosta do presidente Jair Bolsonaro porque ele é incompetente nas políticas públicas sanitárias. A gente chama Bolsonaro de ‘ des-presidente’ porque ele não é presidente”.  Em seguida enumerou que ele “ desrespeita os mortos, não dá autonomia ao ministro da Saúde para agir conforme as políticas sanitárias, incentiva aglomerações, fala palavrões e ridiculariza a vacina”.

Sobre a questão do debate  do tratamento precoce à covid-19, a vereadora Dani Portela (PSOL) disse que é preciso politizar o assunto. “Porque esse ambiente é um ambiente político. É uma Casa legislativa municipal e as questões políticas impactam sobre vidas de milhares e milhares de pessoas”.  Ela afirmou que recebeu um estudo recente que mostra que para  cada duas pessoas brancas vacinadas, uma pessoa negra é vacinada. “Mesmo sendo maioria da população,  os negros são menos vacinados”, lamentou.  “Tratamento precoce é tratar a saúde como uma questão fundamental”.

Professora Erika Suruagy 

A vereadora Liana Cirne aproveitou a ocasião para prestar solidariedade à professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Erika Suruagy, vice-presidente da à Associação dos Docentes da Universidade (ADUFERPE).

Segundo a parlamentar, a professora foi intimada num inquérito criminal, requerido pelo ministro da Justiça, por causa de uma campanha crítica contra o governo Federal.  “Não é admissível o que está sendo feito. Essa agressão viola o direito de expressão, de liberdade sindical”, destacou Liana Cirne.  Com este ato, disse, “todos nós, professoras e professores, somos agredidos também”.

*Da Câmara Municipal do Recife

Na manhã desta segunda (1º), a vereadora Liana Cirne, líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara Municipal do Recife, entregou nas mãos do prefeito João Campos (PSB) um pedido de auxílio às agremiações da cultura popular prejudicadas pela suspensão do Carnaval em 2021. Segundo Liana, é preciso abrir um diálogo com a gestão a fim de amparar os fazedores de cultura que não poderão contar com o retorno financeiro da festa, impossibilitada de acontecer pela pandemia do novo coronavírus. 

A entrega do documento foi feita após solenidade que marcou a volta dos trabalhos na Casa José Mariano. Junto ao ofício, a vereador solicitou a abertura de uma agenda com o prefeito para que a pauta pudesse ser discutida. Em entrevista ao LeiaJá, ela explicou a demanda. “Todos os anos a prefeitura, em forma de subvenção, apoia os grupos carnavalescos. Esse orçamento já está previsto na Lei Orçamentária Anual, a LOA, e nós pedimos que fosse mantida essa subvenção em razão da inocorrência do Carnaval.  Pedimos que essa subvenção fosse paga através de premiação sem contraprestação, sem processo seletivo, aos mesmos grupos que participaram do Carnaval 2020”.

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Segundo Liana, o assunto é uma “pauta urgente" e já foi levado, também,  ao secretário de Cultura, Ricardo Melo. “A subvenção ajuda grupos que estão vivendo na iminência de extinção, uma de nossas pautas mais importantes é a da cultura popular e a gente vê um risco grave da extinção de algumas manifestações da nossa cultura popular”, endossou a vereadora. 

Começo da gestão

Liana falou também sobre o primeiro mês de gestão do prefeito João Campos.  Ela ressaltou alguns pontos de divergência entre oposição e o atual governo, como o plano de vacinação que não priorizou os profissionais da educação. “Nós não aceitamos que os professores tenham ficado para a quarta fase da vacinação, não dá pra estabelecer o ensino presencial sem priorizar a vacinação”. 

Além disso, ela falou sobre a reforma administrativa, ainda iniciada na última gestão, que rendeu um mandado de segurança solicitado por ela. “Nós temos uma divergência muito radical em relação a isso. Isso que aparece como pseudo desburocratização é na verdade uma precarização do licenciamento ambiental. O licenciamento ambiental é uma das formas mais importantes de proteção do  meio ambiente na cidade. Nós já estamos com falta e revezamento de água, para quem ainda não é urgente cair a ficha, entendeu que a falta de água está ligada diretamente ao problema do desmatamento e da desarborização das nossas nascentes. A gente não consegue reter a água e isso é um problema ambiental. O problema ambiental é um problema que influencia diretamente a qualidade de vida do nosso povo. Precarizar a licença ambiental nesse momento? Nesse momento, a gente tem que ter todo o rigor em proteger o meio ambiente.” 

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