A Polícia Federal (PF) já assumiu as investigações da queda do Globocop, no Pina, Zona Sul do Recife, que resultou na morte de três pessoas. Algumas providências já foram tomadas pela instituição, que investiga os crimes de atentado contra a segurança de transporte aéreo, com queda e destruição de aeronaves, e homicídio.
O helicóptero caiu no dia 23 de janeiro deste ano. Morreram no mesmo dia o piloto Daniel Cavalcanti Figueira Galvão, de 36 anos; e a 1º sargento da Aeronáutica Lia Maria Abreu de Souza, 34. Na última quinta-feira (2), faleceu no Hospital da Restauração (HR) o operador de transmissão Miguel Brendo Ponte Simões, 21.
##RECOMENDA##
No dia do ocorrido, policiais e peritos federais estiveram no local realizando anotações, registros fotográficos, além de conversar com os órgãos envolvidos. A PF entra no caso em virtude de interesse da União e devido ao dispositivo constitucional que confere competência à Justiça Federal para processar e julgar crimes cometidos a bordo de aeronaves.
Conforme a PF, entre as providências adotadas estão as seguintes solicitações:
- Realização de laudo de exame de local e exames pelo setor técnico e científico da PF;
- Identificação de residências e comércios na região que possam ter registro do ocorrido através do sistema de vigilância e intimação de cinco populares que presenciaram ou estiveram no local e socorreram algumas vítimas;
- Levantar com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) dados sobre a aeronave, suas inspeções anuais de manutenção, dados sobre o piloto, informações sobre a regularidade as condições técnicas e operacionais da empresa Helisae, responsável pelo helicóptero e a regularidade das oficinas de manutenção;
- A Helisae deverá encaminhar resposta sobre a aeronave, manutenção, dadas e documentos do piloto e plano de voo, além de condições de navegabilidade do helicóptero, a quantidade de carga levada pela aeronave no dia do acidente, a validade dos certificados de habilitação técnica e de capacidade física dos pilotos e suas jornadas de trabalho com a discriminação das horas voadas nos últimos 30 dias anteriores ao acidente e do período de descanso desde o voo anterior;
- A Aeronáutica também será questionada sobre registros de radiocomunicação do voo na ocasião do acidente e dados de meteorologia disponíveis;
- Informações sobre a causa da morte das vítimas através do Instituto de Medicina Legal (IML);
- Coleta do material de investigação iniciado pela Polícia Civil.
LeiaJá também
--> Globocop: Miguel Brendo morreu devido ao politraumatismo
--> Sobrevivente do Globocop continua em estado grave
--> Destroços do helicóptero da Globo são retirados do mar