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De 21 e 24 de janeiro, um dos grandes celeiros de talentos do handebol de areia nacional, a cidade de João Pessoa, receberá a Taça Kika da modalidade. A competição, que aconterá com o apoio da Faculdade Maurício de Nassau, terá como palco as areias da Praia de Cabo Branco.

Essa será a terceira temporada seguida que a Faculdade Maurício de Nassau, através de seus alunos e professores, oferecerá apoio à competição, que ganhará sua 20ª edição. "Vinte estudantes de educação física ficarão responsáveis pelas quadras, orientados pelos coordenadores do evento. Além disso, os membros de enfermagem e fisioterapia participarão dos atendimentos de primeiros socorros", explicou o coordenador do torneio e professor da instituição, Silvio Lago.

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A Taça Kika reúne equipes nacionais e internacionais, nas categorias do pré-mirim ao adulto, em ambos os gêneros. Diante da dimensão do torneio, os jogos terão na plateia árbitros de todo o país, além de membros de comissões técnicas de seleções nacionais. As partidas serão realizadas das 8h às 20h.

Ainda pouco conhecido mundialmente o handebol de areia fará uma jogo de exibição para o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach. E para isso a Federação Internacional de Handebol (IFH) convoucou cinco brasileiros para integrar essa seleção de melhores do mundo no esporte. As partidas, uma masculina e outra feminina serão realizada no dia 16 de julho, em Lausanne, na Suíça.

No time masculino foram convocados os brasileiros Bruno Oliveira, Thiago Gusmão e Gil Pires. Já no feminino foram chamadas as atletas Patricia Scheppa e Renata Santiago. Os técnicos das equipes serão o croata Davor Rokavec e o espanhol Fernando Posada pelo time masculino e a húngara Tamas Neukum e a sérvia Sasa Kuburuvic comandarão a equipe feminina.

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O diretor de handebol de areia da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Stanley Mackenzie, afirma que essa partida será importantíssima para a afirmação do esporte “A ideia é apresentar o esporte para o COI. O handebol de areia é uma modalidade plástica, com grandes jogadas, dinâmica e tem o atrativo de ser jogado ao ar livre”, comentou.

A convocação para o jogo de exibição surpreendeu Patricia Scheppa, campeã com a Seleção Feminina no Mundial de Handebol de Areia de Recife, em 2014, ela está em fase final de tratamento de cirurgia nas duas pernas. "Fiquei feliz e surpresa por ser chamada. Estou lisonjeada com meu nome no meio das melhores atletas da modalidade e já confirmei presença no evento. Como o jogo será daqui a dois meses, terei tempo suficiente para me recuperar e agora ainda mais motivada para estar 100%", declarou.

Além da partida que reunirá os melhores atletas do mundo, o handebol de areia teve outra boa notícia. O esporte foi confirmado como uma das modalidades disputadas na próxima edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, em 2018, em Buenos Aires, na Argentina.

O IV Mundial de Handebol de Areia começou na última terça-feira com pouco número de torcedores nas arquibancadas. Enquanto as selções masculinas e femininas disputavam a competição nas areias, apenas alguns curiosos compareceram para conhecer a modalidade. Porém, com a chegada do final de semana, o número do público cresceu. Durante a semana a média de torcedores era de menos de 1000 pessoas.

Já neste domingo (27), a arena montada na Praia do Pina ficou lotada, a capacidade de 2.300 lugares foi totalmente preenchida. Para a professora de educação física, Clarrisa Melo, de 35 anos, a competição foi bastante interessante. "Essa foi uma grande oportunidade para que mais pessoas conheçam o esporte e o sucesso que o Brasil alcançou nele. Foi um ótimo salto para o handebol de areia no país”, contou a recifense que já conhecia a modalidade. 

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Quem também ficou admirado em conhecer o esporte foi o estudante de publicidade, Rodrigo Meira, de 22 anos. "Nunca tinha ouvido falar nessa categoria de handebol. É bem diferente do esporte de quadra. E também não sabia que a seleção brasileira é a melhor na modalidade", afirmou. O médico Luciano Queiroz trouxe os dois filhos, Caio e Miguel, para conhecer o handebol de areia. "Esse é um tipo de diversão muito importante para as crianças. O esporte tem muito mais para crescer e precisa que todos conheçam a modalidade no país que tem o melhor time nas categorias feminina e masculina", contou. 

A camisa 10 da seleção brasileira feminina de handebol de areia, Prisicila Annes tem muito mais para comemorar além do título de tricampeã mundial da modalidade. Diante dos familiares e amigos, que acompanharam a trajetória da jogadora durante o Mundial na Praia do Pina, a atleta ficou muito satisfeita em apresentar a todos o esporte. "Foi um sonho realizado. Trazer minha mãe para assistir as competições ao vivo e a cores não tem preço. Além de tudo, pudemos mostrar o esporte para todos os pernambucanos. A sensação é indescritível e muito gratificante", afirmou a jogadora.

Depois de conquistar o torneio mundial, a pernambucana não terá descanso. Já na próxima semana ela irá competir pelo Campeonato Brasileiro Adulto de Handebol de quadra. Profissional nas duas categorias, Priscila volta aos treinamentos já nesta segunda-feira (28). "O trabalho não para, principalmente quem pratica as duas modalidades. Volto aos treinamentos visando o Brasileiro, que será realizado na cidade de Afogados da Engazeira. Depois desse torneio pretendo descansar.", contou.

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Sobre a partida diante das húngaras, Priscila afirmou que a equipe teve muito difilcudade para vencer as adversárias. "Cada partida foi mais difícil que a outra, principalmente a final. As adversárias foram muito competentes, mas conseguimos quebrar os pontos fortes dela e sair com o título mundial", disse. 

 

O uniforme nas cores azul e amarelo e o sotaque entregam: Aline Viana e Daniela Cook são brasileiras. De fato, são. Mas defendem outra pátria no Mundial de handebol de areia, realizado na Praia do Pina, no Recife. A bandeira que elas representam é a da Austrália, local ainda com pouca tradição no esporte. Para retribuir a acolhida recebida, elas pretendem elevar a nação no cenário da modalidade e fazer uma boa competição.

Nascida em Porto Alegre, Aline Viana mora há oito anos na Austrália, onde ganhou cidadania. A busca pelo handebol de areia não foi por acaso quando deixou o Brasil. “Sempre gostei do esporte e quando cheguei lá, quase enlouqueci porque não estava jogando. Procurei um time, comecei a jogar e, agora, estou representando a seleção australiana”, disse a camisa 13, em seu primeiro ano na equipe.

"Fui para a Austrália há doze anos para fazer mestrado em Educação Física e comecei a jogar pela seleção”
A paulista Daniela Cook também já praticava handebol e, inclusive, o de areia, em São Paulo. No entanto, a modalidade ainda engatinhava. “Jogava na universidade quando o esporte ainda era muito diferente. Dois pontos só valiam o especial, não tinha giro ou aéreo. Parei de praticar, fui para a Austrália há doze anos para fazer mestrado em Educação Física e comecei a jogar pela seleção”, explicou a jogadora, que já disputou dois mundiais de quadra e dois de areia.

O objetivo das duas, ao sair do Brasil, foi de estudar. Aline queria aprender inglês e Daniela fazer o mestrado. Ficaram de vez e o handebol de areia ajudou as segurar por lá. Atualmente, elas atuam pela Universidade de Sidney e nem pensam em voltar. “Não tenho interesse. Moro na Austrália, minha casa é lá. E, além do mais, a seleção brasileira tem muitas jogadoras boas”, garantiu Aline.

“Quando tocou o hino nacional, tive que cantar e o coração bateu mais forte”
No Mundial de handebol de Areia, no Recife, pela primeira vez elas enfrentaram o Brasil. E logo em casa. Contudo, para Aline Viana, não foi muito diferente de enfrentar outras seleções. “Durante o jogo não senti muito porque gosto de ganhar”, disse. “Mas na cerimônia de abertura, quando tocou o hino nacional, tive que cantar e o coração bateu mais forte”, revelou. A sensação foi a mesma para Daniela Cook. “A gente ainda é brasileiro, somos apenas naturalizados. Mas esse é o nosso país de origem”, completou.



A derrota para o Brasil por 2 a 0 estava dentro das expectativas da Austrália. O objetivo na competição é melhorar o nível das australianas. E é isso o que motiva essas brasileiras. “O handebol é novo por lá. Então, queremos fazer um bom resultado e levar para casa. Estamos fazendo o nosso melhor e jogar como equipe. O que conseguirmos, está bom”, ressaltou Aline. “Queremos o melhor para a nossa a seleção. Quanto mais, melhor”, resumiu Daniela.

“Assim que acabar aqui, eu tenho que passar em casa. Se não, minha mãe enlouquece”
Disputar o Mundial no Brasil juntou o útil ao agradável para as brasileiras naturalizadas australianas. Após a competição, elas poderão rever a família. “Assim que acabar aqui, eu tenho que passar em casa. Se não, minha mãe enlouquece”, brincou Aline Viana, que não contou com a torcida de nenhum parente nos jogos. “Infelizmente eles não conseguiram vir”, a número 13 australiana.

Em contrapartida, Daniela Cook está bem acompanhada no Recife e vai aproveitar Pernambuco além da competição. “Meu pai vem para cá, meu marido está aqui e um amigo daqui que ajudou a nossa seleção. E, depois, ainda vou passar dez dias em Fernando de Noronha. Só depois vou para São Paulo ver a família”, finalizou a atleta.

É predominante a trajetória brasileira na história do Mundial de Handebol de Areia. Ainda que esse esporte seja pouco difundido no país, o Brasil já conquistou cinco títulos – três no masculino e dois no feminino. Nesta terça-feira (22), a seleção começa a disputa por mais dois trofeus da competição, na Praia do Pina, no Recife.

A seleção brasileira masculina conquistou os dois últimos Mundiais realizados em 2010 e 2012, na Turquia e no Omã, respectivamente. O primeiro troféu levantado foi em casa, em 2006, no Rio de Janeiro, com uma vitória diante dos turcos por 2 a 0. Outra vez jogando com o apoio da torcida, agora, no Recife, o técnico Antônio Guerra Peixe montou uma equipe que tem condições de manter a supremacia.

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A lista de convocados contém: Jaime Torres, Anderson Lima (Coxinha), Bruno Carlos, Davi Sermenho, Thiago Gusmão, Gil Vicente, Nailson Amaral, Wellington Esteves (Gulliver), Diogo Silva (Vareta) e Thiago Barcellos (Jordan).

Enquanto o time feminino tentará o tri mundial em terras pernambucanas e repetir o feito de 2006, quando também venceu no Brasil. A segunda conquista das meninas aconteceu em 2012, com um triunfo sobre a Dinamarca por 2 a 0. A treinadora Rosana Marques convocou as atletas Jerusa Dias, Ingrid Frazão, Camila Ramos, Milena Braga, Millena Alencar, Nathalie Sena, Renata Santiago, Priscilla Annes, Cinthya Piquet e Patrícia Scheppa para alcançar o objetivo.

O Brasil caiu no Grupo A tanto no masculino quanto no feminino, por ser sede do torneio. Para os homens os adversários da Primeira Fase serão Austrália, Dinamarca, Omã, Sérvia e Uruguai. Já as mulheres terão pela frente Austrália, Itália, Noruega, Taipei e Uruguai.

A competição é disputada por 24 seleções – 12 em cada categoria, e segue até o próximo domingo (27). Confira abaixo a tabela da fase inicial do Mundial de Handebol de Areia:

Pode trocar os pés pelas mãos, porque o objetivo é o mesmo do futebol: o gol. No entanto, são poucas as semelhanças do handebol de areia com o esporte bretão. Uma delas se deve ao fato do Recife ter recebido cinco jogo da Copa do Mundo e agora, no final de julho, sediar o Campeonato Mundial de Beach Handball. Um motivo para aproximar mais os dois esportes do público pernambucano. Mas em quê consiste essa modalidade - até certo ponto - desconhecida de muitos brasileiros? O Portal LeiaJá preparou um pequeno manual para você entender um pouco mais sobre handebol de areia e acompanhar o Mundial, que começa nesta terça-feira (22), na Praia do Pina, a partir das 15h.

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Quadra

O espaço do jogo é um retângulo de 27m de comprimento e 12m de largura. Cada goleiro fica numa área correspondente a 6m. É nesse limite que os jogadores de linha podem arremessar. Por isso, o jogo acontece praticamente em 15m da quadra. 

 

Jogadores
Cada equipe pode ter, no máximo, oito jogadores. Desses, apenas quatro ficam em quadra: três de linha e um goleiro. O restante fica na lateral do campo, também chamada de área de substituição. Todos devem permanecer sentados para não atrapalhar o andamento da partida.

Jogo
Cada partida é realizada em dois sets de dez minutos e cada período tem um vencedor. Em caso de empate no set, a disputa vai para o gol de ouro. E se cada time vencer um tempo, o vencedor será conhecido no tiro de seis metros, também conhecido como um contra o goleiro. Diferente do handebol de quadra, na areia a bola não pode tocar o chão.

Gol
Um gol pode valer um ou dois pontos. Se a finalização for normal, vale apenas um ponto. No entanto, um gol espetacular – com pirueta -, aéreo, de goleiro ou de tiro de 6m vale dois pontos. Cada equipe tem até cinco chances consecutivas para pontuar, com cinco atletas diferentes. 

Cintia Piquet, Milena Alencar e Camila Ramos, paraibanas que estão integrando a Seleção Brasileira de Handebol de Areia, conseguiram nesta quinta-feira (12) a classificação para a final do Campeonato Mundial, que está acontecendo em Omã, na Ásia. Na equipe, três atletas são paraibanas. Para chegar à decisão, que acontecerá às 14h20 (horário de Brasília) desta sexta-feira (13), contra a Dinamarca, o Brasil derrotou a Noruega na semifinal por 36 a 26. A equipe tem como treinador a também paraibana Rossana Marques.

Para conseguir a vaga para a final, a Seleção Brasileira derrotou, na primeira fase, as equipes de Singapura, Tailândia, Hungria, Polônia e Noruega. Já na segunda fase, venceu o Uruguai e perdeu para a Dinamarca e a Croácia, até chegar à semifinal e carimbar a classificação.

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O secretário de Estado da Juventude, Esporte e Lazer da Paraíba (Sejel), José Marco, comemorou a conquista para a final da seleção. "Disputar um mundial e conseguir uma vaga para a final é algo importantíssimo. E nossa alegria é redobrada porque tem três paraibanas na seleção", disse José Marco.

A partida final terá transmissão ao vivo através do site http://www.omanbeachhandball.com/.

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