Tópicos | História da Arte

O estudante Aaron Ansuini, da Concordia University, no Canadá, descobriu que o professor responsável pela disciplina de História da Arte, Fraçois-Marc Gagnon, morreu em 2019. Mas, os vídeos de suas palestras ainda são utilizados dentro da disciplina oferecida pela instituição.

Em um relato no Twitter, Ansuini conta que descobriu a morte do professor após procurá-lo para tirar dúvidas relacionadas à matéria. O estudante ficou revoltado, e criticou a universidade pela postura de não informar aos alunos sobre a morte de seus docentes. "Vocês acham que os alunos não dão a mínima para as pessoas com as quais passam meses aprendendo?", questionou.

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Após o ocorrido, a Concordia University atualizou a biografia do professore Gagnon com informações sobre sua morte. Em nota oficial, a porta-voz da universidade, Vannina Maestracci, declarou que a instituição havia esclarecido aos alunos que as videoaulas do professor eram um material de apoio à disciplina.

Os vídeos são administrados por professores e auxiliares da universidade, e os alunos possuem acesso aos conteúdos por meio de uma plataforma de cursos online, oferecidos pela instituição canadense.

O Museu de Arte de São Paulo (MASP) decidiu mudar sua plataforma e ministrará seus cursos de história da arte online devido ao surto do novo coronavírus. O módulo é formado por três programas diferentes, sendo independentes e complementares.

Os cursos semestrais – que contêm cerca de dezesseis aulas cada – juntos, englobam a cronologia da arte que se estende do século 14 ao 21. Entre as modalidades estão disponíveis ‘’Histórias da arte: moderna e contemporânea”, que tem como objetivo a produção artística da segunda metade do século 19 até os dias atuais; ‘’Histórias da arte: arte do século 19 – de David a Van Gogh’’, que apresenta e discute as manifestações artísticas do mundo ocidental, levando em consideração o contexto histórico da Revolução Francesa e ‘’Histórias da arte: o renascimento de Giotto a Tintoretto’’, que oferece uma visão panorâmica dos principais artistas e obras que constituíram o Renascimento italiano, período que perpetua esteticamente até os dias de hoje.

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O MASP fica localizado na Av Paulista, 1578 e permanece fechado, mas a inscrição para os cursos online pode ser realizada através do site do museu.

Os alunos do curso de Fotografia da Universidade de Guarulhos (UNG) desenvolveram uma exposição digital com reinterpretações pessoais e sensíveis das obras da artista mexicana Frida Kahlo (1907-1954). Batizada de "Releituras em Foco: Frida Kahlo", a mostra estará disponível a partir desta quinta-feira (9), na abertura da galeria virtual CAM, no Instagram.

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Entre as releituras estão os famosos retratos da artista, que pertenceu ao movimento realismo mágico, mas foi associada ao surrealismo por causa dos temas inquietantes. Frida ficou conhecida tanto pelas pinturas coloridas quanto pelos traumas físicos e psicológicos sofridos ao longo da vida. Era também revolucionária e se tornou nome conhecido e respeitado no movimento feminista. Desprezando as convenções de beleza de sua época, a pintora retratava aspectos diferente de si mesma e é sob a ótica da internalização e individualidade que a exposição ganha vida.

"Na pesquisa, conheci o retrato de uma amiga de Frida, a Natasha Gelman, uma migrante da Tchecoslováquia, casada com Jacques. Ambos foram muito amigos do casal Frida e Diego [Rivera, pintor, 1886-1957]. Diante da pintura, fui levado a outro tempo. Para mim, Natahsa está representando o estilo clássico de uma mulher da época, diferente do estilo de Frida. Natasha tinha influencias europeias em suas escolhas de maquiagem, roupa e penteado", conta o estudante Bruno Faria, 24 anos, sobre a interpretação que fez da obra "Retrato da Senhora Natasha Gelman" (1943). "Natasha representa uma mulher empoderada do século XX. Então, escolhi uma modelo que me fizesse ver todos esses atributos em uma mulher, porém, do século XXI", complementa Faria.

Para a aluna Beatriz Alves, 22 anos, a simplicidade e a intensidade de Frida foram importantes ao escolher reinterpretar "Autorretrato com Colar", de 1933. A imagem foi produzida no Laboratório de Fotografia da UNG. "Minha releitura explora a sexualidade fluida, mas sem a identificação de um gênero. O colar de pérolas representa feminilidade, criatividade e pureza. Os olhos vermelho e azul sugerem tanto o sofrimento, quanto sua força diante do despreparo do atual governo e sua postura discriminatório", comenta.

Já o estudante Julian Oliveira, 24 anos, traz na releitura de "Autorretrato como Tehuana, ou Diego em Meu Pensamento" (1943) um visual que poderia ser classificado como surrealismo pós-humano. "A inspiração na tecnologia é muito presente na imagem, e esse ar de distopia e fascinação pelo tecnológico também. Tentei projetar essas referências na fotografia também com elementos marcantes, como os olhos cegos e o foco em uma marca conhecida mundialmente, além do simbolismo na testa, que hoje é desejado por quem tem uma rede social", explica.

A partir desta quinta-feira (9), a Galeria CAM exibirá uma imagem inédita por dia do "Releituras em Foco: Frida Kahlo".

A edição 2019 da Bienal do Barro vai oferecer um curso sobre história da arte. Intitulado 'O que é a Bienal do Barro?', o curso acontece  no dia 1º de outubro, das 14h às 18h, no auditório do Museu do Barro, em Caruaru. 

O curso vai abordar conteúdos sobre ensino da arte, história da arte e arte contemporânea, além de apresentar as propostas da Bienal do Barro para esta nova edição. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do e-mail educativobienaldobarro@gmail.com.

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Os interessados devem enviar o e-mail informando nome completo, endereço, telefone, atividades profissionais em que atuam e justificar o motivo de seu interesse no curso. As inscrições devem ser feitas até a próxima quarta (25).

 

No campo artístico há um debate antigo que divide a funcionalidade da arte na sociedade em basicamente dois eixos: a arte engajada e a dita 'arte pela arte'. No Recife, celeiro cultural do Brasil e uma cidade historicamente envolvida em revoluções sociais, o assunto voltou à tona no meio artístico por conta de recentes movimentos, a exemplo do Ocupe Estelita, que fazem uso das intervenções artísticas de forma mais politizada.

Mas o que os artistas da cena pensam a respeito? Se de um lado há quem defenda o uso da arte engajada, do outro existem os que não necessariamente buscam um aspecto politizado para levar seu trabalho adiante.

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Antes de entrar nesta discussão, vale a pena relembrar fatos históricos que contextualizam o assunto. Tatiana Ferraz, professora de História da Arte da Faculdade ASCES, comenta sobre quando se começou a separar a arte através destes eixos. “A divisão de pensamento entre arte engajada e arte pela arte surgiu com força no período das revoluções industriais (XVIII) e das vanguardas modernistas. Uma época na qual os movimentos artísticos buscavam a originalidade e a questão do consumo começou a interferir na própria arte. Neste sentido, pensadores como Ferreira Gullar, Walter Zanini, Adorno e Canclini deram grandes contribuições para este tema”, comenta a professora.

Ocupe Estelita: público vibra com show de Otto

A dualidade nas artes cênicas

De acordo com o pesquisador Leidson Ferraz, autor de várias obras sobre o teatro pernambucano, essa é uma discussão mais complexa do que parece. “É muito dito que a arte pela arte é algo que não tem engajamento. Eu não entendo dessa forma. Para mim, qualquer arte é uma atitude política, pensada”, opina Leidson Ferraz.

“Por outro lado, no sentido de se ter uma arte mais engajada, na Região Metropolitana do Recife quem começou com essa proposta foi o grupo Ponta de Rua (1978), de Olinda, que tinha uma linguagem atrelada ao teatro de rua. Em 1979, o grupo Teimosinho (1976), de Brasília Teimosa, também passou a atuar no teatro de rua e levava ao público assuntos como habitação e segurança. No ano seguinte, em 1980, surgiu o grupo Vem Cá Vem Ver, de Casa Amarela, com a mesma pegada. Para mim os grupos de teatro de rua é que são dotados dessa linguagem politizadora, pois tratam de assuntos como homoafetividade, igualdade de gênero e trabalho infantil, entre outros”, explica o pesquisador.

Grupo de teatro de rua do Recife, o Boi D’Loucos tem acompanhado os recentes protestos na capital pernambucana, como o Ocupe Estelita e o realizado em prol do Teatro do Parque, mas prefere se manter no silêncio diante do cenário. “Acho que são muito importantes as manifestações culturais nos protestos, mas a gente percebe que tem muitos partidos e políticos que estão se aproveitando dessas histórias. Acho que temos que ter cuidado e é por isso que o Boi D’Loucos está à margem disso. Não queremos servir de trampolim para esse pessoal”, explica Carlos Amorim, ator e representante do grupo teatral.

“Nossa proposta é a arte pela arte, e nossa missão é levar entretenimento para as pessoas. Mas o Boi D’Loucos é engajado politicamente. Participamos de uma associação de bois daqui do Estado, somos ligados às artes cênicas e, no meu caso, sou diretor do conselho fiscal do Sindicato dos Artistas de Pernambuco. Estamos bem antenados”, comenta o ator.

E quanto à música?

O cantor e compositor Cannibal, das bandas Devotos e Café Preto, tem uma opinião que flerta com os dois caminhos da arte. “A parada do Devotos sempre foi fazer música com cunho social. A banda surgiu pra falar da falta de saneamento, segurança e outros descasos no Alto Zé do Pinho por parte do poder público. Já o lance da Café Preto, que é um projeto meu e tem muito do meu sangue, segue um pouco essa linha. A música Oferenda trata disso, quando eu canto ‘Lixo na favela/ Cada esquina uma pedra/ mas tem uma flor”, comenta Cannibal.

No entanto, o músico diz não ter preferência por arte engajada ou aquela preocupada apenas com questões estéticas. “Ninguém é obrigado a misturar cultura com temas sociais, ou ser totalmente engajado. Cada pessoa faz o que quer. Quando eu posso ajudar, eu ajudo. Mas também só faço o que eu estou afim de fazer. O movimento no Ocupe Estelita é parecido com o Alto Zé do Pinho. A gente não tem área de lazer, a segurança é precária, e socialmente falando são duas regiões bem parecidas. Acho que por isso que eu sou envolvido com essa história.”, explica o cantor.

Vocalista do Mundo Livre S/A, banda marcada pelas letras politizadas, Fred 04 acredita que quem faz arte ativista tem que ter mais coragem e talvez mais talento. “É difícil fazer uma canção como Mulheres de Atenas ou Cálice, que atravessaram as gerações sem perder o significado. São músicas feitas num ambiente altamente repressivo. Falo que é preciso coragem porque queira ou não existe um falso consenso de que vivemos uma liberdade, e isso é uma ilusão”, opina o cantor pernambucano.

No entanto, 04 também defende os que fazem a arte puramente estética. “Eu tenho uma formação que vem de um ativismo da época da universidade, e lógico que isso naturalmente estaria presente na minha música. Mas cada um tem a sua verdade. Acho que existem compositores e artistas que tem personalidades mais ativistas e tem outros com tendência natural ao entretenimento. E faz muito bem aquilo, até porque cumpre uma função na sociedade”, comenta o cantor do Mundo Livre S/A.

Nome de destaque da Cena Beto, novo movimento musical do Recife, Juvenil Silva tem uma opinião mais individual sobre o debate acerca do valor artístico. “Acho que a arte não tem que se prender a qualquer coisa. O artista tem que ser um espelho e mostrar a sua vivência, e meu jeito de fazer é assim. Não me prendo a nenhum movimento. Eu simplesmente falo o que vem na minha cabeça. Mas é muito difícil viver de arte aqui no Recife. Não sigo isso de arte pela arte porque tenho que pagar minhas contas e encaro isso como um modo de viver”, declara o músico. 

Arte visual engajada ou estética?

O artista plástico recifense Paulo Bruscky trata das fronteiras entre as linguagens artísticas desde o fim da década de 1960. E aparentemente o assunto sobre a funcionalidade de arte na sociedade chama a sua atenção. Na foto de perfil da fanpage de Bruscky no Facebook, ele aparece segurando um papel com os dizeres ‘o que é a arte? Para que serve?’.

“Acho que o artista expressa o que sente. Você primeiro tem que conhecer sua aldeia para depois conhecer o mundo. Acho que arte é transformação, é expor a fratura exposta da sociedade. A arte é a última esperança. É a denúncia, embora ela seja uma utopia. Não existe arte pela arte apenas. O artista é um ser social e só o fato de o ser é por si só um ato político”, declama Paulo Bruscky.

Também artista plástico do Recife, Raul Córdula, por sua vez, é mais ligado ao diálogo com a arte pop e ao abstracionismo geométrico, mas como crítico de arte ele acredita que o limite entre arte pela arte versus arte engajada não pode ser definido. “Hoje eu tenho a tendência de pensar que 'arte pela arte' é a arte comercial, feita para enfeitar os ambientes. Esta é uma colocação simplista porque a construção artística é não ficar imóvel diante da emoção, e isso não se classifica. O que voga é o que você está fazendo. Não ‘como’, mas ‘o quê’. O artista e seu produto é algo original. Ele cria um pensamento novo. Eu mesmo faço arte engajada. A obra País da Saudade (1981), por exemplo, foi feito em plena ditadura militar e contava a saudade que amigos exilados tinham do Brasil”, diz Córdula.

Raul Córdula recebe prêmio da Associação Brasileira de Críticos de Arte

Um dos representantes do grafitti pernambucano mundo afora, Derlon Almeida acredita ser difícil julgar uma intervenção artística simplesmente como ‘arte pela arte’. “Eu não venho nenhum trabalho sem engajamento, pois todo o processo criativo passa por uma busca, uma informação a ser passada. Meu trabalho, por exemplo, tem uma referência social indireta, não tão agressiva como uma arte engajada, mas ela surgiu a partir de uma pesquisa que fiz, com referências no grafitti, uma linguagem nascida como forma de protesto. Ou seja, indiretamente e naturalmente ela tem cunho social”, comenta Derlon.

Eles são os Picassos do futuro?

Para ele, o grafitti está intimamente ligado a uma arte mais engajada. “Mesmo que o artista que faz grafitti, no momento da ação, não tenha o intuito de fazer algo engajado, ele mantém viva uma história e a continuidade de um trabalho que não morreu, uma linguagem não autorizada. Só o fato de você ocupar um espaço público com uma forma de comunicação é um ato politicamente engajado”, insiste Derlon.

A Galeria 40 está com inscrições abertas para diversos cursos de fotografia e arte. O início das aulas está marcado para o da 13 de janeiro de 2014. Interessados em participar devem se inscrever na Galeria 40, que fica na Avenida Conselheiro Aguiar, 40, no bairro do Pina, ao lado do Teatro Barreto Junior. 

Mais informações sobre valor e quantidade de vagas podem ser obtidas através dos telefones (81) 9833-2000/ 9262-4410/ 9643-9897 e do email 40dpbp@gmail.com

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Confira os cursos oferecidos

Fotografia 

Segundas-feiras das 19h às 22h

Desenho

Terças-feiras das 19h às 22h

Pintura

Quartas-feiras das 19h às 22h

História da Arte

Quintas-feiras das 19h às 22h

Desenho e Pintura (Para crianças)

Sextas-feiras das 8h às 11h e das 15h às 17h

Sábados das 9h às 12h e das 15h às 17h

Estudantes, profissionais e demais interessados em história da arte têm até a próxima quarta-feira (23) para se inscreverem no curso gratuito sobre "A Criação do Objeto Artístico – Uma Leitura da História da Arte". A oportunidade é de 30 vagas. Os interessados devem solicitar inscrições (gratuitas) pelo e-mail artecultura.uneb@gmail.com.

O curso é promovido pelo Núcleo de Arte (Nart) e pela Universidade Aberta à Terceira Idade (Uati), da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).

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No período entre os dias 6 de fevereiro a 6 de março de 2012, estarão abertas as inscrições para o Prêmio Marta Rosseti Batista, destinado a melhor monografia inédita na área de história da arte e arquitetura.

A ação, promovida pela Universidade de São Paulo (USP), através do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), tem como pré-requisitos para concorrer ao prêmio monografias escritas a partir de 2007, em português e relacionadas com o modernismo no Brasil. As inscrições podem ser realizadas por meio do preenchimento do formulário, disponível no endereço eletrônico do IEB e são gratuitas.

De acordo com informações do edital do prêmio, dentre as formalidades exigidas nas monografias, os trabalhos devem ter, no mínimo, 150 páginas e, no máximo, 250, já contando com imagens anexadas e a bibliografia. A formatação deve seguir o seguinte padrão: Time New Roman, tamanho 12, espaçamento entre linhas de 1,5 e 6 pontos entre parágrafos, 2,5 nas margens superior e inferior, 3 cm nas margens esquerda e direita. Cada autor poderá inscrever quantas obras quiser para concorrer ao prêmio.

Após a inscrição, o candidato deverá enviar três cópias da monografia, junto ao próprio número de inscrição e cópia da ficha preenchida, impressa e assinada, anexada em envelope fechado. As documentações deverão ser enviadas para o Serviço de Difusão Cultural do IEB, que fica situado na Avenida Professora Melo Moraes, Travessa 8, nº 140, Cidade Universitária, São Paulo-SP, com o seguinte CEP: 05508-030. Obras realizadas por dois autores deverão ter assinatura de ambos.

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