Tópicos | Ilha de Joaneiro

No dia seguinte ao incêndio que devastou inúmeros barracos da comunidade Ilha de Joaneiro, em Campo Grande (área central do Recife), os moradores fizeram um protesto em frente na Avenida Agamenon Magalhães, nas proximidades do local atingido, neste sábado (14). Descaso e omissão do poder público são as principais críticas da população. De acordo com os moradores, o prefeito Geraldo Júlio prometeu auxiliá-los, durante a campanha, e a promessa não foi cumprida.

[@#galeria#@]

##RECOMENDA##

"Para nós, o culpado é o poder público", resumiu o líder comunitário, Paulo André de Araújo. Um das principais queixas dos moradores foi a demora na chegada do Corpo de Bombeiros. Outra representante dos moradores, Carla Eduarda, disse que a corporação levou uma hora para chegar ao local e a primeira viatura estava sem água. 

Assessor de imprensa dos Bombeiros, o tenente-coronel Edson Marconi desmentiu a informação dos moradores. "O primeiro chamado foi acionado às 21h59. Às 22h07, a primeira viatura já iniciava os trabalhos. Ao todo, dezoito veículos foram encaminhos para prestar assistência", garantiu. Segundo o órgão, cerca de 60 bombeiros foram mobilizado no incêndio considerado de média proporção. as chamas foram combatidas definitivamente às 23h50.

No local, muita desolação e revolta. Em meio aos escombros, moradores tentam resgatar objetos. A equipe de reportagem do Portal LeiaJá não encontrou, na manhã deste sábado (14), nenhum representante da Defesa Civil no local do incêndio. 

Com informações de Areli Quirino

[@#galeria#@]

Enquanto o fogo destruía os barracos da Ilha de Joaneiro, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, a tristeza consumia os moradores da localidade. Um incêndio, ainda sem causa identificada pelas autoridades oficiais, atingiu as casas do local, por volta das 21h desta sexta-feira (13), obrigando os populares a fugirem desesperados e clamarem por ajuda. Mesmo sem o Corpo de Bombeiros classificar a proporção do incêndio, foi possível visualizar destruição em massa.

##RECOMENDA##

Segundo populares, até o fechamento desta matéria, não havia vítimas, porém, muitas famílias já se mostraram desamparadas e sem saber para onde ir. Moradora da Ilha de Joaneiro há sete anos, a vendedora Marcela Gomes, aos prantos, dizia a cada instante que não tinha mais onde morar. Mãe de três filhos, Marcela salvou dois pouco antes do fogo começar, enquanto o terceiro, por sorte, já estava fora da casa.

“Quando eu cheguei o fogo já tinha destruído tudo. Graças a Deus, consegui salvar meus filhos, mas agora não tenha para onde ir. Perdi tudo! Várias vezes fizemos protesto aqui na Agamenon (avenida próxima à comunidade), cobrando a construção das nossas casas que a Prefeitura do Recife prometeu. Temos até um terreno, lá em Nova Descoberta. Mas agora, estou desamparada. Nós precisamos de ajuda”, falou a moradora.

[@#video#@]

Coordenador do Movimento Nacional de Luta pela Moradia em Pernambuco (MNLN), Paulo André de Araújo, ao saber do incêndio, se dirigiu à comunidade. Revoltado e instigando os moradores a procurarem o prefeito Geraldo Julio, o rapaz afirmou que, por várias vezes, cobrou da Prefeitura e do Governo do Estado uma atenção para as condições precárias da Ilha de Joaneiro.

“Essa fogo que está destruindo tudo é uma tragédia anunciada. Travamos uma batalha de negociação com o Governo de Pernambuco para construir moradias dignas para os moradores da comunidade, através do Programa Minha Casa, Minha vida, mas nunca tivemos resultado. Não existe coleta de lixo na Ilha de Joaneiro e a ausência do poder público faz as famílias viverem em condições precárias de moradia”, afirmou Paulo André.

De acordo com o coordenador do MNLN, existem 126 famílias no local, mas a grande maioria perdeu tudo no incêndio e não tem para onde ir. O LeiaJá encontrou alguns integrantes da Defesa Civil do Recife, porém, sem se identificar, eles afirmaram que ficarão de plantão para coletar os nomes dos moradores e criar um cadastro que, ao que tudo indica, será utilizado para acomodar os moradores em abrigos.

Representantes dos Bombeiros também preferiram não falar sobre o incêndio. Até o início da madrugada desta sábado (14), a corporação continuou trabalhando para controlar o fogo.

LeiaJá também

--> Moradores da Ilha do Joaneiro recebem títulos de posse 

O governador Paulo Câmara participa, nesta terça-feira (25), da entrega de títulos de posse aos moradores da Ilha de Joaneiro, no Recife. Serão disponibilizadas 173 Concessões de Uso Especial para fins de Moradia (CUEMs). A entrega dos documentos que comprovam a posse das casas será realizada no bairro de Santo Amaro, a partir das 19h. O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), também participa da cerimônia.

A iniciativa faz parte do plano de regularização fundiária da área Ponte do Maduro, formada pelas comunidades Ilha do Joaneiro, Chié, Santa Terezinha e Santo Amaro; todas localizadas no entorno da Avenida Agamenon Magalhães. As ocupações foram iniciadas na década de 30.  

##RECOMENDA##

Antes disso, às 15h, Paulo Câmara participa da formatura de 1.579 sargentos da Polícia Militar de Pernambuco, no Centro de Convenções. Desse total, 963 vão reforçar o policiamento da Região Metropolitana; 169 da Zona da Mata; 228 do Agreste; e 219 do Sertão.

Os problemas de saneamento, segurança e a falta de realização das obras aprovadas pelo Orçamento Participativo foram alvo de queixas da população e de críticas do candidato a prefeito do Recife pelo PSDB, Daniel Coelho, durante uma caminhada pela Ilha do Joaneiro. A atividade aconteceu neste domingo (26) 

“Essa é uma região que a gente já conhece bem, temos uma atuação desde o tempo de vereador. Conhecemos bem os problemas da área. A gente sabe que esses bairros mais próximos do centro têm um problema de criminalidade muito grande. É necessária uma ação e é justamente quando a gente fala da mão amiga do município, do social, do esporte, da cultura e lazer para minimizar esse problema nessa região”, afirmou Daniel.

##RECOMENDA##

Em relação às obras votadas pela população da localidade através do Orçamento Participativo, Daniel se comprometeu a executá-las. “Ainda há esperança de mudança, após 12 anos de abandono. Na prefeitura, vamos trabalhar para o povo, não para os políticos. É preciso colocar que existe o orçamento participativo, que em 12 anos tem mais de 500 obras não cumpridas, inclusive esta rua, que já foi votada diversas vezes e continua de barro. Eles tiveram 12 anos, não vamos dar mais quatro não. Estamos reiterando o compromisso de pagar esse fiado do PT”, enfatizou.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando