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Agentes da Polícia Federal cumprem nesta sexta-feira dez mandados de prisão preventiva na cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul. Segundo a PF, os mandados são relacionados a um ataque ao acampamento indígena Guaiviry, que aconteceu em novembro de 2011 e teve como vítima o cacique Nisio Gomes.

As investigações seguem em inquérito instaurado pela Delegacia de Polícia Federal de Ponta Porã. Como o caso tramita em segredo de justiça, a PF não divulgou mais informações sobre o andamento das apurações. A PF disse que o inquérito deve ser encaminhado novamente ao Ministério Público Federal para apreciação.

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O Ministério da Educação (MEC) anunciou nessa quinta-feira (10) que os movimentos sociais pela educação de indígenas e de gênero e diversidade passam a compor o Fórum Nacional de Educação (FNE). O ministro da Educação, Aloizio Mercadante assinou, também nessa quinta-feira (10), portaria que estabelece a ação. O FNE é uma atividade que planeja promover um diálogo entre a sociedade civil e o Estado brasileiro.

Segundo informações do MEC, o secretário-executivo-adjunto do ministério, Francisco das Chagas Fernandes, destacou que, quando há a interação de mais grupos sociais, é possível enxergar a educação em um contexto mais amplo. “Quando falamos em educação para todos, para se ter educação com qualidade social é necessário que se veja a educação de forma inclusiva”, disse o secretário.

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De acordo com o MEC, em relação aos movimentos de gênero e diversidade, o representante titular receberá indicação da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Já o suplente será indicado pela União Brasileira de Mulheres (UBM). Ainda segundo o ministério, Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena (Cneei) do MEC, indicará os representantes, titular e suplente. Algumas atribuições do Fórum são participar do processo de concepção, implementação e avaliação da política nacional de educação, bem como acompanhar, junto ao Congresso Nacional, a tramitação de projetos legislativos referentes a essa política.

Nesta quinta-feira (19), em que se é comemorado o Dia do Índio, os povos indígenas têm uma novidade no que diz respeito à educação. O Ministério da categoria (MEC) divulgou, por meio da sua página eletrônica, que pretende, até o ano que vem, dobrar o número de territórios etnoeducacionais, que são os espaços de planejamento e de gestão dos programas e das ações do Governo Federal voltados para os índios.

Segundo o MEC, atualmente existem 21 territórios etnoeducacionais e a divisão territorial dos povos indígenas é importante para estabelecer ações e políticas de educação escolar específicas para os povos de diferentes costumes.

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O coordenador geral de educação escolar indígena do ministério, Gersem Baniwa, afirmou que a ação visa definir normas educativas para cada grupo. “Existem povos que estão localizados em dois, três e até sete estados. Ou seja, são sete estados com políticas diferentes para a educação indígena. Com o território, se pensa e se articula uma política única para cada povo”, explicou Baniwa.

O MEC também informou que no próximo dia 26 será realizada uma reunião com especialistas em educação escolar. O encontro ocorrerá no Conselho Nacional de Educação (CNE), através de um seminário para definir diretrizes para a educação básica e a formação de professores indígenas. De acordo com informações do MEC, hoje existem 105,7 mil alunos indígenas matriculados em turmas do primeiro ao quinto ano (51,7%) e 4 mil indígenas em cursos de licenciatura intercultural em 20 instituições públicas.

Grupos indígenas - Conformes dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que foram divulgados pelo MEC, em duas décadas aumentaram o número de brasileiros que se declaram indígenas. No ano de 1991, pelo menos uma pessoa se dizia indígena em 34,5% dos municípios. Em 2010, eles já estavam presentes em 80,5% das cidades brasileiras.

*Com informações do Portal do MEC.

O governo estuda a criação de uma taxa de compensação a ser paga aos povos indígenas que serão afetados direta ou indiretamente pelas novas usinas hidrelétricas, ainda a serem licitadas. A informação é do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim.

Segundo ele, a proposta visa compensar financeiramente os índios por impactos diretos ou indiretos em seu território. "As usinas são importantes para o País, mas devem trazer um benefício para a população local", disse, comentando que atualmente os empreendimentos já preveem investimentos nos municípios próximos e no caso dos índios, eles que deveriam decidir o que é melhor.

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Tolmasquim salientou que um movimento nesse sentido precisaria ainda ser discutido no Congresso Nacional e por isso preferiu não comentar sobre para quais projetos se prevê essa compensação. Ele citou o estudo, porém, ao comentar sobre a dificuldade que o governo vem enfrentando para obter licenciamento de novos projetos. E citou o projeto São Manoel, no rio Teles Pires, cujo processo ambiental vem enfrentando dificuldades até mesmo devido ao impacto em áreas indígenas.

Além das usinas no Rio Teles Pires, a EPE planeja licitar nas proximidades de áreas indígenas no médio prazo as usinas do Complexo Tapajós, prevista para ir a leilão entre o final de 2013 e 2014.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, promulgou nesta segunda-feira uma lei que declara "patrimônio" e "zona intocável" o Território Indígena e Parque Nacional Isiboro-Secure (Tipnis), reserva ecológica de 1,2 milhão de hectares, colocando fim ao projeto para a construção de uma estrada que cortaria este território, com financiamento do BNDES e que ficaria a cargo da construtora brasileira OAS. Os protestos indígenas desencadearam uma forte crise administrativa no governo de Evo.

Na noite de ontem, a Assembleia Legislativa boliviana, após longo debate, aprovou uma lei que garante que a estrada não será feita neste território. Os protestos indígenas já duravam mais de dois meses. Os índios realizaram uma marcha desde a região de Beni, a cerca de 390 quilômetros de La Paz, até a capital, que foi alcançada pelos manifestantes na quarta-feira da semana passada. Foi em La Paz que eles se reuniram com o presidente boliviano para discutir a questão.

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"Nosso orgulho é havermos chegado até aqui, com a superação de várias dificuldades no trajeto. Evo poderia ter aprovado esta lei bem antes, mas, de qualquer forma, nós o agradecemos", disse Miriam Yuganore, uma das dirigentes da marcha. O líder do movimento, Fernando Vargas, lembrou da repressão policial contra os índios ocorrida em 25 de setembro, e que deixou vários feridos. Os índios alegam que a ordem para a abordagem ostensiva partiu de Evo. "O processo de troca não se dá com a violência, mas com cuidados para não agredir a biodiversidade", frisou Vargas. As informações são da Associated Press.

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