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Após ter sua prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro, o jornalista e marqueteiro João Santana, que atuou nas campanhas de Lula e Dilma (2010 e 2014) à Presidência, divulgou carta nesta segunda-feira, 22, informando ter renunciado de seu cargo na campanha do presidente Danilo Medina à reeleição na República Dominicana. No texto, Santana diz que a renúncia permitirá a ele "defender-se de acusações infundadas" e ressaltou que se colocou à disposição das autoridades desde a semana passada para esclarecer "qualquer especulação".

Nesta manhã, a Polícia Federal deflagrou a 23ª etapa da Lava Jato e cumpriu 51 mandados. Os mandados de prisão temporária de Santana e sua esposa, contudo, não foram cumpridos pois ambos estavam na República Dominicana. Os dois informaram que vão se apresentar às autoridades brasileiras em breve.

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O advogado Fábio Toufic, que defende João Santana, informou ter protocolado, nesta tarde, documento para informar à Justiça que o marqueteiro e sua esposa, Monica Moura, agendaram o retorno ao Brasil. Segundo a defesa, o retorno ocorrerá "nas próximas horas". Alvos da Operação Acarajé - 23ª fase da Lava Jato deflagrada nesta segunda-feira (22), os dois encontravam-se na República Dominicana e, portanto, a Polícia Federal não pôde cumprir os mandados de prisão temporária deles.

"Os peticionários tomaram conhecimento, na manhã de hoje (22), pelos meios de comunicação, de que foram alvo de fase ostensiva da "Operação Lava Jato". Como, no entanto, já informado em petição previamente protocolada perante este d. Juízo, encontram-se fora do País, a trabalho. Todavia, já agendaram seu imediato retorno ao Brasil, movimento que deve ocorrer nas próximas horas", alega a defesa.

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O documento, segundo o advogado, foi protocolado junto à 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Curitiba, aos cuidados do juiz federal Sergio Moro - que conduz as ações da Lava Jato.

Com receio de manifestações por parte de grupos anti-PT, a defesa do marqueteiro incluiu no documento enviado à Justiça um pedido de medidas para evitar que haja um "odioso espetáculo público" na chegada de Santana ao aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos. "Termos em que, confiando que serão tomadas todas as medidas para que sua chegada ao País não se transforme em um odioso espetáculo público", diz o documento.

A defesa alega ainda ser mentirosa a informação divulgada pela imprensa que João Santana teria desistido de embarcar para o Brasil ontem ao saber que seria alvo de mandado de prisão temporária da Lava Jato. "É mentirosa e leviana a alegação veiculada em alguns periódicos na manhã de hoje, de que teriam desistido de embarcar em voo que chegaria hoje ao Brasil. O referido bilhete aéreo foi emitido pela agência de viagens há mais de uma semana por engano, tanto que cancelado no mesmo dia. Perversa, portanto, qualquer relação que se queira fazer entre esse fato e a operação deflagrada na data de hoje."

O marqueteiro João Santana - responsável pelas campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e nas campanhas da presidente Dilma Rousseff em 2010 e 2014 - é suspeito de ter oculto dinheiro ilegal recebido da Odebrecht na compra de um apartamento de R$ 3 milhões, em São Paulo.

O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato, decretou o sequestro do imóvel a pedido da força-tarefa do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. "Identificamos, com auxílio da Receita Federal que João Santana adquiriu um apartamento em São Paulo de R$ 3 milhões, que parecia incompatível. O valor saiu da empresa Polis", afirmou o delegado da PF Filipe Hille Pace.

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Segundo ele, apesar da compra ter sido declarada em nome da Polis, foi identificado por acordo de cooperação com o Citibank em Nova Iorque, um pagamento de US$ 1 milhão para o dono do apartamento.

A 23ª fase da Lava Jato tem como foco central os pagamentos da Odebrecht e do operador de propinas Zwi Skornicki para contas secretas do marqueteiro João Santana e de sua mulher e sócia, Mônica Moura.

O casal seria controlador da offshore Shellbill Finance SA, aberta no Panamá. A conta recebeu pelo menos US$ 3 milhões entre 2012 e 2013 que teria relação direta com o PT. "Nossa suspeita é que ele (Santana) usou parte do dinheiro que ganhou da Odebrecht para adquirir imóvel no Brasil. Há indícios de que ele tenha adquirido com recursos espúrios, traduzindo atos de lavagem", afirmou o delegado, em entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira, em Curitiba.

O marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica Moura, não embarcaram nesse domingo (21) em um voo que partiu da República Dominicana com destino ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Segundo investigadores, eles compraram os bilhetes, mas não compareceram no momento do embarque. O voo registrou 'no show', quando o passageiro não comparece ao check-in ou ao embarque. Com isso, o casal se livrou do constrangimento de ser preso em casa pela 23ª fase da Operação Lava Jato deflagrada nesta segunda-feira (22). A compra da passagem foi monitorada pela Polícia Federal.

O jornal O Estado de S.Paulo apurou que os publicitários já informaram ao advogado que irão retornar ao Brasil "o mais breve possível" para se entregar as autoridades. A Polícia Federal entrou em contato com a República Dominicana onde estão os publicitários trabalhando na campanha à reeleição do presidente Danilo Medina. Se não houver comunicado da defesa sobre o paradeiro dos publicitários, a PF os considerará foragidos até o fim do dia.

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No sábado, os criminalistas que defendem os publicitários haviam informado ao juiz Sérgio Mouro, por meio de petição, que João Santana estava à disposição da Justiça para ser ouvido "evitar conclusões precipitadas e prevenir danos irreparáveis que costumam se seguir a elas". PF cumpre 51 mandados decretados pelo juiz federal Sérgio Moro. São duas prisões preventivas e seis temporárias.

A Polícia Federal acredita que o marqueteiro João Santana, sua mulher, Mônica Moura, além de Zwi Skornicki sabiam da origem espúria do dinheiro dos pagamentos no exterior. A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (22) em coletiva da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Receita Federal para explicar a nova fase da Operação Lava Jato, a 23ª, batizada de Acarajé.

Na coletiva, a PF disse esperar informações do Citibank de Nova York sobre tais transações feitas entre empresas offshore, uma delas atribuída a João Santana. A offshore controlada pelo engenheiro Zwi Skornicki também teria feito depósitos em favor de Pedro Barusco e Renato Duque, ex-funcionários da Petrobras envolvidos no escândalo.

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A força-tarefa da Lava Jato encontrou evidências de que entre 25 de setembro de 2013 e 4 de novembro de 2014 o operador de propinas Zwi Skornicki - preso na Acarajé - efetuou a transferência no exterior de pelo menos US$ 4,5 milhões por meio de nove transações. Em outra frente, a força-tarefa também rastreou pagamentos de offshores ligadas à Odebrecht para a Shellbill que totalizaram US$ 3 milhões entre 2012 e 2013. Segundo dados obtidos do Citibank, os depósitos eram feitos com base em contratos 'ideologicamente falsos'.

Na coletiva, a PF disse que as investigações apontam novas provas de provável envolvimento de Marcelo Odebrecht em novos delitos, como o controle sobre os pagamentos feitos no exterior por meio de offshores. O empresário, segundo a investigação, geria as contas por intermédio pessoas a ele subordinadas e ligadas, direta ou indiretamente à empreiteira Odebrecht. Após a deflagração da Lava Jato, há indícios, segundo a força-tarefa, de que a empreiteira transferiu para o exterior funcionários envolvidos nesses esquemas, a fim de tirá-los do alcance da atuação da Justiça brasileira.

A Justiça Federal do Paraná decretou também a prisão temporária de Mônica Moura, mulher e sócia do publicitário João Santana na Polis Propaganda e Marketing, empresa que fez as campanhas da presidente Dilma Rousseff em 2010 e 2014. O casal está na República Dominicana, o que prejudicou o cumprimento dos mandados contra os dois nesta segunda-feira (22) pela 23ª fase da Operação Lava Jato. Santana é alvo de mandado de prisão temporária.

O nome de Mônica apareceu para os investigadores durante busca e apreensão em endereço do consultor Zwi Skornicki quando foi encontrado um documento manuscrito enviado por ela que apontou duas contas, uma nos Estados Unidos e outra na Inglaterra. O lobista é representante da Keppel Fels, estaleiro de Cingapura que prestou serviços à Petrobras e seria o operador da propina paga pela empresa no país. A Keppel Fels firmou contratos com a Petrobras entre 2003 e 2009 no valor de US$ 6 bilhões. A Justiça também pediu a prisão dele.

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Quando os mandados forem cumpridos, todos serão levados para a superintendência da PF em Curitiba.

A Justiça Federal do Paraná decretou a prisão do marqueteiro do PT João Santana na 23ª fase da Operação Lava Jato deflagrada na manhã desta segunda-feira (22). O inquérito investiga supostos pagamentos de R$ 7 milhões ao marqueteiro pela Odebrecht em paraísos fiscais. Na última década, o publicitário se dedicou no Brasil a campanhas do PT. A Polis Propaganda e Marketing assinou as campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006 e da presidente Dilma Rousseff, em 2010 e 2014. O publicitário está fora do País.

A Lava Jato chegou a João Santana por meio de anotações encontradas no aparelho celular de Marcelo Odebrecht, preso desde junho do ano passado, na 14ª fase da Lava Jato. Na mensagem a um executivo da empresa, Marcelo alerta: "Dizer do risco cta suíça chegar na campanha dela". A partir de então, foram instauradas investigações para rastrear contas no exterior que teriam Santana como destinatário final do dinheiro.

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Outro fato que chamou a atenção dos investigadores foi um documento manuscrito enviado por Mônica Moura, mulher e sócia do marqueteiro, ao consultor Zwi Skornicki que apontou duas contas, uma nos Estados Unidos e outra na Inglaterra. O consultor é representante da Keppel Fels, estaleiro de Cingapura que prestou serviços à Petrobras e seria o operador da propina paga pela empresa no país. A Keppel Fels firmou contratos com a Petrobras entre 2003 e 2009 no valor de US$ 6 bilhões.

Em despacho na semana passada, o juiz Sérgio Mouro negou pedido dos advogados de João Santana para ter acesso às investigações justificando que o rastreamento financeiro demanda sigilo, sob risco de dissipação dos registros ou dos ativos. "Como diz o ditado, o dinheiro tem 'coração de coelho e patas de lebre'", escreveu o magistrado.

No sábado, 20, os criminalistas Fábio Tofic Simantob e Débora Gonçalves Perez, informaram ao juiz Sérgio Mouro que seus clientes estavam à disposição dele "para prestar todos os esclarecimentos necessários à descoberta da verdade" e que ouvi-los em caráter preliminar poderia "evitar conclusões precipitadas e prevenir danos irreparáveis que costumam se seguir a elas, mormente porque neste caso os prejuízos extrapolariam o conturbado cenário político brasileiro, pois os peticionários estão hoje incumbidos da campanha de reeleição do Presidente Danilo Medina, da República Dominicana".

Os advogados também afirmaram que a Lava Jato "foge completamente ao perfil de investigados que não são nem nunca foram funcionários públicos; não são nem nunca foram empresários com contratos com o poder público; não são nem nunca foram operadores de propina ou lobistas." Segundo o advogado, Santana e a mulher são "jornalistas e publicitários de formação" de renome internacional no marketing político. "Cada centavo que receberam na vida sendo fruto exclusivo de seu trabalho absolutamente lícito."

João Santana, marqueteiro do PT, é um dos alvos da Operação Acarajé - 23ª fase da Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal, nesta segunda-feira (22). Santana trabalhou nas campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.

A nova fase mira os pagamentos feitos pela construtora Norberto Odebrecht para Santana, no exterior. Foram presos o operador de propinas Zwi Skornik e estão em andamento buscas e apreensões ainda na Odebrecht. As medidas contra Santana foram prejudicadas, pois ele está fora do País. O nome da operação, Acarajé, é uma referência ao apelido usado pelos alvos para designar dinheiro

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A Operação Lava Jato está investigando o pagamento de atributos da Odebrecht para contas do marqueteiro João Santana, responsável pelas propagandas do PT e pela campanha da presidente Dilma Rousseff. De acordo com informações divulgadas por um jornal de circulação nacional, a apuração analisa diversas contas do publicitário baiano, inclusive na Suíça. 

Um dos motes da investigação são os valores recebidos pelo marqueteiro em 2014, ano em que ele cuidou da campanha da presidente petista e, no Panamá, do então candidato José Domingo Arias. A Odebrecht tem obras nos dois países. 

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A investigação foi motivada após a Polícia Federal encontrar uma carta da esposa e sócia de João Santana, Mônica Moura, na casa do lobista Zwi Skornicki, ligado ao estaleiro asiático Keppel Fels. 

Santana comandou todas as campanhas do ex-presidente Lula e dados sobre a movimentação financeira dele fora do país integram o pacote de informações encaminhas ao Brasil pela promotoria suíça. O inquérito que apura o caso foi aberto em novembro. 

O marqueteiro não nega ter recebido dinheiro em contas do exterior, mas segundo ele tudo foi declarado. O advogado de João Santana, Fábio Tofic, disse desconhecer qualquer investigação que envolva seu cliente. 

O advogado Vitor Martins Flores, indicado por João Santana e Mônica Moura para explicar débitos fiscais da Pólis Propaganda e Marketing em São Paulo e Salvador, apurados pelo Estado, enviou, por e-mail, os seguintes esclarecimentos:

"A Polis Propaganda e Marketing está regular com suas obrigações fiscais junto aos Municípios de São Paulo e de Salvador. Os débitos já foram pagos ou estão sendo pagos parceladamente, como explicado a seguir.

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1. Débitos junto ao Município de São Paulo:

A empresa ressalta que ela entendia que esses impostos municipais seriam devidos ao Município de Salvador, local de sua sede. Por essa razão, ela pagou seus tributos a Salvador, mas não a São Paulo. Nada obstante, o Município de São Paulo teve entendimento de que os tributos seriam devidos a si, em razão de os serviços terem sido prestados em seu território, e por isso também cobrou os tributos a despeito de já terem sido pagos a Salvador. Portanto, a empresa se viu na contingência de ter que pagar duplamente os tributos. Ao avaliar melhor o assunto, entendeu que afinal ela deve pagar seus tributos ao Município de São Paulo, e nada pagar ao Município de Salvador. Por isso, ela está pagando parceladamente seu débito junto a São Paulo, e irá pedir devolução dos valores pagos a Salvador.

2. Débitos junto ao Município de Salvador

Os débitos junto ao Município de Salvador foram quitados à vista. Estes débitos decorreram de um lapso cometido pela contabilidade da empresa, sem nenhum dolo ou intencionalidade. Não entendemos porque o pagamento ainda não foi atualizado no site do Tribunal de Justiça da Bahia. A Polis vai pedir a imediata retificação". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A empresa Pólis Propaganda e Marketing, do marqueteiro João Santana, não pagou o Imposto Sobre Serviços (ISS) à Prefeitura de São Paulo nos anos de 2011 e 2012.

Neste último ano, 2012, o marqueteiro e sua empresa fizeram a campanha que elegeu o petista Fernando Haddad. Em 2014, quando fazia a campanha da presidente Dilma, a Pólis foi judicialmente citada, em dois processos de execução fiscal, para pagar o que a Prefeitura de São Paulo considerava devido - R$ 3,7 milhões, em valores de outubro daquele ano.

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O débito está sendo pago desde abril de 2015, quando a Pólis aderiu ao Programa de Parcelamento Incentivado (PPI) da Secretaria Municipal de Finanças. A dívida, então, corrigida, já era de R$ 6,1 milhões. Com os benefícios concedidos pelo PPI, caiu para R$ 4,1 milhões. O pagamento foi dividido em 120 parcelas mensais - até 2025, portanto -, com correção pela taxa Selic. A primeira parcela, paga em abril, foi de R$ 90.069,60. As demais, até dezembro passado, variaram entre R$ 34 mil e R$ 37 mil. A próxima, a vencer em 29 de janeiro, é de R$ 37.765,01. O saldo atualizado para a emissão de novas parcelas é, em valores deste mês, R$ 4.154.150,56. O site da dívida ativa da Prefeitura - onde constam os débitos que tem a receber - ainda não atualizou a situação da Pólis depois da adesão ao PPI. O valor que lá está, atualizado até este mês, é de R$ 7.024.285,12.

João Santana e sua mulher Mônica Moura, sócia da Pólis, não quiseram falar com o Estado, mas indicaram o advogado Vítor Martins Flores. "Foi um erro técnico a Pólis não ter pago o ISS naquele período", disse Martins Flores. O erro, afirmou, foi o entendimento de que o imposto deveria ter sido pago em Salvador, sede do domicílio fiscal, e não em São Paulo, onde os serviços foram efetivamente prestados, como manda a lei. "Como já pagava em Salvador, a Pólis entendeu, erradamente, que seria uma bitributação pagar também em São Paulo." O advogado disse que a empresa vai pedir, judicialmente, à prefeitura de Salvador, o ressarcimento do que lá foi pago.

Salvador. Uma consulta sobre a Pólis no site do Tribunal de Justiça da Bahia mostra, porém, que também em Salvador, onde tem sua sede, a Pólis e uma outra empresa do marqueteiro - Santana & Associados Marketing e Propaganda - não pagaram o ISS e outras taxas municipais durante um período de 2014. Foram também acionadas judicialmente, pela prefeitura, em dois processos de execução fiscal, um em setembro e outro em outubro do ano passado. Em 15 de dezembro último, as duas empresas aderiram ao Programa de Parcelamento Incentivado da Secretaria da Fazenda de Salvador. Os débitos, somados, eram de R$ 989 mil.

Com os benefícios do PPI, caíram para R$ 453 mil. Foram pagos, à vista, pelas duas empresas, em 30 de dezembro passado. "Estes débitos decorreram de um lapso cometido pela contabilidade da empresa, sem nenhum dolo ou intencionalidade", disse o advogado Martins Flores. "Os débitos já foram pagos ou estão sendo pagos parceladamente. A Pólis Propaganda e Marketing e a Santana & Associados estão regulares com suas obrigações fiscais junto aos municípios." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

João Santana, com a Pólis, foi o marqueteiro do PT de 2005 até a campanha que reelegeu a presidente Dilma Rousseff, em outubro passado. Ajudou a eleger Lula, em 2006, Dilma Rousseff, em 2010, e Fernando Haddad, em 2012. A Pólis ganhou R$ 30 milhões do PT só pela campanha de Haddad. Somando todas elas, como se pode ver no site do Tribunal Superior Eleitoral, o PT nacional pagou à empresa de João Santana em torno de R$ 160 milhões.

Quem cuida dos impostos municipais, na Prefeitura de São Paulo, é a Subsecretaria da Receita Municipal, subordinada à Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico. A subsecretaria tem um Departamento de Tributação e Julgamento e outros órgãos técnicos do gênero. Foi com esses órgãos fiscais que a Pólis trombou - ou vice versa -, em 2011 e 2012, tempo em que o prefeito era Gilberto Kassab (DEM/PSD, 2006/2012), hoje ministro das Cidades de Dilma.

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Ao constatar que a empresa instalada da rua Áurea 36, na Vila Mariana, não recolhia o ISS considerado devido, os fiscais passaram a lavrar autos de infração. A Pólis os impugnou, administrativamente, mas a Divisão de Julgamento os manteve.

Quando encerraram os prazos da instância administrativa, a Prefeitura passou a cobrar a Pólis, judicialmente, em dois processos de execução fiscal.

Haddad prefeito. O prefeito já era Fernando Haddad. Em 8 de outubro de 2014 - três dias depois do primeiro turno da eleição presidencial - o juiz Laurence Mattos, da Vara de Execuções Fiscais municipais, mandou citar a Pólis Propaganda e Marketing para que pagasse, em cinco dias, o débito fiscal no valor de R$ 3.027.000,00, ou, no mesmo prazo, oferecesse bens à penhora suficientes para a garantia da execução, ou, ainda, que oferecesse embargo no prazo de 30 dias. Processo 0606011-32.2014.8.26.0090.

No dia seguinte, Laurence Mattos, no processo 0609432-30.2014.8.26.0090, mandou citar a mesma Pólis para pagar, nos mesmos prazos e condições, R$ 750 mil por "multas e demais sanções". Nos dois casos a Pólis nem pagou, nem ofereceu bens à penhora e nem entrou com embargos questionando o débito.

Dilma presidente. Quando Dilma Rousseff ganhou a eleição, em 26 de outubro, a empresa do marqueteiro vitorioso já devia os na época R$ 3.777.000,00 de ISS e multas à Prefeitura de São Paulo. A adesão ao PPI foi em abril de 2015. Durante todo o período de inadimplência e execuções fiscais João Santana optou por não informar as pendências à direção do PT, ou aos candidatos para os quais trabalhou.

Em nota de esclarecimento que divulgou em 16 de janeiro passado - rebatendo denúncia de que está sendo investigada pela Operação Lava Jato -, a Pólis Propaganda e Marketing afirmou: "É perda de tempo procurar caixa 2 na Pólis, simplesmente porque o grupo recolhe todos os impostos devidos". Faltou esclarecer que no caso do ISS nem sempre foi assim. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Assim que concluir seu compromisso com a campanha presidencial de José Manoel De La Sota na Argentina, o ex-marqueteiro da campanha de Dilma Rousseff, João Santana, fará o programa partidário do PT que vai ao ar em agosto. Santana se reuniu na tarde com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a cúpula petista em um hotel de Brasília.

Segundo o secretário de comunicação do partido, José Américo Dias, embora o marqueteiro tenha acompanhado à distância o cenário político brasileiro, não se discutiu o conteúdo do programa do dia 6 de agosto. O marqueteiro tem contrato com o candidato argentino até o dia 6 de julho e só depois estará disponível para preparar o programa petista. O próximo encontro com a cúpula petista deve acontecer na semana que vem.

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Santana esteve com Lula por aproximadamente duas horas. Também participaram do encontro o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.

A produtora do marqueteiro João Santana, responsável pela campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, foi alvo de um assalto no último sábado, 23, pela manhã. Três homens invadiram o local onde são produzidos os programas de TV da petista, localizado na Rua Áurea, na Vila Mariana, zona sul da capital paulista.

Santana não estava no local, mas três funcionários foram rendidos e sofreram ameaças dos bandidos. Como não havia dinheiro no local, foram levados apenas os celulares e relógios das vítimas. Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia da região.

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O publicitário João Santana, com aval da direção nacional do PT, praticamente aboliu o vermelho - cor que caracteriza o partido desde sua fundação - do material gráfico produzido para os dois principais eventos da legenda realizados até agora e que, segundo petistas, deve ser adotado na campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Tanto no aniversário de 34 anos do PT, em fevereiro passado, quanto no 14.º Encontro Nacional do partido, no início de maio, os tons de laranja e amarelo predominaram. O vermelho ficou relegado a uma pequena estrela, outro símbolo caro à militância do PT, encostada no canto direito do cenário, quase fora do quadro.

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Embora pareça um simples detalhe estético, a paleta de cores escolhida por Santana virou motivo de discussões no partido. Dirigentes e antigos militantes não gostaram da mudança.

"Quanto mais a campanha se afasta da identidade partidária, menos mobiliza a militância, e quanto mais se aproxima da identidade, mais mobiliza", disse o secretário nacional de organização, Florisvaldo Souza.

Petistas mais velhos comparam o padrão visual adotado este ano à eleição de 1998, quando o publicitário Toni Cotrim também trocou o vermelho pelas cores da bandeira nacional na campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. A justificativa na à época foi que Lula e o PT, depois de anos fazendo campanhas baseadas em ataques aos adversários, deveriam se apropriar das "cores e signos brasileiros" para enfrentar a disputa de forma "propositiva". Naquele ano, Fernando Henrique Cardoso foi reeleito no primeiro turno.

Tradição. Os veteranos do PT lembram também que Duda Mendonça resgatou as cores tradicionais do partido na vitoriosa campanha de Lula em 2002 e que a estrela vermelha não foi escondida nem mesmo em 2006, quando Lula foi reeleito em uma disputa marcada pelo escândalo do mensalão, revelado um ano antes.

João Santana foi procurado para falar sobre a escolha das cores para a campanha de Dilma, mas não respondeu às ligações. Dirigentes do PT disseram, em conversas reservadas, que o vermelho e a estrela tiveram o papel reduzido propositadamente.

O secretário nacional de Comunicação do PT, José Américo, negou que a escolha das cores tenha motivação eleitoral. "Não é uma coisa deliberada. Daqui a pouco o vermelho volta outra vez. Eu avaliei que está muito bonito. É de bom gosto, bem feito, e a gente tem mesmo que dar uma variada em alguns momentos. Não é a primeira vez que isso acontece e o PT já está acostumado. " As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O publicitário João Santana, responsável pela campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010, já procura um imóvel em São Paulo para instalar o quartel-general de onde comandará a publicidade da campanha do ex-ministro Fernando Haddad à Prefeitura paulistana.

Antes disso, porém, o marqueteiro já deu palpites ao ex-ministro sobre seu visual. Há uma semana, os dois se encontraram e Santana disse ao pré-candidato que Haddad não saiu bem em fotos publicadas recentemente pela imprensa.

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Nos bastidores, petistas próximos do ex-ministro avaliam que o trabalho para construir a imagem de candidato terá como desafios a timidez de Haddad. Segundo eles, o ex-ministro manifesta essa característica não só em atos públicos, mas até em reuniões internas do partido.

Santana deve desembarcar em solo paulistano logo após o carnaval, ainda antes do fim de fevereiro, mas um funcionário seu já está à disposição do núcleo haddadista.

Entre as primeiras missões do marqueteiro estão a participação na montagem da estratégia de campanha e a construção da imagem de Haddad ao eleitorado.

João Santana atua em campanhas do PT desde 2006. Com a publicidade sob seu comando, Lula foi reeleito naquele ano, e Dilma chegou à Presidência em 2010. Em 2008, ele foi o marqueteiro da campanha da hoje senadora Marta Suplicy (PT-SP) à Prefeitura, em que uma das propagandas levantava questões de foro íntimo em relação ao prefeito Gilberto Kassab (PSD). A peça foi criticada e, embora a tenha defendido, Santana admitiu ter cometido um erro de avaliação. Em 2012, tem a chance de se redimir da derrota de quatro anos atrás, possivelmente com Kassab alinhado ao projeto petista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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