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Após dois dias de julgamento, Danilo Paes foi absolvido pelo conselho de sentença, formado pela juíza e sete jurados sorteados em júri popular. Ele era acusado de participar do assassinato do próprio pai, o médico cardiologista Denirson Paes, morto em maio de 2018, em um condomínio de luxo em aldeia, bairro de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

A sentença foi proferida nesta quarta-feira (25), contrariando a previsão de que o julgamento seria de três a quatro dias.

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As teses

Na tese de argumentação defendida pela acusação, o MPPE pediu absolvição entendendo que não há provas suficientes para condenar, porque a própria reprodução simulada dos fatos traz dúvidas para a formação de sua convicção.

O assistente de acusação, Carlos André Dantas, por outro lado defendeu a participação de Danilo Paes de acordo com os laudos periciais e depoimento das testemunhas. Na argumentação, ele apontou, dentre a motivação para a participação do réu no crime, a personalidade de Danilo Paes, que ele considera “impulsiva e instável”, e ainda a manipulação psicológica da mãe, Jussara Rodrigues, para a conquista de bens materiais.

A defesa defendeu a inocência de Danilo Paes também embasada nos laudos periciais e na oitiva das testemunhas, afirmando que Jussara Rodrigues teria condições de autoria exclusiva do crime. Apontaram ainda o posicionamento do promotor Leandro Guedes que citou a falta de provas para condenar o réu.

Caso

Segundo a denúncia, na madrugada de 31 de maio de 2018, no condomínio Torquato de Castro I, Km 13 da Estrada de Aldeia, 153, em Camaragibe, o médico Denirson Paes da Silva foi assassinado por esganadura. Teve o corpo esquartejado e ocultado em uma cacimba.

Em novembro de 2019, Jussara Rodrigues, esposa de Denirson, recebeu a pena de 19 anos, oito meses e 46 dias de reclusão por homicídio e ocultação de cadáver.

A primeira posição do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) argumentava que Danilo Paes teria auxiliado a mãe no crime. Ele havia sido acusado de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

O júri popular de Danilo Paes Rodrigues chega ao segundo dia nesta quarta (25). A expectativa é que o réu - acusado de participar na morte do pai, o cardiologista Denirson Paes da Silva, em Aldeia, no ano de 2018 - seja interrogado pela juíza Marília Falcone Gomes Lócio, titular da 1ª Vara Criminal de Camaragibe.

A sessão deve ser retomada às 9h, no Salão do Júri Popular do Fórum Desembargador Agenor Ferreira de Lima, na Av. Doutor Belminio Correia, no Centro de Camaragibe. Também está prevista a fase de debates entre Ministério Público (MPPE) e defesa de Danilo.

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O júri teve início nessa terça (24), às 9h42, com o sorteio dos sete jurados para compor o Conselho de Sentença do julgamento. Em seguida, foram ouvidas as testemunhas de acusação arroladas pelo MPPE: o perito criminal da Polícia Civil, Fernando Henrique Benevides; o médico legista do Instituto Médico Legal de Pernambuco, João Batista Montenegro; e a comissária da Polícia Civil, Natália Lemos.

Os trabalhos foram interrompidos por volta das 13h50 e retomados às 14h50, com a ouvida da delegada Carmém Lúcia de Oliveira e da empregada doméstica Josefa da Conceição dos Santos.

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A ouvida das testemunhas arroladas pela defesa começou com a mãe de Danilo, Jussara Rodrigues da Silva, condenada, em novembro de 2019, a 19 anos e 8 meses de reclusão, em regime fechado, pelo homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver de Denirson.

Em seguida, prestaram depoimento o pedreiro Iraquitan Ferreira de Lima, a ex-namorada de Danilo, Gabriele Freitas, e Indalércio Rodrigues, que respondeu na condição de informante por ser parente com o réu. A sessão se estendeu até às 19h40. 

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A Polícia Civil do Paraná prendeu o vereador Claudemir Ramos (PSC), do município de Jussara-PR, por armazenar material pornográfico infantil. Segundo a Polícia Civil, foram encontradas imagens de uma das vítimas já identificadas e de outras não identificadas no celular do vereador.

 O celular foi recolhido em cumprimento a um mandado de busca e apreensão. A polícia havia recebido uma denúncia informando que Claudemir estava mantendo um contato suspeito com uma menor de idade.

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 A prisão do vereador ocorreu na última terça-feira (12). Ele foi encaminhado à delegacia de Cianorte-PR. Em sessão na Câmara Municipal de Jussara, o 2º secretário, vereador Ariovaldo Hidalgo (PTB), disse que a Casa ainda não havia recebido comunicado oficial e aguarda maiores detalhes do caso.

Ocorre na próxima sexta-feira (7), o primeiro dia das audiências de instrução e julgamento da farmacêutica Jussara Rodrigues, 54 anos, e do engenheiro Danilo Paes, 23, indiciados pela morte do médico Denirson Paes da Silva, 54, marido de Jussara e pai de Danilo. O segundo dia está marcado para 14 de dezembro.

As ouvidas ocorrerão no Fórum de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), às 9h. A acusação arrolou 17 testemunhas, enquanto a defesa dos acusados arrolou 12, sendo que algumas dessas pessoas foram convocadas tanto pela acusação quanto pelo advogado de defesa.

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Entre as testemunhas estão Daniel Paes, filho caçula do cardiologista, e a mulher que mantinha um relacionamento extraconjugal com Denirson, o que teria sido a motivação do crime, conforme a Polícia Civil. Também serão ouvidos o pai e a irmã de Denirson, o porteiro do condomínio e um homem que destruiu um casebre onde eram guardadas ferramentas e o crime teria ocorrido. O assistente da promotoria Carlos André Dantas fará um requerimento para que a delegada também seja ouvida, visto que seu primeiro pedido foi indeferido pela juíza.

Jussara e o filho Danilo também serão interrogados durante a audiência. Eles, entretanto, são os últimos, segundo o cronograma pré-estabelecido, então só devem ser ouvidos no dia 14.

"Pode ser que nem precise do segundo dia de audiência, vai depender se a juíza ouvir a todos amanhã, mas são muitas testemunhas e não deve dar tempo", diz Rafael Nunes, advogado de defesa. Ele defende que a farmacêutica agiu em legítima defesa e que Danilo não tem participação no homicídio. Rafael afirmou que fará requerimentos à juíza, mas não adiantou o teor.

"A partir de agora inicia a fase judicial do processo, em que todos os indícios colhidos na fase de investigação serão valorados perante o juiz, para que possa analisar com maior profundidade o caso. Após as audiências, a juíza irá proferir uma decisão de pronúncia para iniciar a fase de júri popular", explica o assistente da promotoria Carlos André Dantas. O júri popular é realizado em casos de crimes hediondos contra a vida.

O caso

A Polícia Civil concluiu que a motivação do crime foi um relacionamento extraconjugal mantido pelo médico. Relacionado a isso, estariam as consequentes mudança de padrão de vida e separação iminente as quais a farmacêutica seria submetida.

A investigação apontou que Denirson foi asfixiado em seu quarto entre os dias 30 e 31 de maio. O corpo foi arrastado por cerca de seis metros até um corredor na área externa, onde houve uma tentativa de carbonização e o corte do corpo em duas partes. Em seu novo depoimento, a acusada disse ter arrancado e queimado os genitais do companheiro

No dia 20 de junho, Jussara compareceu à Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do marido. A denúncia só foi feita após pressão de Daniel, que afirmou que iria procurar a polícia se ela não o fizesse. Ela alegava que o marido teria viajado e não dado mais notícias, talvez tendo ido ver os jogos da Copa do Mundo na Rússia. Os policiais suspeitaram do depoimento por causa de fatores como a demora para registrar o caso e a ausência de movimentação na conta bancária de Denirson.

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Nesta terça-feira (13), o assistente de acusação Carlos André Dantas deu detalhes durante coletiva sobre o laudo pericial da Polícia Civil concluído após reconstituição do crime que vitimou o médico Denirson Paes da Silva, em Aldeia, município de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR). A perícia aponta discrepância nos relatos e gestos da indiciada Jussara Rodrigues Paes da Silva, que era esposa do médico cardiologista e advogado.

A Justiça determinou a quebra de sigilo do processo depois de pedido do advogado Carlos André Dantas. O resumo da perícia policial é que Jussara não agiu sozinha. Entre as discrepâncias, a polícia cita que Jussara não soube explicar como ocorreu a serragem do corpo da vítima. O ajudante da farmacêutica seria seu filho mais velho, Danilo Paes, que, assim como a mulher, está preso preventivamente.

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O assistente da promotoria também rebateu, durante coletiva, o argumento que está sendo utilizado pela defesa de Jussara, de que Denirson seria um homem violento a ponto dela conseguir uma medida protetiva contra ele em 2015. “A medida protetiva não tem nexo causal com a motivação do crime. Ela foi pedida como uma forma de constranger a vítima. Denirson viajou para os Estados Unidos e ela ficou com raiva de não ter ido junto. Na volta dele, houve uma discussão e ela procurou a delegacia. Não foi feito corpo de delito e ela procurou a delegacia espontaneamente para retirar a queixa”, afirma o advogado. A defesa de Jussara tem destacado que ela sofreu várias agressões do companheiro ao longo dos anos. No dia da morte do médico, segundo a defesa, ele teria agredido a mulher e ela revidado, fazendo com que Denirson batesse com a cabeça no chão e sofresse um traumatismo craniano. 

Carlos continua: “Denirson era um bom pai de família, preocupado sobretudo com a educação da família”. Além da motivação passional, Carlos André Dantas reforçou que a farmacêutica cometeu o crime por causa de dinheiro. “Havia uma preocupação financeira porque o marido queria se separar e ela tinha apego exacerbado ao padrão de vida que ela sabia que não teria condições de levar com a separação”, argumenta Carlos.

Advogado de Jussara rebate

Procurado pelo LeiaJá, o advogado Rafael Nunes, que faz a defesa de Jussara, criticou o laudo pericial da Polícia Civil, que aponta que a mulher não cometeu o crime sozinha. Para o jurista, a perícia foi mal realizada. “É uma perícia tendenciosa, mal feita, resultado sem pé nem cabeça. A perícia foi feita já para ter aquele resultado. Não existe prova nenhuma, não tinha elementos para isso. Se ela não agiu só, por que não apontam Daniel, o filho mais novo, como envolvido?”, questiona.

Sobre a medida protetiva, Rafael rebate os argumentos do assistente da promotoria. “Ela retirou a queixa porque era ameaçada. Foi ameaçada a vida toda. A violência doméstica é uma violência silenciosa. E nós temos testemunhas”, complementa.

Nos próximos dias 7 e 14 de dezembro, ocorrerão as audiências de instrução do caso. As ouvidas de réus e testemunhas serão realizadas no Fórum de Camaragibe.

O caso

A Polícia Civil concluiu que a motivação do crime foi um relacionamento extraconjugal mantido pelo médico. Relacionado a isso, estariam as consequentes mudança de padrão de vida e separação iminente as quais a farmacêutica seria submetida.

A investigação apontou que Denirson foi asfixiado em seu quarto entre os dias 30 e 31 de maio. O corpo foi arrastado por cerca de seis metros até um corredor na área externa, onde houve uma tentativa de carbonização e o corte do corpo em duas partes. Em seu novo depoimento, a acusada disse ter arrancado e queimado os genitais do companheiro

No dia 20 de junho, Jussara compareceu à Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do marido. A denúncia só foi feita após pressão de Daniel, que afirmou que iria procurar a polícia se ela não o fizesse. Ela alegava que o marido teria viajado e não dado mais notícias, talvez tendo ido ver os jogos da Copa do Mundo na Rússia. Os policiais suspeitaram do depoimento por causa de fatores como a demora para registrar o caso e a ausência de movimentação na conta bancária de Denirson.

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A farmacêutica Jussara Rodrigues, de 55 anos, confirmou para a Polícia Civil ter assassinado e ocultado o cadáver do marido, o médico Denirson Paes, em Aldeia, Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. Em seu depoimento, prestado na última segunda-feira (3), Jussara, entretanto, disse ter cometido o crime sozinha, sem ajuda do filho Danilo Paes Rodrigues, que também foi indiciado.

A informação foi repassada pelo advogado de Jussara, Alexandre de Oliveira. O advogado diz que sua cliente confessou o crime ainda na sexta-feira (31). “Eu tive acesso ao inquérito policial e vi que as informações repassadas por ela não condiziam com o resultado das perícias. Pedi que ela me contasse a verdade. Assim que ela confessou, eu liguei para a delegada”, explicou Alexandre de Oliveira ao LeiaJá.

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Segundo o advogado, Jussara cometeu o homicídio porque descobriu um dia antes que estava sendo traído por Denirson. “Eu vou aguardar agora como vamos proceder. Hoje ou amanhã Danilo deverá ser ouvido pela delegada”, complementou Alexandre.

Danilo, o filho mais velho, foi apontado como autor do homicídio e da ocultação de cadáver juntamente com Jussara. A polícia encontrou uma grande presença de sangue, por exemplo, no guarda-roupa dele. Outro indício da participação dele no crime é devido à esganadura sofrido pelo médico. Segundo Fernando Benevides, perito criminal, a esganadura exigiria força e, portanto, Denirson seria o provável responsável. A delegada Carmen Lúcia, responsável pelo caso, também se surpreendeu com a frieza de Danilo ao descobrir que o pai estava morto. Assim que encontraram os restos mortais, o filho foi buscar o diploma, dando entender o interesse em conseguir uma cela diferenciada na prisão. 

"Mãe, me ajuda"

Danilo Paes, o filho acusado de participação no homicídio, já no Cotel, por efeito de mandado de prisão temporária, pediu para enviar um áudio para a mãe. Disse ele na gravação: "Eu imploro. Mãe, por favor, me ajuda. Ou ela assume ou a desgraça vai ser completa".

Para a polícia, o áudio indica uma autodefesa de Danilo e um conhecimento de como o crime se deu. A mãe se recusou a ouvir o áudio.

Conclusão

A conclusão do caso foi apresentada na última sexta-feira (31) em uma coletiva de imprensa da Polícia Civil. A delegada Carmen Lúcia concluiu que as motivações do crime foram o relacionamento extraconjugal de Denirson, a iminente separação do casal e a consequente perda do padrão de vida da mulher. 

Conforme a investigação, entre o dia 30 e o dia 31, Denirson foi asfixiado em seu quarto.  O corpo foi arrastado por cerca de seis metros até um corredor na área externa, onde houve uma tentativa fracassada de carbonização e, em seguida, a serragem em duas partes do corpo. Nos dias seguintes ao desaparecimento do médico, Jussara e Danilo relataram fortes dores no corpo. O filho, inclusive, assistiu aos jogos da Copa do Mundo deitado em um colchão por causa de dores nas costas. 

Premeditado

O crime, deduziu Carmen Lúcia, teria sido premeditado. Um dos indícios é a morte do cachorro do médico, ainda em abril. 

A história foi contada por Daniel Paes, filho caçula que não teria participado do homicídio. “Ele chegou em casa e a mãe disse que o cachorro estava doente. Ele encontrou o cachorro espumando, trêmulo e sem conseguir se levantar. A mãe disse que havia sido um remédio dado por Denirson. Daniel estranhou, mas deixou para lá”, recordou a delegada na coletiva.

Uma das suspeitas é que o cachorro tenha sido envenenado para que não atrapalhasse o plano. O animal poderia, por exemplo, farejar o corpo do dono.

Outro indício foi a folga dada para os empregados justamente no dia da morte de Denirson. “Um jardineiro contou que trabalhava há três anos lá e nunca tinha recebido folga”, diz Carmen Lúcia.

O caso - No dia 20 de junho, a esposa do médico foi até a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro supostamente ocorrido no dia 31 de maio. Ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado ou dado notícia. A polícia começou a suspeitar dos próprios familiares pois ela demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas, e não havia movimentação na conta bancária dele.

Quando os restos mortais foram encontrados, no dia 4 de julho, o filho mais velho teria dito que o pai poderia ter se suicidado. O Instituto de Criminalística fez uma perícia que apontou vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Foi constatado ainda que o local passou por profunda limpeza e que havia sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba. Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. 

Jussara e Danilo foram encaminhados para audiência de custódia pelo crime de ocultação de cadáver. Mãe e filho conseguiram a liberdade, mas antes que deixassem o fórum foram presos através de um mandado de prisão temporária por homicídio.

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