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A facilidade em fraudar uma eleição manual é a maior preocupação apontada pelos parlamentares pernambucanos, ouvidos pelo Portal LeiaJá, com relação à portaria da Justiça Eleitoral estabelecendo que as eleições municipais de 2016 sejam realizadas manualmente.

O deputado federal Daniel Coelho (PSDB), apontou que a mudança no processo traz apenas impactos negativos. “Primeiro na confiabilidade do processo. Antes eram muitas as tentativas de se fraudar as eleições. E segundo na logística de dia, todos sabem do transtorno que isso muitas vezes causava”, lembrou.

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Ventilado como candidato a prefeito do Recife, Daniel também disse acreditar que a medida adotada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, é “muito mais no campo da pressão” ao Executivo e não deverá se concretizar. 

“Não consigo acreditar que alguém vá fazer a eleição de 2016 no papel. As urnas têm custos, mas garantem a lisura do processo. Seria um retrocesso esta mudança. Vejo tudo isso mais uma pressão dele por mais recursos. Ainda dá tempo para o Congresso negociar e discutir o orçamento com o Judiciário, não votamos ainda a LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias 2016]”, observou o tucano.

Relator da LDO de 2016 no Congresso, o deputado Ricardo Teobaldo (PTB) informou que o governo deve abrir a guarda para o Judiciário e tentar negociar uma revisão da portaria. “Eles [os ministros do Judiciário] me procuraram. Hoje à tarde vamos sentar e veremos como podemos fazer para amenizar estes impactos. Tem sim a possibilidade do governo sinalizar um entendimento”, esclareceu. “O Brasil é hoje um dos países que tem a apuração mais rápida do mundo. Vamos voltar agora para o processo manual demorado? Não podemos deixar”, acrescentou o petebista.

Vice-líder do governo na Câmara, o deputado Silvio Costa (PSC) observou a portaria como uma estratégia para que o Executivo reveja o orçamento para 2016. “Isso é uma questão intempestiva”, frisou. Para ele a aprovação da Lei que obriga o TSE a imprimir o voto a partir de 2018 e coloca-lo em uma urna separada para uma possível recontagem, também foi usada como ponto para a decisão. 

Sob a ótica do vereador do Recife André Régis (PSDB), caso o contingenciamento para o Judiciário não seja reduzido o governo federal sofrerá as consequências. “O Executivo é quem vai arcar com o ônus desta decisão por contingenciar o orçamento”, argumentou. “[A medida] é um perigo para a democracia porque o histórico do Brasil é associado a muita fraude. O voto eletrônico está consolidado, precisaria ser aperfeiçoado com a nova Lei para a impressão do voto, mas ao invés de aprimorar o sistema esta decisão retrocede”, completou o parlamentar.

De acordo com a portaria do Poder Judiciário, além de inviabilizar que as eleições de 2016 sejam eletrônicas, a decisão também aponta que fica indisponível para empenho e movimentação financeira um total de R$ 1,7 bilhão. 

As urnas eletrônicas foram usadas pela primeira vez em 1996 em alguns municípios brasileiros. Em Pernambuco, os contemplados foram Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. Apenas em 2004, depois de oito anos de existência, a Justiça Eleitoral conseguiu utilizar o equipamento em todos os municípios brasileiros.

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Depois de se reunir com a presidente Dilma Rousseff neste sábado, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, deixou o Palácio da Alvorada sem dar entrevista. Apesar do encontro, a agenda das duas autoridades não informava compromissos hoje. O foco da reunião foi a Lei Orçamentária de 2016. O projeto precisa ser enviado ao Congresso até o fim deste mês.

Segundo apurou o Broadcast no início da semana, a proposta de orçamento de 2016 deve trazer cortes de despesa, além de novas projeções com expectativas de aumento de arrecadação com a venda de ativos e aumento de impostos.

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A presidente Dilma Rousseff está reunida no Palácio da Alvorada, sua residência oficial, com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. O principal tema do encontro é a Lei Orçamentária de 2016. O projeto precisa ser enviado ao Congresso até o fim deste mês. O encontro se dá apesar de as agendas das duas autoridades não informarem nenhum compromisso oficial neste sábado.

Conforme informou o Broadcast no início da semana, a proposta de orçamento de 2016 deve vir acompanhada de um aprofundamento do corte das despesas com programas considerados caros para ministros da presidente Dilma. Do lado das receitas, serão apresentadas novas projeções com expectativas de aumento de arrecadação com a venda de ativos e aumento de impostos. Caso contrário, a conta para elevar o superávit primário das contas do setor público na direção da meta de 0,7% do PIB não fecha.

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Na semana passada, o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, deputado Ricardo Teobaldo (PTB-PE), apresentou parecer do texto, colocando a meta para o ano que vem em linha com o que o governo havia anunciado quando alterou parâmetros econômicos para o País. A meta foi reduzida em 65%, sendo estabelecida em 0,7% do PIB. A LDO serve de base para orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA).

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) se reúne no próximo dia 11 quando poderá votar o relatório final da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016. Uma reunião de líderes partidários foi marcada para esta terça-feira (4) a fim de construir um acordo para a aprovação.

Para a presidente do colegiado, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), é importante que a proposta tenha metas com possibilidade de serem alcançadas. “Nós estamos vivendo uma crise e está previsto que ela pode se agravar. Então, dentro desse quadro, não cabem números e perspectivas tão otimistas quanto as que foram apresentadas”, sustentou.

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O relatório final do deputado Ricardo Teobaldo (PTB-PE) foi apresentado em julho. Ele manteve a meta de superávit primário de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para  União, estados e municípios, incluindo todas as estatais. A expectativa é de uma economia de R$ 126,73 bilhões, mesmo valor previsto pelo Executivo na proposta (PLN 1/15) enviada ao Congresso. No entanto, o percentual poderá ser modificado até a votação.

A proposta também prevê o reajuste do salário mínimo para R$ 854, a partir de janeiro de 2016.

 

Após intensas negociações nos últimos dias com o governo, o relator do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, deputado Ricardo Teobaldo (PTB-PE), apresentou um parecer que manteve a meta de superávit primário para o ano que vem em 2%. Assim, União, Estados, Distrito Federal e municípios terão de economizar R$ 126,7 bilhões em 2016 para o pagamento dos serviços da dívida pública. Pelo texto, o governo federal terá de cumprir R$ 104,55 bilhões da meta fiscal em 2016 (1,65% do PIB) e estados, DF e municípios R$ 22,18 bilhões (0,35%).

No texto apresentado na quarta-feira (15) depois das 21 horas, Teobaldo argumentou que, "apesar de o momento interno e externo não corresponder exatamente ao quadro fiscal previsto no projeto original, segundo vários analistas e previsões recentes apresentadas em relatórios do Banco Central, não nos parece prudente, por ora, propor qualquer modificação das metas previstas". "Isso porque a chefe do Poder Executivo (Dilma Rousseff), responsável em primeira mão pela execução da política fiscal, manifestou-se publicamente pela manutenção das previsões", justificou o relator.

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No novo relatório de receitas e despesas, com divulgação prevista para o próximo dia 22, o governo deverá sinalizar se vai concordar ou não com mudanças na meta fiscal deste ano e, eventualmente, de anos posteriores. Como a votação do texto pelo Congresso ficará para agosto, eventuais mudanças das metas serão feitas posteriormente.

O deputado disse que a meta de 2% para 2016 será mantida em 2017 e 2018. Segundo ele, "a premissa é reduzir ou pelo menos manter a relação dívida/PIB e assegurar o compromisso com a estabilidade macroeconômica e com a responsabilidade fiscal". É uma posição contrária ao que vinha pregando parlamentares como o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Defensor da redução da meta de 2015 dos atuais 1,1% para 0,4% - o que não é possível fazer no projeto da LDO de 2016 -, Jucá queria uma meta para o ano que vem de 1%, para 2017 de 1,5% e somente em 2018 chegaria a 2%.

Ao contrário de anos anteriores, o relator rejeitou a possibilidade de se reduzir a meta do ano que vem em função de despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ou de desonerações tributárias. Segundo ele, o projeto aumenta dessa forma "a transparência e a previsibilidade da política fiscal". Assim como a LDO de 2015, ele permitiu que o governo central compense no ano seguinte a meta não atingida por Estados e municípios.

Prioridade

O relator Ricardo Teobaldo incluiu em seu parecer a previsão de que políticas públicas que favoreçam geração de emprego e renda terão prioridade no momento da alocação de recursos orçamentários. O texto prevê que as agências financeiras oficiais de fomento deverão ter como diretriz geral a preservação e geração de emprego, respeitadas as peculiaridades de cada um dos órgãos. Contudo, a proposta não detalha quais ações poderão ser tomadas a fim de efetivamente garantir emprego e renda.

A defesa da inserção na LDO de 2016 de iniciativas que preservem o emprego foi feita dias atrás pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). "O desemprego tem se agravado no Brasil e é fundamental que nós tenhamos na LDO políticas públicas capazes de garantir a redução da meta do próprio desemprego", afirmou Renan, na segunda-feira (13).

Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no último dia 9, a taxa de desemprego medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua ficou em 8,1% no trimestre até maio, o que representa aumento em relação a igual período de 2014, quando estava em 7,0%. Com o resultado, a taxa de desocupação atingiu o maior patamar da série histórica da Pnad Contínua. A pesquisa começou a ser apurada em janeiro de 2012.

Recesso branco

Mesmo com o relator tendo apresentado seu parecer à LDO de 2016, o Congresso Nacional vai entrar em "recesso branco" a partir do sábado (18) sem a votação do projeto. A aprovação da LDO é um pré-requisito previsto na Constituição para que deputados e senadores entrem de férias oficialmente. Contudo, os parlamentares vão fazer um recesso informal, o chamado recesso branco.

A presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), tentará fazer nesta quinta-feira (16) um último esforço para votar o parecer da LDO de 2016 ainda no colegiado. Contudo, mesmo com o texto apresentado por Ricardo Teobaldo, não há acordo entre líderes partidários para a votação da proposta na comissão. Rose marcou uma reunião com líderes para decidir se é possível votar a proposta na comissão hoje.

Ainda que o texto seja aprovado na CMO, hipótese considerada remotíssima por parlamentares, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), já avisou sua assessoria de que vai convocar sessão do plenário apenas em agosto. Ou seja, hoje e amanhã, último dia de trabalho antes do recesso informal, não deverá ter sessão de votação do Congresso.

O projeto de LDO de 2016 precisa obrigatoriamente passar pelo plenário do Congresso, que desde março não se reúne e ainda tem 12 vetos que trancam a pauta.

O relatório preliminar do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016 deve ser analisado, nesta terça-feira (23), pela Comissão Mista de Orçamento (CMO). O texto, já com o parecer às emendas apresentadas, foi entregue na última quinta (18) pelo relator da matéria, o deputado Ricardo Teobaldo (PTB).

O parecer preliminar, que antecede o relatório final, contém as regras para as emendas ao projeto da LDO. É uma espécie de guia que orienta deputados e senadores na apresentação das demandas. Das 16 emendas oferecidas ao relatório preliminar por deputados e senadores, Teobaldo acolheu parcialmente duas, de autorias dos deputados Izalci (PSDB-DF) e João Arruda (PMDB-PR). Com a modificação, os parlamentares poderão apresentar, sem restrições, emendas para o Anexo III da LDO.

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Esse anexo contempla as ações que não poderão ser contingenciadas em 2016. O deputado Ricardo Teobaldo havia determinado, inicialmente, que as emendas deveriam identificar “o ato legal” criador da despesa que seria ressalvada do bloqueio orçamentário.

Se o relatório for aprovado hoje, o prazo para emendas ao projeto da LDO pode ser iniciado amanhã. Pela Constituição, o recesso legislativo do meio do ano, que vai de 18 a 31 de julho, só pode começar após a aprovação da LDO.

*Com informações da Agência Câmara.

A Câmara de Vereadores do Recife vota, nesta segunda-feira (15), o projeto que institui a Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016. O texto, que traz projeções sobre as receitas e os gastos do município, prevê um orçamento de R$ 5,4 bilhões para o próximo ano. O valor é maior do que o de 2015, fechado para R$ 5,1 bilhões. 

A análise da matéria na Casa José Mariano deve ser marcada por um debate acalorado entre os vereadores, principalmente porque apenas duas emendas à proposta foram aceitas, ambas de autoria vereador Carlos Gueiros. Uma delas trata da prioridade dada ao transporte público de passageiros, acrescentando ao texto original que a prioridade deve existir “em todas as suas modalidades, com participação efetiva na gestão dos seus sistemas”.

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Além da discussão sobre a LDO, a Câmara também analisa nesta segunda  o parecer da Comissão de Legislação e Justiça opinando pela aprovação do projeto de Emenda a Lei Orgânica, de autoria do chefe do Poder Executivo, que aumenta o prazo de contratação temporária de servidores públicos. Atualmente, os contratos são de um ano, com a alteração o prazo passa para dois anos prorrogáveis por igual período. 

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