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O Governo de Pernambuco anunciou que fechou 2023 com superávit orçamentário de R$ 1,02 bilhão e superávit primário de R$ 1,2 bilhão, revertendo o quadro de déficits orçamentário e primário registrados no fechamento do ano anterior (2022). As informações constam dos relatórios fiscais relativos ao exercício do ano passado (de janeiro a dezembro), publicados no Diário Oficial do Estado deste sábado (27). Os resultados ocorreram em meio a um cenário fiscal que somou aumento de gastos com pessoal (que alcançou 44,56% da Receita Corrente Líquida), investimentos recordes com educação (26,08%) e dificuldades de arrecadação com ICMS e FPE e apontam para o sucesso do Plano de Qualidade dos Gastos, um dos primeiros atos da governadora Raquel Lyra, em janeiro do ano passado.

Com os resultados superavitários e comprovando disponibilidade financeira de R$ 719 milhões no início de 2024, o Estado de Pernambuco apresenta os requisitos para voltar a garantir o selo Capag quando da avaliação da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) em torno da obtenção de créditos com aval da União.  A receita realizada de 2023 somou R$ 49,89 bilhões, enquanto em 2022, o total de receita foi superior em R$ 1,5 bilhão - R$ 51,40 bilhões.

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“Pernambuco cumpriu com o objetivo no nosso primeiro ano de governo. Com muito esforço e trabalho árduo, fechamos o ano com superávit, certamente um dos resultados fiscais mais consistentes do País. Isso tudo foi feito em meio a um orçamento que estava distante da realidade, alterações nas receitas e cumprindo com folga os limites constitucionais de despesas com educação e saúde. Nossa equipe entrega ao Tesouro Nacional dados que certamente trarão de volta o selo de capacidade de pagamento para Pernambuco”, comemorou a governadora Raquel Lyra, que anunciou o resultado de R$ 608 milhões em economia de gastos não obrigatórios. “O nosso Plano de Qualidade foi decisivo para o resultado, que nos permite iniciar 2024 com mais previsibilidade para realizarmos o plano de investimentos como pactuado com a população”, concluiu.

A publicação do Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) relativo ao 6º bimestre e do Relatório de Gestão Fiscal (RGF) do 3º quadrimestre – ambos relativos ao fim de dezembro de 2023 – apontou que o Estado de Pernambuco executou R$ 8,25 bilhões em Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE), alcançando o índice de 26,08% em relação à Receita Corrente Líquida (RCL - R$ 31,6 bilhões). É obrigatório o gasto mínimo de 25% com MDE. Em relação às Despesas com Saúde, que precisam alcançar pelo menos 12% da RCL, o Estado de Pernambuco alcançou o índice de 17,38%. No âmbito das despesas com pessoal, por conta de reajustes contratados, o índice do Executivo somou 44,56% (o primeiro limite, de alerta, é de 44,10%). Um dos mais importantes índices para o Tesouro Nacional conceder o selo Capag “A” ou “B” é a disponibilidade de caixa líquida de recursos não vinculados. Enquanto em 2022 o STN apurou esse índice em R$ 370,6 milhões negativos, os números da Fazenda agora apontam resultado positivo em R$ 718,9 milhões. 

Para o secretário da Fazenda de Pernambuco, Wilson José de Paula, os resultados de 2023 são consistentes e animadores, mas o trabalho de garantia da qualidade do gasto e de controle fiscal precisam ter continuidade. Ele destaca, por exemplo, o índice de poupança corrente, que passou para 94,9% no ano passado (quanto mais alto, menor). Isso significa que apesar dos bons resultados, o Estado não dispõe de sobras significativas e precisará manter atenção perante sua política fiscal.

“Nós vencemos 2023 e garantimos um ano de 2024 com melhores e mais sólidas expectativas em meio a um orçamento que veio desajustado e nos apresentou desafios que vencemos. O Estado de Pernambuco sob a gestão da governadora Raquel Lyra tem a solidez fiscal como um valor e isso seguirá guiando nosso trabalho para garantir o uso dos recursos dos impostos onde a população mais precisa, garantindo mais captação de crédito e levando os investimentos públicos para um novo patamar”, afirmou.

*Da assessoria de imprensa

O Palmeiras divulgou dados preliminares referentes ao seu desempenho financeiro na temporada passada. Segundo o relatório apresentado, o clube registrou receita recorde, de pouco mais de R$ 900 milhões, e obteve um superávit de R$ 123 milhões no ano passado. Os números detalhados serão divulgados até o dia 30 de abril, prazo estipulado pela Lei Pelé para os clubes apresentarem seus resultados financeiros

O Palmeiras alcançou arrecadação recorde no departamento de futebol: R$ 900.250.769,81. A quantia é consideravelmente superior aos números que o clube apresentou em 2020, quando registrou R$ 568.887.815,32. Houve um pequeno aumento em relação às despesas, de R$ 656 milhões para R$ 695 milhões.

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O aumento significativo na receita é resultado das premiações com os dois títulos da Libertadores conquistados em temporadas diferentes, mas no mesmo ano em virtude da pandemia, que esticou a temporada de 2020 até o início de 2021. Portanto, foram computadas no balancete financeiro as premiações pagas pela conquista em cima do Flamengo, em novembro passado, e também diante do Santos, em janeiro.

Também entram na conta o prêmio referente à conquista da Copa do Brasil de 2020 e a arrecadação com o Campeonato Brasileiro de 2021, além dos valores referentes aos direitos de transmissão.

Em 2020, o clube registrou um déficit de R$ 151 milhões. Grande parte desse prejuízo tem relação com a pandemia da covid-19, que fechou os portões dos estádios. Sem torcida no Allianz Parque, o Palmeiras perdeu uma parte considerável de seus ganhos, que envolvem também a venda de camisas do time. Em 2021, o déficit caiu para R$ 123 milhões. Espera-se que, com os torcedores na arena palmeirense, esse déficit seja revertido.

O Palmeiras alcançou um superávit de R$ 76,1 milhões no acumulado dos oito primeiros meses de 2021. O valor foi revelado na apresentação do balanço dos meses de julho e agosto ao Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do clube. Os números foram divulgados no canal de transparência no site do clube.

Segundo os dados publicados pelo Palmeiras, o clube terminou julho com um déficit de R$ 5,1 milhões, mas contou com uma mudança significativa nas contas no mês seguinte, quando o departamento de futebol registrou uma arrecadação de R$ 103 milhões. Com isso, o clube terminou o período com um superávit de R$ 20,6 mi.

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Os valores referentes ao último mês divulgado foram impulsionados pelo bônus de US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 8 milhões) recebido pela classificação à semifinal da Libertadores, além da venda do lateral-esquerdo Matías Viña à Roma por 7 milhões de euros (R$ 45 milhões na cotação da época). Caso o jogador uruguaio cumpra as metas estipuladas no contrato, os paulistas podem receber ainda mais 2 milhões de euros (R$ 12 milhões) de bônus.

Por causa da pandemia da covid-19, o Palmeiras, uma das equipes mais saudáveis financeiramente do futebol brasileiro, fechou 2020 com um déficit de R$ 150 milhões. A atual gestão, comandada pelo presidente Maurício Galiotte, chega ao fim do mandato em dezembro e o presidente tem como desejo entregar o clube com as finanças no azul para o próximo mandatário. Presidente da Crefisa, Leila Pereira é forte candidata a vencer a eleição em novembro.

As contas públicas registraram saldo positivo em agosto, resultado do aumento da arrecadação e da diminuição de gastos do governo com a pandemia de Covid-19. O setor público consolidado, formado por União, estados e municípios, apresentou superávit primário de R$ 16,729 bilhões no mês passado, ante déficit primário de R$ 87,594 bilhões em agosto de 2020.

Os dados foram divulgados hoje (29) pelo Banco Central (BC). É o melhor resultado para o mês de agosto da série histórica do BC, que teve início em 2001.

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Em 12 meses, encerrados em agosto deste ano, as contas acumulam déficit primário de R$ 130,346 bilhões, o que corresponde a 1,57% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país). A redução também foi significativa se comparada aos 12 meses encerrados em agosto de 2020, quando o déficit acumulado foi de R$ 703 bilhões ou 9,47% do PIB.

O déficit primário representa o resultado negativo das contas do setor público (despesas menos receitas) desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. No ano, de janeiro a agosto, há superávit de R$ 1,237 bilhão, ante resultado negativo de R$ 571,367 no mesmo período do ano passado.

A meta para as contas públicas deste ano, definida no Orçamento Geral da União, é de déficit primário de R$ 251,1 bilhões para o setor público consolidado. Em 2020, as contas públicas fecharam o ano com déficit primário recorde de R$ 702,950 bilhões, 9,49% do PIB. Foi o sétimo ano consecutivo de resultados negativos nas contas do setor público.

Dados isolados

No mês passado, o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) apresentou déficit primário de R$ 11,092 bilhões ante o déficit de R$ 96,471 bilhões de agosto de 2020. É o melhor resultado para agosto desde 2017.

Além da diminuição de 41,2% nas despesas, ante os gastos com a pandemia no resultado de 2020, no mês passado, a União registrou aumento da receita líquida de 5,2% em comparação a agosto do ano passado. Para o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, os números positivos devem ser contextualizados com a situação econômica da época e com a recuperação que se observa atualmente.

O montante difere do resultado divulgado ontem (28) pelo Tesouro Nacional, de déficit de R$ 9,88 bilhões em agosto, porque, além de considerar os governos locais e as estatais, o BC usa uma metodologia diferente, que leva em conta a variação da dívida dos entes públicos.

Os governos estaduais contribuíram para a melhora do resultado no mês passado registrando superávit de R$ 23,479 bilhões, ante superávit de R$ 8,308 bilhões em agosto de 2020. Os governos municipais também anotaram superávit de R$ 3,859 bilhões em agosto deste ano. No mesmo mês de 2020, o superávit foi de R$ 788 milhões para esses entes.

Da mesma forma, segundo Rocha, houve melhora na arrecadação desses entes, principalmente do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que teve variação de 18,5% do ano passado para cá. Além disso, as transferências regulares do governo federal no âmbito do compartilhamento de impostos e outras normas federativas cresceram 54,6%, fruto natural do aumento da arrecadação federal.

Além disso, no mês passado, o estado do Rio de Janeiro recebeu R$ 15 bilhões do contrato de concessão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). O leilão ocorreu em abril. A transferência extraordinária melhorou o resultado das contas dos governo regionais, que é o maior para qualquer mês da série histórica do BC.

Já as empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as dos grupos Petrobras e Eletrobras, tiveram superávit primário de R$ 484 milhões no mês passado.

Despesas com juros

Os gastos com juros ficaram em R$ 46,467 bilhões em agosto, contra R$ 45,119 bilhões no mês anterior e R$ 34,285 bilhões em agosto de 2020. O crescimento foi influenciado pela alta de 9,68% na inflação e do aumento da taxa Selic no período, que passou de 2% ao ano em agosto do ano passado para os atuais 6,25% ao ano. O crescimento do estoque nominal da dívida também impactou no resultado.

Por outro lado, segundo Rocha, há os efeitos das operações do Banco Central no mercado de câmbio (swap cambial, que é a venda de dólares no mercado futuro), que, nesse caso contribuíram para a melhora da conta de juros no mês. Os resultados dessas operações são transferidos para o pagamento dos juros da dívida pública, como receita, quando há ganhos, e como despesa, quando há perdas.

Na comparação entre agosto de 2020 e 2021, houve redução nas perdas. Em agosto deste ano, as perdas com swap foram de R$ 7,6 bilhões. Já em junho de 2020, as perdas foram de R$ 14,3 bilhões com swap.

O resultado nominal, formado pelo resultado primário e os gastos com juros, permanece em trajetória de queda. Em agosto, o déficit nominal ficou em R$ 29,739 bilhões, contra o resultado negativo de R$ 121,879 bilhões em igual mês de 2020. Em 12 meses, acumula R$ 466,049 bilhões, ou 5,62% do PIB. O resultado nominal é levado em conta pelas agências de classificação de risco ao analisar o endividamento de um país, indicador observado por investidores.

Dívida pública

A dívida líquida do setor público (balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 4,918 trilhões em agosto, o que corresponde a 59,3% do PIB. Em julho, o percentual da dívida líquida em relação ao PIB estava em 59,8%.

A redução tem como fator a depreciação cambial de 0,42% sob o estoque da dívida que ocorreu no período. A dívida líquida reduz quando há alta do dólar, porque o Brasil também é credor em moeda estrangeira. Além disso, há os efeitos do próprio crescimento do PIB nominal.

Em agosto de 2021, a dívida bruta do governo geral (DBGG) – que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais – chegou a R$ 6,849 trilhões ou 82,7% do PIB, contra 83,1% (R$ 6,797 trilhões) no mês anterior. Assim como o resultado nominal, a dívida bruta é usada para traçar comparações internacionais.

Da mesma forma, um dos fatores para a redução da DBGG foi o crescimento do PIB nominal do país, que acabou compensando as emissões de dívidas do governo e a desvalorização cambial. Como a DBGG só contabiliza os passivos no país, sem impacto das reservas internacionais, a alta do dólar contribui para aumentar as dívidas dos governos.

O setor público consolidado, formado por União, estados e municípios, registrou saldo positivo nas contas públicas em outubro, informou o Banco Central (BC) hoje (30). O superávit primário, sem considerar os gastos com juros, ficou em R$ 7,798 bilhões, resultado superior ao do mesmo período de 2017, que foi de R$ 4,758 bilhões.

O resultado positivo veio do governo central (Previdência, Banco Central e Tesouro Direto), que obteve superávit primário de R$ 10,197 bilhões, uma melhora significativa na comparação com o saldo de R$ 4,967 bilhões obtido no outubro passado.

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Já o governo federal registrou um superávit primário de R$ 23,774 bilhões, na medida em que a Previdência apresentou déficit de R$ 13, 221 bilhões.

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, explica que o resultado positivo se deve ao aumento da arrecadação do governo federal. Segundo ele, outubro é um mês importante para o quarto e último trimestre do ano e concentra impostos que têm arrecadação trimestral, como o imposto de renda de pessoa jurídica e royalties de petróleo, elevando o resultado mensal.

Em outubro, os governos estaduais registraram saldo negativo de R$ 2,824 bilhões, e os municipais, de R$ 265 milhões. As empresas estatais, com exceção das do grupo Eletrobras e Petrobras, obtiveram superávit primário de R$ 690 milhões.

Nos dez primeiros meses do ano, houve déficit primário de R$ 51,523 bilhões, ante resultado também negativo de R$ 77,352 bilhões no mesmo período de 2017. Já nos 12 meses encerrados em outubro, as contas públicas apresentaram saldo negativo de R$ 84,754 bilhões, o equivalente a 1,24% do Produto Interno Bruno (PIB).

Pequim, 08/09/2018 - O superávit comercial da China registrou leve retração em agosto, em meio a ameaças dos EUA de imposição de novas tarifas. O país asiático informou que teve superávit comercial de US$ 27,91 bilhões no mês passado, ante US$ 28,05 bilhões informados em julho, segundo dados da Administração Geral da Alfândega divulgados neste sábado. Economistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam US$ 30,6 bilhões.

As exportações chinesas medidas em dólares cresceram 9,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior, na sequência de um aumento de 12,2% registrado em julho. Analistas previam alta de 11%. Já as importações cresceram 20% em agosto no comparativo anual, desacelerando de um crescimento de 27,3% informado no mês anterior. O resultado, nesse caso, veio dentro do estimado pelos economistas.

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O superávit da China com os EUA, entretanto, aumentou de US$ 28,09 bilhões em julho para US$ 31,05 bilhões em agosto, de acordo com os cálculos do The Wall Street Journal com base em números oficiais.

Os dados foram divulgados um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado que sua administração esta pronta para impor tarifas adicionais sobre outros US$ 267 bilhões em produtos chineses, além das barreiras sobre US$ 200 bilhões em bens chineses que o governo norte-americano vem preparando.

Trump já impôs tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões em produtos chineses, a maior parte máquinas industriais e peças eletrônicas. As negociações comerciais entre Washington e Pequim não tem produzido qualquer sinal de progresso. Fonte: Dow Jones Newswires.

Se em 2017 o Palmeiras não conquistou títulos, pelo menos conseguiu um outro objetivo importante. O clube registrou novamente superávit nas contas. O balanço divulgado pela diretoria na edição deste sábado do Estado mostra que as contas do último ano fecharam positivas, com R$ 57 milhões, graças principalmente ao faturamento de R$ 503 milhões e despesas de R$ 428 milhões.

Os bons resultados financeiros do clube se explicam principalmente pelo aumento na receita em alguns itens em comparação a 2016. As principais diferenças mostradas pelo balanço se referem a direitos de transmissão de televisão e publicidade e patrocínio. Ambas tiveram aumento em relação à temporada anterior.

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No que se refere à direitos de transmissão, o clube aumentou a receita de R$ 128 milhões para R$ 137 milhões. O maior salto foi no patrocínio. O novo acordo com a Crefisa, firmado em fevereiro de 2017, fez a soma aumentar de R$ 90,6 milhões em um ano para 130,3 milhões no outro. Um ponto curioso é que o clube repetiu a receita de R$ 74 milhões anuais com a arrecadação de jogos.

O presidente Maurício Galiotte tem como um dos planos zerar as dívidas do clube. Uma das pendências a estarem na lista para resolver é devolver o empréstimo ao ex-mandatário, Paulo Nobre. O antecessor de Galiotte chegou a repassar para o clube cerca de R$ 115 milhões, com o prazo de pagamento em até dez anos. A expectativa, no entanto, é de que neste ano a diretoria consiga quitar todo o valor.

No ano de 2016 o clube teve os melhores resultados financeiros da história, com o superávit de R$ 89 milhões. Pesaram para isso fatores como a venda de Gabriel Jesus ao Manchester City, da Inglaterra, a premiação pelo título do Campeonato Brasileiro.

A alta dos preços internacionais, principalmente de produtos básicos, contribuiu para o crescimento das exportações brasileiras e para o superávit de US$ 29 bilhões da balança comercial do período de janeiro a maio.

De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, de janeiro a maio de 2017 o preço dos produtos exportados pelo Brasil subiu 19,7% em relação ao mesmo período de 2016. Os produtos básicos puxaram a alta, com aumento de preço de 29,5%. Os principais responsáveis foram o minério de ferro (alta de 94,1% nos preços) e petróleo bruto (68%). “Estamos com demanda pelos produtos do Brasil, preços aquecidos e safra agrícola recorde”, disse o diretor de Estatística e Apoio à Exportação do ministério, Herlon Brandão.

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Os preços dos semimanufaturados aumentaram 19,9%, devido a ferro e aço (alta de 54%) e açúcar (elevação de 41,8%). Nos manufaturados, veículos de carga (5%) e automóveis de passageiros (1,8%) também tiveram altas de preços que influenciaram no valor das exportações. Além disso, com exceção do açúcar, todos esses itens registraram aumento nas quantidades exportadas. 

De acordo com Brandão, técnicos do governo preveem que o crescimento do preço continuará a ter influência sobre as exportações nos próximos meses, embora menor do que na primeira metade do ano. “Os preços estavam em um patamar muito baixo e começam a se recuperar. Nos próximos meses deverá ter uma contribuição positiva ainda, mas em menor medida”, afirmou.

A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 1,725 bilhão na segunda semana de março, resultado de exportações de U$ 4,848 bilhões e importações de U$ 3,142 bilhões. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (13) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

As exportações cresceram 25%, somando US$ 908,5 milhões, nas duas primeiras semanas de março em comparação ao mesmo período do ano passado, que foi de US$ R$ 568,5 milhões. O aumento se deu pelo crescimento na venda de três categorias de produtos: básicos (com crescimento de 31,2%), semimanufaturados (apresentando crescimento de 19,3%) e manufaturados (tendo aumento de 11%).

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No mês, as exportações chegaram a US$ 7,268 bilhões e as importações a US$ 4,848 bilhões, com saldo positivo de U$ 2,420 bilhões. No acumulado do ano, os embarques ao exterior somaram US$ 37,649 bilhões e as compras externas somam US$ 27,950 bilhões. O duas primeiras semanas de março tiveram um saldo positivo de US$ 9,699 bilhões. 

A média diária de importações na segunda semana ficou em US$ 628,5 milhões, enquanto a primeira registrou US$ 568,5 milhões, um crescimento de 10,6%.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse, na última terça-feira (6), que já conseguiu elevar o orçamento do Ministério da Educação (MEC) em cerca do 7% para 2017. “Isso mostra claramente o nosso compromisso para ter maior volume de recursos dedicados à educação pública em nosso país”, disse, ao rebater crítica sobre o projeto que desvincula as receitas da União e dá ao governo o direito de usar, livremente, 30% receitas obtidas com impostos e contribuições que, obrigatoriamente, deveriam ser alocados em determinadas áreas.

A Constituição estipula que União invista um mínimo de 18% do que arrecada em educação e, estados e municípios, 25% de suas receitas. Já o Plano Nacional da Educação (PNE) estabelece que, até 2024, o Brasil invista pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação. Atualmente, o investimento é de 6,2%.

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O Orçamento de 2016, aprovado pelo Congresso em janeiro, previa R$ 99,8 bilhões em recursos para a educação. Segundo Mendonça Filho, o governo de Dilma Rousseff deixou um corte de R$ 6,4 bilhões, sendo que R$ 4,7 bilhões já foram recuperados.

O ministro esteve na última terça-feira (6), na cerimônia de lançamento do Relatório de Monitoramento Global da Educação 2016, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Durante o evento, o representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Heleno Araújo, criticou as medidas adotadas pelo governo do presidente Michel Temer e pediu que seja cumprida a meta do PNE, de 10% do PIB para a educação.

Segundo Araújo, o PNE é um instrumento necessário também para consolidar as metas da educação previstas na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, que traz os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o plano de ação e as 169 metas prioritárias que devem ser alcançadas pelos países-membros até 2030.

O Relatório de Monitoramento Global da Educação vai monitorar esse objetivo global de educação pelos próximos 15 anos. Segundo o estudo, é preciso mudar a maneira como a educação é pensada, pois ela, muito além de apenas transferir conhecimentos, tem a responsabilidade de fomentar os tipos certos de habilidades, atitudes e comportamentos que levarão ao crescimento sustentável e inclusivo.

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Na avaliação de economistas, dois dados divulgados nessa terça (29) pelo governo indicam que o próximo ano será de desequilíbrio nas contas públicas, o que tende a comprometer, mais uma vez, o cumprimento da meta de superávit primário (a economia para o pagamento de juros da dívida).

O governo se comprometeu a poupar em 2016 o equivalente a 0,5% do Produto interno Bruto (PIB). "Vai ficar muito difícil para novo ministro cumprir a meta de superávit fiscal de 2016. Acho que ano vem vamos voltar a ter déficit", diz o economista José Luis Oreiro.

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O primeiro sinal nesse sentido foi o déficit recorde em novembro e a perspectiva de que ele persistirá em dezembro. Oreiro lembra que o resultado de dezembro deveria até ser melhor. "Sempre temos no fim do ano as receitas não recorrentes: vem aí, por exemplo, a distribuição de lucros do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)", diz.

No entanto, o cenário vai mudar caso o governo leve adiante a proposta de pagar as chamadas "pedaladas fiscais" (artifícios contábeis que protelam o pagamento de gastos e dão a impressão de que o resultado das contas públicas é melhor do que o real).

"Com o pagamento das pedaladas, o resultado de dezembro vai ser pior, muito pior. Serão R$ 50 bilhões só de pedaladas e, assim, teremos um déficit primário da ordem de R$ 60 bilhões." Oreiro considera esse sacrifício positivo, pois liquida os passivos. No entanto, a medida não trará alívio para o próximo ano.

"Em 2016 vai ser pior tanto do lado da receita quando da despesa", diz o economista. Ele lembra que a economia permanecerá em recessão e a receita vai cair ainda mais. "Na melhor das hipóteses, a queda da receita vai acompanhar a queda do PIB", calcula.

O segundo dado negativo foi a presidente Dilma Rousseff ter sacramentado o reajuste do salário mínimo em 11,6% a partir de primeiro de janeiro. "O reajuste do mínimo vai elevar despesas trabalhistas e assistenciais, principalmente as da previdência", lembra Fábio Klein, analista de finanças públicas da Tendências Consultoria Integrada. As despesas da previdência respondem por quase metade dos gastos obrigatórios (que são engessados e nos quais o governo não pode mexer).

Na avaliação de Felipe Salto, economista e especialista em contas públicas, a regra deveria ser revista. "É preciso rediscutir as indexações", diz. "Além do mais, a dívida pública crescente combinada com a inflação descontrolada anulam os aparentes efeitos positivos do aumento. Basta ver o dado da massa salarial: queda de mais de 12% (entre novembro deste ano e o de 2014)."

Para os economistas, o governo poderia ter atenuado o impacto, neste momento de aperto fiscal e recessão, revendo o reajuste ou alterando a data em que ele entra em vigor, de janeiro para maio, como era antes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, disse nesta terça-feira, 22, que a pasta mantém a previsão de superávit comercial de US$ 35 bilhões em 2016. "Alguns analistas preveem de US$ 30 bilhões a US$ 40 bilhões de saldo, então eu vou ficar em US$ 35 bilhões, que considero um patamar razoável", avaliou.

O ministro disse não vislumbrar uma perspectiva de recuperação do preço de commodities minerais em 2016, mas estimou que as commodities agrícolas podem ter alguma recuperação de valor. "O que posso dizer é que, com certeza, haverá aumento de exportações de manufaturados em 2016, sobretudo automóveis, devido aos acordos automotivos e decisões da indústria mundial. A plataforma brasileira pode se constituir uma opção melhor que outras em 2016", afirmou.

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O ano de 2015, segundo ele, se caracterizou por uma virada na balança comercial, que de um déficit de US$ 4 bilhões no ano passado deve fechar este ano com superávit acima de US$ 17 bilhões. Até a terceira semana de dezembro, o superávit brasileiro é de US$ 16,660 bilhões.

"Isso se deve ao realinhamento do câmbio e à retração das importações, mas em 2015 houve também aumento da quantidade exportada, maior que a média mundial. Além disso, só a queda de preços das commodities fez Brasil perder US$ 30 bilhões em receitas", afirmou.

Monteiro avaliou que o desempenho positivo da balança contribui para que o País tenha um bom resultado este ano no setor externo. "Talvez essa seja a nossa única notícia positiva. Não vamos queimar reservas cambiais para financiar o déficit em transações correntes e todas as projeções apontam para um cenário melhor em 2016", estimou. "Temos que aproveitar a janela de oportunidade do câmbio para retomar canais de exportação", completou.

O ministro destacou a aproximação comercial do Brasil com os Estados Unidos neste ano, com incremento nas exportações para o mercado norte-americano. "Uma política comercial que não prioriza os EUA não é pragmática", enfatizou. Ele também citou medidas no sentido de aumentar as margens de preferência tarifária com o México, além de ajustes no acordo automotivo que elevou os embarques de automóveis para o parceiro. "Também costuramos acordo automotivo com a Colômbia", acrescentou.

Quanto ao Mercosul, Monteiro afirmou que a troca de ofertas para o acordo comercial com a União Europeia deve ocorrer no primeiro trimestre de 2016. "A Argentina deu sinalizações positivas nesta Cúpula do Mercosul e poderemos iniciar o processo no começo do ano", disse, referindo-se a reuniões realizadas nos últimos dias em Assunção, no Paraguai.

Perguntado sobre a demora de uma decisão sobre o imposto de importação do aço, Monteiro disse que um anúncio só deve ser feito no começo do próximo ano, já que a troca de ministros na equipe econômica levou ao prolongamento das discussões sobre o tema. "Vários países têm adotado medidas de proteção ao setor siderúrgico e o Brasil não pode ficar inerte. O governo tem adotado uma posição extremamente cautelosa no setor do aço, já que se trata de um insumo que impacta várias cadeias produtivas", concluiu.

China

Monteiro admitiu que o reconhecimento da China como economia de mercado é questão extremamente delicada que o País precisará lidar em 2016. Segundo ele, o governo analisa preocupações do setor privado, sobretudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). "O ministério vai opinar sobre a China, mas a decisão do governo será política e estratégica", considerou.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta sexta-feira (25) durante evento de segurança pública em Goiânia, que a crise econômica vai resultar em aumento da criminalidade no País. Ele criticou a estratégia do governo de cumprimento de seguidos superávits primários que, segundo ele, resultam também em cortes no orçamento para o setor de segurança pública.

"Assistimos a um problema da situação econômica do País. Isso vai gerar aumento dos problemas da segurança pública. Quem perde a condição econômica acaba sendo jogado para a criminalidade", disse Cunha, ao participar do Fórum de Cidadania e Segurança Pública do Grupo de Líderes Empresariais (Lide).

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Para o presidente da Câmara, o cumprimento do "tal superávit primário", que causa também redução de gastos na segurança, "é a primeira coisa a gente tem de combater". "Tem pontos que precisam ser debatidos que não parecem ter nada a ver com a segurança pública, mas acabam influenciando nela. Em primeiro lugar, é o conceito do tal superávit primário", disse. "Em nome desse tal do superávit, todo dinheiro que entra para o fundo penitenciário acaba sendo colocado para essa finalidade (superávit)", completou.

A fala de Cunha ocorre um dia depois de integrantes da base aliada discutirem uma estratégia para convencer a presidente Dilma Rousseff a demitir os ministro Joaquim Levy (Fazenda), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Aloizio Mercadante (Casa Civil). A conspiração foi comandada pelo líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC).

Como mostrou o jornal O Estado de S.Paulo desta sexta-feira, o presidente da Câmara também foi instado a participar. Oficialmente, Cunha tem se posicionado contra o PMDB participar da reforma ministerial. Ele destaca, no entanto, que essa é uma posição pessoal.

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) se manifestou na noite desta quarta-feira (22), por meio de nota, sobre a revisão negativa da meta do superávit primário. Segundo o posicionamento da legenda, os resultados provam a inabilidade de governança, principalmente, em relação a assumir os compromissos prometidos. 

No documento assinado pelo presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves avalia que “a revisão para baixo da meta do superávit primário é mais uma prova da incapacidade do governo de cumprir com os compromissos assumidos e decorre de inúmeros e repetidos erros na condução da política econômica nos últimos anos”, alega parte do texto, prevendo um cenário pior para os próximos anos. “A medida já era esperada e demonstra que, ao contrário do que havia sido divulgado pelo governo federal, o ajuste ainda é incerto e não será rápido. O cenário para os próximos anos é de um ajuste fiscal difícil e que exigirá um aumento do superávit primário ao longo dos próximos três anos”. 

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Segundo os tucanos, se antes havia a expectativa de crescimento do PIB de 1% este ano, a perspectiva agora é de uma queda de 2% e de crescimento negativo em 2016. “A queda do PIB se transforma em perda de arrecadação. Segundo a Receita Federal, no primeiro semestre deste ano, a arrecadação de receitas federais teve queda real de R$ 18,3 bilhões, diminuição de 3% em relação ao primeiro semestre do ano passado”, cita o texto. 

A nota alega que os cortes feitos pelo Governo Federal foram nas áreas de investimento público, cortes temporários, sem nenhum ajuste estrutural. “Adicionalmente, as despesas de custeio no primeiro semestre deste ano continuaram crescendo muito acima do PIB porque o governo não teve a coragem de fechar um único ministério e ainda está pagando contas atrasadas da primeira gestão da presidente Dilma”, critica os tucanos por meio do documento. 

O PSDB acredita que a maior preocupação na revisão para baixo da meta de superávit primário é “se o governo terá condições políticas para aumentar o resultado primário a partir do próximo ano e fazer uma economia fiscal (superávit primário) que seja suficiente para evitar um crescimento excessivo da dívida pública até 2018”. 

Ainda alfinetando a gestão da presidente Dilma (PT), o posicionamento dos tucanos afirma que depois de mais de seis meses, tem-se a impressão de que se avançou quase nada e a responsabilidade “desse desastre ocorrido com o Brasil é do governo do PT que gastou ao longo dos últimos anos além do crescimento da economia, adiou o pagamento de despesas e "fez o diabo" para vencer as eleições”, critica a nota. 

Outras cobranças descritas na nota referem-se ao desemprego e ao ajuste fiscal. “Se o governo tivesse tomado às medidas corretas no tempo certo, não estaríamos passando por uma recessão, com aumento do desemprego e ainda com um elevado risco de desequilíbrio fiscal. Se o governo tivesse agido com responsabilidade com o país, os brasileiros não estariam hoje tendo que pagar a conta dos erros do PT”, finaliza a nota assinada por Aécio Neves. 

Após intensas negociações nos últimos dias com o governo, o relator do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, deputado Ricardo Teobaldo (PTB-PE), apresentou um parecer que manteve a meta de superávit primário para o ano que vem em 2%. Assim, União, Estados, Distrito Federal e municípios terão de economizar R$ 126,7 bilhões em 2016 para o pagamento dos serviços da dívida pública. Pelo texto, o governo federal terá de cumprir R$ 104,55 bilhões da meta fiscal em 2016 (1,65% do PIB) e estados, DF e municípios R$ 22,18 bilhões (0,35%).

No texto apresentado na quarta-feira (15) depois das 21 horas, Teobaldo argumentou que, "apesar de o momento interno e externo não corresponder exatamente ao quadro fiscal previsto no projeto original, segundo vários analistas e previsões recentes apresentadas em relatórios do Banco Central, não nos parece prudente, por ora, propor qualquer modificação das metas previstas". "Isso porque a chefe do Poder Executivo (Dilma Rousseff), responsável em primeira mão pela execução da política fiscal, manifestou-se publicamente pela manutenção das previsões", justificou o relator.

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No novo relatório de receitas e despesas, com divulgação prevista para o próximo dia 22, o governo deverá sinalizar se vai concordar ou não com mudanças na meta fiscal deste ano e, eventualmente, de anos posteriores. Como a votação do texto pelo Congresso ficará para agosto, eventuais mudanças das metas serão feitas posteriormente.

O deputado disse que a meta de 2% para 2016 será mantida em 2017 e 2018. Segundo ele, "a premissa é reduzir ou pelo menos manter a relação dívida/PIB e assegurar o compromisso com a estabilidade macroeconômica e com a responsabilidade fiscal". É uma posição contrária ao que vinha pregando parlamentares como o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Defensor da redução da meta de 2015 dos atuais 1,1% para 0,4% - o que não é possível fazer no projeto da LDO de 2016 -, Jucá queria uma meta para o ano que vem de 1%, para 2017 de 1,5% e somente em 2018 chegaria a 2%.

Ao contrário de anos anteriores, o relator rejeitou a possibilidade de se reduzir a meta do ano que vem em função de despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ou de desonerações tributárias. Segundo ele, o projeto aumenta dessa forma "a transparência e a previsibilidade da política fiscal". Assim como a LDO de 2015, ele permitiu que o governo central compense no ano seguinte a meta não atingida por Estados e municípios.

Prioridade

O relator Ricardo Teobaldo incluiu em seu parecer a previsão de que políticas públicas que favoreçam geração de emprego e renda terão prioridade no momento da alocação de recursos orçamentários. O texto prevê que as agências financeiras oficiais de fomento deverão ter como diretriz geral a preservação e geração de emprego, respeitadas as peculiaridades de cada um dos órgãos. Contudo, a proposta não detalha quais ações poderão ser tomadas a fim de efetivamente garantir emprego e renda.

A defesa da inserção na LDO de 2016 de iniciativas que preservem o emprego foi feita dias atrás pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). "O desemprego tem se agravado no Brasil e é fundamental que nós tenhamos na LDO políticas públicas capazes de garantir a redução da meta do próprio desemprego", afirmou Renan, na segunda-feira (13).

Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no último dia 9, a taxa de desemprego medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua ficou em 8,1% no trimestre até maio, o que representa aumento em relação a igual período de 2014, quando estava em 7,0%. Com o resultado, a taxa de desocupação atingiu o maior patamar da série histórica da Pnad Contínua. A pesquisa começou a ser apurada em janeiro de 2012.

Recesso branco

Mesmo com o relator tendo apresentado seu parecer à LDO de 2016, o Congresso Nacional vai entrar em "recesso branco" a partir do sábado (18) sem a votação do projeto. A aprovação da LDO é um pré-requisito previsto na Constituição para que deputados e senadores entrem de férias oficialmente. Contudo, os parlamentares vão fazer um recesso informal, o chamado recesso branco.

A presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), tentará fazer nesta quinta-feira (16) um último esforço para votar o parecer da LDO de 2016 ainda no colegiado. Contudo, mesmo com o texto apresentado por Ricardo Teobaldo, não há acordo entre líderes partidários para a votação da proposta na comissão. Rose marcou uma reunião com líderes para decidir se é possível votar a proposta na comissão hoje.

Ainda que o texto seja aprovado na CMO, hipótese considerada remotíssima por parlamentares, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), já avisou sua assessoria de que vai convocar sessão do plenário apenas em agosto. Ou seja, hoje e amanhã, último dia de trabalho antes do recesso informal, não deverá ter sessão de votação do Congresso.

O projeto de LDO de 2016 precisa obrigatoriamente passar pelo plenário do Congresso, que desde março não se reúne e ainda tem 12 vetos que trancam a pauta.

A balança comercial brasileira registrou em abril um superávit de US$ 491 milhões, resultado de exportações de US$ 15,156 bilhões e importações de US$ 14,665 bilhões. Em abril de 2014, a balança havia tido um superávit de US$ 506 milhões. Na última semana de abril (entre os dias 27 e 30), a balança registrou superávit de US$ 541 milhões, com vendas externas de US$ 3,272 bilhões e importações de US$ 2,731 bilhões.

O saldo positivo superou o teto das expectativas de mercado, que apontavam desde um déficit comercial de US$ 300 milhões a um superávit de US$ 253 milhões, de acordo com levantamento do AE Projeções com 21 instituições. A mediana das estimativas apontava para um superávit de US$ 50 milhões.

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No acumulado do ano até abril, a balança continua no vermelho, com déficit de US$ 5,066 bilhões. As exportações somaram US$ 57,931 bilhões nos primeiros quatro meses deste ano e as importações totalizaram US$ 62,997 bilhões. No ano passado, o déficit no primeiro quadrimestre foi maior, de US$ 5,573 bilhões.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou em entrevista a jornalistas neste sábado (18) que a meta de superávit primário é factível. "Vamos trabalhar duro. Toda meta envolve um esforço e é um esforço continuado", disse em entrevista à imprensa neste sábado, na Embaixada do Brasil em Washington.

Questionado se há a necessidade de aumentar impostos para que a meta de superávit seja cumprida, Levy afirmou que algumas coisas precisam ser reorganizadas. "Um imposto bem desenhado é um dos fatores mais poderosos para o investidor fazer suas decisões", disse aos jornalistas.

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Levy afirmou que, depois de participar dos encontros esta semana durante a reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI), a percepção sobre o Brasil está mudando. "Há a percepção de que o Brasil está tomando ações. As pessoas veem que há um envolvimento de todas as esferas da sociedade, a presidente atuando, o Congresso", disse ele.

O ministro afirmou ainda que começou a ocorrer uma estabilização das expectativas com relação ao Brasil, ainda em nível baixo. "As pessoas começaram a ver que o País tem rumo", disse ele, ressaltando que o ajuste que vem sendo feito na economia é uma etapa indispensável para o Brasil voltar a crescer.

"Saí mais confiante em relação a percepção dos nossos parceiros do que quando cheguei", afirmou Levy sobre a impressão antes e depois de participar dos encontros esta semana, em Washington. Segundo ele, há uma grande torcida entre os países parceiros do Brasil para que o ajuste dê certo. "O que é bom para o País é bom para nossos parceiros. Tem havido mais entendimento."

Levy está em Washington para participar da reunião do FMI e do G-20, o bloco dos países mais ricos do mundo. O brasileiro tem tido ainda encontros reservados com investidores e ministros das finanças de outros países.

Uma semana antes de mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado financeiro manteve suas projeções para a Selic no encerramento dos anos. No Relatório de Mercado Focus desta segunda-feira, 23, os analistas projetam que a taxa básica de juros terminará o ano em 12,75% como na semana anterior - um mês atrás, a mediana das expectativas estava em 12,50%.

Apesar desse congelamento para o fim de 2015, a Selic média para este ano passou de 12,78% para 12,84% ao ano, o que embute a perspectiva de que há mais analistas prevendo uma taxa maior para o juro básico da economia ao longo deste ano.

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Para o encerramento de 2016, a mediana das projeções foi mantida em 11,50% pela oitava semana seguida. A previsão mediana para a Selic média do ano que vem também ficou paralisada - 11,61% ao ano - mas vale ressaltar que está acima da taxa efetiva aguardada para o final do ano que vem. Há um mês, porém, a mediana das projeções para essa variável estava maior, em 1,69% ao ano.

No caso dos economistas que mais acertam as projeções para o rumo da taxa básica de juros preveem uma elevação bem mais forte do que a pesquisa geral. Para o grupo Top 5 de médio prazo, a Selic encerrará este ano em 13,00%, como já acreditavam esses analistas há cinco semanas. Para o encerramento de 2016, esse grupo projeta agora uma taxa de 11,38%, menor do que a mediana de 11,50% ao ano da semana passada. Essa taxa revela que os profissionais estão divididos em relação ao patamar do juro no encerramento de 2016.

Superávit comercial

As projeções do mercado financeiro para a balança comercial apresentaram piora tanto para 2015 quanto para 2016. A mediana das estimativas para o saldo comercial em 2015 passou de um saldo positivo de US$ 5 bilhões para US$ 4,40 bilhões no período. Há quatro semanas, essa projeção era de US$ 4,50 bilhões. Para 2016, a mediana das projeções diminuiu de um superávit de US$ 12 bilhões para US$ 11 bilhões. Mesmo assim, segue acima da expectativa de saldo positivo de US$ 10,02 bilhões verificado quatro semanas atrás.

No caso das previsões para a conta corrente, o mercado financeiro ajustou a mediana para 2015 de um déficit de US$ 78,00 bilhões da pesquisa passada, e de quatro edições atrás, para US$ 78,40 bilhões. Já para 2016, a perspectiva de saldo negativo passou de US$ 69,25 bilhões na semana passada para US$ 69,75 bilhões agora. Um mês antes esse número estava em US$ 69,00 bilhões.

Para esses analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) será insuficiente para cobrir esse resultado deficitário em 2015 e também no ano que vem, já que a mediana das previsões para esse indicador foi mantida US$ 60,00 bilhões para os dois anos.

Câmbio

Depois de engatar alta nas negociações atuais, o dólar chegou a R$ 3,00 no Relatório Focus. A estimativa é a mediana das projeções do mercado para o câmbio no encerramento de 2016. Há uma semana, o ponto central da pesquisa era de uma cotação de R$ 2,93 e, há quatro, de R$ 2,90. Com esse aumento, a mediana para o câmbio médio ao longo do ano que vem também sofreu alteração, passando de R$ 2,85 para R$ 2,88. Quatro semanas atrás, estava em R$ 2,82.

No caso de 2015, a mediana das estimativas para o câmbio foi mantida em R$ 2,90 - quatro edições anteriores do boletim Focus estava em R$ 2,80. Apesar da manutenção ao final do ano, foi observada uma elevação no caso do câmbio médio de 2015, que passou de R$ 2,81 para R$ 2,84 - um mês antes estava em R$ 2,72.

IGP-DI

A inflação no atacado mostrou algum alívio no Focus desta segunda-feira. De acordo com o documento, a mediana das estimativas para o IGP-DI deste ano caiu, enquanto a das projeções para o IGP-M foi mantida. O boletim Focus mostrou que o IGP-DI deve encerrar 2015 em 5,75% e não mais em 5,81% como os analistas projetavam uma semana antes. Quatro semanas atrás, a mediana das estimativas estava em 5,64%. Para 2016, a perspectiva de alta de 5,50% desse indicador segue pela 29a semana consecutiva.

Já o ponto central da pesquisa para o IGP-M de 2015 ficou congelado em 5,81% de uma semana para outra - um mês antes estava em 5,66%. No caso do ano que vem, a expectativa dos participantes é a de que o principal índice de inflação referência para reajuste de alugueis também suba 5,50%, de acordo com o boletim Focus, que registra esse patamar também há 29 semanas.

O IPC-Fipe para 2015 ficou congelado na pesquisa Focus divulgada hoje. O boletim mostrou que a mediana das projeções está em 6,47%. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 5,50%. Para 2016, porém, a previsão para a inflação de São Paulo, permaneceu em 5,00%, mesmo patamar visto quatro semanas antes.

Os investidores brasileiros não acreditam que o ministro indicado da Fazenda, Joaquim Levy, conseguirá atingir sua meta de um superávit primário de 1,2% do PIB em 2015, segundo uma pesquisa do Bank of America Merrill Lynch (BofA). O banco realizou a sondagem com quase 200 investidores, durante o evento Brazil Macro Year Ahead, realizado na semana passada. Entre os entrevistados, 51% acreditam que o superávit ficará entre 0,5% e 1,0%; outros 20% têm uma previsão ainda menor, de menos de 0,5%; 28% veem um resultado entre 1,0% e 1,2%; e somente 1% esperam que a meta seja superada.

Entre os ajustes esperados para serem adotados pela nova equipe econômica, excetuando-se a política fiscal, 36% dos entrevistados apostam em um aperto monetário; 26% não creem em ajuste nenhum; 20% acreditam em reformas estruturais; 13% antecipam mudanças nos mercados de crédito; e 5% esperam maior abertura comercial. Questionados sobre em que ponto o atual ciclo de aperto monetário deve terminar, a maioria (49%) vê a Selic atingindo um pico de 12,50%.

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Os investidores estão divididos sobre quanto da nova equipe econômica já está precificado pelos mercados. Quase metade (48%) acredita que novos ralis nos ativos brasileiros ainda são possíveis, mas outros 40% avaliam que o futuro time já está inteiramente precificado e 11% acham que os ganhos nos mercados foram excessivos.

Em relação à economia global, o principal temor dos investidores brasileiros é com o aumento nos yields dos Treasuries (49% das respostas), seguido da deflação na Europa (24%), a queda nos preços do petróleo (17%) e riscos geopolíticos em geral (10%). E eles não acham que a recente retração nos preços das commodities é um fator transitório. Para 52%, o movimento se deve a choques estruturais e deve levar a uma menor inflação global.

Nesse cenário, as perspectivas para o crescimento do Brasil não poderiam ser positivas. Apenas 7% esperam uma expansão do PIB em 2015 de mais de 1%. Para a maioria (46%), a atividade deve ter alta de zero a 0,5%. Além dos fatores citados acima, o risco de racionamento de energia também entra na conta. Do total de entrevistados, 38% acreditam que a chance de isso acontecer é de 20% a 40%. A crise na Petrobras é mais um dado a se considerar. Cerca de 32% acreditam que o escândalo na estatal pode levar a um crescimento menor, embora a maioria (53%) espere apenas um tumulto político maior (53%). Em relação ao câmbio, os investidores (59%) veem o dólar terminando o próximo ano entre R$ 2,65 e R$ 2,85.

O deputado federal, Mendonça Filho (DEM) foi porta voz da oposição na Câmara e declarou que a bancada pretende obstruir a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2015, que estava prevista para esta terça-feira (9). O motivo alegado pelo parlamentar foi a falta de compromisso do Governo Federal com as metas fiscais. 

"Adotamos essa postura porque o governo desmoralizou a LDO de 2014 ao alterar a meta fiscal há menos de 20 dias do final do ano. Isso é uma aberração jurídica e fiscal. Como é que vamos agora ter certeza do cumprimento da LDO diante do comportamento do governo?”, afirmou o democrata. 

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De acordo com o deputado, a pauta só entrará em discussão quando o futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, compareça ao Congresso para firmar o compromisso com as metas de inflação do superávit primário e redução do endividamento, como constam na LDO.   “Se o futuro ministro não vier aqui, o governo terá o dobro da dificuldade para aprovar a LDO do que teve na votação do PLN 36”, pontuou Mendonça. 

O anuncio foi feito durante a reunião da  Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), quando o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini apresentou avaliação das metas políticas monetária, creditícia e cambial referentes ao segundo semestre de 2013 e primeiro semestre de 2014.

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