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O presidente uruguaio, José Mujica, promulgou a lei que legaliza a produção e venda de maconha, sancionada no último dia 10 pelo Senado, um projeto inédito, que gerou elogios e críticas ao redor do mundo, anunciou nesta terça-feira uma fonte da presidência.

A lei, promovida pelo presidente, entra em vigor a partir de sua promulgação, mas deve-se esperar a regulamentação, que o Executivo tem que apresentar em até quatro meses, para se saber como serão concedidas as licenças para o cultivo, que variedades da droga serão produzidas, e outros pontos que estão indefinidos.

O Uruguai se tornou o primeiro país do mundo a legalizar totalmente a maconha nessa terça-feira (10), à medida que a América Latina procura novas maneiras de combater o tráfico de drogas ilegais. Com 16 votos favoráveis e 13 contrários, o Senado uruguaio aprovou o projeto de lei que legaliza o cultivo e a distribuição de maconha em seu território por meio do Estado.

Em julho, o projeto de lei já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados do Uruguai, com 50 votos favoráveis entre os 96 legisladores.

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O presidente uruguaio, José Mujica, que classifica o projeto de lei como um "experimento", procura criar um mercado regulado de maconha para privar os traficantes de droga de uma importante fonte de receita. O Estado uruguaio iria regular a produção, a distribuição e a venda de maconha para usos recreativos, industriais e medicinais.

"O Estado é capaz de regular melhor um mercado visível do que um mercado invisível. Quando um mercado é ilegal a capacidade reguladora do Estado é muito menor", afirmou Diego Canepa, chefe do gabinete de Mujica.

A legalização da maconha no Uruguai ocorre em meio a um debate crescente entre os líderes latino-americanos sobre como lidar com a violência e a corrupção ligada ao tráfico de drogas ilegais. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um grupo de políticos brasileiros, liderado pelo deputado federal Osmar Terra, chega na próxima terça-feira (5) a Montevidéu para manifestar aos legisladores uruguaios a preocupação de Brasília diante da iminente aprovação da lei que regulariza o consumo de maconha no Uruguai, informou neste sábado (2) a imprensa local.

Terra informará aos integrantes da comissão de Saúde do Senado uruguaio, que analisa o tema antes de sua iminente aprovação, "sua preocupação com a abertura do caminho às drogas", já que cidadãos brasileiros, especialmente do Sul, viajarão ao Uruguai para conseguir" maconha, segundo o jornal El Pais de Montevidéu, que cita uma fonte ligada ao político.

O deputado Terra, médico, chegará a Montevidéu com o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais do Rio Grande do Sul, Marcelo Dornelles, e o assessor de políticas contra as drogas do governo da presidente Dilma Rousseff, Vitore Maximiano, afirma o jornal.

O presidente uruguaio, José Mujica, está disposto a submeter a referendo o projeto de legalização da maconha promovido por seu governo, que, dias atrás, foi parcialmente sancionado pelo Congresso.

"Estão impulsionando (na oposição) um referendo - e espero que o façam -, pois é preciso sair e debater tudo isso. Se não o fizerem, estou pensando em promover isso para que o povo uruguaio se inteire de tudo isso", afirmou Mujica ao jornal La República.

Depois da decisão do Congresso, alguns políticos da oposição anunciaram que pretendem defender a realização de um referendo para derrubar a lei.

A Câmara dos Deputados uruguaia aprovou na madrugada de quarta-feira passada o projeto de lei que legaliza a produção e o consumo da maconha, enviando o expediente ao Senado, também controlado pelos governistas da Frente Ampla.

O texto, aprovado por 50 dos 96 deputados presentes, após quase 14 horas de debate, pretende fazer do Estado uruguaio o primeiro do planeta a assumir o controle de todo o processo de produção e venda da maconha.

Além de legalizar a maconha e ter lançado duras medidas contra o cigarro, em 2006, o governo uruguaio também enviou ao Parlamento um projeto de lei para regular o mercado do álcool, principalmente limitando a propaganda de bebidas alcoólicas.

Mas o polêmico projeto é rejeitado por 63% da população, segundo recente pesquisa do instituto Cifra.

O projeto de lei - apresentado em junho de 2012 em um pacote de medidas para combater o aumento da violência - prevê o controle do Estado sobre a importação, o plantio, o cultivo, a colheita, a produção, a aquisição, o armazenamento, a comercialização e a distribuição da maconha e de seus derivados.

Após o devido registro, os usuários poderão comprar até 40 gramas mensais de maconha nas farmácias, mas também será permitido o cultivo para consumo próprio.

Holanda, Espanha e alguns estados americanos permitem a produção, o cultivo em clubes ou o consumo de maconha com restrições, de acordo com os casos, mas o Uruguai será o primeiro país do mundo em que o Estado controlará a venda ao consumidor.

O ex-presidente do México Vicente Fox (2000-2006) defendeu na quinta-feira a legalização da maconha em seu país, em um fórum sobre o tema no qual participam personalidades políticas, empresariais e acadêmicas.

"Não está sendo promovido o consumo da droga, mas se trata de um debate sério e profissional" sobre a legalização do uso da maconha, disse o ex-presidente em uma coletiva de imprensa em Guanajuato (centro), onde pediu que o Congresso mexicano retome este debate.

Fox afirmou que o ex-presidente Felipe Calderón (2006-2012) "embarcou o país em uma guerra sanguinária" ao lançar no início de seu mandato uma ofensiva militar contra os cartéis de narcotraficantes, que, segundo números oficiais, provocou a morte de mais de 70.000 pessoas.

"É preciso acabar com esta guerra, mas a única forma de fazer isso é através da legalização. Vamos começar com a maconha", opinou Jorge Castañeda Gutman, que foi chanceler durante os três primeiros anos de gestão de Fox.

Nos Estados Unidos, grande consumidor de drogas, o consumo de maconha já é legal para fins medicinais em uma dezena de estados, enquanto a posse e o consumo foram legalizados para fins recreativos em Washington (noroeste) e Colorado (centro) em novembro do ano passado.

Em maio passado, durante uma visita aos Estados Unidos, Fox comemorou que o uso da maconha comece a ser legal no país, e classificou a iniciativa como uma oportunidade para colocar fim à violência no México, palco frequente de incidentes violentos relacionados aos cartéis de droga, que disputam as rotas de narcotráfico em direção ao norte.

Ao menos duas mil pessoas, a maioria jovens, protestaram neste sábado (4), na Praça de Maio, no centro de Buenos Aires, para pedir a descriminação do consumo e do cultivo da maconha na Argentina, comprovou a AFP. Jovens com cabelos rastafári, músicos de reggae e outros usuário da erva caminharam pelo tradicional calçadão em direção à Casa Rosada, sede do governo, em meio a um forte cheiro de maconha.

O protesto fez parte da "Marcha Mundial da Maconha", convocada por organizações que defendem a "descriminação dos usuários e o combate ao narcotráfico". "Legalizem o cultivo e não haverá mais prisões. Legalizem o consumo", dizia uma camiseta vendida por 60 pesos (13 dólares) durante o protesto.

Vários vendedores aproveitaram o protesto para oferecer maconha, camisetas com desenhos e frases alusivas à erva e artigos diversos com as cores da bandeira da Jamaica. Em 2009, a Corte Suprema da Argentina declarou inconstitucional o castigo penal para a posse de pequenas quantidades de drogas.

Milhares de manifestantes voltaram às ruas de Paris, nesta sexta-feira à noite, em um protesto contra o casamento gay que terminou com alguns detidos. A manifestação teve início algumas horas depois do término do exame parlamentar do projeto de lei que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo e permite a adoção de crianças por parte de um casal homossexual. Pelo menos 2.500 pessoas, segundo a polícia, e 7.000, de acordo com os organizadores, estavam reunidas nos arredores da Assembleia Nacional.

Seguindo uma rotina que se repete desde a última terça, os manifestantes seguiram da estação de metrô Sèvres-Babylone, no centro da capital francesa, até a Esplanade des Invalides, perto da Assembleia.

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O protesto transcorreu sem confusão até 21h30 (16h30 de Brasília). A polícia determinou o encerramento do ato pouco antes das 22h (17h de Brasília), mas de 200 a 300 pessoas continuaram no local, apesar da chuva.

Cerca de 50 pessoas, algumas de capuz, confrontaram a polícia, que reagiu com gás lacrimogêneo. Pelo menos um homem foi detido. O ato foi totalmente encerrado por volta de 1h de sábado (20h horário de Brasília).

As manifestações de terça, quarta e quinta já haviam sido marcadas por incidentes, durante os quais dezenas de pessoas foram detidas.

Os manifestantes prometeram voltar às ruas no domingo (hora local).

O Colorado se tornou o segundo estado americano a legalizar a maconha para uso recreativo, nesta segunda-feira (10), quando o governador sancionou um projeto de lei apoiado pelos eleitores.

Dias depois de os usuários do estado de Washington (noroeste) comemorarem a entrada em vigor de uma lei similar, o governador do Colorado (oeste), John Hichenlooper, sancionou uma lei que legaliza o uso pessoal, o porte e o cultivo limitado de maconha para adultos a partir dos 21 anos.

Os eleitores do Colorado apoiaram a Emenda 64, que legaliza o uso de maconha em 6 de novembro, em um dos muitos referendos estaduais celebrados no mesmo dia das eleições presidenciais em que Barack Obama foi reeleito para um segundo mandato.

"Os eleitores foram altos e claros no dia da eleição", disse o governador, enquanto assinava a medida para torná-la lei. "Começaremos a trabalhar imediatamente com a Assembleia Geral (do estado) e com as agências estaduais para implementar a Emenda 64", acrescentou.

No entanto, alertou: "Ainda é ilegal, segundo as leis estaduais, comprar ou vender maconha em qualquer quantidade, assim como consumi-la em público ou de forma que ponha em risco os demais".

A lei federal americana ainda proíbe o uso recreativo, o que complica a situação para os dois estados do oeste que a legalizaram. O consumo de maconha com fins terapêuticos já é permitido em vários estados do país.

Consciente das contradições legais, Hickenlooper anunciou ainda a criação de uma unidade para a implementação da Emenda 64.

"A unidade considerará e resolverá uma série de questões legais, políticas e processuais que afetam várias partes e interesses para implementar essa nova emenda constitucional", anunciou seu gabinete em um comunicado.

"Todas as partes compartilham o interesse em criar regulamentações eficientes e efetivas que contribuam para o desenvolvimento responsável das novas leis sobre a maconha", acrescentou.

O estado vizinho de Washington, Oregon, também realizou um referendo sobre a legalização do consumo recreativo da maconha em 6 de novembro passado, mas seus cidadãos o rejeitaram por 55% dos votos contra 45%.

 

O Uruguai permitirá a posse de até 40 gramas de maconha mensais a consumidores registrados, seis plantas para aqueles que as cultivam, e 90 para clubes de consumidores, segundo o texto que regulamenta a produção e venda de cannabis que começará a ser estudado nesta quinta-feira em uma comissão legislativa.

O projeto de 36 artigos concluído depois de três meses de debates entre o Poder Executivo e legisladores da Frente Ampla (FA, governo, esquerda) será apresentado formalmente na quinta-feira à Comissão Especial de Adições da Câmara dos Deputados para que comece a debatê-lo e possa submetê-lo a votação em plenário antes do final do ano, disse à AFP o deputado governista Julio Bango, integrante da comissão.

"O Estado (...) assumirá o controle e a regulamentação das atividades de importação, exportação, planejamento, cultivo, colheita, produção, aquisição, armazenamento, comercialização e distribuição de cannabis ou seus derivados", indica o texto, ao qual a AFP teve acesso e que defende a aplicação de uma "política destinada a minimizar os riscos e a reduzir os danos do uso da cannabis".

O projeto prevê a criação de um organismo público não-estatal, o Instituto Nacional da Cannabis (Inca), que regulará da plantação à distribuição e as receitas com a maconha, além de fiscalizar o cumprimento da norma.

De acordo com o texto, será permitido o cultivo doméstico de cannabis com um limite de até seis plantas e de até 480 gramas anuais em estoque.

O Inca também autorizará a criação de clubes de membros, que poderão ter um máximo de 15 sócios, 90 plantas e estocar no máximo 7.200 gramas por ano.

Atualmente, o consumo de maconha não é considerado crime no Uruguai e fica a cargo dos juízes quanto uma pessoa pode ter para consumo próprio para que não seja punida penalmente.

Aqueles que não respeitarem o mecanismo legal de consumo, produção ou cultivo próprio continuarão podendo sofrer sanções penais, esclareceu Bango.

"Se alguém comprar no mercado negro, ficará submetido às disposições penais que vão continuar em vigor", enfatizou.

Aqueles que já possuem plantas terão 180 dias para registrar seu cultivo, depois que for aprovada a lei, que estabelece que as informações sobre a identidade dos cultivadores "terão caráter confidencial" e serão reservadas.

Se a norma finalmente for aprovada, o Poder Executivo deverá depois regulamentar mecanismos de acesso às sementes, padrões de segurança, as condições de uso das licenças de cultivos, o registro dos consumidores e como será a distribuição, entre outros.

"Mais do que saber quem compra, o que importa é ter o controle sobre a substância, porque fora das fronteiras não vai haver uma regulamentação semelhante e temos que cuidar para que não haja uma saída de maconha" para o exterior, explicou Bango.

O legislador adiantou também que para os ganhos da cannabis serão concedidas licenças a entes privados ou públicos, que deverão informar sobre os riscos do consumo abusivo de drogas.

"O que estamos tentando não é promover o consumo, e sim o contrário, reduzir o dano", ressaltou.

No Uruguai, com 3,2 milhões de habitantes, 8,3% da população consumiu maconha no ano passado, o que representa cerca de 128.000 pessoas, segundo uma pesquisa da Junta Nacional de Drogas divulgada em maio.

Embora a meta seja no próximo ano seja concluída a aprovação do projeto, Bango acredita que o sistema dificilmente possa ser implementado antes de 2014.

"Há muitos detalhes que a lei prevê que seja necessário implementar que requerem uma execução muito planejada e muito séria, e sem improviso", destacou. "É preciso fazer algo viável e seguro".

O projeto de legalização da maconha foi anunciado em junho pelo governo como parte de medidas para combater a insegurança e endurecer as penas para os traficantes de pasta base de cocaína, que são considerados responsáveis pela violência.

Por 50 votos a favor e 49 contra, a Câmara dos Deputados do Uruguai aprovou, na noite desta terça-feira, um projeto de lei que descriminaliza o aborto até a 12ª semana de gestação,14ª em caso de estupro e prazo indeterminado em caso de risco para a saúde da mãe. O texto aprovado muda a proposta que já havia sido aprovada pelo Senado, em dezembro. Agora, o projeto volta ao Senado, onde não deve ter problemas para sua aprovação final, já que o partido governista da Frente Ampla tem maioria absoluta.

Se o projeto for ratificado, o Uruguai será o primeiro país da América do Sul a descriminalizar o aborto. A proposta do partido do governo, foi rejeitada em duas oportunidades. A última delas, a denominada Lei de Saúde Sexual e Reprodutiva, foi vetada pelo ex-presidente Tabaré Vázquez, em 2008. O então presidente justificou sua decisão a "razões filosóficas e biológicas" e provocou uma crise em seu partido. O presidente José "Pepe" Mujica já anunciou que não vetará o projeto.

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A Frente Ampla teve o apoio de um dos deputados do Partido Independiente (PI, de centro), Iván Posada, que compensou a perda do voto de um deputado governista, Andrés Lima, que foi autorizado pelo partido a votar contra a matéria. Tanto Frente Ampla quanto o Partido Colorado (de centro-direita) decidiram aplicar a disciplina partidária para o tratamento da matéria. A medida fez com que vários deputados declarassem, antecipadamente, a decisão de se retirar do plenário na hora da votação, para serem substituídos por seus suplentes.

Entre seus defensores, a lei dará à mulher "as maiores garantias" para realizar o aborto, como afirmou Posada. Já os detratores, como o Partido Nacional, evocaram o "direito à vida" e "a defesa dos direitos humanos" para tentar derrubar a matéria. O texto do projeto estabelece que toda mulher "terá direito a decidir a interrupção voluntária de sua gravidez durante as primeiras 12 semanas do processo de gestação".

Segundo o deputado governista Juan Carlos Souza, o projeto "não legaliza o aborto, mas abre uma instância importante para que as mulheres decidam livremente se vão abortar, com adequado apoio médico e legal, sem que sejam consideradas criminosas". A líder do ONG Mulher e Saúde no Uruguai (Mysu, pela sigla em espanhol), Marta Aguñin, explicou que o projeto aprovado não descriminaliza totalmente a interrupção voluntária da gravidez porque obriga a mulher a apresentar-se perante um tribunal integrado por médicos e assistentes sociais, para explicar sobre a decisão de interrompê-la.

Aguñin argumenta que o tribunal "é moralizante" e determina que a mulher reflita durante cinco dias antes de autorizá-la a realizar o procedimento. Em nota, a líder do grupo afirma que ninguém garante que o sistema de saúde público ou privado esteja em condições de oferecer os serviços de aborto durante o período determinado pela lei. Se o processo demorar mais que o prazo estipulado, o aborto continuará sendo um delito e a mulher corre o risco de ser punida, destacou a nota. Pesquisa de opinião pública realizada pela consultoria Cifra, na semana passada, revelou que 52% dos uruguaios apoiam a iniciativa, que é rejeitada por 34%.

O primeiro-ministro da França, Jean-Marc Ayrault, disse neste sábado que o governo vai enviar ao Parlamento um projeto de lei que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo. No final da década de 1990, a França foi um dos primeiros países a legalizar as parcerias de pessoas do mesmo sexo, dando aos casais homossexuais a maioria dos direitos e obrigações de casais heterossexuais, exceto o direito de adoção.

Discursando durante a convenção anual do Partido Socialista Francês em La Rochelle, Ayrault disse que "em outubro, enviaremos um projeto à Assembleia Nacional e ao senado para permitir que casais do mesmo sexo se casem. O projeto também permitirá que eles formem famílias e adotem crianças".

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A legalização do casamento entre homossexuais foi uma das promessas feitas pelo socialista François Hollande em sua campanha à eleição presidencial francesa. De acordo com várias pesquisas de opinião, a maioria dos franceses aprova a legalização dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, mas apoio ao direito à adoção, embora também seja majoritário, não é tão grande.

O governo da Escócia anunciou nesta quarta-feira planos para legalizar o casamento entre casais do mesmo sexo. A vice-primeira-ministra, Nicola Sturgeon, disse que a legislação que permite o casamento gay será apresentada em breve.

A medida tem o apoio dos principais partidos políticos escoceses. Ela segue uma consulta pública sobre o assunto. Se a legislação for aprovada, a Escócia será a primeira parte do Reino Unido a permitir uniões homossexuais.

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O governo do Reino Unido também conduziu uma consulta pública sobre a legalização, que tem o apoio do primeiro-ministro David Cameron. Mas as autoridades britânicas estão aguardando os resultados para assim saber a opinião pública antes de avançar na questão. As informações são da Associated Press.

No momento que se discute na CPI do Cachoeira as atividades ilegais do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) defendeu nesta quinta-feira a realização de um referendo para que os cidadãos decidam sobre a legalização dos jogos de azar. Para Cavalcanti, se a proposta for aprovada, não haveria mais o "senhor Carlinhos Cachoeira".

"É lógico que ele não existiria. Ele (Carlos Cachoeira) poderia atuar, mas não com o poder que ele tinha. Como é que ele adquiriu poder? Com dinheiro sujo. E aí o Brasil ficou sem receber um tostão de imposto, organizando uma máfia envolvendo policial, criminosos, políticos", afirmou, lembrando que desde a CPI dos Bingos, que encerrou os trabalhos em 2006, a atuação do contraventor com os jogos ilegais já era conhecida.

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Mozarildo é autor de um projeto que libera a exploração de jogos em hotéis-fazenda e hotéis de selva na Amazônia e no Pantanal. Segundo o parlamentar, o País está perdendo empregos para outros países da América Latina onde a exploração do jogo é permitida. Ele disse que apenas o Brasil e Cuba proíbem a atividade. Em Roraima, exemplificou, brasileiros cruzam a fronteira para irem jogar na Venezuela.

Contudo, o parlamentar é favorável a que se submeta a referendo, caso aprovado pelo Congresso, uma proposta mais ampla, a que legalizaria a prática em território nacional. "Há hipocrisia principalmente daqueles que formam a opinião no País em discutir o assunto", afirmou Mozarildo à Agência Estado, após abordar o tema em um discurso no plenário, para uma plateia de apenas três senadores. "A criminalidade existe porque a atividade é crime. Na hora em que for descriminalizada, ela desaparece".

Em cinco anos, muitas coisas podem mudar. E no mercado empresarial, esse período é o suficiente para trilhar o caminho do sucesso. Imagine você, com anos de experiência de trabalho, largar tudo para ter um negócio e escrever a própria história como empreendedor. Para muitos, parece uma loucura, um risco pelo qual não vale à pena correr. Mas, cada vez mais brasileiros estão somando planejamento e vontade de vencer desafios e encarando a mudança de status: de empregado para empregador.

Entre 2001 e 2009, 2,7 milhões de pessoas tornaram-se empreendedoras em todo o Brasil. O dado é do Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa 2010/2011, realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Ao todo, 22,9 milhões de brasileiros empregam pessoas ou trabalham por conta própria, representando 22,7% da população economicamente ativa.

Vale salientar que, no período citado, o mundo inteiro sofreu com a crise econômica dos Estados Unidos e Europa, quando milhões de empresas fecharam ou precisaram fazer demissões em série para evitar a falência. No Brasil, como em alguns outros países, foram as empresas pequenas que mantiveram os empregos. “Enquanto as grandes corporações demitiam, as pequenas deram uma sustentação ao mercado, mantendo os postos de trabalho e aproveitando os benefícios fiscais da Lei Complementar 123 para crescer. Foi aí que as MPEs ganharam mais notoriedade”, frisa o presidente da Confederação Nacional das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, José Tarcísio da Silva.

Adriana Souza e Edbugue Gomes passaram por esse período de crise financeira no País e saíram dele fortalecidos para ampliar os negócios. Com 16 anos de experiência em administração hoteleira, Adriana viu num anúncio de venda de um hotel uma oportunidade de investimento. Como o casal não tinha recursos suficientes para comprar o espaço naquele momento, fecharam um acordo do aluguel, com pretensões de compra. “O início foi difícil, devido às dificuldades financeiras, mas hoje comemoramos a estabilidade. Nada veio sem esforço. Tivemos que reformar e mudar muitas coisas, inclusive o nome do hotel. Começamos mesmo do zero”, conta Adriana. Atualmente, o Catamarã Park Hotel, localizado em Jaboatão dos Guararapes, representa a primeira vitória dos dois empreendedores, que não pararam por aí.



Em 2010, uma nova porta se abriu para eles. E tudo começou com uma placa de vende-se. Edbugue passou pela avenida Ribeiro de Brito, em Boa Viagem, viu o anúncio em ponto comercial que já estava fechado e pensou ser aquela mais uma possibilidade de crescimento. Hoje. à frente da Comedoria do Eddi, especializada em comida japonesa, o casal trabalha para chegar ao período de calmaria e começar a colher os frutos do investimento, assim como já ocorre com o hotel. “Esse início é sempre difícil, porque o retorno financeiro não é rápido. É preciso ser dedicar e se organizar”, diz a empresária.

O casal é um bom exemplo de empreendedores de oportunidade. “Esse é aquele que tem experiência e saber aproveitar a chance que tem para empreender, para crescer. Os empreendedores de verdade enxergam uma oportunidade no problema e não um problema na oportunidade. É preciso ter coragem, ousadia, criatividade e saber planejar bem o negócio. Esse é um passo essencial para obter o sucesso”, salienta o consultor empresarial e especialista em administração Carlos Roberto Harduim. Ele também recomenda que o empresário nunca descuide da formação. “Seja por cursos, graduação ou pós-graduação, a formação não pode ser deixada de lado. É o melhor que se pode fazer”, salienta.

LEGALIZAÇÃO
Para agilizar a abertura das empresas, o novo Estatuto da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte prevê a implantação da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim). O sistema integra todos os processos dos órgãos e entidades responsáveis pelo registro, inscrições, licenciamentos, autorizações e baixas das empresas, por meio de uma única entrada de dados e de documentos, acessada pela internet. A ideia é diminuir a burocracia, que hoje faz o empresário esperar meses até efetivamente estar legalizado. 

Em Pernambuco, o sistema ainda não está funcionando. Os empresários ainda precisam ir na Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe), na prefeitura, na Receita Federal, na Secretaria da Fazenda, entre outros órgãos, para conseguir a autorização para empresa funcionar. A expectativa da Jucepe é que a Redesim seja implantada em junho no Estado. “A empresa que irá desenvolver o sistema em Pernambuco já foi contratada. Estamos reunindo todas as entidades envolvidas no processo se legalização, para estruturar a ação. Acredito que em 3 ou 4 anos, o sistema esteja funcionando integralmente”, informa o secretário geral da Jucepe, Roldão Alves Paes Barreto.

O segmento das micro e pequenas empresas aguarda para ver esse serviço funcionar e facilitar a vida de quem desejar abrir o próprio negócio.


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