Tópicos | Libéria

Mesmo com promessas de mais equipamentos, enfermeiros em um centro de tratamento na Libéria têm de usar pedaços de jalecos para cobrir seus rostos a fim de se protegerem do ebola, informou uma enfermeira nesta quinta-feira (4).

O surto de ebola na África Ocidental matou 1.900 pessoas e autoridades alertaram que o tempo para controlar a situação está correndo. Na Nigéria, onde previamente os casos estavam relativamente contidos, há uma corrida para localizar pessoas que podem ter sido expostas à doença nas últimas semanas.

##RECOMENDA##

O maior obstáculo para conter o surto é a grande carência de equipamentos de proteção para agentes de saúde, em alto risco de contaminação devido a seu contato próximo com doentes. Profissionais de saúde representam cerca de 10% das mortes até o momento. A maior parte dos equipamentos precisa ser destruída após o uso, de modo que as enfermarias precisam ser abastecidas constantemente.

Uma enfermeira no hospital de Monróvia, capital da Libéria, disse que ela e seus colegas precisam constantemente cortar os próprios uniformes e colocá-los na cabeça. Sem material para protegê-los, seus olhos queimam devido ao cloro, usado para desinfetar a enfermaria.

A enfermeira liberiana disse que o medo de ser infectado é diário. "Quando você passa por isso e volta para casa, você deita na cama e se pergunta: ainda estou segura? Ou eu contraí a doença?", relatou.

A Libéria foi fortemente atingida pelo atual surto, com o maior número de mortes. A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), que coordena diversos centros de tratamento de ebola, disse na última semana que sua clínica em Monróvia está lotada de pacientes e que os médicos não têm mais capacidade de aplicar tratamentos intravenosos.

Organizações internacionais pediram que mais equipamentos sejam entregues, argumentando que é difícil convencer mais profissionais de saúde a trabalharem no surto sem prometer que eles serão protegidos. Fonte: Associated Press.

O grupo internacional Médicos sem Fronteiras (MSF) alertou nesta terça-feira (2) que o mundo está perdendo a batalha contra o ebola e lamentou que os centros de tratamento no oeste da África tenham se "reduzido a lugares onde as pessoas vão para morrer sozinhas", enquanto as autoridades lutam para conter a doença.

A presidente do MSF, Joanne Liu, disse que a organização está completamente esgotada pelo surto de Ebola nos países africanos. Ela afirmou que os centros de tratamento podem oferecer pouco mais do que cuidados paliativos e convocou os outros países para contribuir com médicos civis e militares familiarizados com desastres biológicos.

##RECOMENDA##

A diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, alertou que o surto mundial "ficará pior antes de melhorar" e que exigirá maior responsabilidade global. Ela agradeceu aos países que ajudaram, mas disse que é necessária mais ajuda, incluindo os países que ainda não contribuíram.

Novo infectado

Um terceiro missionário americano foi infectado com ebola enquanto trabalhava na Libéria e está sendo tratado em uma unidade isolada no hospital de Monróvia, onde trabalha, na capital do país africano.

O americano é obstetra e não trabalhava diretamente no tratamento da epidemia. Ele é o segundo missionário trabalhando pelo SIM USA, organização beneficente americana, a contrair a doença.

Não se sabe como o médico foi infectado, informou o SIM USA. Ele se isolou assim que sentiu sintomas e "está indo bem", de acordo com a organização. O grupo não informou mais detalhes sobre o médico, seu tratamento ou quando ele poderá ser retirado da Libéria.

Nancy Writebol, também missionária da SIM USA, e Kent Brantly, médico que trabalhava no Samaritan's Purse, outra organização beneficente, foram levados para uma área isolada no Hospital da Universidade de Emory, em Atlanta. Ambos se recuperaram da doença após tratamento experimental e receberam alta.

Enquanto não se sabe como o médico foi infectado na Libéria, seus colegas de trabalho estão em risco.

Profissionais que trabalham em centros de saúde gerais tem risco mais alto de contaminação do que os que atuam em centros de tratamento de ebola, segundo especialistas. Isso porque esses médicos tratam pacientes que ainda não foram diagnosticados com a doença e, portanto, não foram isolados.

O surto de ebola na África ocidental já matou mais de 1,500 pessoas na Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, ordenou que a maioria dos funcionários públicos fique em casa por mais um mês, em um esforço para acabar com a propagação do vírus ebola, de acordo com um comunicado divulgado nesta segunda-feira.

Sirleaf exigiu que os trabalhadores não essenciais deixem de trabalhar. A presidente prometeu que todos os funcionários do governo ainda serão pagos. As escolas da Libéria já estão fechadas na tentativa de manter um grande número de pessoas de se reunir e propagar da doença. Fonte: Associated Press.

##RECOMENDA##

A crise causada pelo surto de ebola deve piorar nos próximos meses, alertou a presidente da Libéria nesta terça-feira (26), reconhecendo o estrago causado pela epidemia. "É improvável que estejamos no ápice da propagação do ebola", disse a presidente Ellen Johnson Sirleaf, por e-mail, em resposta às questões do jornal The Wall Street Journal.

A epidemia, que tem prejudicado a política e a economia do pequeno país do oeste africano, confronta Sirleaf, de 75 anos, com uma crise importante dois anos antes do fim de seu mandato. O surto matou 1.426 das 2.615 pessoas infectadas com o vírus, sendo que metade das mortes ocorreram na Libéria. Seu governo tem sido criticado pela resposta relativamente lenta e autoridades enfrentam uma batalha crescente para conter a doença.

##RECOMENDA##

Nesta terça-feira, a presidente dispensou todas as autoridades que não acataram seu ultimato, publicado no começo de agosto, que pedia o retorno de todas as viagens estrangeiras, informou seu porta-voz, Jerolimnek Piah. Ele se recusou a dizer quantas autoridades foram cassadas.

Para Sirleaf, os relatos de liberianos negando a existência do ebola foram exagerados. "A vasta maioria dos liberianos está ouvindo o governo", ela disse. "Só porque a mídia amplificou uns poucos incidentes nos quais civis não ouviram o governo e reagiram inapropriadamente essa não é a norma."

A presidente disse, no entanto, que as medidas do governo para conter a doença estão funcionando. "Nós podemos ver o fim", ela disse. Para controlar a epidemia, autoridades liberianas recorreram a medidas drásticas. Dois bairros altamente povoados foram postos em quarentena, ao mesmo tempo em que escolas foram fechadas e transformadas em centros de monitoramento para pessoas que apresentam sintomas de ebola.

"A maior preocupação para a maioria de nossos cidadãos não é que a doença tire suas vidas, mas que tire seu sustento", afirmou Sirleaf. "O que é desolador é que os métodos que precisamos usar para combater a propagação do vírus - fechar fronteiras, erguer postos de controle e fechar todos os escritórios do governo não essenciais - prejudicam a atividade comercial e os negócios."

Em seu e-mail, a primeira presidente mulher eleita da África defendeu os ganhos da Libéria em seu governo. O país estava apenas começando a reconstruir sua economia, após 14 anos de uma guerra civil na qual a Libéria perdeu 90% de seu Produto Interno Bruto (PIB). "Precisamos lembrar que, mesmo antes da epidemia de ebola, a economia da Libéria era encorajadora, mas ainda frágil", disse Sirleaf. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um médico liberiano infectado com ebola, que estava entre três africanos que receberam uma droga experimental para a doença, faleceu ontem (24), segundo o Ministério de Informações do país.

O doutor Abraham Borbor, vice-chefe médico do maior hospital da Libéria, havia recebido o medicamento, conhecido como ZMapp, depois de a mesma droga ter sido administrada a dois norte-americanos. Após receberem tratamento médico nos EUA, os norte-americanos sobreviveram ao vírus que vem causando a morte de metade de suas vítimas.

##RECOMENDA##

Um missionário espanhol infectado com a doença também recebeu o remédio, mas acabou morrendo. Não há informações atualizadas sobre dois outros liberianos que tomaram as últimas doses disponíveis de ZMapp.

O ebola já matou mais de 1,4 mil pessoas na Libéria, Guiné, Serra Leoa e Nigéria, todos países da África Ocidental. Um surto separado da doença eclodiu no Congo no fim de semana, mas especialistas dizem não ter relação com a epidemia do oeste africano. Fonte: Associated Press.

O país mais afetado pelo vírus do Ebola até agora, a Libéria, já soma 576 vítimas fatais da doença, conforme informou nesta sexta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS). A OMS teme que o saldo real de mortes seja ainda maior, já que muitas pessoas com os sintomas podem não estar passando despercebidas pela vigilância do governo. As novas clínicas de tratamento que foram abertas no país, nas duas últimas semanas, já estão sobrecarregados de pacientes com suspeita do vírus.

Na última quarta-feira, um adolescente morreu depois de ter sido baleado por agentes de segurança da Libéria, na comunidade pobre de West Point, que foi cercada nesta semana para impedir a contaminação do Ebola. O garoto, identificado como Shakie Kamara e de idade aproximada entre 15 e 16 anos, foi uma das três pessoas que entraram em confronto com os agentes, após terem ficado revoltados com o bloqueio das vias que dão acesso à comunidade, onde moram cerca de 50 mil pessoas.

##RECOMENDA##

A morte elevou as tensões em West Point, que já estava em situação delicada. No fim de semana passado, moradores da comunidade saquearam uma clínica para tratamento do Ebola na região, depois de terem percebido que pacientes de outras partes da cidade estavam se tratando no local. Eles fugiram com materiais hospitalares, incluindo colchões com sangue.

Com medo da disseminação do vírus, países da África ocidental continuam a impor algumas restrições nas fronteiras com os principais países afetados, como Guiné e Serra Leoa, além da própria Libéria. As medidas vão de encontro às recomendações da OMS, que tem pedido aos governos que evitem tomar esse tipo de medida.

Nesta sexta-feira (22), o Gabão anunciou que está barrando todos os voos e embarcações que venham de países atingidos pelo Ebola. O Senegal anunciou também, na quinta-feira, que estava fechando suas fronteiras aéreas com a Guiné, Serra Leoa e Libéria, com extensão para as terras no caso de Guiné. A África do Sul disse na quinta-feira que estava adotando algumas proibições para estrangeiros que estejam viajando com origem em algum destes países, a não ser que a viagem seja considerada muito importante. No início da semana, Camarões impôs barreiras de voos com a Nigéria.

Na manhã desta sexta-feira, autoridades de saúde da Irlanda relataram que um padre irlandês morto na África poderia ter sido vítima do Ebola, no entanto, exames realizados com os restos mortais, em Dublin, provaram que o homem, identificado como Adrian Gavigan, não chegou a ser contaminado pelo vírus.

Forças de segurança isolaram um bairro à beira-mar em Monróvia, capital da Libéria, nesta quarta-feira, intensificando as medidas do governo para interromper a disseminação do Ebola. A medida deixou os moradores preocupados e provocou um protesto no local.

Na região central da capital havia poucos carros ou pessoas, já que os moradores decidiram ficar dentro de casa depois de a presidente Ellen Johnson Sirleaf ter ordenado o isolamento do bairro de West Point e a imposição de um toque de recolher noturno, afirmando que as autoridades não têm conseguido conter o avanço da doença em razão do desafio às recomendações feitas.

##RECOMENDA##

Sirleaf ordenou o fechamento de locais de aglomeração de pessoas como cinemas e clubes noturnos e colocou a cidade de Dolo, 50 quilômetros ao sul da capital, sob quarentena. "Estas medidas têm como objetivo salvar vidas", disse ela em discurso na noite de terça-feira.

O ebola já matou pelo menos 1.129 das mais de 2.200 pessoas infectadas na Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A Libéria tem o mais alto número de mortos e a quantidade de infectados sobe rapidamente.

O medo e as tensões aumentam na capital, especialmente em locais como West Point, onde há forte desconfiança nas autoridades. Corpos são jogados diariamente nas ruas por parentes que temem ser infectados. Moradores temerosos ligam para uma linha direta do governo pedindo a remoção, mas algumas vezes os mortos ficam ao relento por horas e até mesmo dias.

Nesta quarta-feira, policiais e soldados foram enviados para impedir qualquer pessoa de entrar ou sair de West Point, bairro que ocupa uma península onde o rio Mesurado se encontra com o oceano Atlântico. Poucas vias dão acesso à área e uma rodovia principal passa pela base da península, servindo como uma barreira entre o bairro e o restante da capital. Um barco da guarda costeira também fazia a patrulha das águas num raio de um quilômetro ao redor da península.

Moradores do bairro saquearam um centro de triagem de ebola no final de semana, acusando o governo de levar pessoas doentes de toda a cidade, para perto do local.

Sirleaf diz que a doença continua a se espalhar por causa de pessoas que escondem infectados ou desafiam as ordens para não tocar nos mortos, mas muitos liberianos acreditam que o governo não está fazendo o suficiente para protegê-los do ebola. Fonte: Associated Press.

Moradores da região da comunidade de West Point, na Libéria, invadiram um centro de quarentena para pacientes com Ebola na madrugada deste sábado. Cerca de 30 pacientes fugiram e diversos itens foram roubados, como lençóis e colchões infectados.

Segundo informações das autoridades da Libéria, o ataque foi liderado por moradores da região, enfurecidos com a possível transferência dos internos para o maior hospital da Monróvia. Cerca de 30 pacientes estavam internados na unidade e muitos fugiram durante o ataque, informou o assistente do ministro da saúde, Tolbert Nyenswah.

##RECOMENDA##

O Ebola já matou 1,145 mil pessoas na África, incluindo 413 na Libéria, de acordo com informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Neste final de semana, muitas empresas aéreas suspenderam os voos para os países com casos confirmados, como Serra Leoa, Guiné e Libéria. Entre as companhias aéreas estão a Kenya Airways, British Airways, Emirates Airlines, Arik Air and ASKY Airlines e Korean Air. Fonte: Associated Press.

Oficiais da Libéria temem que o Ebola possa se espalhar em breve pela maior favela da capital depois que moradores invadiram um centro de quarentena para pacientes com suspeita de estarem infectados. Itens como lençóis manchados de sangue e colchões foram levados.

Segundo o ministro assistente da Saúde, Tolbert Nyenswah, a violência na favela West Point ocorreu no final de sábado e foi liderada por moradores insatisfeitos com a chegada de pacientes que foram trazidos de outras partes da capital para o centro. Não foi informado quantos pacientes estavam na quarentena.

##RECOMENDA##

Alguns dos itens saqueados estavam visivelmente manchados com sangue, vômito e excremento, disse Richard Kieh, um morador da região. O incidente levanta temores de novas infecções na Libéria, que já estava lutando para conter o surto.

A polícia da Libéria restaurou a ordem na vizinhança de West Point, favela onde vivem pelo menos 50 mil pessoas. A desconfiança sobre o governo é alta na região, onde com frequência circulam rumores de que oficiais planejam esvaziar a favela completamente.

Embora tenha havido conversas sobre colocar West Point sobre quarentena no caso de um surto de Ebola na região, Nyenswah disse que nenhum passo nessa direção havia sido tomado.

O Ebola já matou 1,145 mil pessoas na África Ocidental, incluindo 413 na Libéria, segundo a Organização Mundial da Saúde. Fonte: Associated Press.

O missionário espanhol Miguel Pajares, repatriado na quinta-feira (6) passada da Libéria, onde contraiu o vírus ebola, morreu nesta terça-feira (12) em Madri, anunciou o hospital La Paz-Juan Carlos III.

O padre, de 75 anos, foi o primeiro religioso infectado com o vírus ebola repatriado para a Europa. Pajares havia contraído o ebola no hospital Saint Joseph de Monróvia, onde trabalhava. "Ele morreu às 9H28 (4H28 de Brasília)", afirmou um porta-voz do hospital.

Esta é a quarta morte nos últimos 10 dias de um funcionário do hospital Saint Joseph da capital da Libéria, vinculado à ordem religiosa de São João de Deus e fechado pelas liberianas desde 1 de agosto.

O missionário espanhol foi repatriado na quinta-feira passada em um avião especial, dentro de uma área isolada, acompanhado pela religiosa espanhola Juliana Bonoha, que trabalhava com Pajares mas que não foi infectada pelo vírus ebola segundo os exames.

Países da África Ocidental afetados pelo ebola estão decretando estado de emergência. O vírus já causou quase mil mortes. A Europa recebeu o primeiro infectado para tratamento. Na Libéria, onde os corpos dos mortos permanecem nas ruas, o presidente Ellen Johnson Sirleaf declarou estado de emergência nacional por pelo menos 90 dias, alegando que medidas extraordinárias são necessárias para garantir a “própria sobrevivência do país”.

No país, barreiras militares estão impedindo centenas de pessoas de deixar a província de Grand Cape Mount, que faz fronteira com Serra Leoa, e a capital Monróvia, devido ao surto. De acordo com a Agência Lusa, o governo da Libéria alega que a medida é para evitar de pessoas contaminadas passem para áreas não contaminadas.

##RECOMENDA##

Em Serra Leoa, 800 militares foram deslocados para hospitais e clínicas para ajudar no tratamento dos casos de ebola. O Parlamento deverá reunir-se para ratificar o estado de emergência declarado na semana passada.

Na Nigéria, a preocupação com a doença aumentou, depois da morte de uma freira em Lagos. Foi a segunda morte registrada pelo ebola no país. O país espera receber um medicamento norte-americano, ainda em fase de testes, para impedir a propagação do vírus, mas o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerou que ainda é cedo para enviar o remédio e apela para a construção de “uma infraestrutura pública forte”.

Desde o início do ano, a epidemia causou 932 mortes e mais de 1.700 pessoas estão infectadas na Guiné-Conacri, Libéria, em Serra Leoa e na Nigéria.

O ebola causa febre alta e, nos casos mais graves, hemorragias. É transmitida pelo contato com fluidos corporais e as pessoas que estão próximas aos pacientes são as que apresentam maior risco de contrair a doença.

Enquanto os países africanos tentam conter a disseminação da epidemia, a Espanha retirou de Monróvia um padre católico, Miguel Pajares, de 75 anos, que adoeceu quando prestava auxílio a doentes em um hospital na capital da Libéria. O missionário foi o primeiro paciente a ser transportado para a Europa para receber tratamento.

O avião militar, com equipamento especial, transportou o padre hoje de manhã para Madri, junto com uma freira espanhola, que trabalhou no mesmo hospital na Libéria, mas que não teve resultado positivo no teste da doença, anunciou o governo espanhol.

O padre encontrava-se estável e sem sinais de hemorragias, enquanto a freira aparenta estar bem e deverá voltar a ser submetida a testes. Dois cidadãos norte-americanos que trabalhavam para instituições cristãs na Libéria, também infectados, foram levados para os Estados Unidos nos últimos dias e têm mostrado sinais de melhora, depois de terem tomado um medicamento experimental, conhecido como ZMapp, que é difícil de se produzir em larga escala.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou uma sessão de emergência, que ocorre desde quarta-feira, em Genebra, a portas fechadas, para decidir se deverá ser declarada crise internacional. A decisão é esperada para esta sexta-feira.

Um padre espanhol permanecia isolado no hospital São José de Monróvia com Ebola, informou nesta terça-feira a organização Juan Ciudad, à qual ele pertence.

"Os resultados dos exames de Ebola foram confirmados. Portanto, a Ordem Hospitalar de San Juan de Dios (OHSJD) informa que o padre espanhol Miguel Pajares", juntamente com outras duas missionárias, "deram positivo para o teste de vírus Ebola", informou a organização em um comunicado em seu site.

As outras duas missionárias são a congolesa Chantal Pascaline Mutwamene e a guineana Paciencia Melgar.

"A OHSJD já comunicou ests informação aos ministérios das Relações Exteriores e da Cooperação, e da Saúde da Espanha", acrescentou o comunicado.

O hospital foi fechado e seis pessoas estão isoladas.

Desde março, 887 pessoas morreram na África devido ao último surto de Ebola, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Desde o seu surgimento, em 1976, o vírus matou dois terços das pessoas infectadas.

Dois americanos, um médico e uma missionária que trabalhavam na Libéria, foram infectados com o vírus Ebola recentemente.

O médico Kent Brantly foi repatriado no sábado para os Estados Unidos e a missionária Writebol Nancy deve ser transferida ainda nesta terça-feira.

A companhia aérea britânica British Airways (BA) anunciou nesta terça-feira a suspensão de seus voos para Libéria e Serra Leoa, devido à epidemia de Ebola.

Os voos ficarão suspensos até 31 de agosto.

A BA tem quatro voos semanais de Londres a Freetown, na Serra Leoa, onde faz conexão com Monróvia, Libéria.

Quase 900 pessoas morreram no oeste da África desde o início de agosto por causa da epidemia do Ebola, a pior desde que, em 1976, esta doença infecciosa foi descoberta.

A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, deixou apenas três passagens de fronteira do país abertas, restringiu a realização de reuniões públicas e colocou em quarentena comunidades do país altamente afetadas pelo surto de ebola.

As medidas foram divulgadas na noite de domingo (27), após a primeira reunião de uma força-tarefa criada e presidida por Sirleaf com o objetivo de conter a doença, que já matou 129 pessoas no país e mais de 670 no oeste da África.

##RECOMENDA##

Um importante médico liberiano que trabalhava no maior hospital do país morreu em decorrência do ebola no sábado e dois trabalhadores humanitários norte-americanos foram infectados, destacando os perigos enfrentados por aqueles encarregados de controlar a epidemia.

Na semana passada, uma autoridade liberiana viajou de avião para a Nigéria, via Lome, no Togo, e morreu por causa do ebola num hospital de Lagos. O fato de o funcionário do governo, Patrick Sawyer, ter conseguido embarcar num voo internacional apesar de estar doente elevou os temores de que a doença possa se espalhar para além dos três países afetados atualmente: Libéria, Guiné e Serra Leoa.

Não existe cura para o Ebola, que começa com sintomas como febre e dor de garganta, que evoluem para vômito, diarreia e hemorragia interna. A doença se espalha por meio de contato direto com sangue e outros fluidos corporais, assim como pelo contato indireto com "ambientes contaminados com tais fluidos", segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Sem dúvida, o vírus Ebola é um problema de saúde nacional", disse Sirleaf. "E, como também passamos a ver, ele ataca nosso modo de vida com sérias consequências econômicas e sociais."

A presidente disse que todas as fronteiras do país seriam fechadas, com exceção de três: uma com Serra Leoa, outra que dá acesso a Guiné e uma terceira que liga dos três países.

Especialistas acreditam que o surto tenha se originado no sudeste da Guiné em janeiro, embora os primeiros casos não tenham sido confirmados até março. Na Guiné foram registrados o maior número de casos, 319, seguido por Serra Leoa, onde foram registrados mais casos recentemente, além de 224 mortes no total.

A Libéria vai manter abertos o aeroporto internacional Roberts, nas proximidades de Monróvia, e o aeroporto James Spriggs Payne Airport, que fica na capital.

Sirleaf disse que "centros de prevenção e de exames serão montados" nos aeroportos e nas passagens de fronteira e que "rigorosas medidas preventivas serão anunciadas e escrupulosamente respeitadas".

Outras medidas incluem a restrição para a realização das manifestações e passeatas e a exigência de que restaurantes e outros locais públicos exibam um filme de cinco minutos sobre o Ebola.

A presidente também concedeu poderes às forças de segurança para comandar veículos para ajudar na resposta de saúde pública e ordenou a eles que cumpram as novas regulamentações. Fonte: Associated Press.

Um médico americano que colabora na luta contra a epidemia de febre hemorrágica produzida pelo vírus Ebola em vários países da África ocidental foi infectado na Libéria, anunciou a organização humanitária para a qual trabalha.

A Samaritan's Purse (SP), uma associação beneficente cristã, anunciou em seu site no sábado que o médico Kent Brantly havia sido colocado em quarentena no hospital ELWA de Monróvia, capital da Libéria.

"Estamos otimistas sobre sua recuperação, mas ainda não está certamente fora de perigo", declarou à AFP neste domingo a porta-voz de SP, Melissa Strickland.

Segundo ela, seus sintomas incluem febre e dores musculares.

O doutor Brantly é casado e pai de dois filhos, de acordo com um comunicado da ONG publicado na internet.

O vírus do Ebola continua se agravando, com a morte de 28 pessoas entre 18 e 20 de julho em três países do oeste da África, o que eleva o total de vítimas a 660 mortos, indicou a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Sete pessoas morreram provavelmente por terem contraído o vírus Ebola nos últimos dias, no primeiro relato de mortes na capital da Libéria desde o início do surto da doença no Oeste de África, informou o Ministério da Saúde nesta terça-feira (17).

O vice-ministro da Saúde da Libéria, Tolbert Nyenswah, disse à Associated Press que chega a 16 o número de pessoas que acredita-se terem morrido por terem contraído Ebola no país. Quatro destas mortes já foram confirmadas por testes, afirmou ele.

##RECOMENDA##

Duas dessas mortes, relatadas em 8 de junho, são preocupantes porque não haviam sido confirmados novos casos na Libéria nos últimos dois meses. Nyenswah disse que a nova onda casos possivelmente começou em 30 de maio. O vírus, que causa sangramentos e febre alta, continua a devastar a vizinha Guiné ao mesmo tempo em que se espalha para Serra Leoa.

"A primeira parte da epidemia foi contida", disse Nyenswah. "Mas, por conta da proximidade com a Guiné e Serra Leoa, nós não podemos declarar que o surto acabou."

O surto de Ebola apareceu primeiramente na Guiné, onde a vasta maioria dos casos e das mortes foram relatadas. A ministra da Saúde de Serra Leoa, Amara Jambai, disse nesta terça-feira que o número de mortos por conta do vírus no seu país subiu para 20 nos últimos dias. Fonte: Associated Press.

O surto de Ebola na África Ocidental provocou a morte de mais de 120 pessoas, de acordo com o mais recente levantamento divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Não há vacina ou cura contra o vírus, e sua disseminação na África Ocidental, longe dos locais onde anteriormente haviam sido detectados casos, África Oriental e Central, causou pânico. Profissionais de saúde estão tentando conter a propagação da doença, rastreando todas as pessoas com quem o doente tenha tido contato.

##RECOMENDA##

O Mali anunciou hoje que as amostras de todos os testes em casos suspeitos no país tiveram resultado negativo. O ministro de Saúde do Mali, Ousmane Kone, disse que o país havia enviado 10 amostras para teste em laboratórios dos Estados Unidos e do Senegal, mas todas deram negativo para Ebola. Com isso, não há mais suspeitas da doença no Mali.

Até a segunda-feira, a OMS havia contabilizado um total de 200 casos suspeitos ou confirmados de Ebola, a maioria na Guiné. Esse número inclui alguns casos no Mali, que agora devem sair do levantamento. A organização destacou que as 121 mortes causadas pela doença ocorreram na Guiné e na Libéria. Fonte: Associated Press.

A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, comemorou neste domingo uma década de paz no país, numa cerimônia realizada no local onde aconteceram os piores massacres durante os 14 anos de guerra civil. "Nós tínhamos nos tornado piores do que os mais selvagens animais. Nos tornamos bárbaros. Mas hoje celebramos e agradecemos a Deus por ter nos trazido a paz", disse o bispo Jensen Seyenkulo, na missa de comemoração.

Cerca de 250 mil vidas foram perdidas durante os 14 anos de conflitos que devastaram as instituições e infraestrutura da nação da África Ocidental. Ellen ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2011, após ter sido eleita para um segundo mandato como presidente, e tem sido elogiada por consolidar a paz, atrair investimentos e assegurar o alívio da dívida do país. Fonte: Associated Press.

##RECOMENDA##

Um avião que transportava uma delegação militar de Guiné para participar de uma celebração do dia das forças armadas na Libéria se acidentou nesta segunda-feira (11), na cidade de Charlesville. Até agora, foram confirmadas as mortes de três pessoas. Um deles era chefe do Exército da Guiné, segundo autoridades.

"Houve um acidente com o avião em Charlesville, cidade próxima ao aeroporto internacional de Roberts. O avião levava a delegação de Guiné até Monrovia", afirmou o Ministro de Informação da Libéria, Lewis Brown.

##RECOMENDA##

O general Souleymane Kelefa Diallo, chefe do Exército da Guiné, morreu no acidente, disse o porta-voz do Exército, Alpha Barry. "Posso confirmar que houve um acidente e que havia entre 12 e 18 pessoas no avião", afirmou. Dois pilotos também morreram no acidente, segundo uma autoridade.

A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, confirmou o acidente em discurso na cerimônia das forças armadas. Ela pediu um momento de silêncio em homenagem aos que morreram e declarou que a terça-feira será um dia de luto. As informações são da Associated Press.

Um avião que transportava uma delegação militar de Guiné para participar de uma celebração do dia das forças armadas na Libéria se acidentou nesta segunda-feira, na cidade de Charlesville.

"Houve um acidente com o avião em Charlesville, cidade próxima ao aeroporto internacional de Roberts. O avião levava a delegação de Guiné até Monrovia", afirmou o Ministro de Informação da Libéria, Lewis Brown. Ele acrescentou que as autoridades ainda não sabem se houve mortes e quantas pessoas estavam no avião. As informações são da Dow Jones.

##RECOMENDA##

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando