Na tarde desta segunda-feira (3), representantes de Sport, Náutico e Federação Pernambucana de Futebol (FPF) se reuniram em coletiva para justificar a decisão de deixar a Liga do Nordeste. No encontro, o presidente do Sport, Arnaldo Barros, explicou que a Copa do Nordeste, no atual formato, não serve para os clubes.
"A razão da desfiliação é não participar da competição deficitária. Ocorre que o contrato é tão amarrado que se permanecermos na liga, temos punições por não jogar a Copa do Nordeste", disse.
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Segundo o dirigente, a Liga acertou com um único canal detentor dos direitos de transmissão até 2022 de tal maneira que os integrantes ficam submetidos à quaisquer condições acertadas no período. "Não nos interessa participar da Copa do Nordeste da forma como está e como a remuneração de cada clube, além do modelo", comentou.
De acordo com os cartolas, o Santa Cruz também segue o mesmo pensamento, mas, em nota, o Tricolor deixou claro que ainda irá passar a decisão pelo conselho do clube. A idéia de Náutico e Sport é de se alinhar com outros interessados em um novo modelo de copa e formar um novo torneio, com mais opções de vendas e retorno financeiro aos participantes. Algo endossado pela FPF.
"É necessário posicionar porque a federação está presente. A FPF tem que ser sempre de apoio aos seus filiados e suas decisões. Explicitamos a participação e suporte no que disser respeito à data, calendário", declarou Evandro Carvalho.
A depender dos agregados, pode se ter um novo torneio regional, ou até internacional se o movimento parar nos três clubes de Pernambuco. "A única competição que não é rentável é a Copa do Nordeste. Imaginamos que vamos procurar interessados no produto futebol. Queremos mais de um único parceiro como a liga faz. Aqueles que nos acompanharem, uma vez formatado um número de participantes, vamos buscar um calendário compatível", finalizou o presidente rubro-negro.