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Protestos contra um filme produzido nos Estados Unidos sobre o profeta Muhammad e considerado ofensivo pelos muçulmanos ocorreram neste sábado nas ruas de Kano, maior cidade da Nigéria, e em Daca, capital de Bangladesh. Em Kano, milhares de pessoas marcharam em direção ao palácio do Emir de Kano, principal líder espiritual da região para os muçulmanos.

A multidão era pacífica, embora demonstrasse raiva sobre o lançamento do vídeo "A Inocência dos Muçulmanos", que ridiculariza o profeta Maomé ao retratá-lo com uma fraude, um mulherengo e um molestador de crianças. Na semana passada, milhares de pessoas marcharam na cidade de Sokoto e outra multidão de jovens raivosos foi dispersada por tropas do exército com tiros para o ar.

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Já funcionários do governo de Bangladesh e testemunhas disseram que pessoas ficaram feridas em um conflito na capital do país entre policias e centenas de muçulmanos que estavam protestando contra o filme. A polícia afirmou que lançou gás lacrimogêneo e usou cassetetes para dispersar manifestantes de grupos islâmicos, que atiravam pedras. Testemunhas disseram que os manifestantes queimaram vários veículos. Dezenas de pessoas foram presas.

O confronto começou quando a polícia tentou impedir a manifestação. Todos os protestos perto da principal mesquita da cidade, a Baitul Mokarram, estão proibidos desde a tarde de sexta-feira para evitar tumultos. Os manifestantes anunciaram uma greve geral amanhã para protestar contra a ação da polícia. O filme já provocou violentos protestos em todo o mundo muçulmano, que mataram dezenas de pessoas. As informações são da Associated Press.

Um juiz norte-americano, Luis Lavin, se recusou nesta quinta-feira a ordenar ao YouTube, divisão do Google, a retirar o videoclipe de 14 minutos do filme "A Inocência dos Muçulmanos", que levou a violentos protestos em mais de 20 países que deixaram mais de 30 mortos desde a semana passada. O pedido foi feito por uma atriz norte-americana, Cindy Lee Garcia, que participou do filme e na quarta-feira entrou com uma ação judicial contra o possível produtor, o egípcio americano Nakoula Basseley Nakoula, que vive nos EUA. Ela afirma que está recebendo ameaças de morte por causa do filme e que Nakoula a enganou sobre o conteúdo do enredo antes da produção.

O juiz do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles rechaçou o pedido da atriz, ao dizer que a terceira parte envolvida na questão, Nakoula, não recebeu uma cópia do pedido feito por ela. O juiz também citou uma lei federal americana que protege uma terceira parte em um pedido judicial. Nakoula está escondido.

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"Toda a minha vida foi alterada em todos os aspectos. Minha família está sendo ameaçada", disse a atriz. O YouTube não atendeu aos pedidos feitos por ela para a retirada do videoclipe do filme, embora tenha bloqueado a acesso ao conteúdo em vários países onde os governos fizeram o pedido, como Paquistão, Afeganistão, Indonésia, Líbia, Arábia e Egito.

O videoclipe do filme levou a protestos em mais de 20 países. Entre os 30 vítimas fatais, estão o embaixador norte-americano na Líbia, Christopher Stevens, de 52 anos, morto no ataque de um multidão armada e enfurecida ao consulado dos EUA em Benghazi na noite de 11 de setembro. Outros três funcionários norte-americanos foram mortos na ocasião.

Cindy Lee Garcia afirma que não sabia que o filme seria ofensivo ao profeta Maomé e ao Islã quando recebeu o convite de Nakoula para interpretar um papel. No filme, Maomé é retratado como mulherengo, falso e molestador de crianças. Só a representação do rosto de Maomé, para os muçulmanos, já é considerada uma blasfêmia. A atriz afirma que o texto do filme não fazia nenhuma referência a Maomé ou à religião muçulmana e que os diálogos foram dublados após as filmagens. Ela achava que o filme era sobre a história de guerreiros do deserto no antigo Egito.

"Eu acho que é melhor tirar esse filme porque continuará a causar muitos problemas", disse a atriz. "Eu acredito que isso é degradante, desmoralizador".

Timothy Alger, advogado que representou o Google Inc. na audiência de hoje, disse que a empresa não pode ser responsabilizada pela negociação entre Cindy Garcia e os produtores do filme. Ele notou que a lei americana não determina que o videoclipe deva ser retirado do YouTube.

As informações são da Associated Press.

Uma das atrizes que participaram do filme "A Inocência dos Muçulmanos", Cindy Lee Garcia, entrou na Justiça do Estado da Califórnia nesta quarta-feira contra o egípcio americano Nakoula Basseley Nakoula, de 55 anos e provável produtor do filme, que levou a uma onda de protestos que já deixaram mais de 30 mortos desde a noite de 11 de setembro, entre eles o embaixador dos EUA na Líbia, Christopher Stevens. Cindy Lee Garcia acusou Nakoula por "fraude" e pede à Justiça que ordene ao YouTube que retire o videoclipe de 14 minutos do filme da internet. Ela afirma que recebeu ameaças de morte e que sua reputação foi prejudicada.

Na ação judicial, Lee Garcia disse que acreditava participar de um filme de aventuras sobre o Egito antigo, chamado "Guerreiros do Deserto". Os diálogos no filme amador foram mais tarde dublados para incluírem mensagens anti-islâmicas e para retratar Maomé como um impostor, mulherengo e molestador de crianças. O texto foi traduzido para o árabe.

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"O filme é baixo, feio, repreensível" disse Cris Armenta, advogada de Lee Garcia. A advogada afirmou que sua cliente recebeu ameaças de morte desde que o trailer do filme saiu da obscuridade, no começo de setembro. Nakoula, por sua vez, continua sob proteção policial na sua casa em Cerritos, na Califórnia. Ele foi condenado por estelionato e fraudes em 2008.

As informações são da Associated Press.

A França aumentou a segurança em algumas de suas embaixadas nesta quarta-feira, após uma revista satírica parisiense ter publicado caricaturas do profeta Maomé. O primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault afirmou também que será bloqueada uma manifestação de pessoas indignadas com o filme ofensivo ao Islã "A inocência dos muçulmanos", que causou episódios de violência em diversos países.

O governo defendeu o direito da revista Charlie Hebdo de publicar os cartuns e tropas de choque posicionaram-se no lado de fora da sede da redação, que foi atacada no ano passado após ter lançado uma edição que satiriza o Islã radical.

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O Ministério de Relações Exteriores da França emitiu nesta quarta-feira um alerta para que franceses em países muçulmanos exerçam "grande vigilância", evitando encontros públicos e locais religiosos ou que representem o Ocidente. O ministro de Relações Exteriores do país, Laurent Fabius, afirmou que serão fechadas as representações diplomáticas e escolas francesas localizadas em cerca de 20 países na sexta-feira, pois protestos em países islâmicos geralmente acontecem após as orações de sexta-feira.

Autoridades do governo e líderes muçulmanos pediram calma na França, país que tem a maior população islâmica da Europa Ocidental. O CFCM, organização que congrega diversas grupos muçulmanos franceses, disse em comunicado que os fiéis "não devem ceder à provocação (...) e expressar sua indignação em paz, através de meios legais". As informações são da Dow Jones e Associated Press.

O primeiro-ministro do Paquistão, Raja Pervez Ashraf, ordenou a suspensão do Youtube no País nessa segunda-feira (17). A medida foi tomada depois da companhia americana se negar a retirar o vídeo “Inocência dos Muçulmanos” (Innocence of Muslims) do site de vídeos. O vídeo, atribuído ao cristão copta egípcio-americano Nakoula Basseley Nakoula, retrata o profeta Maomé como um pedófilo assassino e vem gerando uma onda de manifestações antiamericanas de grandes proporções em países muçulmanos.

O governo paquistanês suspendeu o serviço de vídeos da internet, algumas horas após policiais entrarem em conflito com manifestantes que se dirigiam ao consulado americano no país. Um grupo de cerca de cem pessoas atirou pedras contra os policiais, que atiraram balas ao ar para dispersá-las. Segundo o escritório do primeiro-ministro Pervez Ashraf, “o material blasfemo não será tolerado e os serviços do YouTube permanecerão suspensos até sua retirada”.

Censura

Mesmo não tendo retirado o acesso ao vídeo no Paquistão, o Google tomou essa atitude em países como Egito e Líbia. A ação não é comum na empresa, que geralmente só suspende conteúdos mediante a ordem judiciais ou violações dos termos de serviço. Segundo a Eletronic Frontier Foundation (EFF), organização que luta pela liberdade na internet, afirmou que a autocensura no site de vídeos do Google poderia ser um primeiro passo de uma autocensura do Youtube.

A opção do Youtube pode ser apontada como um possível desenrolar de um pedido do governo americano para que revisasse o vídeo para se assegurar de que ele está “de acordo com os seus termos de serviço”, no que analistas encararam como uma forma de pressão. Muitos órgãos americanos no exterior têm sido visados por manifestantes contrários ao vídeo. Além de atritos em países como Paquistão, Afeganistão e Iêmen, o embaixador Jay Christopher Stevens e mais quatro diplomatas americanos foram mortos num ataque a tiros e granadas no dia 13, em Benghazi, na Líbia. Em um ataque à embaixada americana na Tunísia, na última sexta-feira (14), dois morreram e 29 ficaram feridos.

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O homem suspeito de produzir um filme de baixo orçamento que ridiculariza o profeta Maomé foi colocado sob proteção da polícia norte-americana depois de deflagrar uma violenta onda de manifestações pelo mundo.

Jornalistas estavam reunidos hoje em frente à residência de Nakoula Basseley Nakoula nos arredores de Los Angeles depois de funcionários norte-americanos o terem identificado como diretor do filme "A inocência dos muçulmanos".

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Não havia sinais de movimento na casa de Nakoula, um cristão copta de 55 anos que aparentemente colocou o trailer do filme no YouTube sob o pseudônimo de "Sam Bacile", mas a polícia informou que ele pediu proteção. Familiares recusavam-se a atender à imprensa nesta quinta-feira.

"Nós recebemos o pedido e respondemos a ele. Estamos fornecendo segurança pública e continuaremos assim", disse Steve Whitman, porta-voz do xerife do condado de Cerritos, 40 quilômetros ao sul de Los Angeles.

O pouco que se sabe sobre a vida de Nakoula é que ele foi condenado a um ano e nove meses de prisão em 2010 por fraude bancária. Ele foi considerado culpado de ter roubado milhares de dólares por meio do uso de nomes falsos e números reais do serviço de seguro social para obter acesso a crédito bancário.

Autoridades federais norte-americanas investigam a possibilidade de Nakoula ter violado os termos de liberdade condicional, que proíbe o uso de computadores e da internet.

Segundo uma fonte nos serviços de segurança dos EUA, o governo norte-americano identificou Nakoula como o diretor do filme. Em entrevista concedida à Associated Press, Nakoula negou ser Sam Bacile. Existe a possibilidade de mais de uma pessoa usar o mesmo pseudônimo.

O filme que ridiculariza o profeta Maomé desencadeou uma onda de protestos em diversos países islâmicos e resultou na morte do embaixador norte-americano na Líbia, Christopher Stevens, e de mais três diplomatas em Benghazi.

Ontem, um homem identificou-se à AP como Sam Bacile, disse ser um corretor de imóveis judeu israelense e assumiu a responsabilidade pelo filme. Mas crescentes evidências mostram que ele não existe, a começar pelo fato de Israel não ter localizado registro de nenhum cidadão com esse nome. Nakoula disse à AP que "trabalhou apenas" na parte logística da companhia que produziu a película.

No filme, Maomé é caracterizado como um mulherengo indolente, promíscuo e conivente com o abuso de crianças. Atores amadores proferem insultos disfarçados de revelações sobre Maomé em diálogos engessados, enquanto os seguidores do profeta são mostrados como um bando de idiotas. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, assistiu ao filme sobre Maomé que desencadeou violentos protestos pelo mundo e disse considerá-lo "repugnante e repreensível". Segundo a chanceler norte-americana, trata-se de uma tentativa pejorativa de ofender pessoas por causa de suas crenças religiosas.

Apesar das críticas ásperas ao filme, Hillary disse que o governo norte-americano não interferirá na liberdade de expressão de seus cidadãos, por mais duvidoso que seja o gosto das opiniões retratadas.

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Ainda segundo ela, o filme não pode ser usado como justificativa para episódios de violência ou para ataques a representações diplomáticas dos EUA no exterior.

Hillary disse que Washington está monitorando com atenção os protestos no Iêmen e em outras partes do mundo e pediu aos países onde forem registradas manifestações que impeçam a ocorrência de episódios de violência. As informações são da Associated Press.

O governo dos Estados Unidos identificou o diretor do filme "A inocência dos muçulmanos", como sendo Basseley Nakoula, informou uma fonte nos serviços de segurança que pediu para não ser identificada. O filme que ridiculariza o profeta Maomé desencadeou uma onda de protestos em países islâmicos, que resultou na morte do embaixador norte-americano na Líbia, Christopher Stevens.

Inicialmente, um suposto israelense americano chamado Sam Bacile assumiu a responsabilidade pelo filme. Mas crescentes evidências mostram que ele não existe. O verdadeiro autor deve ser Nakoula, que havia dito para a Associated Press que apenas trabalhava na parte logística da companhia que produziu a película.

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Nakoula, de 55 anos, é um cristão copta californiano que teve problemas com a lei no passado. Ele nega que tenha inventado Bacile. As informações são da Associated Press.

O governo do Afeganistão ordenou o bloqueio temporário do acesso ao YouTube para evitar que as pessoas assistissem a um filme que ridiculariza o profeta Maomé e desatou graves episódios de violência em outros países muçulmanos.

Aimal Marjan, diretor geral de tecnologia de informação do Ministério das Comunicações do Afeganistão, disse que o site foi bloqueado por 90 minutos nesta quarta-feira (12) até que o YouTube retirasse o filme do ar.

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Depois de uma hora e meia, os usuários de internet no Afeganistão puderam voltar a entrar no YouTube, mas o filme não estava mais disponível.

De acordo com Marjan, a medida temporária foi tomada exclusivamente com o propósito preventivo de evitar protestos por causa do filme.

Por meio de nota, o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, denunciou o filme em questão como "desumano e insultante".

As informações são da Associated Press.

A polícia da Malásia prendeu um colunista saudita que havia fugido da Arábia Saudita após deixar mensagens em seu Twitter sobre o profeta Maomé, o que desencadeou protestos populares para sua execução, disse a agência de notícias estatal da Malásia Bernama, nesta quinta-feira. O autor, Hamza Kashgari, foi detido na quarta-feira ao chegar ao Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, informou a Bernama.

De acordo com a agência de notícias, a Arábia Saudita aguarda o repatriamento de Kashgari. O governo saudita não fez nenhum comentário oficial desde que anunciou no início da semana que Kashgari tinha sido proibido de divulgar seus textos e que estava sujeito à ação legal.

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Kashgari, de 23 anos, é um colunista de um jornal da cidade costeira de Jeddah. No sábado, ele postou em seu Twitter uma série se reflexões sobre uma reunião imaginária com Maomé.

Alguns religiosos conservadores na Arábia Saudita entenderam que as mensagens são uma espécie de maldição contra o fundador do Islã, pedindo ao público que exijam do governo a punição de Kashgari.

Campanhas na Arábia Saudita no Twitter, YouTube e Facebook atraíram milhares de seguidores que pedem a execução de Kashgari. O colunista havia deixado a Arábia Saudita no início da semana, disse a agência Bernama. As informações são da Dow Jones.

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