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Mais de 250 migrantes chegaram na Sicília neste sábado (7) em um barco de resgate de uma ONG, enquanto outra embarcação com 549 pessoas obteve permissão para levá-los à ilha italiana.

Os dois navios lançaram mensagens de alarme para encontrar um porto seguro devido ao agravamento da saúde dos migrantes a bordo, incluindo crianças, após dias de navegação na zona central do Mar Mediterrâneo.

"O #SeaWatch3 chegou ao porto de Trapani esta manhã. Estamos felizes por finalmente ter um porto seguro", tuitou a organização alemã Sea Watch International, informando o desembarque de 257 pessoas.

Na quinta-feira, eles haviam alertado sobre a situação "crítica" a bordo pela falta de medicamentos e sintomas de desidratação entre os migrantes, alguns dos quais estavam no mar havia uma semana.

Enquanto isso, o barco de outra organização, o "Ocean Viking", obteve permissão para levar no domingo 549 pessoas até o porto siciliano de Pozzallo, segundo indicou à AFP.

Este navio, gerenciado pela ONG francesa SOS Mediterranée, estava à espera de um porto seguro de desembarque após a recusa de Malta e a ausência de respostas da Tunísia e da Líbia.

Milhares de pessoas tentam cruzar o Mediterrâneo Central todos os anos para chegar à Europa.

Só este ano, cerca de 1.000 pessoas perderam a vida no mar, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), entidade intergovernamental associada à ONU.

Mais de 100 pessoas morreram em uma nova tragédia no Mar Mediterrâneo Central, uma das rotas migratórias mais mortais do planeta.

A estimativa é da ONG SOS Méditerranée, que havia recebido na última quinta-feira (22) alertas do serviço Alarm Phone a respeito de dois barcos em dificuldade: um com cerca de 40 pessoas e outro com mais de 100 indivíduos a bordo.

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"Não encontramos nenhum traço do primeiro e só podemos esperar que ele tenha voltado para terra firme ou chegado a seu destino em segurança", diz o relato de Alessandro, membro da equipe de busca e resgate do navio Ocean Viking, publicado nesta sexta (23) pela SOS Méditerranée.

Já o segundo barco foi encontrado de cabeça para baixo e rodeado por uma dezena de corpos. No entanto, como o mar estava muito agitado, a equipe do Ocean Viking não conseguiu se aproximar para remover os cadáveres das vítimas.

"Nós tentamos chegar ao segundo [barco] através de uma tempestade e de uma noite com ondas de até seis metros. Lá fora, em algum lugar nessas mesmas ondas, um bote transportando 120 pessoas. Ou 100, ou 130. Nunca vamos saber porque elas estão todas mortas", acrescenta Alessandro em seu relato.

"Retomamos as buscas ao amanhecer, ao lado de três navios mercantis, sem coordenação ou ajuda de nenhum Estado. Se um avião tivesse caído na mesma área, as marinhas de metade da Europa estariam aqui, mas eram apenas migrantes no cemitério do Mediterrâneo", diz o voluntário do Ocean Viking.

Um terceiro barco, com cerca de 120 pessoas, ainda foi levado de volta à Líbia carregando a bordo os corpos de uma mãe e do seu filho. As três embarcações haviam zarpado da costa do país africano, que fica a poucas centenas de quilômetros do sul da Itália e de Malta.

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), pelo menos 8.670 pessoas atravessaram a rota do Mediterrâneo Central em 2021, quase o dobro do número registrado no mesmo período do ano passado (4.666).

No entanto, 357 migrantes morreram ou desapareceram tentando concluir a travessia, crescimento de 140% em relação a 2020, sendo que o pico das viagens costuma acontecer em julho e agosto, no verão do Hemisfério Norte, quando as condições do mar são melhores.

Da Ansa

Um bebê eritreu de três meses morreu a bordo do barco humanitário que o resgatou no Mediterrâneo em meio ao mau tempo e falta de embarcações de resgate, informou nesta quinta-feira uma ONG.

Cerca de 1.600 imigrantes foram resgatados desde terça-feira em frente à costa líbia, entre eles muitas mulheres e crianças.

As operações de resgate foram dificuldades nos últimos dias pelo mau tempo e os barcos humanitários da Proactiva Open Arms e Sea-Watch não têm dado conta do trabalho diante do grande número de pessoas.

"Esta é uma das situações mais difíceis que já enfrentamos", reconheceu à AFP Laura Lanuza, porta-voz da ONG espanhola Proactiva Open Arms.

Na terça-feira, uma mulher com um bebê que quatro dias de vida foram resgatados por um helicóptero. Durante a difícil operação de salvamento, o médico responsável não detectou que entre os 28 bebês a bordo um eritreu de 3 meses estava desnutrido e com febre alta. Ele morreu algumas horas depois.

Outro bebês e um jovem foram encontrados mortos na terça numa embarcação lotada com 400 pessoas e resgatada pela Proactiva.

"Os barcos de resgate operam no limite de sua capacidade. Alguns navios de carga estão desviando seu curso para ajudar", contou Klaus Merkle, coordenador de resgates do navio Acuario, fretado pela ONG Mediterrâneo SOS e Médicos Sem Fronteiras.

Mais de 170 migrantes foram resgatados neste sábado (3) pela Guarda Costeira da Espanha, quando tentavam atravessar o Mar Mediterrâneo pelo norte da África em quatro embarcações - anunciaram as autoridades espanholas.

O governo marroquino alertou os socorristas espanhóis sobre a presença de uma embarcação no Mar de Alborão, a parte mais ocidental do Mediterrâneo, perto do Estreito de Gibraltar que o separa do Oceano Atlântico.

Depois, outras três embarcações foram avistadas, e 173 migrantes procedentes da África Subsaariana foram auxiliados e levados para os portos Almería e Motril, na Andaluzia, ao sul, segundo um porta-voz da Guarda Costeira local.

Ao menos mil pessoas foram resgatadas nesta sexta-feira (27) em várias operações no Mar Mediterrâneo, anunciou a Guarda Costeira italiana. Os emigrantes, que viajavam em seis botes infláveis e em três barcos de madeira, foram socorridos em nove operações distintas, principalmente de navios da Guarda Costeira e da ONG Proactiva Open Arms.

Em um dos botes infláveis havia um corpo, anunciou a Guarda Costeira. Segundo a ONU, mais de 5 mil pessoas morreram no ano passado ao tentar cruzar o Mediterrâneo para chegar à Europa, a maioria diante da costa da Líbia.

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A Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (Acnur) informou que mais 200 imigrantes morreram em temperaturas muito baixas no Mar Mediterrâneo.

Comunicado da agência diz que sobreviventes que começaram a chegar à costa nesta quarta-feira informaram que outro bote de borracha está desaparecido, o que provavelmente eleva o número de vítimas. A porta-voz da Acnur na Itália, Carlotta Sami, afirmou que pelo menos 203 pessoas foram "engolidas pelas ondas".

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No início desta semana, a guarda costeira italiana havia informado que pelo menos 29 pessoas haviam morrido de hipotermia enquanto viajavam do norte a África para a costa italiana.

A Acnur diz que a nova patrulha de resgate, apoiada pela União Europeia, é ineficiente para salvar vidas. A UE assumiu as patrulhas no Mediterrâneo depois de a Itália ter encerrado sua operação Mare Nostrum, iniciata após a morte de 360 imigrantes em 2013. Fonte: Associated Press.

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Uma imagem que já se tornou frequente. Barcos à deriva em pleno Mar Mediterrâneo. Nas embarcações, centenas de pessoas em busca de uma vida melhor na Europa se amontoam, procuram se abrigar do sol e da chuva. As imagens mostram uma embarcação com 120 imigrantes sírios na costa italiana.

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O barco foi interceptado pela guarda costeira nesta segunda-feira (2). Entre os refugiados havia pelo menos duas crianças. Os passageiros estavam exaustos por terem enfrentado mau tempo e ondas de até 11 metros.

Os contratos futuros de petróleo negociados na ICE subiram após a Rússia afirmar que dois mísseis foram disparados no leste do Mar Mediterrâneo, evidenciando o potencial de alta dos preços caso os EUA decidam atacar a Síria.

O preço do brent para outubro saltou de US$ 114,81 por barril para a máxima intradia de US$ 115,74 por barril em menos de quatro minutos, enquanto o WTI negociado na Nymex operou em alta por alguns instantes. Os dois contratos, no entanto, rapidamente se ajustaram depois que ficou claro que os mísseis haviam sido detectados horas antes e que agências de notícias russas afirmaram que os mísseis caíram no mar.

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O rápido movimento dos preços do petróleo destaca que, embora a ameaça de uma intervenção militar dos EUA na Síria já tenha dado força aos preços, ainda há espaço para aumento se o ataque realmente acontecer.

Dados da ICE mostraram que a quantidade de investidores especulativos com posições longas líquidas no brent atingiu um nível recorde pela segunda semana seguida. Combinadas, as posições especulativas líquidas no brent e no WTI também alcançaram uma máxima histórica equivalente a pouco menos que 600 milhões de barris.

Segundo o Schork Report, o aumento do interesse sugere que capital especulativo novo está sendo aplicado no petróleo bruto e o crescimento dos volumes indica que as posições curtas estão sendo liquidadas e/ou as posições longas estão sendo tomadas.

Às 8h11 (pelo horário de Brasília), o brent para outubro subia 0,76% na ICE, a US$ 115,20 por barril, enquanto o contrato para outubro negociado na Nymex caía 0,32%, a US$ 107,31 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.

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