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O cantor e compositor pernambucano Martins lança, nesta sexta (25), o álbum ‘Interessante e Obsceno’. O trabalho, que conta com 12 faixas, chega ao público quatro anos após o disco de estreia do artista, lançado em 2019. 

‘Interessante e Obsceno’ traz faixas inéditas, com exceção de ‘Eu e você sempre’,  regravação de um clássico de Jorge Aragão. O álbum chega, ainda, referendado por outra grande voz da música brasileira, a cantora Zélia Duncan. “Martins tem um sorriso dentro da voz. É o espelho dos seus olhares para o que faz, de como a música parece lhe servir e, dessa maneira, chega até nós. Um conforto, um escape da vida que pesa nos ombros, um sorriso à espreita, ou escancarado. Emociona macio a quem ouve. E com toda doçura que sempre se anuncia na voz e na presença, vai mostrando com firmeza a que veio. E veio para ficar”, escreveu em uma resenha sobre o pernambucano e sua obra. 

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Em seu segundo álbum, Martins contou com a colaboração de alguns antigos amigos de jornada. Juliano Holanda, Rodrigo Tavares, Thiaguinho Silva, Kainã do Jêje, Igor Carvalho, Nilsinho Amarante, PC Silva e Marcello Rangel são alguns dos músicos que aparecem no trabalho. ‘Interessante e Obsceno’ já está disponível nas principais plataformas digitais. 

Neste sábado (28), o cantor Martins vai marcar presença no Teatro do Parque, área central do Recife. Durante a programação do 29º Janela de Grandes Espetáculos, o artista interpretará sucessos da carreira e também de grandes nomes da música. Martins vai embalar a plateia em uma performance de voz e violão.

O público curtirá clássicos como Passa, Estranha Toada, A Gente Se Aproveita, Me Dê e Deixa Rolar. A apresentação tem direção geral assinada por André Brasileiro, além da coordenação de produção de Tadeu Gondim, da Atos Produções Artísticas. Os ingressos para o espetáculo estão à venda no site Guichê Web.

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Serviço

Show de Martins

28 de janeiro | 19h

Teatro do Parque - Rua do Hospício, nº 81, Boa Vista

Ingressos: R$ 60 inteira / R$ 30 meia

Vendas antecipadas no Guichê Web

Os cantores Almério e Martins sobem ao palco do Teatro Guararapes, em Olinda, no dia 3 de novembro. No dia da apresentação, os músicos irão celebrar com o público o lançamento de um disco gravado em 2021, no Teatro do Parque, no Recife. O álbum Almério & Martins, que sai com selo da Deck Disc, reúne faixas autorais e sucessos da música popular brasileira.

A plateia vai curtir um repertório versátil que inclui as canções Desaperreio, É Só Música, Anjo de Fogo, Amor Estou Sofrendo, Nu, Tapa na Cara, Nossa Dança e Tatoo de Melancia. O espetáculo tem direção artística assinada por André Brasileiro, direção musical de Juliano Holanda e direção de produção de Tadeu Gondim, da Atos Produções Artísticas. As pessoas podem adquirir os ingressos a partir de R$ 40.

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Serviço

Show de Almério e Martins

3 de novembro | 21h

Teatro Guararapes - Centro de Convenções de Pernambuco, Salgadinho, Olinda

Ingressos: Plateia especial - R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia-entrada) / Plateia - R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada) / Balcão - R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada)

Locais de venda: Bilheteria do teatro e site Sympla

Almério e Martins realizam uma apresentação intimista e autoral, pela primeira vez em formato de drive-in, no Go Dream, no Edifício Garagem do Shopping Recife, próximo sábado (15), às 22h. Acompanhados pelo baixo acústico de Roger Victor e da guitarra do renomado Juliano Holanda, o show é de composição autoral dos dois artistas, mas apresenta músicas de compositores que influenciaram suas carreiras.

A primeira performance aconteceu em janeiro de 2020, no Teatro de Santa Isabel, que acabou exibido novamente através de seu registro em vídeo em julho deste ano. Os êxitos de ambas as ações motivaram os artistas a continuar a parceria neste projeto, que se propõe a ser um encontro afetivo, um abraço na alma do público através das canções apresentadas.

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Com direção artística de André Brasileiro, direção musical de Juliano Holanda e produção da Atos Produções Artísticas, o espetáculo de extrema qualidade técnica e artística mostra a música acústica de força interpretativa, produzida pelos músicos pernambucanos, que se revezam entre momentos solos e em dupla no palco.

Durante a apresentação, o Go Dream, projeto encabeçado no Recife pela Carvalheira, conta também com serviço de comida e bebidas. Os ingressos, que custam R$ 50, podem ser adquiridos através do site oficial.

*Da assessoria

Uma função que sempre existiu em aplicativos como Instagram e plataformas como YouTube acabou se transformando em um dos principais passatempos da quarentena imposta pela pandemia do novo coronavírus. As lives, transmissões ao vivo, se tornaram opção de entretenimento para o público além de canal para que os artistas possam manter-se trabalhando, comunicando-se com os fãs e até mesmo faturando. 

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Elas começaram de maneira um tanto discreta, com artistas falando e cantando diretamente de suas casas em modestas  transmissões pelo Instagram. No entanto,  o apelo junto aos fãs foi tamanho que rapidamente, não só a classe artística como patrocinadores e produtores da indústria cultural  perceberam o grande potencial desse tipo de apresentação e o que começou como uma maneira de manter o vínculo entre artista e o público logo tomou proporções maiores, transformando-se em uma verdadeira mina de ouro com ares de linguagem do futuro para o mundo do entretenimento.

No Brasil, o primeiro a fazer da live um espetáculo foi o sertanejo Gusttavo Lima. Ele levou sua apresentação online para o YouTube, com uma produção elaborada, que contou com cenário, estrutura de som e até garçom, além do patrocínio de uma grande marca de bebidas. O show virtual do Embaixador quebrou recordes na internet, com cerca de 750 mil acessos simultâneos, e deu início a um ranking de visualizações que mobilizou vários outros artistas como Marília Mendonça (3,3 milhões), Jorge & Mateus (3,1 milhões) e Sandy e Junior (2,5 milhões). 

Reprodução/Facebook

Mas, a grandiosidade dos números dessas lives não fica apenas na quantidade de visualizações. Os artistas têm usado o espaço para arrecadar donativos para projetos de assistência social e o resultado tem sido surpreendente. Luan Santana conseguiu arrecadar mais de 300 toneladas de alimentos em apenas uma apresentação; já a live que juntou os Amigos (Chitãozinho e Xororó, Zezé Di Camargo e Luciano e Leonardo) recebeu R$ 1,7 milhão em doações para o combate ao novo coronavírus. Por outro lado, os cantores também têm lucrado alto com este novo mercado. Os espaços publicitários nas lives de grandes nomes, como Marília Mendonça e Wesley Safadão vão de R$ 60 a R$ 500 mil. 

Indústria

O sucesso absoluto das lives descortinou um novo caminho para a indústria do entretenimento. Para os artistas, essa modalidade de show trouxe a possibilidade de continuar gerando renda em um momento em que a realização de eventos presenciais, com aglomeração de pessoas, está terminantemente proibida. Além dos patrocínios, alguns profissionais da cultura têm cobrado ingresso para suas lives, como o músico pernambucano Juvenil Silva, que chegou a criar uma espécie de casa de espetáculos virtual,  com o projeto @aovivoemcasa. A ideia é promover apresentações com a contribuição espontânea do público em forma de ingresso virtual. 

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Ultrapassando os limites imaginários da internet, as apresentações online também já movimentam a cadeia produtiva da cultura e entretenimento no  ‘mundo real’. Já há espaços físicos voltados para a produção e transmissão de lives, como é o caso da Space Lives Room, de São Paulo, que oferece a estrutura para os shows. Profissionais da área de iluminação, áudio e acessibilidade comunicacional, como os intérpretes de Libras, também têm encontrado trabalho neste novo mercado. O que leva a acreditar que este pode ser um caminho sem volta no que diz respeito à forma de se fazer entretenimento no século 21. 

Vale ressaltar que essas lives mais produzidas demandam a participação de mais pessoas, o que tem sido motivo de críticas pelo risco de contaminação que a reunião de uma pequena equipe com oito ou 10 profissionais pode causar. Alguns artistas, inclusive, optaram por nem fazê-las, pra não se expor nem aos seus,  como Zeca Pagodinho, Anitta e o grupo de rap Racionais MC’s. Os dois primeiros, no entanto, acabaram se rendendo. Já o Racionais recusou um cachê de R$ 100 mil e se manteve firme na opção de não atender aos fãs, porém, seguir cumprindo as determinações sanitárias. 

Além do streaming

Mas, apesar das dimensões que as lives vêm tomando, esse meio de comunicação continua motivando os artistas para além do seu ofício. Independente da quantidade de patrocínios e horas de duração - alguns cantores chegam já chegaram a  ficar por cinco horas se apresentando online -, esses shows continuam representando uma forma de se aproximar do público além de mostrar nuances mais íntimas de cada artista. 

O rapper MV Bill, por exemplo, optou por fazer sua primeira, e até então única, live num espaço bastante importante para ele. “Eu quis fazer uma troca porque as pessoas sempre me levam pra sua casa, em forma de música e de videoclipe, e eu queria inverter os papéis, queria trazer as pessoas pra dentro da minha casa, onde eu faço a minha criação musical. Foi do lugar que eu transmiti minha live, onde eu escrevo a maioria das minhas músicas, onde eu penso as próximas ideias, onde eu tô escrevendo meu livro. Então, trouxe as pessoas para um canto muito especial meu, da minha vida e da minha casa”, disse em entrevista exclusiva ao LeiaJá. Bill também fez questão de frisar que prezou muito pelas questões de segurança e preferiu não envolver muitas pessoas para sua live. Ele contou apenas com a participação da irmã, a também rapper Kmila CDD, que fazendo uso de uma máscara de pano, cantou algumas músicas ao seu lado durante a transmissão. 

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Já Gabriel o Pensador levou um tempo até se interessar em fazer uma live. Além do contexto de pandemia, o cantor havia perdido o pai recentemente e o momento não lhe parecia favorável. Mas os pedidos dos fãs motivaram o Pensador e o resultado foi muito além do esperado. “Quando eu abracei essa idéia eu percebi que veio uma empolgação enorme, quando faltavam poucos dias para a Live porque, já ali, aconteceu uma interação com os meus seguidores, principalmente no instagram, em que eles começaram a sugerir músicas para o repertório. Eu comecei a rever a minha obra  e conversar com os meus músicos, que iam participar da Live, aquilo me deu um gás, me levantou o astral”. 

A possibilidade de contar com pessoas queridas, distantes geograficamente, como amigos e familiares, também deu um outro significado ao show virtual de Gabriel e o momento acabou virando uma grande celebração. “Quando eu tenho amigos na platéia eu faço o show com mais prazer ainda. E, ali eu tinha não apenas fãs de vários países me acompanhando, até fiz uma homenagem a Portugal e aos países africanos de língua portuguesa, mas também tinha amigos me acompanhando e me incentivando. Ainda mais em um momento de emoções à flor da pele que eu vinha já de um luto da despedida do meu pai, que também foi homenageado na live”. 

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Emoção e solidariedade ao vivo

A quarentena imposta pela pandemia do novo coronavírus  tem provocado incômodo nas pessoas. O tédio que o isolamento pode proporcionar - ainda que alguns contem.com.tantos recursos como.internet, televisão, livros e outros para evitá-lo - tem causado desânimo e muita reclamação. Mas não para compositores dos mais diferentes estilos musicais e partes do mundo. Esses têm transformado a apatia e silêncio do isolamento em música, se valendo da infinidade de temas e possibilidades que o atual momento, ainda que aparentemente tão parado lhes apresenta.

Desde o início desse período um tanto caótico que o vírus instaurou, as redes sociais e plataformas de streaming estão recebendo uma enxurrada de novidades. Essas vão desde a banda Rolling Stones - que lançou Living in a ghost town (canção sobre cidades fantasmas); passando pelo ‘rei do arrocha’, Pablo - cantando sobre o distanciamento em Notícias da TV -; até o rapper paulista Coruja BC1, que em um único dia compôs as sete faixas do EP Antes do Álbum, em uma espécie de “autoterapia”, como o artista explicou em suas redes sociais.  

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O LeiaJá conversou com alguns artistas que estão convertendo o ócio em criação em seu período de isolamento. Eles falaram sobre inspiração, parcerias à distância, novos processos no ‘fazer música’ e a descoberta de habilidades por conta da necessidade de se ‘botar a mão na massa’ sozinhos. 

Imagem: Reprodução/Facebook MV Bill

Em casa

“MV Bill está em casa”, a frase que o rapper carioca entoa no início de algumas de suas canções nunca fez tanto sentido. Isolado em seu apartamento localizado nas proximidades da Cidade de Deus, na capital fluminense, ele já lançou duas composições inéditas desde o início do isolamento social: Quarentena e Isolamento, ambas descrevendo o atual momento. Seu processo criativo, no entanto, não mudou muito: “Eu sempre crio minhas músicas em isolamento, sempre sozinho, de forma muito solitária, então esse meu isolamento não tá sendo muito diferente pelo menos nessa parte. Acho que (a quarentena)  tira toda a minha liberdade de fazer as coisas que eu quero, que eu gosto, mas na hora de compor não é muito diferente”. 

Apesar do hábito de escrever isolado, o rapper acabou precisando ir um pouco além em seu processo criativo, se aventurando em outras áreas. como captação de imagens e produção de vídeo. Foi ele quem gravou e produziu o clipe de Quarentena e, apesar de ter pago um “preço maior, que é o cansaço”, descobriu novas habilidades e possibilidades. “Eu mesmo fiz a câmera, aprendi a mexer; tava com bastante tempo sobrando, então deu pra virar a câmera pra um lado, até achar um ângulo certo, até me posicionar, tudo sozinho. Não sei se a gente não estivesse em quarentena, se eu não estivesse isolado, não sei se eu conseguiria fazer um vídeo como esse. Então são coisas que a quarentena está nos revelando, acaba fazendo a gente descobrir coisas que nem sabia que era capaz de fazer”.

Ainda assim, as parcerias não foram descartadas nas novas canções, e o rapper acabou trabalhando, de maneira remota, com produtores como DJ Caíque e Mortão. Um trabalho conjunto muito festejado pelo artista. “De longe, sem precisar me arriscar, sem me expor, consegui fazer as músicas, trabalhando com os produtores bem distante de mim, o Caíque de São Paulo e o Mortão de Goiânia. Talvez trabalhos que a gente demoraria muito pra fazer se não tivéssemos a internet. Estar em quarentena não é uma coisa prazerosa, mas podendo interagir com outras pessoas, não só com o público, mas também trabalhar com outros artistas, produtores, acho que é uma coisa que ameniza o sofrimento”. 

MV Bill vem de uma temporada de lançamentos mensais, realizados em 2019, e vai continuar no ritmo somando os lançamentos que ainda não saíram às novidades que vão surgindo durante o isolamento. Ele também acaba de estrear nova temporada do programa  Hip Hop Brazil, sobre a cena do rap nacional, exibido aos sábados no canal Music Box Brazil. Mas, apesar do período extremamente produtivo, o rapper faz questão de fazer uma ressalva. “Importante é dizer que dentro da quarentena, nem todo mundo vai ter inspiração pra criar, nem todo mundo vai conseguir criar, tem muitos artistas que não precisam se cobrar porque não estão conseguindo criar, mas também não precisam se incomodar ou sofrer com a criação de outros artistas”

Da introspecção à caneta

Acostumado a compor “em trânsito”, dentro de aviões ou ao longo de viagens na estrada, Gabriel o Pensador tem aproveitado a calmaria do isolamento social para organizar as ideias e inspirações e transformá-las em criação. O primeiro fruto desse período foi a canção A cura tá no coração, “uma música sobre a pandemia”, como ele próprio define. “Ela veio de uma forma semelhante às outras, como vem assim em um rompante, de uma vez, como muitas músicas que eu faço. Mas eu senti que aquela emoção, aquelas reflexões tiveram tempo de se condensar durante um período de introspecção que eu tive nesse isolamento”.

A novidade chegou acompanhada de um videoclipe e contou com a parceria da rapper mineira, Cynthia Luz,. Tudo, é claro, feito à distância, em respeito às recomendações de segurança necessárias ao momento. Além dela, o Pensador também contou com outras participações neste trabalho. “Conseguimos juntar o André Gomes na gravação de alguns instrumentos e o Papatinho na produção, na criação do beat da música, e os dois assinaram essa produção juntos sem se encontrar pessoalmente. A Cynthia Luz mandou a voz dela lá de Brasília, se não me engano ela estava em Brasília. A gente conseguiu fazer a mixagem dessa maneira e eu adorei o resultado. A Cynthia caiu como uma luva nessa gravação e trouxe uma energia muito boa com a voz cheia de personalidade, estilo. Na nossa comunicação sobre o vídeoclipe, por exemplo, ela também sempre mostrou muito entusiasmo pra gente resolver os problemas da distância, das dúvidas.. e as imagens que ela mandou casaram perfeitamente com as que a gente fez no Rio”. 

O tempo e a calmaria encontrados por Gabriel no isolamento têm servido, também, para que o artista possa reencontrar antigos textos, poemas e letras guardadas ao longo de sua trajetória. Esse processo de revisitação ao acervo rendeu um novo quadro em seu canal de YouTube, o Sente a Poesia, no qual o Pensador declama. Além disso, ele também já tem preparado um novo livro infantil, que fará companhia ao já lançado Um garoto chamado Roberto.  “Já estou agora com mais uma história pronta, que fiz recentemente nesses dias e já comuniquei à editora que quero fazer também um livro ilustrado, audiobook e e-book com eles para crianças”. 

Cena pernambucana à toda

Em Pernambuco, a cena musical parece tornar-se ainda mais produtiva ao passo que se adapta ao novo ritmo imposto pelo confinamento. Os anseios e emoções sugeridos por esse período também têm sido gás para os compositores pernambucanos, como nos conta o cantor e compositor Martins: “O artista não pode, não deve ficar aquém de tudo que tá acontecendo, dessas novas pautas, então é muito importante estar atento a tudo isso porque eu entendo a arte também como um registro histórico”.

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O cantor e compositor Juvenil Silva, também falou sobre esse processo: “O isolamento trouxe à tona sensações obscuras, a maioria nunca sentidas antes com tamanha intensidade e durabilidade. Não havia nada de positivo pra se fazer com essas coisas a não ser por pra fora, compor. Nas primeiras semanas eu estava num ritmo compulsivo, compondo uma ou mais por dia. Externar essas angústias me faz bem, acabei criando canções mais duras, tensas, mas que acabaram me fazendo bem, uma vez que foi possível por pra fora, sentimentos angustiantes de uma forma que julgo bonita”.

Estar isolado, no entanto, pode não ser tão favorável à composição, o que implica desafios.. Para Martins, acostumado à agitação do cotidiano da cidade e dos encontros presenciais, o momento impõe um exercício extra à composição: “Junto com o isolamento, com o tempo, vem a ansiedade que é a máxima nesses dias, vem a  preocupação na parte financeira, sobretudo pra essa classe de artistas e autônomos - como a gente vai conseguir grana para se sustentar, pra viver, pagar um aluguel? - então, pra mim não é tão fácil criar na quarentena. Minha música é muito aquecida pelo social, eu gosto de gente, mas eu entendo e acho muito importante  a gente ficar em casa mesmo. Mas como nada é muito fácil nessa vida, eu acho que esse é um novo momento, um novo jeito de pensar a criação, a vida, de pensar o que  a gente tá fazendo aqui, entendo essa nova fase como uma experiência muito importante que soma muito com a minha arte, com o que eu falo na vida”.

Martins tem estreitado os laços com sua ‘gente’, seu público, através das lives que ele promove e das quais participa como convidado.  Já Juvenil, vai mostrar toda, ou quase toda, criação proveniente das emoções de seu período isolado em três discos inéditos, o primeiro, Isolamento Acústico, com lançamento no início de junho. “O EP, foi gravado nesses dias, eu comigo mesmo, vozes e violões alucinados. As músicas serão todas em parcerias, que foi uma forma de aproximar mais os amigos, dentro da impossibilidade real disso”. Certamente, essa quarentena deixará para o artista muito mais que lembranças. “Acho que já gravei (músicas) o suficiente pra vários (discos). Como se fosse morrer amanhã. O que nunca foi tão possível”. 

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O cantor e compositor Martins irá apresentar no próximo dia 17, no Teatro Luiz Mendonça, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, o show de lançamento do primeiro disco. O público vai poder curtir o resultado do trabalho autoral do artista pernambucano, com interpretações inspiradas em crônicas do cotidiano. Para Martins, o projeto transita por experiências afetivas e influências vividas por ele e também pelas pessoas que o cercam.

Segundo ele, as canções retratam "amores, desamores e coisas da existência". Disponível em todas as plataformas digitais, o disco contém 11 faixas, e foi todo gravado em Recife e também na Europa. No repertório, Martins mostrará a sonoridade poética de Estranha Toada, A Gente Se Aproveita, Nossa Dança, Um Só Ser, Olhos Que Afagam, Por Dentro, Vértebra Por Vértebra, entre outras.

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No álbum de estreia, Martins contou com a parceria de Juliano Holanda. Os dois escreveram três músicas. Além de Juliano, o trabalho do pernambucano recebeu a colaboração de Paulo Neto, PC Silva e Ju Valença. Com estética assinada por Priscila Lins e imagem da capa feita pelo fotógrafo André Sidarta, o CD - que leva o nome do cantor - recebeu incentivo do Funcultura, Fundarpe e Governo do Estado de Pernambuco.

Os ingressos para o show de estreia do disco Martins estão à venda na bilheteria do teatro (R$ 20 - inteira e R$10 - meia) e no site Sympla (com acréscimo de taxa). O espetáculo está marcado para começar às 20h30.

Serviço

Show do cantor Martins - lançamento do primeiro álbum

17 de dezembro | 20h30

Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu), Boa Viagem

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$10 (meia)

O cantor Arnaldo Antunes é uma das atrações do Festival Arte na Usina que acontece de quinta-feira (14) a sábado (16) na Usina Santa Terezinha, em Água Preta, na Mata Sul de Pernambuco. Completam a programação os artistas: Almério, Mariana Aydar, Santanna “o cantador”, DJ 440 e Martins. O evento também conta com oficinas artísticas, exposições, performances e circuitos culturais.

Os shows acontecem a partir das 21h, mas durante o dia o público terá à disposição exposições, performances e circuito cultural no Parque Artístico-Botânico da Usina, que abriga mais de 15 obras e instalações de arte contemporânea em diálogo com cerca de 5 mil plantas de mais de 300 espécies em uma área de 29 hectares.

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Entre os destaques das artes visuais, o térreo da Biblioteca da Usina de Arte recebe até o dia 16 a exposição “Poema Vive Processo”, de curadoria do artista José Rufino. Já o dia 15, o artista plástico cubano Carlos Garacoia apresentará o seu “Jardim Frágil”, projeto desenvolvido para o Parque Artístico-Botânico, que, ao lado do Hangar, também sedia a exposição “Nheê Nheê Nheê”, do artista Márcio Almeida.

Tem mostra também na vila de Santa Terezinha, no Alquimia Café, onde está instalada “Hipocondríacos”, da fotógrafa e artista Piera Lobo. Já campo das performances, a 5ª edição do Festival receberá, na quinta-feira (14), uma apresentação da alagoana Vera Gamma na Casa Imaginária do Jardim Botânico da Usina, que também será palco para a apresentação do espetáculo Usina do Corpo, do Grupo Experimental de Dança Contemporânea do Recife. No sábado (16),  os músicos Lívia Nestrovski e Fred Ferreira farão um pocket show dentro da obra “Átrio”.

Programação de shows e performances:

Quinta-feira - 14 novembro

17h – Performance Vera Gamma

Local: Casa Imaginária/Jardim Botânico

21h – Santana, o cantador 23h – DJ 440

Local: Palco na Vila de Santa Terezinha

Sexta-feira - 15 novembro

16h – Espetáculo Usina do Corpo

Local: Jardim Botânico da Usina de Arte

21:00h – Martins 23h – Arnaldo Antunes

Local: Palco na Vila de Santa Terezinha

Sábado - 16 novembro

17h – Lívia Nestrovski e Fred

Local:  Casa imaginária - Jardim Botânico da Usina de Arte

21:h – Almério 23h – Mariana Aydar

23h – Arnaldo Antunes

Local: Palco na Vila de Santa Terezinha

Serviço

Festival Arte na Usina

Quinta-feira (14), Sexta-feira (15), Sábado (16) | 21h

Usina Santa Terezinha (Rodovia PE99 KM 10 - Água Preta - PE)

Gratuito

*Da assessoria

A White Martins, empresa de gases industriais e medicinais, disponibiliza 30 vagas de estágios nas áreas de Engenharia, Administração, Economia, Estatística, Ciências Contábeis, Direito, Comunicação Social e Marketing.

Os candidatos devem ter formação prevista entre juho de 2015 e janeiro de 2016 e ter conhecimentos de inglês e informática. A carga horária varia de 4 a 6 horas de trabalho. Além da bolsa-auxílio, a companhia também oferece assistência médica e odontológica, vale-alimentação, auxílio transporte, e seguro de vida.

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Segundo a organização, aproximadamente 20% dos atuais executivos da empresa já começaram como estagiários. Esse é o caso do próprio presidente Domingos Bulus que iniciou sua história na empresa dessa maneira.

As inscrições podem ser feitas pela internet. O processo seletivo contará com provas online, dinâmicas de grupo, e entrevista induvidual.

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