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O economista de esquerda Luis Arce, afilhado político do ex-presidente Evo Morales, assumiu a presidência da Bolívia neste domingo (8) em cerimônia realizada no Congresso bicameral de La Paz, depois de vencer as eleições gerais do mês passado.

O vice-presidente aimará David Choquehuanca, que tomou posse pouco antes, foi o encarregado de tomar o juramento do novo presidente na presença dos novos parlamentares e convidados especiais como o rei Felipe VI da Espanha e os presidentes da Argentina, Colômbia e Paraguai.

Com a mão direita na altura do coração, o novo presidente respondeu: "Sim, eu juro".

Em seguida, ele e os demais participantes da cerimônia cantaram o hino nacional.

A posse de Arce, ex-ministro da Economia de Morales (2006-2019), marca o retorno ao poder do Movimento ao Socialismo após a renúncia do ex-presidente em junho de 2019 em meio a uma forte convulsão social.

Como herdeiro político de Morales, Arce venceu as eleições de 18 de outubro no primeiro turno com 55% dos votos, mais de 26 pontos acima de seu principal rival, o centrista Carlos Mesa.

Morales retornará na segunda-feira à Bolívia da Argentina, país onde se refugiou após um breve asilo no México, para viajar cerca de 1.110 quilômetros por terra até a região cocaleira de Chapare, onde suas bases camponesas o aguardam.

Luis Arce Catacora venceu as eleições presidenciais da Bolívia pela primeira vez após obter 55,1% dos votos, segundo resultados oficiais.

Após cinco dias de apuração, o Comitê Eleitoral Plurinacional ratificou os números informados pela boca de urna, quando o candidato superava os 50% dos votos.

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A vitória do MAS foi reconhecida pela presidente interina, Jeanine Áñez, pelo presidenciável Carlos Mesa e pela Organização dos Estados Americanos (OEA) entre domingo e segunda-feira.

Além disso, os presidentes de Argentina, México, Chile, Peru e dos EUA felicitaram tanto Arce como seu candidato à vice-presidência boliviana, David Choquehuanca.

Mais de sete milhões de bolivianos foram às urnas, processo que deve encerrar um longo período para restaurar a ordem constitucional após o golpe de Estado que depôs o ex-presidente Evo Morales.

Da Sputnik Brasil

A Justiça da Bolívia negou nesta segunda-feira (5) o último recurso legal contra a participação do Movimento para o Socialismo (MAS), partido de Evo Morales, nas eleições de 18 de outubro. 

De acordo com a decisão da Sala Constitucional de La Paz, órgão vinculado ao Tribunal Constitucional Plurinacional (TCP), não é possível obrigar a Justiça eleitoral a julgar antes da votação a questão da vigência da legenda. 

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"Seguimos no caminho para as eleições de 18 de outubro", disse a jornalistas o advogado Wilfredo Chávez, que representa o MAS e o ex-presidente Morales. 

"Foi determinado que não há nenhuma justificativa [para anular o MAS] e, inclusive, foi determinado que não havia razão para apresentar a demanda", acrescentou. 

Após o resultado, apoiadores do partido reunidos em frente à Corte fizeram uma marcha pelo centro da capital boliviana. O candidato da sigla, Luis Arce, está em primeiro nas pesquisas de intenções de voto. 

Candidato do MAS teria cometido fraude eleitoral

O recuso pedindo a inabilitação do MAS, baseado em supostas fraudes eleitorais cometidas por Arce, foi feito pela senadora Carmen Eva Gonzales. A demanda solicitava que o Tribunal Eleitoral julgasse a questão. 

O crime teria sido a apresentação de uma pesquisa por Arce, o que é proibido pelos candidatos. Em sua defesa, o MAS justificou que o político não divulgou a enquete, apenas respondeu a uma pergunta jornalística sobre ela. 

A Sala Constitucional ordenou que, antes de anular uma legenda, o Tribunal Eleitoral deve esperar sentença do TCP sobre possível inconstitucionalidade da lei que desabilita o partido cujo candidato divulgar pesquisas durante a campanha. A decisão do TCP, no entanto, só deve sair a partir de novembro. 

Se venceu essa batalha jurídica, o MAS perdeu a ação em que tentou evitar a inabilitação da candidatura de Evo Morales para o Senado.

Da Sputnik Brasil

Em São José do Egito, no sertão pernambucano, para inaugurou a 1ª fase da 2ª etapa do Sistema Adutor do Pajeú, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar medidas de isolamento social contra a Covid-19 e a defender o uso da hidroxicloroquina, ao contrário do recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ladeado pelos ministros General Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos, além de políticos pernambucanos como Fernando Bezerra Coelho (PSB) e André Ferreira (PSC), ele declarou: “Deus foi tão abençoado que nos deu até a hidroxicloroquina para quem se acometer da doença. Eu não sou médico, mas sou ousado como o cabra da peste nordestino”. Nenhuma pesquisa científica observou resposta da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19.

Em discurso rápido, o presidente falou pouco sobre a obra. “A gente vê no semblante do nordestino...Quando chega água, parece que ganhou na Mega Sena”, disse Bolsonaro. Apesar disso, ele pediu que a população elegesse candidatos conservadores nas eleições deste ano. “Vamos caprichar para escolher prefeito e vereador vamos escolher gente que tenha Deus no coração, que tenha na alma o patriotismo e queira de verdade o bem do próximo. Deus, pátria e família”, concluiu.

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Sem máscara, Bolsonaro também se defendeu sobre sua presença em aglomerações. “Não existe satisfação maior para o político do que estar no meio do povo. Alguns dizem que me arrisco. Eu confesso: viver sem vocês, é morrer”, ironizou.

Um estudo elaborado por pesquisadores franceses de diversas instituições, a exemplo da Université Paris-Saclay e da Université de Paris, observou que a hidroxicloroquina mostrou algum efeito antiviral em macacos infectados com o novo coronavírus, mas não apresentou resultado em humanos. Nesta quarta-feira (22), a pesquisa foi publicada na Revista Nature, uma das mais importantes do nicho científico.

Segundo o texto, "a hidroxicloroquina mostrou atividade antiviral em células renais do macaco verde africano, mas não em um modelo de epitélio das vias aéreas humanas reconstituído". Nos animais, os cientistas chegaram a administrar a aplicação da hidroxicloroquina em combinação com a azitromicina. Mesmo assim, ele não teve resultado significativo a ponto de ser considerado eficiente.

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Assim, os pesquisadores colocam que não houve resultado na cura da infecção. "Nossos resultados não apoiam o uso de hidroxicloroquina, isoladamente ou em combinação com azitromicina, como tratamento antiviral para a Covid-19 em humanos", concluiu a equipe.

Outro estudo

Outra pesquisa publicada na mesma edição da revista, de um grupo de pesquisadores alemães e russos, também concluiu que a cloroquina não apresentou qualquer resultado no sentido de inibir a Covid-19. “Estes resultados indicam que a cloroquina tem como alvo uma via de ativação viral que não é operativa nas células pulmonares e é improvável que proteja contra a disseminação da SARS-CoV nos pacientes", frisaram os cientistas.

O partido Movimento ao Socialismo (MAS), do presidente Evo Morales, perdeu a maioria de dois terços das cadeiras nas duas Câmaras do Congresso e luta voto a voto para manter a maioria absoluta, segundo os dados preliminares divulgados pelo Tribunal Eleitoral.

Para o partido Comunidade Cidadã, que ocupa o segundo lugar, o cenário também não é dos mais positivos, já que não conta com respaldo suficiente para ter maioria absoluta em nenhuma das duas Câmaras do Legislativo. No Senado, o MAS teria conseguido obter 18 das 36 cadeiras. Na Câmara dos Deputados, que tem 130 cadeiras, o partido de Evo teria feito 64 deputados.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidenta Dilma Rousseff usou as redes sociais para homenagear o Dia das Mães. Em postagens no Facebook, no Twitter e no Instagram, ela agradeceu à mãe, Dilma Jane Coimbra, de 91 anos, que mora com a filha no Palácio da Alvorada desde 2011. A presidenta citou a filha, Paula, e o neto, Gabriel, antes de saudar as mães de todo o país.

“Neste domingo especial, com sabor de infância e amor maternal, homenageio minha mãe, Dilma Jane. Obrigada por tudo”, escreveu a presidenta. “Também quero abrir meu coração de mãe (de Paula) e avó (de Gabriel) para desejar um #FelizDiaDasMães a todas as mulheres do país”, postou em seguida.

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A presidenta citou versos do poeta Mário Quintana para homenagear as mães. “Mãe é quem cuida, quem acolhe e quem protege os seus pequeninos, mesmo quando crescem, diante da roda da vida. Esse amor permanece para sempre. E lembrou os versos de Quintana: 'São três letras apenas/ As desse nome bendito/ Três letrinhas, nada mais…/ E nelas cabe o infinito...'”, concluiu Dilma.

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