Tópicos | A Menina que Roubava Livros

Ao desenvolver o hábito da leitura, jovens e adolescentes descobrem-se novos autores, buscando aperfeiçoar suas práticas e produzindo suas próprias experiências encontrando novas perspectivas. A realidade histórica é que nem todos têm interesse na literatura e nem os incentivos sociais para prática literária não são tão interessantes para quem já se adaptou a tecnologia.

A jovem Dawella Castro, 20, já rabiscava seus pensamentos buscando uma maneira de fugir de uma realidade que não a conformava aos 14 anos, criando suas próprias histórias e enredos que também ajudasse outras pessoas a ter a mesma fuga que ela possuía em sua arte, estimulando as pessoas que Lessem suas obras a usar a imaginação.

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“Eu nunca me conformei com a realidade, e minha imaginação vive criando enredos mais cativantes e ao não me conformar eu criava a minha própria. Sempre que eu preciso fugir dessas realidades absurdas eu me sinto mais confortável”, afirma à jovem que atualmente conta com 2.100 leituras em seu primeiro livro e ainda tem planos de aperfeiçoamento e formação na área. “Penso em continuar publicando em minha plataforma, mas tenho meus planos de mandar meus arquivos às editoras, e me especializar na área para fazer o que realmente me dá prazer. Tenho sonho de investimento na minha obra e de me formar nessa área”, Comenta a autora.

Já no caso de Samilly Prado,17, teve incentivo desde de criança de sua mãe que lia até que ela aprendesse. Quando aprendeu a ler teve interesse por leitura de gibis, mas buscou obras de literatura fantástica e infanto-juvenil e como gostava de poesias passou a ler Shakespeare, Vinicius de Morais e etc. Aos 13 anos de idade produziu seu livro de ficção ‘Olhando Para o Céu’, uma releitura do livro Romeu e Julieta. Assinou contrato com a Editora Chiado no ano de 2014 e teve seu livro publicado no ano de 2016, no mesmo ano foi convidada para a Bienal do Livro de São Paulo.

“Comecei a ler com Turma da Mônica e alguns outros gibis, mas logo fui para algumas obras de literatura fantástica. Eu também gostava muito de poesias o que me levou a Shakespeare, Vinicius de Morais, Manoel Bandeira e etc. O convite para a bienal veio após a publicação do meu livro pela Editora Chiado, foi uma experiência enriquecedora e o meu livro foi o 8° mais vendido do stand da editora”, relembrou Samilly.

Um velho ditado afirma que, para viajar, basta ler um livro. Essa frase ganha sentido na história de Liesel Meminger, a menina que roubava livros. A trama se passa na Alemanha nazista durante Segunda Guerra Mundial, período de repressão e censura por parte do Governo. Aprisionada nesse mundo, Liesel busca sua liberdade através do poder dos livros. 

A menina que roubava livros é uma adaptação do best-seller de mesmo nome lançado em 2005 e escrito por Markus Zusak. Ao transformar a obra literária para o cinema, o roteirista Michael Petroni acerta, sem deixar de lado algumas passagens importantes da obra. Aliás, assim como o livro, o filme também é narrado pela Morte, representada por uma voz forte e ao mesmo tempo aconchegante.

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Liesel Meminger é uma menina abandonada pela mãe e entregue a uma nova família, composta por Rosa Hubermann (Emily Watson), uma mulher com o coração de pedra, e Hanz Hubermann (Geoffrey Rush), um homem tão doce quanto o som do seu acordeão. A peculiar narradora (a Morte), em meio a toda tragédia, fica encantada com a pequena Liesel no momento em que uma pessoa próxima à garota perde a vida.

Em quase todo filme, é notável a técnica de close-ups utilizada pelo diretor Brian Percival, que mostra seu bom trabalho na harmonia entre as cenas, principalmente quando faz um paralelo entre o coral da escola de Liesel e um ataque do exército nazista na chamada Noite dos Metais. De forma inteligente, o diretor não utiliza o close à toa. Ele situa o espectador e amplia a cena em uma sequência aberta.

A atriz Sophie Nélisse (Liesel) não parece ter ficado intimidada pelo close up e mostra todo seu talento nas cenas. Percival também brinca com o foco, que termina sendo uma boa maneira mostrar qual personagem é importante naquele plano. Mesmo vigiada pela morte, Liesel se mostra uma menina corajosa e inteligente.

A garota encontra nos livros a liberdade que faltava na Alemanha Nazista. Nesse período, muitos livros foram queimados, pois a única coisa que um governo ditatorial pode temer é o conhecimento. Em busca de sua liberdade, a menina às vezes rouba uns livros. “Nem sempre foi meu”, essa é o eufemismo que Liesel usa, com muita perspicácia, para explicar os furtos.

Outra marca inteligente do filme é o uso da trilha sonora feita por John Williams ao piano. Outro destaque é o acordeão do senhor Hanz Hubarmann, que toca de forma delicada músicas conhecidas mundialmente como a do nascimento do menino Jesus. Um momento bom para apreciar o som é durante um ataque a Alemanha. Durante esse cena, o momento se torna uma valsa, comandada pelo acordeão de Hubarmann.

Além de emocionar, a história da corajosa Liesel, tanto no filme como no livro, traz uma reflexão para a atualidade. Em um mundo no qual a “falta de tempo” é a desculpa da vez, as pessoas só irão valorizar o poder da escrita e da leitura quando a liberdade para o conhecimento estiver ameaçada. Afinal, nada é mais libertário do que as palavras.

A trilha sonora do filme A Menina que Roubava Livros, produzida por John Williams, foi indicada ao Globo de Ouro 2014. Williams conta com mais de 20 indicações ao prêmio, e da última vez concorreu pela trilha de Lincoln. O filme estreia no dia 31 de janeiro do ano que vem.

Baseado no best-seller homônimo, A Menina Que Roubava Livros conta a história de Liesel, uma garota que foi viver com uma família adotiva durante a Segunda Guerra Mundial, na Alemanha, e a aprende a ler com um refugiado judeu. O livro é uma história sobre a capacidade de sobrevivência e resistência do espírito humano.

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