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O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela faleceu nesta quinta-feira (5). Ele estava internado desde o início de junho em Pretória, na África do Sul, devido a uma infecção pulmonar. A notícia gerou comoção no país e em várias partes do mundo.

Mandela tinha 95 anos e vivia em Qunu, mesmo povoado onde passou a infância. Depois da internação em dezembro do ano passado, a família preferiu instalá-lo em sua casa de Johannesburgo, a 60 km de Pretoria e perto dos centros médicos mais modernos do país.

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O verdadeiro nome dele era Rolihlahla Madiba Mandela. Ele recebeu o nome Nelson no período em que frequentou a escola. Os sul-africanos o tinham como um herói, pelos anos de luta contra o Apartheid, regime que negava aos negros, mestiços e indianos o acesso a direitos sociais, políticos e econômicos. Ele iniciou a luta ainda na época em que cursava a faculdade de direito. Devido a esse envolvimento contra a segregação social no país, ele passou 27 anos preso.

Libertado em 1990, ele continuou lutando pela instalação de um regime democrático no país, razão pela qual Mandela recebeu o prêmio Nobel da Paz três anos depois, junto com o último presidente do Apartheid, Frederick de Klerk. Mandela também recebeu outras reconhecimentos no exterior, como a Ordem de St. John, da rainha Elizabeth II e a medalha presidencial da Liberdade, de George W. Bush.

Nelson Mandela foi o primeiro presidente negro da África do Sul e governou entre 1994 e 1999, liderando a nação no período da transição entre o governo da minoria e o da maioria. Nos últimos anos, ele evitou saídas públicas e não fez mais comentários sobre política. Ele se casou três vezes.

O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela ainda é "um lutador", mesmo estando próximo da morte, disse nesta terça-feira (3) sua filha Makaziwe. "Tata (pai) ainda está conosco, muito forte, (...) muito valente, mesmo sem uma aparência melhor, em seu leito de morte. Acho que sempre nos ensina alguma coisa: a termos mais paciência, amor, tolerância", declarou sua filha mais filha à rede de televisão pública SABC.

"Cada momento, cada minuto com Tata me assombra. Às vezes não acredito que sou filha desse homem que é tão forte, tão lutador", acrescentou. "Há momentos em que nos damos conta que luta (contra a morte), mas sempre teve espírito de luta".

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"Seu espírito ainda é muito, muito forte, qinda que esteja doente e de cama", disse Makaziwe à agência Sapa. Zindzi, a filha mais nova de Nelson Mandela, disse ao New York Times neste fim de semana: "Intelectualmente, eu sei que está morrendo. Mas emocionalmente, ainda não estou preparada".

Aos 95 anos, Nelson Mandela está sendo mantido em sua casa em Johannesburgo sob cuidados médicos. Ele ficou hospitalizado de 8 de junho a 1º de setembro com um quadro de infecção pulmonar e, provavelmente, com outras complicações.

O presidente sul-africano, Jacob Zuma, saudou o retorno para casa, no domingo, de Nelson Mandela, após três meses de internação e considerou que isto reflete os progressos do ex-presidente.

"Estamos muito felizes de que tenha deixado o hospital, o que reflete progressos", declarou o chefe de Estado.

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"Permanece em estado crítico, mas estável, e reage ao tratamento", completou.

"Somos conscientes de que é muito idoso e que não está bem, mas estamos muito felizes de que tenha voltado para casa", disse Zuma.

O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, de 95 anos, deixou no domingo a clínica de Pretória para continuar recebendo o mesmo tratamento intensivo em casa, na zona norte de Johannesburgo.

O pai da nação sul-africana e líder da luta contra o regime racista do apartheid foi internado em 8 de junho por uma doença respiratória recorrente.

Madiba, o nome de seu clã e pelo qual é chamado de maneira carinhosa pelos compatriotas, enfrentou vários problemas de saúde nos últimos anos.

Os problemas pulmonares estão provavelmente relacionados às sequelas de uma tuberculose contraída durante os anos na prisão de Robben Island, onde passou 18 dos 27 anos de detenção.

George Bush pai expressou neste domingo (1°), em um comunicado, suas condolências aos sul-africanos pela morte de Nelson Mandela, minutos antes de seu porta-voz enviar vários pedidos de desculpas por ter publicado essas declarações equivocadamente.

Minha esposa "Barbara e eu choramos a morte de uma das pessoas que mais acreditaram na liberdade, a quem tivemos o privilégio de conhecer", expressava o 41º presidente americano no comunicado, recebido pelas redações pouco depois do anúncio do retorno de Mandela - que continua em estado crítico -, a sua residência em Johannesburgo, onde está sendo submetido a um tratamento intensivo.

No Twitter, o porta-voz do ex-presidente americano, Jim McGrath, rapidamente reconhecia o erro, explicando que tinha enviado o comunicado depois de ter interpretado de forma equivocada uma manchete do jornal The Washington Post. "É um erro idiota de minha parte. Peço desculpas a todos".

"Foi um erro totalmente meu, e não um equívoco dos Bush", indicou também em sua conta @jgm41.

O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, de 95 anos, voltou para casa neste domingo  (1°), após quase três meses de hospitalizado, e receberá o mesmo tratamento intensivo em domicílio, já que seu estado de saúde segue "crítico".

"O ex-presidente Nelson Mandela deixou esta manhã, 1º de setembro de 2013, o hospital de Pretória onde recebia tratamento", indicou a presidência, acrescentando que seu estado de saúde segue "crítico e, por vezes, instável".

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No comunicado, as autoridades desejam "seus melhores votos de convalescênça", mas é difícil saber se este retorno a sua casa significa uma melhora real em seu estado de saúde, ou a vontade de evitar que o prêmio Nobel da Paz termine sua vida entre quatro paredes anônimas de um quarto de hospital.

Sua casa de Johannesburgo, localizada no tranquilo e arborizado bairro de Houghton, foi transformada em hospital, "reconfigurada para permitir que ele receba o mesmo tratamento intensivo". "Sua equipe de médicos está convencida de que ele receberá os mesmos cuidados do que em Pretória", revelou a presidência.

Além disso, a equipe "em seu domicílio é exatamente a mesma do hospital", segundo o comunicado. No entanto, "se as condições demandarem outra admissão no hospital, assim será feito".

Está fora de questão para o ex-presidente se instalar em Qunu (sul), o vilarejo de sua infância onde esperava terminar tranquilamente seus dias desde sua retirada da vida pública, mas que está localizado a 900 km, longe dos melhores hospitais e médicos do país.

Sábado, a presidência desmentiu informações segundo as quais o herói da luta anti-apartheid havia voltado para casa. Mas, neste domingo, pouco depois das 09h00 GMT (06h00 no horário de Brasília) , uma ambulância escoltada pela polícia foi vista por um fotógrafo da AFP chegando à casa de Mandela.

A presidência também reconheceu, pela primeira vez, que o ex-presidente sofria de complicações múltiplas, e não apenas de um problema pulmonar, indicando que "Mandela, apesar das dificuldades causadas por diversas complicações, mostra uma imensa força de vontade".

Única habilitada a comunicar informações sobre o estado de saúde de Mandela, a presidência se recusa a entrar em detalhes sobre o tratamento administrado ao herói nacional. E neste domingo, voltou a apelar "à dignidade e à se abster de toda intromissão inútil".

Entrevistado por telefone, o professor Bertrand Dautzenberg, pneumologista do Hospital Pitié-Salpêtrière, disse à AFP que "é possível ventilar (com a ajuda de aparelhos respiratórios) pacientes em casa. É verdade que temos materiais que permitem o mesmo nível de cuidados em casa" para tais casos.

"Quando esse estado dura muito tempo, os médicos podem decidir levar o paciente para casa, mesmo se não estiver estabilizado, com a finalidade de cura ou para fins de cuidados paliativos, conforto (...) O fato de estar em um ambiente mais normal é sempre positivo para o paciente. Nesses casos, normalmente, quando as pessoas se encontram na companhia de familiares, é por razões de conforto, bem-estar e de custos. Aqui o custo obviamente não é levado em conta", observou.

Nelson Mandela, herói da luta contra o apartheid, foi hospitalizado em caráter de urgência em 8 de junho por uma infecção pulmonar e desde 23 de junho se encontra em estado "crítico". Nos últimos dois meses, a saúde do prêmio Nobel da Paz tem sido motivo de grande preocupação na África do Sul.

Mandela, detido durante 27 anos pelo regime segregacionista do apartheid, saiu da prisão sem pronunciar uma só palavra de vingança. Libertado em 1990, negociou com as pessoas que na época ocupavam o poder uma transição para a democracia. Uma vez convertido em presidente, em 1994, não tentou humilhar ou prejudicar a comunidade branca, defendendo permanentemente a reconciliação.

Foi também esta capacidade para perdoar seus carcereiros brancos o que permitiu que Mandela ocupe um lugar permanente na História.

O estado de saúde do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, de 95 anos, há mais de dois meses hospitalizado, é "precário" em certas ocasiões, mas tende a se estabilizar, anunciou este sábado (24) a presidência sul-africana.

"Apesar de, às vezes, seu estado de saúde se tornar precário, os médicos dizem que o ex-presidente demonstrou uma grande resistência e seu estado tende a se estabilizar, como consequência das intervenções médicas", informou a presidência em um comunicado.

O estado de saúde do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela melhorou, mas sua condição ainda é crítica, informou o presidente Jacob Zuma em comunicado divulgado neste domingo.

A saúde de Mandela está melhorando "devagar mas consistentemente", disse Zuma. Ele agradeceu os sul-africanos por rezarem pelo ex-presidente de 95 anos, que está hospitalizado desde o dia 8 de junho em razão de uma infecção pulmonar. O governo tem divulgado poucos detalhes sobre a doença de Mandela, alegando questões de privacidade. Fonte: Associated Press.

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O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, que chega ao seu terceiro mês de internação, está "a cada dia mais alerta, mais receptivo", declarou nesta sexta-feira Zindzi, a mais jovem de suas filhas à rede de televisão pública SABC. "Tata (pai) é agora capaz de ficar deitado durante vários minutos por dia. A cada dia ele está mais alerta, mais receptivo", revelou Zindzi Mandela, ao deixar o hospital de Pretória, onde o herói da luta contra o apartheid está sendo tratado.

"As pessoas devem parar de dizer à família que o deixe partir. Nós estamos simplesmente diante de um homem que disse: 'Não irei a lugar algum'" (o que quer dizer: "Eu não vou morrer", nr), acrescentou. "Ele não tem apenas a força de um homem, tem uma força que vai além do que pode ser explicado", afirmou. "Mesmo agora, com seus graves problemas de saúde, ele conseguiu superar seus limites, mesmo quando todos acreditavam que era o fim", declarou.

Aos 95 anos, Nelson Mandela foi hospitalizado com urgência em 8 de junho devido a uma infecção pulmonar. Segundo as últimas declarações de autoridades sul-africanas, ele se encontra em estado "crítico, mas estável", depois de ter ficado à beira da morte no final de junho.

Winnie Madikizela-Mandela, mãe de Zindzi, disse na quinta que ele respirava "normalmente", enquanto visitantes haviam afirmado em julho que o líder da luta contra o apartheid respirava com a ajuda de aparelhos. "Os médicos conseguiram controlar a situação e ele respira normalmente agora", declarou a ex-mulher de Mandela em uma entrevista à rede de televisão Sky News.

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O livro "491 dias: prisioneira número 1323" é baseado em um diário que a autora Winnie Madikizella, a ex-mulher de Nelson Mandela, escreveu na prisão. Winnie foi detida para a Prisão Central de Pretória no dia 12 de maio de 1969.

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A obra relata detalhes das atrocidades do regime do apartheid na África do Sul. O diário, ficou com uma mulher de um advogado durante 41 anos. Winnie se divorciou em 1996, dois anos após Mandela assumir a presidência da África do Sul. O líder da luta contra o apartheid está há dois meses no hospital, onde é tratado de uma infecção pulmonar.

Líderes da igreja sul-africana promoveram nesta quarta-feira uma série de orações em frente ao hospital onde o ex-presidente Nelson Mandela completará exatos dois meses hospitalizado. O arcebispo Joe Seoka pediu para que os sul-africanos permaneçam unidos.

"Deus está usando Madiba e sua doença para nos convidar a permanecermos unidos em torno dos valores que ele representa", disse o arcebispo, referindo-se a Mandela pelo nome como é chamado por seu clã.

Mandela foi internado no Hospital do Coração Mediclinic, em Pretória, no último 8 de junho em razão de uma infecção pulmonar crônica. Nesta quarta-feira, a presidência sul-africana disse que o estado de Mandela é "crítico, porém estável". Nos últimos dois meses, a saúde do prêmio Nobel da Paz tem sido motivo de grande preocupação na África do Sul, onde Mandela é considerado um santo.

De acordo com relatos de familiares e documentos oficiais, o estado de saúde de Mandela seria muito grave e já seria considerado vegetativo, já que depende de ajuda artificial para sobreviver. No último 23 de junho, a presidência informou que "a condição do ex-presidente teria se tornado muito crítica", fazendo com que o atual chefe de estado, Jacob Zuma, cancelasse uma viagem. No entanto, amigos e familiares de Mandela informaram que seu estado de saúde havia apresentado melhoras.

Para seu aniversário de 95 anos, em 18 de julho, a família Mandela se reuniu em torno do líder para uma celebração. Uma onda de ações de caridade tomou conta de todo o país, e muitas pessoas doaram 67 minutos de trabalho em homenagem aos 67 anos de vida pública de Mandela.

O governo da África do Sul tem sido discreto em torno do estado de saúde de Mandela, emitindo poucos e curtos comunicados e negando-se a fazer comentários específicos sobre sua condição. A entrada do hospital em Pretória permanece tomada por cartazes, fotografias e flores ali deixadas em homenagem a Mandela.

Nesta quarta-feira, um grupo de 50 estudantes seu reuniu na entrada da Mediclinic para cantar "Mandela, te amamos, ninguém é como você".

Não havia nenhuma atualização oficial sobre o estado de saúde do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, até o final da manhã deste sábado (6). A última informação é de que Mandela, de 94 anos, está em estado crítico, mas estável, após ser diagnosticado com um infecção pulmonar recorrente. O líder sul-africano está internado desde o dia 8 de junho, em um hospital em Pretoria, capital do país.

O governo negou a informação de que Mandela estaria em um estado vegetativo permanente. Um amigo próximo do ex-presidente disse que o líder antiapartheid estaria consciente e respondia no início desta semana.

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Os médicos que compõem a equipe médica do hospital em que o ex-presidente sul-africano, Nelson Mandela, está internado, desmentiram a notícia de que ele estaria em estado vegetativo. A notícia divulgada pela imprensa teve como base documentos judiciais. 

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A nota foi corroborada com a fala do governo, após a visita do presidente da África do Sul, Jacob Zuma ao hospital em que Mandela está internado. Segundo o porta-voz, Nelson Mandela está em um estado crítico, porém estável.

O ícone na luta contra o apartheid foi internado no início de junho por causa de uma infecção pulmonar.

As seleções nacionais de futebol e rúgbi da África do Sul vão jogar no mesmo dia, no estádio que sediou a decisão da Copa do Mundo de 2010, como uma forma de homenagear o ex-presidente e líder Nelson Mandela com a reunião dos dois esportes mais populares do país, que antigamente retratavam a divisão racial do país.

O ministério do Esporte da África do Sul anunciou nesta terça-feira que o "Nelson Mandela Sports Day" em 17 de agosto no FNB Stadium - antigamente denominado Soccer City - visa unir o país e o mundo "em comemoração e promoção" do legado do líder antiapartheid.

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Ao marcar a celebração, o ministério destacou o caráter inspirador de Mandela, de 94 anos, que está hospitalizado em estado grave. "O lançamento acontece num momento em que a África do Sul é uma nação em perigo após a hospitalização do nosso pai e ícone Nelson Mandela, que também passa a ser a principal inspiração por trás desta iniciativa", disse.

Em 17 de agosto, a seleção de futebol da África do Sul enfrentará Burkina Faso, em um amistoso. Já a seleção de rúgbi, conhecida como Springboks, vai estrear no Rugby Championship contra a Argentina. Os dois jogos serão no FNB Stadium, um estádio nos arredores de Soweto, um local que também tem um significado para o esporte e para Mandela.

O estádio foi onde Mandela fez seu primeiro discurso em Johannesburgo e realizou seu primeiro grande comício após a sua libertação da prisão em 1990. O Soccer City foi onde Mandela fez sua última aparição pública em 2010, na final da Copa do Mundo.

O primeiro presidente democraticamente eleito da África do Sul tem fortes laços com o esporte, sendo famoso o apoio dado para a seleção de rúgbi quando foi campeão mundial em 1995, e, em seguida, para a seleção de futebol, um ano depois, na conquista da Copa Africana de Nações.

O rúgbi e o futebol eram anteriormente exemplos de discriminação racial na África do Sul, com o rúgbi sendo ligado aos brancos e o futebol aos negros, até Mandela agir pela reconciliação e unidade na Copa do Mundo de Rúgbi de 1995.

A agonia de Nelson Mandela, em estado crítico há vários dias, se prolonga porque sua "alma não está em paz" e seus ancestrais estão descontentes com as disputas familiares, afirmam líderes tradicionais entrevistados pelo jornal Sunday Times.

"A alma de Mandela não está em paz. Os ancestrais só ficarão apaziguados quando os restos mortais da família Mandela estiverem enterrados outra vez em Qunu. Apenas ali Tata (pai) ficará liberado", explicou um líder tradicional da região onde o pai na nação passou a infância, na região sudoeste da África do Sul.

A fonte fazia referência aos corpos de três filhos de Mandela - Makaziwe, morta em 1948 aos nove meses de idade, Thembekile, morto em 1969 aos 24 anos, e Magkatho, falecido em 2005 aos 55 - que estavam enterrados em Qunu, mas que seu neto Mandla transferiu em 2011 para Mvezo, a cidade natal do avô.

Mandla, de 38 anos, é o chefe da família e líder tradicional de Mvezo desde 2007. Também é deputado pelo ANC, o partido que governa o país. Dezesseis membros da família entraram na justiça contra Mandla. Segundo a imprensa local, eles exigem o retorno dos três caixões para Qunu, onde estão sepultados os pais Nelson Mandela e onde o próprio ex-presidente deseja ser enterrado.

Os documentos judiciais não foram divulgados, pois conteriam informações confidenciais sobre a saúde do herói da luta anti-apartheid. Mandela, de 94 anos, está hospitalizado em Pretória por uma grave infecção pulmonar. Está em condição crítica, mas os médicos citaram uma leve melhora desde quinta-feira.

O país inteiro, no entanto, se prepara para o pior

Outro líder tradicionalista afirmou ao Sunday Times que a ambulância que transportava Mandela ao hospital, em 8 de junho, teve problemas mecânicos porque o ex-presidente não queria ser internado e desejava simplesmente morrer.

"Mandela deveria ser levado a Qunu para morrer tranquilamente, ao invés de estar sendo mantido com vida por máquinas em Pretória", disse.

No povoado natal do herói e ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, Qunu, a hipótese de sua morte está na mente de todos os habitantes, mas ninguém ousa falar no assunto. "Uma coroa de flores? Isso não existe aqui", comenta Penuel Mjongile, um pastor dessa localidade rural, a quase 900 km do coração econômico da África do Sul.

É neste local que Mandela, o pai da Nação, deverá ser enterrado. Em sua casa, situada na ladeira de uma colina, não se vê flores, velas, nem mensagens desejando pronta recuperação, ao contrário do que acontece no hospital de Pretória, onde o primeiro presidente negro do país está internado em estado crítico.

"Nossos pensamentos estão com ele", afirma Penuel Mjongile, batendo no peito com orgulho. "Mas não se fala da morte de uma pessoa que ainda está viva", explica o idoso, que evita responder diretamente à pergunta sobre o estado de seu ilustre vizinho. "É um tabu enquanto não acontecer", acrescenta, em voz baixa.

Na cultura africana e, mais especificamente, na cultura xhosa, a etnia de Mandela, falar da morte de uma pessoa que está agonizando é uma falta de respeito. Por isso, a Presidência sul-africana, única habilitada a dar notícias sobre o doente, se limita a emitir comunicados lacônicos.

Em Qunu, a proibição é ainda maior. "É preciso respeitar a vontade de Deus e dos antepassados", explica Lazola Nqeketo, outro morador local. "Só podemos ter esperanças. Algumas vezes, a esperança aumenta, outras vezes se desvanece. Mas não podemos falar de sua morte enquanto não for um fato", acrescenta.

Mesmo sem falar, os moradores de Qunu acompanham as notícias pela televisão. "Às vezes acho que gostaria de estar em Pretória, com ele, porque aqui não nos contam nada", admite Lazola. Durante os 27 anos em que permaneceu nas prisões do regime racista do apartheid, Mandela gostava de recordar seus anos em Qunu, as pescarias que fazia ou as lutas de brincadeira que travava com pedaços de paus com os amiguinhos.

Quando foi libertado em 1990, decidiu construir uma casa perto do túmulo de seus pais. Em julho de 2011, o ex-presidente mandou ampliar a construção na esperança de voltar a morar nela. Mas seus problemas de saúde o obrigaram a ir para Johannesburgo, para ficar mais perto dos melhores hospitais do país. Os jornalistas se amontoam desde 8 de junho diante do Mediclinic Heart Hospital, mas o mesmo não acontece em Qunu.

Apenas alguns jornalistas esperam pelo desenlace diante da casa de Mandela, que também é alvo da curiosidade de pessoas de fora da aldeia. A casa está situada perto da estrada que liga a Cidade do Cabo a Durban e, de vez em quando, os motoristas param para tirar fotos e depois prosseguir seu caminho. "Não sabia que era a casa do Mandela, mas vi os jornalistas e então parei", admite Jabulani Mzila.

Um casal acompanhado de seu filho também para diante da moradia. O menino coloca uma flor junto à porta e depois vai embora com os pais. A flor do campo fica lá, sozinha, como o único testemunho do imenso afeto que os sul-africanos sentem por seu libertador.

O presidente americano, Barack Obama, chegou nesta quarta-feira à noite a Dacar, capital do Senegal, a primeira etapa de uma viagem no continente africano. Obama também irá à África do Sul e à Tanzânia.

A viagem africana do presidente Obama coincide com a hospitalização do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, de 94 anos, que continua em estado crítico. Acompanhado da primeira-dama Michelle e das duas filhas, Malia e Sasha, ele foi recebido pelo presidente senegalês, Macky Sall. Deve permanecer em Dacar até sexta.

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Na quinta pela manhã, Obama dará uma entrevista coletiva junto com o presidente Sall. Depois, irá ao Supremo Tribunal, onde fará um discurso sobre o estado de direito. À tarde, visitará com sua família a ilha de Goreia, que durante séculos foi um mercado de escravos.

Parentes de Nelson Mandela se reuniram nesta terça-feira em Qunu, cidade onde o ex-presidente da África do Sul passou a infância, enquanto personalidades, como o arcebispo da Cidade do Cabo, visitaram a clínica em Pretória onde o líder político segue em estado crítico.

De acordo com correspondentes da AFP no local, a filha mais velha de Mandela, Makaziwe, e netos do ícone mundial da luta contra a discriminação racial se reuniram na casa construída por ele na época da queda do regime racista. "É uma reunião de amadlomos", declarou um dos participantes da reunião, em referência a um ramo do clã Thembu, do qual faz parte a família Mandela.

Nenhum membro da família quis informar o objetivo desta reunião, mas rumores indicam que o grupo teria discutido um possível local para o túmulo de Mandela. Oficialmente, Mandela deve ser enterrado em Qunu, cidade onde passou seus primeiros anos. "Minha família está aqui e eu quero ser enterrado aqui, em casa", teria dito Mandela em 2003, filmado para um documentário no cemitério da cidade.

Mas alguns parentes do ex-presidente gostariam que ele fosse enterrado em Mvezo, sua cidade natal, a cerca de 40 km de Qunu. A 900 km desta região rural e cheia de vales, numa clínica militar de Pretória, o pai da democracia multirracial sul-africana, de 94 anos, continuava internado devido a uma grave infecção pulmonar.

Em 2012, Mandela foi hospitalizado diversas vezes também por complicações pulmonares. Internado com urgência em 8 de junho, o estado de saúde de Madiba ficou mais grave no último domingo.

De acordo com a Presidência sul-africana, o quadro de Mandela nesta terça permanecia crítico.

O fluxo de visitas, restrito à família na última semana, aumentou nesta terça com a presença de personalidades como o arcebispo da Cidade do Cabo, chefe da igreja anglicana na África austral, Thabo Makgoba.

No último domingo, as autoridades eclesiásticas fizeram um apelo na internet para que os sul-africanos se preparem para o luto por Mandela.

"Nós devemos voltar nossas preces a ele e deixar o Todo-poderoso decidir", recomendou também o vice-presidente Kgalema Motlanthe.

Apesar de acostumada com a ausência de Mandela, que não aparece em público desde 2010, na Copa do Mundo de futebol, a população sul-africana encara com dificuldade o desaparecimento do líder.

"Imaginá-lo deitado num leito de hospital e pensar que ele não vai melhorar é muito difícil. (...) Não queremos perdê-lo mesmo que saibamos que sua hora está chegando", comentou Vusi Mzimanda, que foi ao hospital onde Mandela está internado prestar sua homenagem.

-- Visita de Obama é improvável --

Diante do hospital, onde sua esposa, Graça Machel, permanece durante todo o dia, a presença da imprensa aumenta cada vez mais.

Muitas pessoas passam no hospital para deixar flores ou pequenas mensagens, enquanto alguns cantam o hino nacional da África do Sul. As paredes da clínica sumiram em meio a flores vermelhas e brancas, cartões e balões. Cem pombos foram soltos na frente do local.

Apesar das circunstâncias, o presidente Jacob Zuma continua seguindo sua agenda oficial. Nesta terça-feira, o presidente foi à província rural de Limpopo, norte do país, e na quinta deve ir a Moçambique. Na sexta-feira, Zuma deve receber o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que fará uma visita oficial de três dias.

Mas é pouco provável que o presidente americano visite Nelson Mandela. "O presidente Obama adoraria de ver o presidente Mandela, mas ele está doente", disse laconicamente à imprensa a ministra das Relações Exteriores, Maite Nkoane Mashebane.

O ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela tem apresentado melhora do quadro de saúde, que foi abalada por uma infecção no pulmão, informou neste domingo, 16, o presidente atual do país, Jacob Zuma. Mandela está internado há nove dias num hospital em Pretoria, mas tem melhorado nos últimos dois dias.

O líder sul africano do movimento antiapartheid passou 27 anos na prisão durante o período em que o país foi governado por uma liderança branca e racista. Ele foi libertado em 1990 e se tornou o primeiro presidente negro do país em 1994. É a quarta vez desde dezembro que Mandela é hospitalizado. As informações são da Associated Press.

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O ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela está se recuperando bem da infecção pulmonar que o mantém internado, há uma semana, em Pretória, disse neste sábado (15) seu neto Mandla Mandela, de acordo com informações da Sky News. Mandla afirmou que Mandela "parecia bem" quando visitou o líder antiapartheid.

Falando na vila de Qunu, onde Mandela nasceu, Mandla disse que o líder sul-africano "está se recuperando muito bem e parece bem", acrescentando que "isso nos deu esperança de que ele vai se recuperar logo".

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