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Na tentativa de esconder drogas das forças policiais que subiram a Rocinha, traficantes enterraram cocaína e maconha e utilizaram até balões de aniversário como embalagem para despistar os cães farejadores. Nas apreensões de hoje, homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) encontraram além de drogas, armas, entre elas uma usada pelo traficante Nem, munições e até equipamentos de uma central de TV a cabo clandestina.

Em pouco mais de uma hora, quatro carregamentos com apreensões feitas na Rocinha chegaram durante a tarde ao 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM), no Leblon, zona sul do Rio. Decodificadores, fios e outros aparelhos foram encontrados na central ainda em funcionamento na Rua 1, porém já abandonada pelos traficantes. A equipe que fez a apreensão estima que cerca de 100 residências recebiam o sinal de TV ilegalmente.

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Os policiais também apreenderam 51 pacotes de maconha, 145 trouxinhas da droga e 60 pacotes de pasta base de cocaína, cada um com cerca de um quilo, além de uma balança de precisão. Foram encontrados ainda dez carregadores, cartões, celulares, R$ 415,00 em espécie, uma farda do Exército e uma camisa da Polícia Civil. Os itens vieram de diversos pontos das localidades de Cachoupa, Roupa Suja e Laboriaux, todas na Rocinha.

Na área conhecida como Dioneia, na parte alta da Rocinha, o Bope encontrou dois fuzis e uma metralhadora. Uma das armas tinha a inscrição "Mestre", um dos apelidos do traficante Nem. Em outro carregamento, estavam cerca de 135 quilos de cocaína encontrados pelo Batalhão de Ações com Cães no Laboriaux. Alguns dos tabletes estavam embalados dentro de bexigas, mas, mesmo assim, foram encontrados pelos cães.

As polícias Civil e Militar prenderam quatro suspeitos e apreenderam 15 fuzis neste domingo, 13, o primeiro dia da Operação Choque de Paz, nas favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, na zona sul do Rio de Janeiro.

Também foram apreendidas 20 pistolas, uma submetralhadora, duas espingardas, 20 rojões, três granadas, mais 15 mil munição para armas de calibres diversos, 61 bombas artesanais e dois rádios transmissores. Os policiais encontraram 112 quilos de maconha, além de 60 quilos de pasta base de cocaína. Setenta e cinco motos e um automóvel Toyota Hilux foram recuperados. Duas centrais clandestinas de TV a cabo foram fechadas. O balanço sobre divulgado nesta tarde é sobre as apreensões realizadas entre a manhã e às 18 horas.

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Os agentes iniciaram a retomada das comunidades de Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu às 4 horas. Dezoito blindados dos Fuzileiros Navais, seis blindados "Caveirão", além de helicópteros blindados e um helicóptero observador que transmite imagens em tempo real através de uma câmera térmica - foram deslocados para permitir um acesso mais seguro das tropas às comunidades. Por volta das 6hs da manhã as forças de pacificação reassumiram o controle de todo o complexo da Rocinha, sem que um único tiro fosse disparado.

A Operação Choque de Paz foi precedida por outras ações antes da ocupação deflagradas ao longo de duas semanas. Nesse período, as polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal 37 pessoas foram presas - entre eles 1 policial militar e 3 policiais civis - e 7 menores apreendidos. Entre os detidos, estão os líderes de facções Antônio Francisco Bomfim Lopes, o "Nem"; Anderson Rosa Mendonça, o "Coelho"; Varquia Garcia dos Santos, o "Carré"; e Sandro Luis de Paula Amorim, o "Peixe". Oito suspeitos morreram em trocas de tiros com os agentes.

Grande quantidade de drogas foi capturada pela Polícia Militar nessas operações, totalizando 3.086 sacolés de cocaína, 1.519 pedras de crack, 355 papelotes de cocaína e 537 trouxinhas de maconha. Dois automóveis e oito motos também foram apreendidos, além de 46 armas, 10 granadas e 32 artefatos caseiros.

Rio de Janeiro - Os tanques da Marinha, que foram utilizados no apoio logístico de transporte durante a Operação Choque de Paz, hoje (13), no Rio de Janeiro chamam a atenção de quem passa pela porta do 23º Batalhão de Polícia Militar, no Leblon, zona sul do Rio. No local, onde foi concentrado o comando da operação de ocupação das favelas da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu, estão estacionados quatro desses veículos blindados.

O porteiro Marcos Antônio Silva, morador da Rocinha, levou o filho Marcos Vinícius, de 12 anos, na manhã deste domingo para tirar fotos ao lado dos taques. Após pedir autorização aos policiais do batalhão, ele usou a câmera do celular para fazer o registro. “Não é todo dia que vemos esses tanques assim tão perto. Ele queria ver e eu trouxe o menino”, contou.

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Já Marcos Vinícius disse já saber o que vai fazer com a foto: “Com certeza ela vai agora para o meu Facebook”, brincou.

Marco Antônio relatou que, apesar da apreensão dos moradores da comunidade com a ocupação, a madrugada foi tranquila, sem o registro de confrontos. Ele contou não ter dormido muito bem à noite por causa da expectativa de como seria a entrada das forças policiais, mas garantiu não ter alterado a rotina da casa.

“Até agora está tudo bem, vamos esperar para ver o que vai mudar”, disse.

A professora Índia Maria, moradora da Gávea, também passou pelo batalhão na manhã de hoje para conferir de perto os blindados da Marinha. “Ver esses veículos no cenário urbano impressiona porque eles são pesados e chamam a atenção. Não dá para passar sem perceber. Tomara que eles sejam o símbolo de um tempo de paz não só para as comunidades ocupadas, mas também para nós, que moramos no entorno e também ficamos apreensivos com o poder do tráfico”.

Ao todo, 18 blindados da Marinha foram utilizados na operação. O mais pesado deles, um modelo Clanf (Carro Lagarta Anfíbio), pesa 22,6 toneladas e tem capacidade para transportar 25 pessoas. Em geral, ele é usado para levar fuzileiros de navios para a terra. Além dele, a Marinha usou o M-113 e o Mowag Piranha.

Oito horas e quarenta minutos depois da chegada do primeiro blindado da força de ocupação à favela da Rocinha, uma bandeira do Brasil e outra do Estado do Rio foram hasteadas na localidade conhecida como "curva do S", um dos pontos mais movimentados do morro, como símbolo da retomada do território.

Moradores acompanharam o hasteamento, tirando fotos e filmando. Alguns aplaudiam. Nas janelas das casas, assistiam de longe. O ponto onde estão as bandeiras fica em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas do governo do Estado.

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Neste momento, cerca de 300 moradores estão no local observando a movimentação policial. A todo instante, descem veículos da polícia com material apreendido. Motos são a maioria. Mais cedo, policiais desceram com sacos cheios de maconha que haviam sido enterrados por traficantes em fuga. Uma pequena parte do comércio está aberta.

Uma nova reunião entre representantes de estudantes, reitoria da Universidade de São Paulo (USP) e Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp) tentará acabar com a ocupação da reitoria pelos estudantes e funcionários.

Segundo o presidente do Sintusp, Magno de Carvalho, a reunião foi marcada para hoje à tarde, no prédio da Faculdade de Geografia. Participarão da reunião estudantes e dois professores, um da Faculdade de Direito e outro da ECA, de acordo com Carvalho.

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"Esperamos que os representantes da USP tragam uma proposta concreta para a negociação, caso contrário, a ocupação permanece. A assembleia dos estudantes marcada para a próxima quarta-feira vai decidir a continuação da ocupação", conclui Magno.

Duas fazendas nos municípios de Altinho e São Joaquim do Monte, ambas no Agreste de Pernambuco, foram ocupadas por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na manhã deste domingo (21).

A Fazenda Serro Azul, localizada em Altinho, foi ocupada por 117 famílias. Na Fazenda de Joaquim do Monte a ação teve a participação de 50 famílias.

As ocupações fazem parte da Jornada de Lutas no Estado de Pernambuco.

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